The Rake

By ojuniorpereira_

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+16 Mistério, Terror psicológico, Suspense, Drama História baseada na Creepypasta "The Rake" com base no "Dep... More

Nota de pré-leitura
I - Strangersood
II - Signals
III - He Is Here
IV - memories...
V - Return
VI - Don't Look In He Eyes
VII - Answers
VIII - Blame
IX - WAR
Extras: Entendendo "The Rake"
Cena Pós-Extras do Multiverso

X - Final Judgment

62 6 9
By ojuniorpereira_

400 Lux, Lorde

Rose é levada algemada para a viatura sob olhares de diversas pessoas.

— O que está acontecendo? Eu sou inocente? Você viu o que aconteceu ontem a noite? - Questiona a escritora a Zara.

— Sim, eu vi. Mas eu vi também que você assassinou duas pessoas. E aliás... Quem sabe não matou as outras daqui da cidade. - Dispara a policial.

— O quê? Você acha que eu teria coragem de matar essas pessoas? Você é louca? - Rose diz e Zara a encara.

— Acaba de ser indiciada por desacato. - Zara força Rose a entrar na viatura.

— Isso é loucura... Eu não fiz nada. Eu não matei ninguém. Foi o Rake... Foi o Rake! - Garante a escritora.

— Isso é o que vamos ver. - Zara entra no carro e dá a partida, indo em direção a delegacia. Rose pode ver a ira contra ela nos olhares das pessoas.

****

No hospital, Cassandra acordava lentamente. Ela havia tido uma noite difícil, mas conseguir se manter viva.

Ali ao seu lado, estava um rosto um tanto conhecido para ela.

— Oi. Bom dia. - Diz Gary.

— Gary? O que faz aqui? - Questiona Lail.

— Eu vim dizer que sei onde Valeria está. - Ele deixa Cassandra surpresa.

****

Os corpos que foram achados mortos pela cidade são amontoados e levados para o cemitério.

Strangersood havia tido uma noite difícil. Mas ainda que tudo isso tenha acontecido, a notícia de que Rose havia sido presa já estava se espalhando.

Ali perto, Malvina chorava amargamente pela morte de sua irmã. O corpo de Cecília estava sendo retirado pela polícia, enquanto ela vinha logo atrás chorando.

Enquanto estava dentro do carro, Rose pensava apenas nas palavras de Guadalupe.

Seu filho Justin retornará a Strangersood... No futuro...

×××××

THE
RAKE

CREATED BY Junior Pereira

Chapter ten: Final Judgement
Capítulo dez: Juízo Final

Guest Starring:
MARISKA HARGITAY - Juíza Ellen Hall
D

EBRA MOONEY - Betty Lavigne

Series Finale

×××××

2006
Manicômio Willbrook

Rose ainda encarava as duas policiais. Mas o interrogatório já estava perto de seu final.

— Eu não matei Guadalupe, eu não matei Tina e nem ninguém que morava em Strangersood. Vocês cometeram um equívoco. - Insistia ela.

— Testemunhas viram você e a vidente no carro... Você pode muito bem ter a levado para aquele casebre e acabado com a vida dela. - Diz Zara encarando Rose.

— Eu a levei pra minha casa. Tina estava lá... Ela me ajudou a cuidar de alguns dos machucados da Guadalupe. - Diz Rose.

— Tina estava morta ao lado de Guadalupe... As duas estavam com cortes e ferimentos... - Rose interrompe a delegada.

— Eu já disse... Não fui eu que matei elas. Aquele julgamento foi injusto. Aliás... Até agora eu não entendo o porque dele ter sido realizado. - Reclama a escritora.

— Foi ele que trouxe você até aqui. Agora para concluirmos, basta apenas você dizer a verdade. Você tem algo haver com tudo isso? A seita? O Rake? Os rituais? - Questiona Christina.

Rose fica calada... Apenas pensando. E logo o flashback do dia em que ela saiu de Strangersood vem a sua mente.

Flashback de Rose

10 de Janeiro de 2006
Strangersood
Tribunal de Justiça Melinda Brooklyn

Rose havia passado algum tempo nas velas suja e solitárias da cadeia em Strangersood. Mas foi decidido que ela viria a júri.

Vários moradores da cidade compareceram a audiência de Rose. Jane, Justin e Betty também estavam ali.

Uma policial anuncia a chegada da juíza.

— Senhoras e senhores, por favor recebam a excelentíssima juíza Ellen Hall. - Anuncia a policial e a juíza entra na sala do tribunal sendo recebida de pé por todos, ela está séria acompanhada de outros dois policiais.

— Uma boa tarde a todos! - Diz ela.

Todos respondem e então voltam a se sentar.

— Estamos aqui reunidos hoje para o julgamento de Rose Duvell Lima Lavigne, indiciada pelas mortes de Guadalupe Jimenez e Tina Mason, além de ser suspeita como a mandante das mortes de Amanda Hope e Michael Montana. Acusações de populares a indicam ainda com associação a bruxaria e a demonologia, realizando rituais que trazem riscos a população. - Conclui a juíza quando os presentes começam um burburinho no tribunal. — SILÊNCIO! SILÊNCIO NO TRIBUNAL POR FAVOR! - Diz ela e todos se calam. — Agora, tragam a ré para que possa julgada. - Diz ela aos policiais.

Acompanhada de dois policiais, Rose entra na sala do tribunal sendo vaiada e ouvindo palavras como "assassina!", "bruxa!" e "filha do diabo", e frases como "vai apodrecer na cadeia", "deveria ser queimada" e etc. Ela revê Justin e se emociona.

A juíza ordena silêncio no tribunal novamente e após um longo tempo, todos se calam novamente.

— Eu declaro aberta a audiência de julgamento de Rose Duvell Lima Lavigne. - anuncia a juíza e bate o martelo.

****

— Ela... Está em Nova York? Fazendo o que lá? - Questiona Cassandra a Gary.

— Não se preocupe... Ela está bem. Valeria vai ter uma vida nova lá. - Garante Gary.

— Vida. Vida nova? Do que você está falando? Aliás... Quem é você? Eu quero ir embora daqui! - Ela começa a ficar agitada.

— Valeria vai ter oportunidades novas na vida dela. Isso eu posso garantir. Conheço ela muito bem. A propósito... Meu nome é Gary, e eu era namorado da sua filha! - Dispara ele.

— Ah... Então a camisinha que eu achei nas coisas dela... Pertencia a você! - Cassandra encarava Gary.

— Eu poderia muito bem ter furado aquela camisinha... Ou... Sei lá, simplesmente ter transado com ela sem. Até porque... Valeria já me alertou sobre o monstro que é a mãe dela. - Gary solta uma pequena risada.

— Você está mentindo... Eu vou gritar! Socorro! Socorro! Alguém me ajude! - Gary tampa a boca de Cassandra com o lençol. Ela sente um pouco de dor por conta da operação.

— Acho melhor você ficar calada... A propósito... Tenho que mostrar algo a você. - Gary tira o celular do bolso, e quando Cassandra se prepara para gritar novamente, ela vê no aparelho o vídeo em que ela e Christina aparecem se beijando.

— Como... Como você conseguiu isso? - Ela está pasma.

— Não importa. Agora tenho que lhe dar outra notícia! Meus parabéns! Você é a nova prefeita e preferida de Strangersood. - Ele até bate palmas.

— Ora, do que está falando? Eu sei que foi Alec que planejou este atentado. Mas ele mal pode esperar pra quando eu sair daqui... - Gary a interrompe.

— Ele está morto. - As palavras de Gary atingem Cassandra como um tapa.

— Morto?! - Ela estava realmente surpresa agora.

— Sim. Alec morreu e de forma trágica. Ele praticamente manchou os Estados Unidos todo com seu sangue. - Ironiza ele.

— Alec morreu? - Cassandra ainda não estava acreditando.

— Sim. Ele morreu ontem a noite. Provavelmente se suicidou. Se jogou do telhado da prefeitura e morreu atravessado pela estaca que segurava a bandeira dos Estados Unidos. - Diz Gary.

— Então... Eu venci a eleição sem nem ter recebido votos? - Ela estava ficando feliz com a notícia.

— Quando você sair daqui vai entender melhor. Eu vou lhe visitar outras vezes. Mas só digo uma coisa: você vai ter que me tratar muito bem se não quiser que seu vídeo se espalhe. Ou vai querer perder todo o carinho e apoio que conseguiu durante todo este tempo? - Questiona ele, quando uma enfermeira aparece.

— Desculpe, senhor, o seu horário acabou. - Diz ela.

— Eu volto outra hora. Melhoras, Cassandra. - ele sai sorrindo do quarto.

E Cassandra fica ali, assimilando tantas notícias e reviravoltas.

****

Enquanto isso, pela cidade, muitos carros saiam um atrás dos outros. Casas estavam sendo esvaziadas e outras simplesmente abandonadas. Logo depois da noite do terror e dos boatos de que Rose seria uma assassina em série, as pessoas ficaram assustadas e estavam se retirando da cidade. Strangersood perdia muitos de seus já poucos moradores.

Na rua de Rose, a casa de Guadalupe permanecia fechada e sob proteção da polícia para investigações.

O milharal estava seco. Quase todos já haviam morrido. O espantalho estava lá. Mas, de repente, ele cai. As folhas mexem. Ele estava andando entre elas. Apenas um vulto preto é visto passando para a floresta.

Não muito longe dali, no necrotério da polícia, estava o corpo de Guadalupe.

Na sala silenciosa e gelada, apenas se ouviam ao longe passos e risadas.

Através de uma das janelas, a sombra preta entra e começa a fazer bastante barulho sob os instrumentos de metal que eram usados nas autópsias.

Se aproximando de onde o corpo de Guadalupe estava, a sombra simplesmente desaparece. É quando ela abre os olhos.

****

Um policial se aproxima da sala para verificar. Ele entra no local e suspeita. Na mesa de metal, não havia mais nada, e a janela estava aberta.

Ele ainda chega a ir olhar, mas não vê nada e apenas fecha a janela e sai.

****

Os sinos da igreja tilintavam, toda cidade podia ouví-los e pela floresta, Guadalupe seguia em passos ora lentos, ora apressados, ela respirava com dificuldades.

****

O julgamento de Rose continuava.

Algumas pessoas iriam depor contra e a favor de Rose.

A primeira a depor contra Rose é Malvina.

— Logo que essa mulher chegou na cidade, ela conheceu a minha irmã porque Ryan havia acabado de morrer. Ofereceu ajuda e quis se intrometer em nossa vida. Cecília sempre teve o coração mole. Mas eu não. Ainda bem que não deixei essa mulher entrar ainda mais em nossas vidas. Mas tudo em vão. Agora ela matou a minha irmã e nada vai a trazer de volta. - Dizia ela revoltada.

— Eu vivia muito feliz em Dallake com meu marido. Nós tínhamos 37 anos de casados. Agora está tudo arruinado por conta de Rose Duvell. Eu sei que não vivo aqui em Strangersood mas eu tenho certeza de que ela é culpada por tudo isso... Se ela não tivesse aparecido em nossas vidas, eu ainda teria o meu Michael e Amanda comigo. Eu não sei mas acho que ela inventou toda essa história e disseminou a sua seita para poder matar as pessoas. - Margot Montana estava indignada. Ela agora era a viúva de Michael.

Rose ouvia tudo calada. Ela não queria falar absolutamente nada. Só queria que tudo aquilo ali acabasse logo.

— Rose não está mentindo. Ela jamais mataria uma pessoa. Vocês aqui presentes não imaginam o quanto Rose sofreu após perder Chris e Mariana. O Rake é real. Há vários e vários indícios disso. É só investigarem mais antes de saírem por aí julgando pessoas inocentes. Já pararam pra pensar que Rose pode ter tentado salvar Guadalupe e Tina? Pensem bem... Vocês podem estar mandando para a cadeia uma mulher inocente. - Conclui Betty Lavigne.

— Por favor... Não prendam minha mãe. Eu sei que ela é inocente. Por favor, eu não quero ficar longe dela. Não prendam a minha mãe... - Justin estava muito emocionado e tem que ser retirado da sala por dois policiais.

Rose também estava bastante emocionada e fica triste ao ver toda aquela situação.

— Bem... Agora teremos o último depoimento. O da ré. Antes que ela possa falar, se alguém aqui tiver algo contra este julgamento, que fale agora. - Anuncia a juíza, quando todos são surpreendidos por Guadalupe entrando no salão.

— Eu tenho! - diz a vidente. Seu vestido estava sujo e velho.

O choque é geral. Até mesmo Rose fica estática.

— Rose é inocente! Ela não matou ninguém. Eu preciso contar a todos a real história desta cidade. - Ela vai de passo em passo se aproximando do centro do salão.

— Gua... Guadalupe Jimenez? Você... Estava morta! - Até mesmo a juíza se surpreende.

— Isso não importa agora. Por favor... Todos ouçam! Agora me ouçam! Sempre fui acusada de ser uma coisa que nunca fui: uma bruxa! Mas... Ultimamente, todos sempre julgam alguém antes de conhecer e isso é terrível. Vocês nunca saberão a sensação que é viver se escondendo e com medo de a qualquer momento ser morto por conta de intolerâncias e fantasias que as pessoas criam em suas mentes horrivelmente más. - Diz, fazendo uma pausa.

Ela se senta no local onde as testemunhas falam.

— Eu nunca fui uma bruxa. Nem minha família teve nada haver com isso. Tudo começou há muito tempo atrás... Quando Strangersood havia sido conquistada por navegadores ingleses... - Conta.

1667
Strangersood

Estava chovendo bastante e os barcos onde estavam várias famílias de navegadores ingleses se aproximavam da terra firme finalmente. As ondas estavam muito altas e fortes.

Minha avó Clara Jimenez fazia parte destas pessoas. Nós somos de origem mexicana, mas ela casou com o capitão inglês. - Explica Guadalupe.

Os navegantes pousam na terra e então tomam o espaço para si. Construindo pequenas tendas, eles viviam de caçar outros animais e comer as frutas das árvores.

Porém, algum tempo depois, começaram a surgir divergências. Algumas pessoas sentiam falta de ter religião, enquanto outras não pensavam nisso.

Após algumas brigas, o capitão inglês expulsa um grupo de pessoas da até então colônia Strangersood.

Este grupo de pessoas vaga pela floresta e encontra uma caverna.

E ali nascia a maldição de Strangersood. Esse grupo de pessoas queria implantar na colônia uma religião que cultuasse a demônios e a Lúcifer, em troca de prosperidade e longevidade. Naquela caverna, havia um grande abismo. E o grupo acabou realizando um ritual que abriu diretamente deste abismo o portal do inferno em Strangersood. Mas algo havia dado errado. O ritual que eles almejavam se chamava "Ritual dos 13 demônios". A cada 50 anos, um demônio diferente era liberado do portal. Cada demônio tinha o direito de levar 13 almas para o inferno. Este era o combinado. Porém... Apenas um foi liberado. O Rake. O demônio da escuridão sugador de almas. - Conclui Jimenez.

— Então a senhora está querendo dizer que o que está matando as pessoas em Strangersood é um demônio que quase nunca foi visto e que está entre nós desde 400 anos atrás? - Pergunta a juíza.

— Sim. É a verdade. Estou com minha consciência limpa. Rose é inocente. Ela não merece este ódio que todos estão lançando nela. - Responde Guadalupe.

— E a associação de Rose com bruxaria e demonologia? Como a senhora, que foi fotografada e documentada com morta, está aqui agora? Como você mesma disse, todos a acusam de bruxaria. Como explicar o que está acontecendo aqui? - Questiona novamente a juíza Hall.

— O Rake sempre aparece na escuridão. Mas ele prefere as pessoas mais frágeis para se manifestar. As crianças e jovens. É por isso que antes de aparecer ele faz com que as pessoas ouçam uma música de ninar, por conta de sua ligação as crianças. São elas que sempre o encontram primeiro. - Quando Guadalupe diz isso, Rose lembra-se das histórias de Chris e Mariana, além da de Amanda, fazendo tudo se encaixar.

— Você não respondeu minha pergunta. - Insiste a juíza.

— O que acontece aqui é que... Strangersood está amaldiçoada e talvez não haja um jeito de reverter isso. Mesmo que Rose seja condenada,  as mortes não vão parar e nada sairá do lugar. Mas talvez no futuro alguém consiga libertar Strangersood desta maldição. Mas enquanto isso, nossa cidade jamais terá paz. - Diz ela, se levantando e se dirigindo a saída.

— Onde você vai? - Questiona Rose a ela.

— Eu já fiz a minha parte aqui. Tentei livrar você dessas acusações. Mas sinto muito, você não conseguirá. - Diz ela, e então se retira.

— Do que está falando? Guadalupe, volte aqui... Guadalupe! - Grita Rose sendo controlada pelo policial.

— Por favor, devo pedir que a ré se acalme. Agora é sua vez de falar. - Diz a juíza.

Rose se senta e então suspira.

****

Cassandra estava tendo alta do hospital. Ela estava arrumando suas coisas quando é surpreendida por Christina.

— Oi. - Diz Christina dando um abraço em Cassandra.

— Olá. - Ela retribui o abraço sorrindo.

— Vim buscar você. Eu soube que ia ter alta. Vinha visitar você todos os dias, mas você nunca estava acordada. - Diz a policial.

— Você é muito gentil. Eu... Tenho que conversar umas coisas com você. - Diz a prefeita, quando Christina se aproxima para lhe beijar, ela vira o rosto.

— Aqui não! - Diz Cassandra.

— Desculpe. - Christina fica sem jeito.

— Senhora Lail, assine aqui para receber alta. - Diz Meghan Willow entrando no quarto. — Oficial Foster.

— Olá, Meghan. - Christina sorri para Meghan.

Cassandra olhava para a enfermeira. As duas tinham um segredo.

— Pronto. Estou livre. - Diz Cassandra suspirando.

— Sim. Tenha um bom dia... E parabéns por sua eleição. - Diz a enfermeira sorrindo.

Christina percebe que Cassandra não ficou muito contente com as felicitações de Willow.

— Está tudo bem? - Questiona a policial.

— Sim... Vamos logo. Eu não quero mais ficar aqui. Já passei bastante tempo neste lugar. - Cassandra diz saindo do quarto.

****

Juntas no carro em um lugar deserto próximo a floresta, as duas se beijavam. Mas Cassandra novamente para.

— Cassandra... Você não está bem! Me diz o que está havendo? - Estranha Christina.

— Estou sendo chantageada por um espertinho. - Diz a prefeita.

— Como assim?

— É um tal de Gary. Ele... Tem um vídeo nosso no celular dele. - Responde Cassandra.

— O quê? E como ele conseguiu isso? - A policial estava surpresa.

— Eu não sei. Só sei que agora terei que pagar pelo silêncio dele. Se ele espalhar esse vídeo pela cidade as pessoas vão querer me tirar do cargo que eu acabei de conseguir. - Diz Cassandra.

— E porque você está se importando com isso? Nós duas somos livres e solteiras. - Christina está um pouco insegura agora.

— Eu sei. Mas todos me conheciam e me viam como a esposa de Robert Evans. Seria estranho pra todos me verem com você. Ainda mais que praticamente todos os moradores daqui são conservadores... - Responde Cassandra.

— Ah... Então... Você vai me deixar por causa de aparências. - Ela suspira e vira o rosto para a janela.

— Não! Eu só não vou assumir que estamos juntas. Infelizmente teremos que manter nosso caso em segredo. - Garante Cassandra.

— E quanto a Gary? - Questiona Christina.

— Daremos um jeito nele. Agora... Vamos pra minha casa. Preciso descansar. - Christina dá a partida no carro e elas saem dali.

****

Rose se senta em frente a todos que estavam ali.

— Então Rose Duvell... O que tem a dizer em sua defesa? - Pergunta a juíza.

— Eu... Não matei ninguém. Eu sou inocente. - Diz ela olhando para a oficial. Todos ali reclamam e continuam ofendendo Rose.

— Por favor... Devo-lhes pedir mais uma vez que haja silêncio neste tribunal ou então terei que tirar todos daqui. - Ameaça Hall.

— Eu não matei ninguém. Vocês tem que acreditar em mim... Isso é tudo culpa dele... Ele me odeia... - Rose começa a chorar e então percebe as luzes do local piscando. Mas apenas ela está vendo isso. As pessoas apenas observam o começo do surto dela.

As luzes continuam piscando para Rose.

— Olhem... Vocês não estão vendo? Ele está aqui... Em Strangersood! Eu observei todos os sinais... Ele está aqui... Nas minhas memórias... Eu retornei... Mas me disseram pra não olhar nos olhos dele... Eu tentei achar respostas... Mas o que encontrei foi a culpa... O início da guerra e o juízo final. - diz ela sem parar e então o salão entra em escuridão.

Voltando a ter "luz", Rose percebe que o local todo ficou velho e abandonado, e então raízes negras começam a crescer por todo o local. A música de ninar toca fazendo Rose se desesperar.

— Não... Vai embora... Me deixa em paz... Sai... - Ela então vê os olhos brilhantes se aproximando.

Quando tudo começa a pegar fogo, e Rose percebe novamente muitos gritos de desespero. O Rake se aproximava cada vez mais.

— Você... É fraca! - A voz grossa a diz.

— Vai embora... Me deixa em paz! - Grita Rose.

— Você vai morrer lentamente. Vou invadir suas entranhas e acabar com tudo o que você ama. - Diz ele rindo.

— Não... Não... - Ela se sente presa aquela cadeira e então sente seu corpo começar a queimar.

Enquanto o Rake continuava rindo, Rose gritava e sentia seu corpo ser corroído pelas chamas.

É quando ela se descontrola e tem que ser amparada por policiais.

Jane abraça Justin, que sofria vendo a mãe naquele estado.

— Bem... Eu então declaro aberto um recesso para a discussão sob a pena de Rose Duvell. - Antes que ela bata o martelo, Jane se manifesta.

— Juíza... Por favor... Aceite um acordo. Eu interno a minha filha em um instituto psiquiátrico de confiança e assim ela não será um perigo na prisão. - Diz a mãe de Rose.

As duas se olham.

****

River, Bishop Briggs

A juíza entra no salão novamente. Rose já está mais calma.

— Muito bem... Já estou com a decisão em mãos. - Apesar de já saberem o resultado, Jane, Justin e Betty estavam apreensivos. — Pelas provas e fatos aqui apresentados e vistos, condeno a ré Rose Duvell Lima Lavigne, a 15 anos de reclusão em regime semiaberto, e estadia para tratamento na clínica psiquiátrica de Willbrook, em Los Angeles. - Ela bate o martelo e todos comemoram, exceto Jane, Justin e Betty.

Rose saía do tribunal de cabeça baixa, enquanto era levada para a viatura.

Ela ouvia e sentia na pele o ódio que as pessoas estavam tendo por ela.

Na casa de Cassandra, ela e Christina se amavam. Cassandra estava confusa sob manter ou não este caso, mas seus sentimentos por Christina falavam mais alto.

Enquanto via Rose ir embora de Strangersood, Zara sente algo, um sentimento, talvez fosse remorso. Mas ela preferia se manter calada. a cicatriz em suas costas jamais seria apagada, mas ela não queria ser associada a bruxaria por ter ligação com o Rake.

Rose ia embora de Strangersood pra sempre. Dentro da viatura, ela observava a cidade ficando para trás e não conseguia pensar em nada a não ser no medo que estava sentindo.

Fim do flashback de Rose

****

Concluindo seu depoimento, Rose falava sobre as experiências que estava rendo no manicômio e mesmo medicada ainda via o Rake.

— No final de tudo, nós descobrimos, entretanto que a criatura visita a pessoa várias vezes. Ele também se comunicava com várias pessoas, incluindo minha filha. Isso me levou a pensar se o Rake havia me visitado alguma vez desde nosso último encontro. Eu pus um gravador do lado da minha cama e o deixei gravando enquanto dormia, todas as noites, por 2 semanas. Checava todos os sons do meu quarto, de mim rolando na cama, todo dia que eu acordava. No final da ultima semana, eu já estava meio que acostumada com o som que eu fazia enquanto dormia, até que escutei o mesmo som, só que 8 vezes mais rápido que o normal (Ainda era quase 1:00). No primeiro dia da 3º semana, pensei ter escutado algo diferente. O que eu ouvi era uma voz estridente... Era o Rake. Não consigo escutar aquilo tempo o bastante para descrevê-la, e ainda não deixei ninguém escutar a gravação. Tudo que eu sei é que já escutei isso antes, e acredito que era exatamente o que falava enquanto estava ao lado de meu marido. Eu não me lembro de escutar nada na hora, mas por alguma razão, a voz no gravador automaticamente me lembra aquele momento. Os pensamentos que devem ter passado pela mente de minha filha naquela noite me deixam muito frustrada. Eu não vi mais o Rake desde que ele arruinou a minha vida, mas sei que ele está no meu quarto enquanto eu durmo. E temo que uma noite eu acordarei e verei ele me observando... - Conclui ela.

— Então você ainda vê o Rake? - Questiona Zara, mas agora Silas entra na sala.

— Bom, eu sinto muito mas isso acabou. A paciente tem que ser medicada e descansar. - Com ele mais dois enfermeiros estão ali.

— Eu não quero mais ficar aqui. Já chega. - Ela se levanta da cadeira e se aproxima de Silas e dos enfermeiros.

— Mas Rose... E quanto as gravações... Elas são provas importantes! - Diz Christina.

— Chega, a paciente está exausta. Vamos Rose... - Silas retira Rose da sala deixando Zara e Christina sozinhas.

****

Após algum tempo, as duas saem da sala com tudo arrumado e encontram Silas na porta do manicômio.

— Espero que tenham ouvido tudo o que precisavam. - Diz o pastor.

— Silas, acredite... Isso ainda não acabou. Nós voltaremos. - Zara encara Silas.

Enquanto as duas se afastam, ele fala consigo mesmo.

— Será mesmo? - Diz, dando um sorrisinho.

****

Enquanto via as duas indo embora, Rose olhava pela janela enrolada em um cobertor. Uma grande chuva se aproximava e o frio tomava conta dos corredores do manicômio.

****

Atualmente
Manicômio Willbrook

Rose saía correndo pelos corredores. O Rake estava novamente atrás dela. O local está escuro e deserto.

Ela pede por socorro mas ninguém parece a ouvir. Os trovões são a única coisa que iluminam os corredores.

A escritora se embrenha no emaranhado de corredores até aue chega a uma porta que está trancada.

Ela tenta abrir, mas é em vão. Até que Rose se vê encurralada pelo monstro de garras enormes.

— Chegou a hora de você se entregar. Minha 13° alma. - A voz assusta Rose.

Ela vê o corredor ficar na mais completa escuridão. Raízes negras crescem por toda a parte. Logo então gritos desesperados surgem novamente e ela tampa os ouvidos tentando fazer aquilo parar.

Ela então é perturbada por um longo tempo pelos espíritos de Mariana, Chris e outros.

Com muito medo e sem saída, Rose vê uma janela próxima de si.

O vigia noturno do manicômio que ficava de plantão a noite toda estava a postos. Atento a qualquer movimentação. Um baque forte chama sua atenção. Ele corre para ver o que é.

O corpo de uma mulher estava estendido no chão. Havia sangue e arranhões nela por toda a parte.

Rose havia se jogado. Rose estava morta. Ela era a 13° alma que o Rake havia sugado.

Chegava ali, o "fim" da era Rake.

****

No fim do dia do julgamento de Rose, Guadalupe ainda caminhava pela floresta. Porém ela agora estava com uma aparência bem mais velha.

— Existem muitos mistérios em torno das pessoas. Muitos mistérios em torno da vida. Mentiras e segredos. Ninguém escapa deles. - Dizia a vidente sozinha na floresta.

Na parede do casebre, as fotos ainda estavam interligadas.

Na caverna, quatro pessoas encapuzadas se aproximavam. Elas entram no local.

Parabdo umas ao lado das outras, elas vão revelando seus rostos.

Uma era Gary.

Outra era a caixa do supermercado, cujo nome é Emma Riggs.

Mais uma que se revela é Zara.

E a última é Malvina, que usava um colar com um pingente de pentágono.

— Perguntas que talvez jamais serão respondidas. Caminhos que se encontrarão... A vida é impressionantemente articulosa. O destino é apenas uma incógnita. Talvez jamais saibamos o que o destino nos reserva. Mas nada é por acaso. - Continuava Jimenez.

Eles faziam pequenos cortes em suas mãos e jogavam o sangue em cima de um velho livro. Um esqueleto estava ali perto.

Ambos falavam um por cima do outro palavras incompreensíveis.

Após algum tempo o esqueleto começa a ganhar forma. Aos poucos cria pele, os órgãos nascem, primeiro o corpo fica com uma aparência velha, mas aos poucos vai rejuvenescendo e revelando a bela mulher. Uma mulher linda. Que provavelmente alucinaria qualquer um.

Parando de fazer o que estavam fazendo, todos admiravam o corpo nu que estava ali.

A mulher abre os olhos e dá o seu primeiro suspiro.

— Seja bem vinda de volta... Selena! - Saudava Malvina.

A mulher não dizia nada, apenas olhava para as pessoas que estavam a sua frente.

— Porque me trouxeram de volta? - Questiona a tal Selena.

— Você será útil para nós. Nossa seita precisa se disseminar. E você... Será a líder perfeita. Estou entregando isso a você! - Elas se olham.

— Ótimo... Sinto que temos muito em comum. - Ela sorria revelando seus dentes amarelos.

Todos riem.

****

— Mas a vida também é nossa maior inimiga. Ela nos tira coisas, assim como nos dá. A vida é um mistério. E nosso maior vilão está dentro de nós mesmos. - Continua Guadalupe.

2018
Nova York

Andrew se encontrava com Elizabeth. Eles estavam angustiados pois seu filho Alec havia sumido. Andrew era o filho de Cassandra, mas que fora criado por Selma Womble.

2006
Strangersood

Selena saia da caverna acompanhada por seus "súditos". Seus olhos azuis quase que brilhavam na escuridão da floresta.

2018
Strangersood

Igual a Debby. Ela havia acabado de levantar de seu túmulo no cemitério de Strangersood.

Andava a passos lentos, ao lado de um garotinho.

— Nós... Jamais saberemos o que a vida nos reserva. Mas uma coisa é certa: em meio a confusão que ela pode nos causar... Tudo o que acontece tem um propósito, seja ele bom... Ou mal! - Guadalupe dá os seus últimos suspiros, enquanto vira pó novamente ali mesmo na floresta.

****

2022

Um motoqueiro andava em alta velocidade por uma estrada. Ele para em um posto de gasolina ali próximo e vai a loja de convêniencias.

Pagando o que comprou, ele faz uma pergunta para a caixa.

— É... Por favor, falta muito para chegar em Strangersood? - Diz ele.

— Não muito. Mas... Porque quer ir lá? Aquele lugar hoje praticamente é uma cidade fantasma. - A caixa verifica o cartão dele.

— Só gostaria de visitar mesmo. - Ele estava mentindo.

— Seu cartão foi rejeitado, senhor Justin. - Responde ela.

****

Chegando próximo a cidade, ele ainda consegue ver a placa de entrada enferrujada e velha.

BEM VINDO A STRANGERSOOD

Mas a cidade está em ruínas. Toda destruída. Parece que tinha sido atingida por um apocalipse.

Justin apenas encara a mesma e entra pela cidade com a moto. O barulho do motor do veículo ecoa pela cidade. Era o futuro que Guadalupe havia previsto.

×××××

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