Entre a cruz e a espada. (Deg...

By LuciolaBarbosa

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Pedro Henrique é um excelente investigador. Em seus dez anos na corporação seu trabalho era elogiado e muito... More

1. A investigação
2. Happy Hour
3. Beijos, estranhos beijos.
4. A garota desconhecida.
5. Filme, pizza e refrigerante...
6. Declarações...
7. Ameaças
8. Eliminando a concorrência
9. Um dia cheio de emoções (p. I)
10. Um dia Cheio de emoções (p. II)
Aviso:

11. Um dia cheio de emoções (p. III)

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By LuciolaBarbosa

Antônio saiu bem cedo, antes mesmo de sua filha Sara, antes até que o sol resolvesse brilhar no horizonte. Ele tinha um compromisso com o governador do estado, que passaria uma nova arremessa de dinheiro para divisão entre os sócios. O dinheiro sujo vindo de uma grande estatal, dinheiro sujo, roubado, desviado... Não importava muito o adjetivo dado ao dinheiro, para Antônio o importante era o valor agregado a sua conta, sua origem pouco importava.

Se o país um dia entraria em colapso, se pais de família estavam ficando desempregados, se famílias passavam fome, se policiais, médicos ou qualquer que fossem estavam sem salário, se hospitais iam a falência, se... se... Pouco importava o se, no pior das situações tinha dinheiro suficiente para ir para outro pais, ainda que permanecesse aqui, tinha suficiente para se manter seu padrão de vida, tanto dele como sua filha. 

Antonio se mantinha a cima da lei, a cima do sistema, a cima, sempre a cima de tudo e todos. Os dados guardados com forte sistema de segurança, jamais seriam descobertos, capaz de manter até mesmo o presidente sobre ameaça, em dez anos Antônio tinha conseguido provas suficientes para chantagear homens poderosos se fosse preciso . Além dele outras duas pessoas sabiam do paradeiro do chip. Sara sua filha que se quer sabia para que ele servia exatamente e Flávio que ele tinha como filho também. Seu braço direito, criado e ensinado pelo próprio Antonio Carlos Medeiros.

Depois da entediante reunião e do almoço em uma churrascaria de alto padrão, o senhor foi verificar alguns contratos e principalmente transferir alguns valores em dinheiro para sua conta no exterior. Sentou-se em frente ao gerente de sua conta bancária, esperou pacientemente até que o dinheiro fosse pulando de conta em conta, passando por vinte e três delas, divido por outras nove e por fim os valores foram somados a sua conta no exterior, agradeceu ao funcionário do banco deixando claro que os dois por cento sobre valor bruto das transferências seriam entregues como sempre em cédulas em sua casa, evitando assim que o homem tivesse qualquer ligação com Antônio. 

Pobre homem, mal sabia ele que estava com seus dias contados, Antonio já havia providenciado a queima desse arquivo. A morte do gerente estava com dia e hora marcada. 

Depois de entrar em seu carro de marca japonesa, blindado, Carlos dirigia tranquilo até sua casa. Parou para abastecer e ler uma mensagem que havia chego enquanto ainda dirigia.

"Espero que não chore muito pela falta da sua filha, pense que ela morreu feliz depois de passar a manhã fudendo com um policial, um homem muito mais velho, que por sinal está investigando sua vida. Imagino o quanto ele se divertiu com o corpinho dela, pela última vez, porque agora ela vai morrer, foi um prazer falar com você Antônio"

Antônio sentiu seu corpo inteiro se arrepiar, ligou na mesma hora para Sara. O telefone caiu na caixa postal na primeira, na segunda e nas outras dez vezes que ele ligou. Entrou em seu carro novamente, depois de pagar ao frentista, saiu em disparada para sua casa, nunca havia corrido tanto, seu coração pulava dentro dentro peito freneticamente. Nunca sentiu tanto medo como naquele dia, sua mente maquinava, mil pensamentos passando por ela. 

Sabia que as ameaças não viam do maldito traficante, alguém se passava por ele, homem que antes era o chefe de um dos maiores complexos de favelas do Rio, estava morto. Morto em um confronto com a policia cerca de dois dias atrás. 

"Defunto não usa internet, nem celular..."  Pensou!

Antônio contrataria uma empresa americana para investigar a procedência das ameaças, quem quer que fosse Carlos o encontraria e mataria com suas próprias mãos, ninguém sabia, nem mesmo Flávio, seu homem de confiança, todos eram suspeitos! E o autor das ameaças era alguém de muito perto. 

Sua filha jamais saberia quanto realmente ele tinha. Se soubesse da vida criminosa do pai nunca mais o olharia nos olhos! Sara era como a mãe, sua honra estava acima de tudo, até de sua própria vida. Admirava a filha por isso e a odiava na mesma proporção... Mantinha por perto, perto de si, longe de seus negócios escusos. Com sorte Sara nunca saberia e se soubesse abriria o jogo, colocaria as cartas na mesa e os motivos todos de uma vez. 

Depois de fazer o trajeto que seria de pouco mais de vinte minutos em dez, Antonio Carlos passou em frente a sua empresa que estava fechada, indo direto pra casa, desceu praticamente correndo, sem se quer estacionar o carro direito. Entrou em sua casa abrindo a grande porta de madeira branca abruptamente. 

Sara estava sentada abraçada a um homem bem mais velho que ela, tinha que admitir que o homem realmente tinha um porte atlético, na sala ainda estava sua amiga Alexia, outro rapaz que deveria ser o namorado de Alexia, o sargento Baranov e outro policial que não soube identificar.

Todos os olharam assustados, um dos policiais chegou a sacar a arma, mas se encheu de alivio quando o viu.

_Pai... - Sara vai ao seu encontro chorando, o abraça. - Eu fiquei com tanto medo!

_Por que não atendeu minhas ligações!? - Antônio pergunta ao desviar seus olhos do homem que estava abraçado a sua filha e olhando para ela. - O que isso em seu rosto? Quem fez isso?

_Um dos assaltantes senhor Antônio. - Responde Baranov. 

_Onde estão estão esses desgraçados? Eu vou matar esses filhos puta! - Fala com um tom mais grave e cheio de ódio. 

_Nós ainda não os encontramos senhor. - Responde o policial mais jovem. 

_Então o que diabos estão fazendo aqui?

_Protegendo sua filha caso resolvam invadir sua casa novamente. - Responde Henrique com um ar superior.

_ E você quem é? - Pergunta Antônio erguendo seu queijo.

_Um amigo! - Sara responde de aflita. E balança a cabeça pedindo Henrique que se mantenha em silêncio.

_ Então agora todos vocês podem ir embora, o circo acabou. 

_ Pai! - Sara diz surpresa com a arrogância do pai.

_Mande seus amigos embora, temos que conversar! - O pai diz autoritário e sai em direção a cozinha.

Sara olha envergonhada para as pessoas presentes na sala, todos começam a se mover e ela se sente ainda mais envergonhada quando param na porta.

_Me desculpem... Meu pai está nervoso...

_ Tudo bem! - Os policiais respondem juntos. 

_Não tem que se desculpar, estaremos com um carro na sua porta. Para manter a segurança... De qualquer forma tranque bem as portas e janelas. Não se esqueça de ir fazer o exame de corpo de delito amanhã às quatorze horas.

_Eu vou leva-la. - Henrique responde a abraçando novamente.

_Boa noite senhor, obrigada por tudo.

_Boa noite amiga. - Alexia a abraça. - Qualquer coisa me liga... 

_Obrigado.

_Tchal Sara. - Daniel se despede com um abraço.

Todos saem, Henrique permaneceu na porta da sala, tocou no rosto na da jovem com carinho, deu-lhe um beijo no lugar em que uma grande macha rocha se formava.

_Pode me ligar, para qualquer coisa, em qualquer horário. Vamos achar quem fez isso com você! - Henrique beija os lábios da jovem docemente, um beijo de cheio carinho. 

_Obrigado... - Ela responde ao se separarem com os olhos cheios de lágrimas. 

_Não esquece do que eu te falei, pode me ligar. -0 Henrique diz baixo no ouvido dela, quando levanta seu rosto vê que Antônio o olhava cheio de ódio. 

Sara fecha a porta encostando a testa nela. Respirou fundo, era hora de encarar o pai e saber o que realmente estava acontecendo, porque tinha certeza que ele sabia. Se vira vendo seu pai que a está olhando com a sobrancelha franzida, semblante cansado e sério. 

_Eu sei que não foi assalto e você não dirá nada a ninguém, eu mesmo já mandei que achassem esses homens e os matassem. Você está bem? - Ela responde que sim com balançar de cabeça, mas as lágrimas que escorrem pelo seu rosto mostravam o contrário. - Eu sei que está nervosa, sei que está triste e provavelmente com medo, mas terá que se manter firme, colocarei dois seguranças para te levar para a escola e fazer sua segurança, não quero que trabalhe, virá para casa depois da escola e qualquer que sejam os trabalhos ou qualquer coisa dessa sua escola você as fará em casa. E eu não quero você com aquele homem!

_Eu não quero seguranças, não quero deixar de trabalhar menos ainda pagar pelos seus erros pai! Eu sei que isso foi por sua causa, foi por algo que você fez! E com relação ao Henrique eu gosto dele, estamos namorando!

_Namorando??? Aquele cara está te usando é diferente! Seja mais inteligente Sara. Não percebe que ele é um policial!? 

Sara abre e fecha a boca, nunca se sentiu tão indignada em toda sua vida. Seu pai sempre reclamava de todos os rapazes, alguns nunca chegaram a ser alguma coisa realmente. Agora falar que Henrique era um policial? Era de mais!

_Isso é um completo absurdo! E quer saber? Mesmo que ele seja um policial, pelo menos estarei segura ao lado dele, porque do seu... Não sei se posso dizer o mesmo! 

Antonio avança em sua filha e segura firme em seu braço, olhando diretamente em seus olhos.

_Olha como fala comigo garota, eu ainda sou seu pai! Agora entre no seu quarto, não saia de lá. Tenho umas ligações para fazer. Com relação ao seu namoradinho eu espero que não esteja transando com ele, seria detestável descobrir que minha filha, a quem dou tudo melhor é a vagabunda de um cachorro do governo! E quando estiver com as provas de quem é aquele homem eu as mostrarei a você, agora fique longe dele, é uma ordem!!! - Diz as últimas palavras entre os dentes.

Sara se solta do aperto do pai que já havia relaxado mas não a soltado totalmente e corre aos prantos para seu quarto. 

_Robson descubra quem é esse homem com quem minha filha anda se encontrando, quero saber onde ele mora, com quem, em nome de quem esta a casa ou o contrato de aluguel, quem é a família dele, quantos anos tem, onde trabalha, onde trabalhou, com quantas mulheres transou... Quero saber tudo dele! - Antônio fala ao telefone.

_Senhor Antônio eu já tenho os documentos dele, Flávio havia me pedido que descobrisse quem era ele, posso levar ai agora se o senhor quiser, ou manda-los por e-mail. 

_Desde quando Flávio sabe disso?

_Tem muitos dias senhor, acho que mais de um mês, talvez dois... Eu não sei! Havia algum problema? 

_ Oh, não! Robson eu não quero que Flávio saiba que estou pedindo isso, aliás não o deixe saber de nenhuma investigação que te pedir. Diga que agora estou passando tudo para aquela empresa americana. Agora descubra com quem Flavio tem falado no último ano, para quem tem ligado... Me mande os documentos do que enviou a Flávio desde cara. 

_ Sim senhor!


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Espero tenham gostado de mais esse capitulo. 

Beijos da Luci

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