Peeta
Chegamos em Havana e a primeira coisa que fiz quando pisei no chão lustroso do aeroporto foi olhar meu celular e ver se havia alguma ligação ou mensagem perdida da Alicia. Me apavorei quando não vi nada, porque isso não estava certo, não mesmo! Nos falávamos todos os dias, até quando eu não podia vê-la e porra! Ficar no silêncio depois de tanto tempo tendo com quem conversar, fora da bolha que era meus amigos, era foda pra caralho.
O que estava acontecendo comigo?
Não costumava ligar muito para essas merdas e me surpreendia ao notar que estava errado desde o começo e que talvez, ter meu coração quebrado pela irmã, o tivesse tornado incapaz de se abrir para outra pessoa.
Mesmo com Ally e seu sorriso extremamente doce.
Sophie me lembrava ela e por esse motivo eu temia tanto pela garota. Kellan não poderia quebrar o coração dela assim como eu não poderia quebrar o da Alicia, seria inaceitável, imperdoável.
— Nada? – Miles perguntou e eu podia jurar que ela também estava preocupada.
— Ainda não... – Disquei seu número novamente e dessa vez caiu direto na caixa postal, o aparelho desligado me deixando ainda mais preocupado. – Tá desligado...
— Que estranho! – Miles falou e eu concordei com um aceno.
— Deixa a Ally por um tempo, Peeta! Ela deve estar pintando algo bem foda e deve ter se esquecido do celular! – Ry falou, andando ao meu lado, prestando atenção na foto na tela do meu celular.
Uma foto nossa, o que era um milagre, porque eu não costumava tirar fotos, muito menos colocá-las de contato.
A do Ryan era uma bunda.
Do Kellan latas de lixo.
E da Miles, bem da Miles, o poço do filme O chamado. Uma piada interna nossa que nos fazia gargalhar sempre.
Por esse motivo a surpresa foi geral quando viram a foto do contato da Alicia pela primeira vez. Deveria ter me preparado para o bombardeio de perguntas que se seguiu, mas era questão de intimidade, eu os conhecia muito melhor e me sentia à vontade para brincar, já com Ally eu nunca sabia de nada, estava sempre nadando em incertezas, ou perguntas sobre o que ela diria referente à alguma coisa.
E isso me deixava louco uma boa parte do tempo, louco do tipo insano!
Metade do meu dia eu queria correr atrás dela.., e na outra metade correr da sensação que ela despertava em mim!
— Deve ser. – Concordei, sem qualquer traço de alívio.
— Para de ser meloso, que tá parecendo a Miles!
Não era questão disso, era questão de estranhar o sumiço dela e me preocupar com isso!
Porra! Quem eu seria se não me preocupasse?
*******
— Quem acha que o Peeta vai ficar louco até a Ally ligar levanta a mão! – Ryan falou e todos levantaram a mão, inclusive Sophie.
— Parem com essa palhaçada!
Parecia que eu tinha sido pego para a zoeira!
Estávamos indo embora para o hotel, logo depois do show e nesse instante somavam-se mais de vinte e quatro horas sem qualquer notícia dela. Como eu ficaria tranquilo com uma merda dessa? Poderia acontecer muitas coisas, ela poderia sei lá ter sido sequestrada, afinal, algumas fotos nossas tinham vazado e estampado capas de revista de fofocas. Como eu controlaria o nervosismo?
Respondendo à minha prece, o celular começou a vibrar na minha mão e ao ver seu contato, o alívio me dominou e soltei um puta que pariu baixo, agradecendo.
— Aconteceu alguma coisa?
Não dei tempo para que ela me dissesse oi, nem qualquer outra merda, a preocupação explodindo em mim, como uma catástrofe prestes a acontecer.
— Aconteceu sim... E eu acho que tenho que ser sincera com você, Peeta... Não sei como vai reagir, não sei o que vai querer fazer, só sei que você precisa saber — Ela deu uma pausa e dizer que meu coração batia na garganta não era um eufemismo. — A Abby está de volta... E eu não sei como podemos fazer as coisas darem certo agora, não sei se ainda sente algo por ela, eu só não sei.
Nem eu.
Ouvir o nome dela me deixando em estado de choque, sem saber como reagir, ou o que pensar.
O celular parecia pegar fogo na minha mão e minha voz simplesmente não saía, se recusando a dar o gosto da dúvida para o meu consciente.
Abby ainda mexia comigo?
Que porra eu faria se a visse?
— Por isso não ligou... — Falei baixo, entendendo seus motivos, entendendo mais ainda que Ally tanto quanto eu não sabia o que fazer.
Chegamos em uma encruzilhada das nossas vidas, com dois caminhos passíveis de escolhas, e achava que nenhum de nós dois sabia qual era o certo a seguir. Decisões erradas podendo nos acompanhar para o restante da vida, como uma lembrança do erro.
— O que aconteceu, Peeta? — Miles perguntou, notando a forma como eu mudara de humor repentinamente. Fiz um sinal que assim que terminasse a ligação nós conversaríamos.
Não via mais motivos para sorrir despreocupado. O passado estava de volta e ele cobrava seu preço, mesmo eu fugindo dele o tanto quanto consegui.
Queria xingar algo, queria gritar que ela fosse à merda por voltar, mas e então eu deixaria que me manipulasse novamente? Pensava que não, mas desde quando eu superara alguma coisa? Bastava me lembrar de tudo que eu sentia a força da escuridão me puxar novamente e como sairia de lá sem ter a Miles com quem contar?
Minha esperança era ter outra pessoa pra me ajudar, mas e se essa pessoa decidisse ir embora também?
Não a culparia, até porque entendia a situação complicada em que a colocaria.
— Foi. — Alicia respondeu, pesarosa, sua voz baixa diminuindo ainda mais a minha esperança.
— E como ficamos?
Não enrolaria, precisava saber para me preparar e ficar sozinho novamente. Depois de mais tempo com ela do que com qualquer outra tinha me acostumado a ter pra quem ligar, ter com quem conversar quando os caras estivessem ocupados demais para me ouvir.
— Não sei, Peeta, realmente não sei.
Levei a mão aos olhos, frustrado, tentando acordar do pesadelo.
Por que?
Por que justo agora?
— Podemos sei lá, nos encontrar pra conversar? Não quero ter essa conversa por telefone, Ally, realmente não quero.
— Abby está comigo, no loft.
Respirei fundo, só podia ser sacanagem da vida, justo quando eu conseguia tocar a felicidade, ela era levada para longe de mim, longe do alcance dos meus braços.
— Passa em casa, por favor? — eu estava mesmo pedindo por favor e devia ter perdido toda a razão, porque não me lembrava de ter perdido por favor à nenhuma mulher antes.
— Não sei se é uma boa... Ela vai desconfiar.
Que se fodesse ela! Mas que merda do caralho! Eu não devia nenhuma explicação àquela maluca e Alicia também não, porque estávamos deixando que esse fantasma fosse uma grande coisa entre a gente?
— E qual o problema?
— O problema é claro, Peeta! Ela quer você, porra Peeta, ela quer você! Voltou pra te reconquistar, voltou pra foder com a minha vida, pra ferrar com tudo de vez e eu fico como? Saio quebrada como sempre, como todas as vezes em que ela queria competir? Não quero sofrer por tabela, simplesmente não quero!
Congelei no lugar, sem ter argumentos para ir contra o que ela dizia.
Queria me reconquistar? Me reconquistar? E se eu nunca tivesse gostado dela de verdade, se apenas tivesse me fascinado com a sua beleza e o seu jeito diferente do qual estava acostumado?
Simplesmente não queria ser manipulado como um peão em um jogo de xadrez e não seria, nem ferrando!
— Mas eu não quero ela! — Minha voz saiu alta e eu tinha certeza que meus amigos me olhavam interrogativamente.
Devia parecer um louco, o que não era diferente de como eu me sentia.
Perdia as rédeas da minha vida e já não queria mais voltar para como estava antes, parecia deprimente demais, quieto demais. Alicia pintando quando eu entrava no seu loft sendo a imagem que dominava a maioria dos meus minutos ociosos.
Eu sorri ao me lembrar, mesmo com o assunto tenso que ameaçava tudo.
— Peeta... Nós sabemos como tudo aconteceu, tem certeza do que quer?
Alicia foi direta e eu me assustei com isso, sem ter a resposta pronta na ponta da língua.
Eu tinha certeza? Merda! Eu tinha certeza?
— Eu...
— Tenho a minha resposta. — Sua fala um complemento sinistro da minha, como se ela soubesse que as dúvidas existiam e não poderia conviver com elas.
Eu tinha que lutar, mas não sabia contra o que lutar. Tinha que entender minhas questões, mas não sabia como formulá-las.
Ouvi o famoso som de linha encerrada e fechei meus olhos, percebendo a porcaria da brecha que abrira para a dúvida dela. Quem ficaria comigo depois dessa? Nem eu mesmo! Porra! Por que quando estávamos nos sentindo de bem com a vida algo sempre aparecia para atrapalhar?
— E aí? — Todos me perguntaram, suas feições refletindo a tristeza na minha.
A conversa não fora como eu esperava que fosse e sinceramente, queria ter ficado na ignorância e silêncio por mais algum tempo antes de receber esse soco bem dado no meio da cara.
— Ferrei tudo, puta que pariu, eu ferrei tudo!
O celular na minha mão parecia pesar uma tonelada e ninguém parecia entender o motivo para eu estar tão desolado como estava.
Se tivesse ouvido o que ela dissera entenderiam. Entenderiam tudo!
— Por que? — Olhei para minha amiga, sentindo que talvez minha salvação estivesse muito mais distante que a dela.
Sentindo as cores irem embora, junto com o arco íris.
— Abby está de volta... E quer me reconquistar... — Admiti, derrotado, ouvindo um coro de espanto de todos eles.
Sabiam o que isso significava, todos malditamente sabiam!
— Não pode deixá-la aparecer assim e achar que manda em você, que te afeta! — Miles falou, irritada.
Era muito mais fácil falar do que fazer. Olhei para todos eles e vi o desespero por mim nos seus olhos, temendo o que aconteceria dali por diante.
Eu voltaria a acumular toda a frustração e então me prenderia no meu mundo e ninguém seria capaz de me tirar de lá. Há anos eu tomara uma decisão quando tudo aconteceu e foi justamente por entender que eu não merecia, não quando causara tanto mal.
— Alicia acha que não vai dar certo com a irmã dela aqui...
— Ela acha que existe competição, é isso? — Miles perguntou e eu confirmei com um aceno de cabeça, desanimado — Esse foi seu erro, Peeta, não existe competição, sabe por que? Porque Abby não vai voltar para a sua vida, mas não vai mesmo! Nem que eu tenha que arrancar metade dos cabelos dela!
— Não pode passar nervoso, amor!
A fala do Emmett atraiu completamente nossa atenção e entendi na hora o que ele queria dizer. Ambos tinham dito que precisavam nos contar uma novidade, mas eu em hipótese nenhuma pensei que fosse "essa" novidade.
Cacete!
Miles grávida? Que loucura do caralho!
— Cala a boca, Emmett! Agora eles foram pegos de surpresa!
Olhei para Sophie que pelo visto já sabia, sorrindo da nossa cara de espanto. Hoje definitivamente sendo um dia de surpresas, algumas horríveis e outra nem um pouco horrível.
Teríamos um bebê na banda!
Cristo, que coisa louca!
— Podemos dizer que fomos surpreendidos novamente? — Ryan comentou, sorrindo, tentando aliviar o clima, por mais que eu sentisse que uma bigorna estava sendo solta bem em cima da minha cabeça.
— E agora? — perguntei, cedendo ao medo, como eu o combateria, afinal?
— Em relação à gravidez da Miles ou à Alicia? Estou confuso! — Kellan falou e eu o encarei, deixando claro o óbvio.
A Miles tinha o Emmett, ficaria muito melhor do que a gente, estava formando a família dela e a felicidade no seu rosto era evidente.
E a gente?
Três solteiros que só faziam merda?
Um que parecia estar se apaixonando pela porra de uma garota de dezesseis anos, eu que ficava com a irmã gêmea de uma mulher que despedaçara meu coração e eu não sabia o que sentia por ela, e o Ryan, que nem sabia o que fazia da vida ainda.
Bem-sucedidos na carreira enquanto no amor éramos uma negação.
— Enfim, acho que Abby não vale nada, nunca valeu! — Ryan falou e tinha algo que ele não contou, porque eu senti isso e pela forma como Kellan o olhou, sentiu também...
— Como sabe? — perguntei, percebendo que nem queria ouvir a resposta.
— Quando as coisas tiverem passado, conversamos. — Ryan respondeu sério e toda essa seriedade não era de seu feitio.
Sorte que nossa amizade era sólida o bastante para ser abalada por uma mulher com a índole duvidável.
— Devia contar — Kellan falou e eu fiquei confuso.
Porra!
O que eles não estavam me contando?
— Ficou com ela, Kels? — questionei.
— Eu? Merda! Claro que não!
— E você, Ry? — um deles ficara, agora estava quase claro na minha cabeça.
— Fiquei...
Cerrei meu punho, me sentindo traído por um cara que eu considerava um irmão, um cara que vira com detalhes tudo o que ela me fizera sentir.
— Sem brigas por causa de mulher, lembram? — Miles se colocou entre a gente, enquanto medíamos a força um do outro.
O que eu imaginei que nunca fosse acontecer.
— Foi muito tempo depois que largaram! Muito! E se quer saber, foi só sexo, porque não ficaria com ela, sabendo que isso te magoaria, Peeta! Cara, você é um dos meus melhores amigos, quem me ajudou desde sempre, por que eu quebraria suas pernas justo com ela? Abby não vale a pena, nunca valeu! Tentou ficar com o Kels enquanto estava com você e nem disfarçou isso!
Olhei para o Kellan, notando como engoliu em seco quando meus olhos se encontraram com os seus.
Eles sabiam que ela me enganava e ainda assim ficaram quietos? Que caralho de amigos eram?
— Se contássemos teria acreditado? — Kellan se defendeu, percebendo a raiva crescendo em mim. — Estava louco por ela! Louco do tipo que bateria na gente e nunca mais olharia na nossa cara se disséssemos uma porcaria de um A sobre ela!
Respirei fundo, tentando recuperar minha calma e bom senso.
Não poderia brigar com pessoas que sempre estiveram ao meu lado por uma mulher que nunca se importou com nada além dela.
Mais uma vez me via dividido, odiando quem me amava, por causa dela, por causa da sua maldita presença manipuladora na minha vida.
— Sai Miles, não vou brigar com ninguém. — Tanto ela quanto Emmett estavam prontos pra me segurar se preciso fosse, era claro.
Ambos me encaravam com atenção, esperando qualquer sinal de que eu perderia a linha.
— Certeza? Precisamos conversar, e vocês dois — ela olhou para Kellan e Ryan, com uma voz autoritária, longe de ser como nos tratava — tem que contar essa história direito, com todos os detalhes ou eu vou deixar o Peeta chutar a bunda de vocês!
— Por mim, não tenho o que esconder. — Kellan concordou e Ryan também, parecendo até mais leve por contar o segredo.
Odiava que precisassem ter esperado para me contarem a verdade, mas percebia que antes eu poderia ter ficado louco e realmente feito uma merda das grandes.
Os segui, agora quieto, sem qualquer vontade de conversar.
Segredos e mais segredos, isso era Abby voltando a fazer parte dos meus pensamentos.
***
— Vamos lá, contem tudo! — Miles pediu e eu sentei em uma das poltronas do enorme quarto.
Dessa vez ficamos separados por opção, nós três em um quarto, Emmett, Miles e Sophie na cobertura. A separação tendo que acontecer, mesmo que antes estivéssemos tão acostumados a dividir um quarto que Miles já nem ligava mais de nos ver sem roupa.
Provavelmente ela fora a mulher que mais nos tinha visto pelados e por incrível que pareça, uma das poucas que não deu a mínima para isso.
— Eu fiquei com ela quando reapareceu pra ver o Peeta, sei lá, não queria que ela chegasse perto dele, foi meio que uma sedução por tabela, pra poder impedir algo... Podem me julgar por isso?
Nem sabia que Abby tinha me procurado antes e por mais que admitisse não querer vê-la, saber que Ryan ficara com ela pra me tirar da linha de fogo não parecia nem um pouco legal.
— Deveria ter contado. — Miles respondeu justamente o que eu pensava.
Não ficaria puto com ele, se tivesse sido sincero desde o começo.
Contar agora, depois de tanto tempo, fazia com que o amargor me tornasse ainda mais desconfiado. Porém, eram meus amigos e nunca fizeram nada que me fizesse duvidar disso.
— Fiquei com medo de acabar sendo massacrado.
— Então ele me perguntou o que fazer e eu disse que o que os olhos não viam o coração não sentia. — Kellan falou, relaxado, admitindo que sabia desde o princípio — Ou os ouvidos não ouviam, algo assim, não acho que seja uma grande coisa, porque o Peeta nem estava mais com ela e claramente não queria estar.
— E que história é essa dela ter dado em cima de você enquanto estava com ele? — Miles tinha absurdamente pegado as rédeas da conversa e eu a agradecia demais por isso.
Não era capaz de formar uma opinião saudável no momento. Era bem capaz de julgar todo mundo, mandar à merda e sair para algum lugar, sem possibilidade de voltar logo.
Eu parecia um cão, prestes a lamber as minhas feridas recém-abertas, mesmo que percebesse que não seria feliz caso tivesse ficado com a Abby. Ela era totalmente diferente e no nosso caso, os opostos não se atraíam, eles somente se afastavam.
Nosso relacionamento tinha sido intenso na mesma medida em que fora doentio.
E por mais incrível que pudesse parecer, eu queria distância dela, o que funcionava, até me envolver com Alicia e descobrir sua volta.
— Não foi uma grande coisa, só veio com uma história de querer saber se eu era realmente tão quieto, não falei mais com ela, nem cheguei perto, então simplesmente desistiu. Não quis contar para não magoar o Peeta e acabar perdendo um amigo no processo. Porque você sabe que era doente por ela, — ele olhou pra mim, a verdade saindo dos seus lábios — e que não importava o que a gente falasse, a sua balança penderia para o lado dela. Alicia também deve saber, por esse motivo está em dúvida, se eu fosse ela, também ficaria, porque nunca fez nada que provasse que se a irmã estivesse novamente na jogada, a escolheria ao invés da outra. — Kellan encostado na parede, despreocupadamente, falara tanta coisa que eu parecia ter levado um soco bem dado.
O silêncio foi sepulcral, massacrante. Todos olhando para o meu amigo, notando que ele tinha razão. Porque claro que Kellan tinha razão, ele sempre tinha razão quando decidia colocar a sua opinião em pauta. Por esse motivo ele ficava quieto, observava e sabia o que pensar ao final de tudo.
— E Alicia? — Miles questionou.
E Alicia?
Era a pergunta que eu me fazia.
— Não sei.
Deixei minha cabeça cair nas mãos, desanimado e me permiti pensar no que fazer ou que lado seguir, sem fazer a menor ideia se eu devia correr atrás de uma, ignorando a outra, ou se deveria manter as duas longe da minha vida.
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Olá pessoas maravilhosasss!
Que confusão do caramba, só acho!
E bom, se o Peeta ceder eu dou um soco nele!
Um bom final de semana pra vocês e nos vemos nos comentários <3