Aquele Piloto (Romance Gay)

De IanFontinele

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Aaron é jogador de futebol americano em uma escola particular de adolescentes importantes em Colorado (US). A... Mais

Correr Para Viver?
Me Intimide Com Seu Olhar
Ás Vezes Não Temos Escolha
Tudo Para Ficar Mais Próximo De Você
Uma Visão, Várias Vozes
Falta De Conhecimento Traz Ignorância
Impulsos Provocados Pela Raiva
A Mídia E A Falta De Privacidade
Quais As Consequências Dessa Paixão?
O Nervosismo Provocado Pela Falta De Informação
Por Água Abaixo
Uma Vida Em Exposição
Em Que Foi Se Meter?
A História Se Repete
Se Gosta Tem Que Tentar
O Outro Lado Da Mídia
Manipulação Mental Em Forma De Pessoa
Vitória Pública Merece Comemoração Particular
Foco Para Alcançar Os Sonhos
Descobertas E Emoções À Flor Da Pele
Uma Tragédia De Grande Impacto
Tudo Em Câmera Lenta
Consequências Doloridas
O Mundo Em Uma Nova Perspectiva
Uma Nova Rotina Com Liberdades
O Amor Sempre Ajuda A Vencer Obstáculos
Aceita Ser Feliz Comigo Pra Sempre?
E Aí, Tá Pronto?
Mais Invasão, Menos Paciência
Tente Segurar Sua Raiva
Não Divido O Que É Meu
Desconforto E Compromissos
Ódio Correndo Pelas Veias
O Nascimento De Um Novo Romance?
Início De Algumas Paranoias
Reconhecimento Merecido
Experimente O Gosto Amargo Do Meu Ódio
Deixe-me Descobrir Quem Realmente É Essa Mulher
Fim De Uma Fase
Amigos Não Dizem Adeus, Dizem Até Logo
Olá, Vida Adulta (Último Capítulo Part I)
Olá, Vida Adulta (Capítulo Final)
Nota Final
Capítulo Bônus (Único)

Too Good At Goodbyes (Penúltimo Capítulo)

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De IanFontinele

×Visão de Aaron

– Você tá inquieto, desde manhã. – falo para Finn e ele se senta no canto da cama, me olhando em seguida.

– Amor, eu só tô nervoso. – responde e eu o observo mais um pouco. Ele se levanta em seguida e Dá uma volta pelo quarto.

– Por quê? – Finn vem até mim, se sentando na cama novamente. Era uma segunda feira, ele estava nervoso e ainda estava arrumado para a corrida que deveria fazer, mas não fez.

– Você vai descobrir hoje, por favor, não faz isso comigo. – ele fala e eu continuo avaliando-o.

– Tudo bem, se não confia em mim, não parecia falar. – rebato, fazendo chantagem emocional, eu queria saber o que estava acontecendo.

– Aaron... – Finn tenta falar, mas eu pego meu celular e começo a mexer nele.

– Tá. – digo, sem olhá-lo e ele respira fundo.

– Nesses dias que se passaram o Jamal descobriu mais coisas sobre a Elaine e Hans. – Finn fala e eu o encaro por alguns segundos, colocando o celular de lado.

– Como, por exemplo? – pergunto, esperando que ele termine. Finn então respira fundo mais uma vez, se rendendo.

– Ela já prestou queixa contra o Hans por agressão. – ele fala e eu me ajeito na cama.

– E o que vamos fazer? – pergunto e ele me encara por alguns segundos.

– Você, nada. – eu o encaro. – O Jamal descobriu alguns esquemas que o Hans fez de estelionato aqui nos Estados Unidos e quer fazê-lo confessar, mas só eu ou você somos capazes de fazer com que ele confesse. 

– Eu faço. – falo e ele me olha.

– Não, amor... eu que vou fazer. Você não tem paciência pra isso. – Finn fala e eu me vejo em uma situação delicada, mas não iria deixar Finn com Hans nem que fosse por minutos sozinhos.

– Amor... – me aproximo dele e toco seu rosto, fazendo com que ele me olhe nos olhos. – Eu, mais do que todos, quero ver esse cara pagar por tudo o que ele fez. Eu faço. – ele confirma com a cabeça, ainda desconfiado e reprovando aquilo.

No horário do jantar Finn e eu nos arrumamos normalmente de forma elegante, para ir até o lugar. Na entrada, tinham diversos paparazzi que tiraram fotos nossas como sempre faziam, mas com o tempo deixava de ser algo extremamente chamativo então raramente iria sair dali alguma reportagem ou alguma matéria sobre nós.

Quando entramos no salão, percebemos que o lugar estava muito bem decorado e que tinham diversas pessoas bem influentes nele. Cumprimentei Ellen, que para a minha surpresa estava com Rosie. Elas provavelmente já tinham reatado o namoro, pois tudo parecia estar em ordem e outros convidados, como Emma e Dominic, mas Dominic não estava exatamente como convidado.

De longe, vi Hans, sentado junto com Dylan na mesa que eu me sentaria com Finn, já que era a mesa da minha família. Eles conversavam o que parecia ser um papo interminável, mas bastou me verem para o papo desaparecer e dar espaço para que eles me encarassem durante todo o tempo que andei com Finn pelo salão. Aqueles olhares não me incomodaram por eu saber que estavam sendo direcionados a Finn, mas foi pior do que isso, já que eu me sentia extremamente desconfortável ali, como se algo horrível fosse acontecer aquela noite.

Me sentei com Finn de frente para os dois na mesa, mas assim que nos sentamos Finn me puxou para uma selfie, beijando meu rosto e me arrancando um sorriso. Eu não sabia exatamente se ele conseguia fingir que não ligava ou se ele realmente não ligava para a presença dos dois, mas todos os meus pensamentos sumiram quando meu pai apareceu no palco do lugar, junto de Elaine.

– É um prazer pra nós recebê-los aqui hoje para prestigiar nossa festa de noivado. Estamos noivos faz alguns dias, mas decidimos chamá-los agora para uma festa, para oficializarmos a nossa situação juntos perante todos os nossos amigos e familiares, que apoiam essa união, então obrigado. – meu pai fala e todos aplaudem.

– Esperamos que possam se divertir com a festa que eu e o homem da minha vida organizamos com todo carinho para vocês. – Elaine fala e eu sinto uma ânsia de vômito vir ao ouvi-la chamando meu pai de "homem da minha vida" como se não o traísse com Jamal.

Felizmente eles não se beijaram naquele momento, pois tenho certeza que minha ânsia seria ainda maior. Eu não conseguia entender como ela conseguia fazer isso... por mais que fosse ameaçada por Hans para tramar todo o plano de morte do meu pai, Elaine estava errada, principalmente por traí-lo e eu não me esqueceria disso quando tudo acabasse.

O jantar, por sua vez, foi acontecendo e eu simplesmente fiz com que Hans e Dylan tomassem a pílula da invisibilidade, logo eu não os enxerguei mais a mesa e isso fez com que eu pudesse me sentir melhor naquele momento. Curti o momento com Finn e cumprimentei meu pai pela festa dele. Também cumprimentei Elaine, mesmo não querendo tanto e quando eu precisei ir ao banheiro, me levantei com cuidado e saí, andando com dificuldade entre as mesas do lugar.

Quando estava saindo de uma das repartições do banheiro, vi que Hans estava de pé, na minha frente. Não seria a primeira vez que eu ia ter uma conversa desagradável com ele no banheiro e aquilo já era normal, afinal ratos adoram lugares com acesso fácil ao esgoto.

– Que belo ver meu casal favorito junto novamente. – Hans fala. Ele ainda tinha alguns curativos pelo rosto e parecia estar maquiado para não deixar tão aparente suas condições.

– Belo mesmo é ver o estrago que fiz na sua cara na última vez que nos vimos. – falo, indo em direção a pia e lavando minhas mãos.

– Calma, irmãozinho. – Hans fala e eu me viro, ficando de frente pra ele.

– Não me chama assim, seu lixo. – aponto pra ele.

– Nossos pais vão se casar agora, tenha certeza que você será meu irmãozinho. – Hans fala e solta um sorriso de deboche em seguida. Minha vontade era de dar mais um soco em seu rosto, mas não poderia, já que eu precisava arrancar uma confissão dele por tudo o que fez pra poder livrar meu pai de toda essa situação.

– É? – pergunto, quase rosnando pra Hans, que por sua vez solta mais um sorriso de deboche.

– É. – ele fala. Estávamos próximos, realmente próximos. Tão próximos que eu podia sentir a respiração dele no meu rosto.

– E você vai me contar quando as coisas que já fez? – pergunto e o olhar de Hans muda, mas não pra medo e sim pra curiosidade.

– O que você quer dizer com isso?

– Eu sei que você é um estelionatário. – falo e ele bufa, sorrindo em seguida.

– Ah, isso? Não é nada. – diz, me dando as costas, mas se vira pra mim em seguida. – São pessoas idiotas que tive que arrancar uma grana, mereço mais que elas. 

– É assim que você e sua mãe se mantêm? Roubando de outras pessoas? 

– Minha mãe é uma cadela inútil, ela não merece ser envolvida nas coisas que eu faço. – Hans fala.

– Não merece mesmo? 

– Não. E não porque eu gosto dela e sim porque ela não seria tão inteligente pra fazer parte disso. – Hans fala e eu sinto o tom de desprezo que ele tem por Elaine falar alto.

– Eu odeio você. 

– Claro que odeia, eu também odiaria uma pessoa que pode tomar seu namorado de você a qualquer momento. – Hans fala e eu sorrio, era ridículo como esse doente acreditava mesmo que Finn iria se apaixonar por ele.

– Você acha mesmo que o Finn teria coragem de namorar com você? Se olha no espelho, Hans. Você é um doente.

– Me olho todos os dias no espelho e pode ter certeza que quando eu tiver todo o dinheiro do seu pai, ele vai se interessar sim. – sinto nojo subir pelo meu corpo. – Porque você acha que ele tá com você? Você tem dinheiro.

– O Finn recebe dinheiro demais da Mercedes e do trabalho que ele faz como modelo pra várias marcas, pode ter certeza que ele não liga pro dinheiro de ninguém.

– Vamos ver quando eu tiver todo o dinheiro que você tem. 

– Qual é o seu plano, seu lixo? – pergunto, sem destravar meu maxilar, com a boca quase fechada.

– É fácil, minha mãe vai casar com seu pai, ele acidentalmente vai morrer junto com ela e eu vou ficar com tudo. – Hans fala e sorri, gesticulando. Eu estava recebendo a segunda confissão dele no mesmo dia.

– Impossível, nem filho dele você é, animal.

– Mas sou dela. Ela iria herdar todo o dinheiro dele, mas como morreu junto com ele... – Hans fala e eu entendo o que ele quer dizer.

– E se eu matar você antes? – pergunto, me aproximando dele.

– Oh, você não pode. Vai começar a jogar em time da NFL daqui um tempo, não queremos você em encrenca, queremos? – Hans pergunta e eu fecho meu punho com força.

– Cuidado. – falo, apertando o nariz dele e Hans me encara com raiva, tirando minha mão de seu rosto, eu logo começo a andar.

– Aaron... – ele me chama, enquanto eu andava em direção a porta.

– O que é? – pergunto, me virando para Hans.

– Vai acontecer a mesma coisa que aconteceu com todos os meus ex-namorados, mas dessa vez com outra pessoa. Sinto muito pelo seu pai, irmãozinho. – ele fala e eu dou as costas, saindo dali no mesmo momento.

Vou andando um pouco atordoado até Finn e me sento ao lado dele. Olho pra ele e ele confirma com a cabeça, mostrando que Dominic escutou tudo o que foi conversado no banheiro. Me levanto novamente e vou andando até uma das salas do salão, com o olhar de Dylan sobre mim, passando por todos os convidados e entrando na sala do segundo andar, onde Dominic e outros policiais estavam.

Eles tiram todos os fios de escutas que eu estava no meu corpo e logo saem correndo em direção ao salão, a procura de Hans. Fico olhando pela porta, enquanto eles começam a passar por entre os convidados. Vejo Hans saindo do banheiro e correndo até meu pai quando vê a polícia indo em sua direção. Hans se aproxima do meu pai que estava em pé conversando com um homem por trás, segurando-o pelo pescoço e apontando uma arma pra ele.

– Fiquem longe ou o governador McDevitt morre! – ele grita e todos os convidados ficam apavorados, alguns se ligam no que estava acontecendo naquele exato momento.

– Acabou, Hans. Abaixa a arma e vamos conversar! – Dominic fala, se aproximando dele com sua arma em punho.

– Não. Não vou ser preso, eu não saí do Canadá pra ser preso nessa bosta de país. – fala, atordoado. – E você, sua vagabunda, porque me trouxe de volta? – grita para Elaine, que fica assustada. – Eu tinha que matar você também, pra aprender.

– Hans, olha aqui pra mim... – Dominic fala e Hans o encara. – Não é hora pra isso. Abaixa a arma e posso negociar uma pena pra você.

– Pessoas como eu não ficam presas. – ele fala e ressalta que não sairia dali preso de forma alguma.

– Hans, vamos conversar... – Dominic tenta. – Abaixem as armas. – pede para todos os policiais, que fazem o que ele pediu. – Viu? Hans, podemos conversar como homens?

– Fala logo o que você quer.

– Eu quero que você se acalme, que não tome medidas que irá se arrepender. – Dominic fala. Ele ainda estava com sua arma na mão, mas não a mantinha apontada para Hans.

– Eu quero o filho desse verme aqui. – fala, e quando vou começar a andar alguém me segura.

– Você não vai. Ele vai atirar em você. – um policial fala.

– Melhor em mim do que no meu pai. – digo e o policial sinaliza um "não" com a cabeça, me segurando com força.

– Tenho ordens pra não deixar o senhor sair daqui. – o policial fala, ainda me segurando e eu volto a atenção para o que estava acontecendo perto do palco, um pouco abaixo de mim.

– O Aaron já está longe daqui, Hans. – Dominic diz e Hans coça a cabeça com sua arma, inquieto.

– Eu não vou ser preso! – fala novamente e é ai que ele faz.

Hans dá um tiro na costela do meu pai e aponta para outros convidados. É nesse momento que Dominic e outros policiais atiram nele, que cai morto nos próximos segundos e os convidados começam a gritar e a correr, loucos para sair do salão. Me soltei do policial que me segurava e desci do lugar onde estava correndo, indo em direção ao meu pai, que estava no chão. A bala que ele levou entrou pela sua cintura e atravessou seu corpo. Ele sangrava bastante e quando cheguei até ele, comecei a tentar estancar o sangue, enquanto outras pessoas chamavam a emergência.

– Pai, pai... você vai ficar bem... – falo, me ajoelhando próximo dele.

– Não, não vou. – meu pai responde, olhando rapidamente seu ferimento e voltando sua atenção pra mim.

– Pai... por favor, pai... – tento chamá-lo, mas eu já começo a chorar, não conseguindo me concentrar direito no que estava fazendo. Sinto a mão de Finn sobre a minha, me ajudando a parar aquele sangramento.

– Sempre quis ser seu super-herói, mas parece que não sou. – meu pai fala e solta um sorriso de lado. Ele deveria estar sentindo muita dor. Ellen se abaixa e me ajuda também, apoiando a cabeça do meu pai em sua perna e deixando a forma como ele estava no chão mais confortável.

– Pai, fica comigo... – peço, chorando.

– Aaron... olha nos meus olhos, filho... – ele pede e eu faço. – Seja feliz. – fala e meus olhos continuam expulsando quantidades enormes de lágrimas.

– Pai... – tento falar, já quase não enxergando nada por causa do choro.

– Você vai ser feliz, vai construir uma família e sempre vai se lembrar que o importante da vida é ser feliz e ter a quem amar. – ele fala, com dificuldade.

– A ambulância já está a caminho. – Dominic me fala.

– Pai, a ambulância já está vindo. – falo, tentando ignorar o que ele me disse, como se ele estivesse se despedindo.

– Nós sabemos que isso aqui é um adeus. – ele segura minha mão e a de Finn, juntas, tirando-as de sua cintura. – Eu te amo, meu filho. Você é a coisa mais preciosa que eu já tive na minha vida... – me fala e olha para Finn em seguida, soltando um sorriso pra ele.

– Eu também te amo, pai. –falo e ele me olha, soltando mais um sorriso curto de lado pra mim, perdendo a força das expressões em seguida e morrendo ali mesmo.

Meu pai faleceu. Ele foi levado até o hospital, mas foi constatado que não tinha mais nada a ser feito. O país se comoveu perante o que aconteceu. Pra mim foi estranho, estranho pensar que eu nunca mais o veria, que eu nunca mais iria rir com alguma brincadeira que ele fez ou me irritar com alguma frase mal dita.

Quando cheguei em casa no dia do acontecido, me joguei na cama e a trilha sonora da minha vida aquele dia foi a música "Too Good At Goodbyes" do Sam Smith, música essa que eu fiquei o resto da minha noite inteira escutando, enquanto recebia o abraço de Finn. Não consegui chorar, eu estava em estado de choque e o pedido do meu pai para que eu me mantivesse amando e sendo feliz ecoava na minha mente como um consolo.

Na manhã seguinte, levantei e me arrumei para o velório, que já estava todo organizado. Ele tinha sido organizado pela assessoria política do meu pai, mas a meu pedido o velório foi totalmente fechado apenas para amigos íntimos e familiares, com seguranças na rua inteira, evitando qualquer aproximação dos paparazzi até mesmo da igreja onde seria.

Uma pequena igrejinha no subúrbio de Denver foi a escolhida para a cerimônia, cerimônia essa que eu fui o porta voz depois da missa que foi guiada pelo padre. Frequentávamos aquele lugar antes que nossas vidas ficassem corridas demais para isso e tenho certeza que se meu pai pudesse pedir, pediria para que sua cerimônia fosse ali.

– Meu pai era... amor... – começo a falar, passando meus olhos por todos que estavam ali, incluindo até mesmo a minha mãe, que não falava nada nem olhava para os lados. – Ele sempre valorizou o amor e de uma forma estranha, também valorizava bem a felicidade, mesmo que às vezes parecesse um pouco desanimado. É estranho pensar que nunca mais o verei, porque desde que o meu pai se foi continuo sentindo ele comigo, como se estivesse ao meu lado, me guiando nas palavras corretas para defini-lo, afinal ele tinha uma imagem a prezar. – algumas pessoas que trabalhavam diariamente com ele soltam sorrisos entristecidos, por saberem que o que eu estava falando era verdade. Meu pai realmente tinha um cuidado especial com sua imagem pública. – Nós dois brigamos e brincamos, sorrimos e fomos completamente ignorantes um com o outro, mas o amor nunca desapareceu. Até mesmo quando nos vimos enrolados em problemas com a mídia e com invasão de privacidade, sempre senti que meu pai estava aqui, estava comigo como ele sempre esteve e sempre estará. Ele foi ausente quando precisou, mas recompensou isso quando pôde e nunca me deixou desamparado. Meu pai era uma pessoa incrível e um pai fiel, o tipo de pessoa que sempre estará em nossos corações. Eu te amo James, eu te amo... – termino meu discurso.

O velório continuou e as pessoas dentro da igreja choravam, mas na minha cabeça o Sam Smith continuava cantando, enquanto Finn segurava minha mão.

I'm way too good at goodbyes... (Eu sou bom até demais em despedidas) – Sam Smith.

A campanha do meu pai foi finalizada após o seu falecimento. Elaine foi presa por ter ajudado Hans com os planos dele e Jamal conseguiu outro trabalho como segurança do governador de Ohio, pela fama interna entre políticos que conseguiu ganhar em descobrir infidelidades. Finn e eu começamos, com o passar dos dias, a voltar para nossa rotina normal.

O testamento do meu pai foi lido e eu fui seu único herdeiro, o que deixou minha mãe enfurecida, já que agora ela estava completamente pobre e sem trabalho ou renda. Eu, sinceramente não seria a pessoa que ajudaria ela nesse momento. Meu pai também tinha algumas ações de empresas e eu herdei todas, fora os imóveis e todos os outros bens dele como joias, carros e outras dezenas de coisas que eu não sabia que ele possuía.

Tive uma reunião com o meu novo time para assinar os contratos para me tornar jogador profissional do mesmo e Finn estava no Kansas aquele dia, treinando para correr pra Mercedes nos próximos meses. É, já se passaram alguns meses desde que toda a minha vida mudou completamente.

Acabei com o meu canal no Youtube, mas as publicações no Instagram continuaram somente para conversar com meus fãs. Agora estava recomeçando a minha vida de uma forma diferente e Finn também, mas juntos, como sempre estivemos.

– Isso aconteceu ontem e foi nesse momento Aaron McDevitt, filho do ex-governador do Colorado, James McDevitt, assassinado no meio do ano, assinou os papéis e fechou contrato com New England Patriots, o que ninguém esperava! – um dos comentaristas de um canal de esportes fala para o outro que estava com ele.

Todos acreditavam que Aaron fecharia oficialmente com o Washington Redskins, mas parece que o rapaz mudou de ideia. – o outro responde.

O que é entendível, já que Aaron sofreu ataques na última semana sobre a sua sexualidade dentro do time, o que já deveria ter sido superado. – o primeiro comentarista fala.

– Lembrando que foi descoberta a homossexualidade de McDevitt ano passado, então não era mais novidade pra ninguém... – outra comentarista completa.

– De qualquer forma, parabéns McDevitt, você é um grande Jo... – desligo a televisão.

– Tá feliz com a sua decisão? – Finn me pergunta, enquanto estamos deitados na cama de um hotel em Massachusetts.

– Não sei, qualquer coisa saio do time. –falo e ele me olha.

– Quando vai ser o primeiro jogo? 

– Essa semana. 

– Você consegue, meu amor... – Finn fala e me beija. Estávamos juntos ali, deitados, depois de transar.

Já estávamos em setembro e a semana da NFL estava próxima. Quer uma surpresa mais louca ainda? Meu primeiro jogo seria contra o time Kansas City Chiefs. O que isso quer dizer? Que o meu primeiro jogo seria contra o time de Tom. Me desejem sorte, sou acostumado a jogar junto com aquele idiota, não contra.

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