Meu vizinho se chama Vlad

By Lyhalmeida

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Jean Mhorelly é uma colegial prestes a fazer 18 anos no ultimo ano do ensino médio. Ela é como qualquer garot... More

Esquecer é inevitável.
Vlad.
Bata antes de entrar.
Não tem pra onde correr.
Capitã.
Pilotando a mente.
Desaparecida.
Não vou mergulhar na solidão.
Caindo no precipício.
Encurralados.
Saindo do escuro.
Romênia.
Clãs.
Quando o relógio avisa.
Dezoito.
Midnight
Você paga o que deve.
Minha espada, meu escudo.
Sem dor, sem glória.
Onde está a sua lealdade?
Antes tarde do que nunca.
O sangue nos conecta.
Adeus, amigo. Olá,inimigo.
Forasteira.
Um dia da caça, outro do caçador.
Você colhe o que planta.
Legado pendurado no pescoço.
Você se foi e eu fiquei.
Mente Blindada.
Tudo vem com um preço.
O que não te mata, te fortalece.
Na pele do desespero.
Meu sangue derramado.
Nos perdemos para a escuridão.
Um caminho sem volta.
Controle.
O lado escuro da alma.
Não superamos a dor, apenas lidamos com ela.
Finalmente só.
Caminhamos em cacos de vidro.
Donos da verdade.
Feitos de aço.
Minha eterna maldição.
O mapa.
O solar Frankenstein part.I
O solar Frankenstein part.II
Eu estou afundando.
Laboratório subterrâneo.
Aceite o que você é.
Declarando guerra.
Se afogando em pensamentos.
A compaixão pode aliviar o coração.
Aliados.
Pertencemos a um futuro incerto.
Temer a vida ou a morte?
AVISO IMPORTANTE(atualização 27/12/2021)
O infiltrado
Coração partido
Nicholas, o impiedoso.
Perdendo o equilibrio.
Tirem suas dúvidas!

A terceira noiva.

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By Lyhalmeida

***

Olive correu até as tulipas vermelhas, os cabelos dela voaram ao ritmo do vento. Ela arranca uma tulipa Vermelha de sua raiz e corre para junto de mim.

- Sua preferida.- diz ela me entregando a tulipa.

- Você me conhece tão bem Liv.- digo cheirando a tulipa, o perfume tinha aroma de paz.

- Acha que a mamãe e o papai vão mesmo se separar? não quero me mudar pra longe.- seu medo era transparente.- Preciso de você Jay.

Nos deitamos na grama. Estávamos deitadas no Jardim de casa e o dia estava tão lindo e glorioso. Os galhos das árvores balançavam e as folhas caiam lentamente, o vento estava meio forte e a grama nos abraçava.

- Não quero que vá embora. Mas se você for... será minha amiga para sempre.- digo empurrando o braço dela e ela ri.- Somos pequenas ainda, temos uma vida inteira Liv. Nossa amizade é eterna.

- Você promete?

Me viro para responder Olive, mas ela estava coberta de sangue e seu braço estava dilacerado.

Acordo suando no meio da noite.

Olho ao redor e percebo que ainda estava na mansão. Ontem eu havia trancado a porta do quarto e jogado a chave na privada.

Passei uma semana trancada no quarto, eu não comia, mal dormia, ficava debaixo do chuveiro durante horas, batiam na porta perguntando se eu estava viva e eu não respondia.

Eu não estava afim de conversar, nem de olhar na cara deles, não importa quem fosse. Eu não queria ninguém perto de mim. Levanto da cama e vou até a varanda, havia vários homens treinando no campo com lanças e tipos diferentes de armas. Algumas eram estranhas, não dava para ver direito como eram pois a altura do meu quarto equivalia a uma torre.

Saio da varanda lentamente para me esconder quando vejo Vlad andar até o campo sem blusa. Lembrei do treino de lacrosse na escola, quando Vlad fez teste para entrar no time, ele estava alegre, determinado. Mas hoje, ele parecia estar com raiva.

Ouço batidas breves na porta, vou até a cama e me jogo nela sem me importa com quem estava batendo. Eu não ia abrir de jeito nenhum, não queria saber, eu só queria dormir e chorar até não poder mais.

- Jean!- era Safíre falando do outro lado da porta, ela começa a bater mais rápido.- Por favor, abra a porta. Já faz uma semana que você está aí dentro e não deu um sinal de vida.

Fiquei em silêncio.

- Jean...- ela continua.- Você não comeu por quatro dias, não saiu desse quarto, nem se quer abriu a porta.

- Vá embora.- eu grito e depois jogo um travesseiro na porta com todas as forças, eu estava cansada e com raiva.

- Jean abra a porta por favor.- era a voz de Nick.- Você precisa comer, seus órgãos vão parar de funcionar.

- Eu não ligo! não ligo! não quero saber!- digo me alterando.- Saiam daqui!

- Você vai morrer se não se alimentar logo.- Safíre estava com a voz diferente.

- Só...- eu tento me acalmar.- Apenas saiam.

Um silêncio se fez depois de eu me jogar novamente na cama. Fiquei encarando o teto por um bom tempo, ele estava cheio de pinturas antigas e medievais, talvez houvesse uma história ali.

O tempo passou rápido demais, eu não prestava atenção na hora ou no céu lá fora, eu apenas focava no teto, em como ele era misterioso e lindo de forma única, em como ele era extenso e alto.

Toco rapidamente o lado direito do meu abdômen, quando pontadas fortes e bruscas surgiram de repente. Elas começaram a aumentar e ficarem mais forte, levantei da cama para correr até o banheiro e me apoiei na pia quando pensei que iria cair.

levanto a blusa de seda que eu estava usando e me espanto com o hematoma roxo bem visível no meu abdômen. Estava horrível.

Grito de dor quando ouso tocar no hematoma, estava dolorido e ardia ao toque. Minha respiração começou a ficar lenta e meus braços estavam perdendo as forças, caio no chão lentamente e meus olhos fecham e abrem.

- Droga...- eu sussurro para mim mesma.

Tento levantar devagar, mas acabo caindo de novo no chão. Eu não estava mais sentindo as minhas pernas. Dou um breve suspiro e me concentro em levantar, eu não podia me desesperar.

O ser humano não podia viver sem comer e sem beber água. Era como alimentar um carro com gasolina, você tem que colocar gasolina para ele poder andar. Mas se você deixar o tanque esvaziar e não colocar mais gasolina, o carro para de funcionar.

Eu deixei meu tanque vazio por muito tempo e meus órgãos já estavam começando a parar.

A sensação de ficar totalmente imóvel se foi, pois comecei a sentir minhas pernas novamente. Levantei meus braços e me apoiei no chão para levantar, me encosto na parede do banheiro e volto a encarar o espelho. Me espantei com o que eu vi, meus olhos estavam brilhando em um tom diferente de azul, eles estavam parecidos com os de Vlad.

Pisco sem acreditar no que eu estava vendo, de repente eles voltam ao normal. Comecei a achar que estava alucinando devido a falta de comida.

Saio do banheiro e vou direto para cama, eu ainda estava com muita dor no abdômen. Me jogo na cama e me envolvo nos lençóis, o céu já estava escurecendo.

- Jean?

Eu estremeço quando escuto a voz familiar por trás da porta. Era Olive.

Me levanto da cama lentamente sem acreditar no que acabei de ouvir. A dor no meu abdômen era quase insuportável, mas não me impedia de andar até a porta.

- Liv?- eu chamo por ela.- Liv você... você está aí?

Abro a porta do quarto e saio cambaleando pelos corredores na esperança de que Olive esteja mesmo em algum lugar. Ando com dificuldade até a escada e desço cuidadosamente quando o hematoma no meu abdômen começa a latejar e arder.

Não tinha ninguém no grande salão, ele estava vazio, abro a porta da frente e levo o braço até os olhos quando o sol bate com muita força no meu rosto. Balanço a cabeça tonta e me surpreendo com o campo de treinamento, ele estava lotado pela multidão de vampiros.

Começo a lagrimar quando vejo Olive no centro do campo, ela estava lutando com Vlad. Parecia um treinamento.

- Você está melhorando bastante.- Vlad elogia ela com um sorriso.

Olive dá um mortal por cima de Vlad e aponta uma espada com pedras esmeraldas no cabo.

- Cuidado.- ela avisa rindo.- Eu posso ter ficado melhor que você.

Os dois riem juntos e o resto dos vampiros aplaudem o final da luta. O Drácula observa Olive atentamente e depois se dirige aos dois.

- Fez bem em convertê-la em uma noiva.- o conde dá tapinhas leve no ombro do filho.

- Noiva?- a minha voz foi tão alta que todos se viraram para mim. Olive largou a espada para me encarar calma, Vlad estava cheio de emoções, eu não conseguia ver bem o que ele estava sentindo naquele momento.

- Senhorita Mhorelly.- o conde coloca as mãos atrás das costas e sobe um degrau da escada na qual eu estava.- Que prazer em revê-la.

- Eu até poderia dizer que o prazer é meu. Mas não sinto nada quando se trata de você.- eu digo tentando abafar a raiva.

- Entendo.- ele abaixa a cabeça.- Mas deve estar bem feliz de estar aqui, afinal, sua amiga passou no teste final da transição. Devia estar orgulhosa.

Lanço um olhar para Olive, ela nem se quer me olhava, parecia estar atenta no conde. Ela não gostava de armas, nem de lutas, abominava a ideia de ter que usar armas de fogo ou facas para se defender um dia.

- Jean, você está bem...- Safíre surge na multidão com o rosto aliviado.

- Eu vou voltar pro meu quarto.- digo dando passos para trás.

- Você não vai ficar para celebrar conosco?- pergunta o conde.

Eu paro na entrada.

- O que devo celebrar exatamente?

- A Vitória de Olive.- lembra ele com um pequeno sorriso.- Não está feliz por ela?

- Vocês são loucos.- digo me afastando.

- Não deixei você ir Jean.- o conde aumentou a voz.- Ora, vamos...- ele diz tentando se acalmar, eu estranhei a forma como me tratava.- Ficou tempo demais trancada no seu quarto.

- Minha melhor amiga morreu.- eu digo com firmeza, mas havia tristeza na minha voz.- Eu estava de luto.

Todos ficaram em silêncio, até Olive. Ela parecia mudada. Não do jeito que alguém muda de visual, era mais pra alguém que havia trocado de personalidade.

- Deixe-a ir pai.- Vlad pede sem me olhar nos olhos.- Ela já passou por muita coisa.

O conde aperta os lábios.

- É claro.

Entro na mansão e fecho a porta atrás de mim deixando todos me vendo ir embora do campo de treinamento.

Olive estava viva, não totalmente, mas estava. Uma parte minha pulava de alegria e alívio, mas outra parte dizia que minha amiga tinha morrido no grande salão.

Decidi ir para o quarto me trancar de novo.

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