60 dias com eles

De dreamervick

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Julieta Fields é a garota mais certinha que Los Angeles conhece. Ela nunca se atrasou, nunca quebrou regras e... Mais

Intro + apresentações
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 12

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De dreamervick

Jason ficou comigo até eu adormecer.

E quando eu acordei ele não estava mais ao meu lado.

Agora eu estou me arrumando para tomar café da manhã, sem nenhuma animação. Não quero ver o Matthew. Estou sem coragem alguma para falar com ele, além de estar chateada.

— Bom dia, ruiva! — Thomas invade o meu quarto com um sorriso animado em seu rosto. Ele se joga em minha cama, cruza os braços e me observa.

— Bom dia. — digo sem paciência enquanto passo um pouco do meu corretivo para esconder as minhas olheiras enormes.

— Que mau humor é esse? Brigou com o seu namorado?

— Idiota. — digo quando escuto a palavra namorado. — Como sabe que eu e Matthew brigamos?

— Sou um vidente.

— Sério?

— Não. Jason me contou.

Dou uma risada alta e nervosa. Achei que Jason não iria contar nada para ninguém, mas parece que eu estava enganada, ele não perdeu uma única oportunidade.

— Quem mais sabe?

— Todo mundo.

— E quem contou para todo mundo?

— Eu. — ele dá de ombros.

Corro até ele e jogo uma almofada em seu rosto, ele gargalha, como se essa situação fosse muito engraçada.

— Por que vocês dois brigaram?

— Descobri que ele era um esquiador de elite, e que ainda por cima mentiu pra todo mundo. Ele é um mentiroso.

Thomas cai da cama de um jeito desengonçado. Ele está boquiaberto.

— Não creio que o MATTHEW sabe esquiar. — Thomas sorri. — Agora posso dizer para todo mundo que eu conheço um esquiador muito famoso. Quero virar famoso também. Imagina eu fazendo o capitão América em um dos filmes dos vingadores!

Gargalho.

— Isso não vem ao caso, Thomas. O que me deixou chateada foi que ele mentiu para todo mundo.

Ele arqueia a sobrancelha.

— Julieta, você também não pode reclamar de absolutamente nada, já que você também está mentindo. Os seus pais e as suas irmãs não fazem a mínima ideia de que não somos os seus amigos e de que Matthew não é o seu namorado. Não julgue o garoto, se ele quis esconder isso de todos, pode ter sido por uma ótima causa, ou até mesmo porque essa fase de sua vida ainda o machuca de alguma forma.

Fico em silêncio e pensativa.

Droga! Estou me sentindo culpada.

— Eu estou errada, não estou?

— Muito.

— Devo pedir desculpas, não devo?

— Sim.

Respiro fundo, deixo o corretivo de lado, pego o meu celular e coloco no bolso da minha calça. Vou até minha mala e pego o notebook, ligando-o em seguida. Thomas me observa em silêncio, provavelmente deve estar se perguntando o que eu estou fazendo. Sento ao seu lado na cama, ele se aproxima para ver a tela. Fecho os olhos e tomo coragem para pesquisar sobre o Matthew. Tenho medo do que eu possa encontrar.

"Final da competição de skiing mundial, o caso de Matthew Sink"

Clico no vídeo em destaque. Thomas está ao meu lado, tão nervoso quanto eu para saber o que aconteceu.

O vídeo começa mostrando todas as pessoas presentes na competição. Me surpreendo quando vejo milhares de pessoas. Todos os competidores, sem nenhuma exceção, estavam em uma espécie de balcão, se preparando psicologicamente e fisicamente para competir. Em seguida apareceu o ranking na tela. Matthew e um outro homem, da Coréia do Sul, estavam empatados em primeiro lugar, e logo atrás estava o Ethan.

— Meu Deus! Matthew era um dos melhores do mundo. — Thomas se assusta, arregalando os olhos, mas ele não parece feliz, nem um pouco para falar à verdade. Porque ele sabe que se o Matthew desistiu do skiing, sendo o melhor do mundo, deve ter sido por um motivo muito sério.

Eu e Thomas nos entreolhamos.

— Quer continuar assistindo? — ele pergunta com o nervosismo evidente em sua voz rouca.

Fico dividida, mas por fim, respondo.

— Sim.

Assistimos a apresentação de todos os esquiadores de elite, até finalmente chegarmos aos melhores. Cho-Hee, o que estava empatado com o Matthew Sink em primeiro lugar, fez uma performance espetacular.

Até que chegou a hora do Matthew.

Quando o seu nome foi chamado, ele desceu do balcão sorrindo. O público entrou à loucura, parecia que todos gostavam muito dele. Tinham muitos cartazes, blusas personalizadas e fãs chorosas.

Matthew parecia estar tão radiante e feliz por estar fazendo o que gosta.

Antes de entrar na pista de skiing, ele andou até uma morena em meio ao público e à beijou. Todos vibraram.

Desviei o olhar da tela.

— Está com ciúmes? — Thomas me perguntou, rindo como um idiota.

— Claro que não né?!

— Parece que está.

— Cala a boca! Vamos ver o vídeo.

Ele se prepara, e começa a sua bela performance. Matthew esquia como um profissional, consigo ver muito amor no que faz. Ele me surpreende cada vez mais quando faz manobras sensacionais que deixam qualquer pessoa de queixo caído. É algo mais que incrível de se ver. Sorrio.

O narrador da competição narra a última manobra da performance do Matthew, a mais esperada de todas. Onde apenas três pessoas em toda a história do skiing fizeram.

Ele se preparou, o público vibrou, e quando estava no ápice, algo ruim acontece.

Os meus olhos se arregalam.

Ele cai de uma forma avassaladora.

É nítido que ele se machucou.

Mas, o que realmente me preocupa no vídeo, é ver que ele não se movimenta depois do tombo, como se estivesse morto ou desmaiado.

— Merda. — Thomas murmura.

A câmera foca em seu rosto todo machucado e ensanguentado. Sua perna está machucada também, e ele está desacordado. Fecho os olhos, me controlando para não chorar. Odeio mais do que tudo ver sangue, eu fico extremamente nervosa.

Depois de segundos a ambulância e vários enfermeiros vão até o local.

O vídeo acaba.

— E-eu não imaginava. — gaguejo tentando não chorar com toda essa situação, mas é impossível.

Thomas toma o notebook da minha mão e lê algumas notícias. Fecha os olhos e respira fundo, tentando se controlar assim como eu.

— O que você leu?

— Matthew ficou em coma por dois anos, Julieta.

Arregalo os olhos e levo às mãos até a boca, tampando-a. Os meus olhos se enchem de lágrimas.

Thomas me abraça, está tão chocado quanto eu.

Estou me sentindo a pior pessoa do mundo agora.

(...)

Fazem exatos quatro minutos que eu estou batendo na porta do quarto do Matthew, sem obter respostas, mas tenho certeza que ele está ali dentro.

Comprei alguns cupcakes na lojinha aqui ao lado para ser o meu plano B. Afinal, quem não aceitaria deliciosos cupcakes não é mesmo?

Bato mais três vezes.

Desvio os meus olhos da porta e olho para o corredor. Talvez, o certo seja eu ir embora.

Mas, como todos sabem, eu nunca tomo decisões certas.

Eu sento em frente à porta do quarto e como um dos cupcakes de chocolate que comprei, com a grande esperança de que, em algum momento, ele abra a porta e me perdoe.

Fico sentada sozinha por mais três minutos, até a porta ser aberta e eu levar um grande susto.

Matthew está em minha frente, com uma calça moletom e um casaco. Seu cabelo está bagunçado e o seu rosto inchado, como quem acabou de acordar.

— Oi. — é a única coisa que consigo dizer.

Olhando para ele agora, tenho vontade de chorar.

As cenas do vídeo invadem a minha mente.

— O que você quer? — ele cruza os braços e apoia o peso do seu corpo no batente da porta.

— Eu...só...quero pedir desculpas. — digo meio hesitante.

Ele arqueia a sobrancelha e ri, como se estivesse surpreso.

— Trouxe cupcakes para você. — eu ofereço e ele aceita de bom grado.

— Obrigado.

— Você me perdoa?

Ele bufa e desvia o olhar.

— Eu...não estou bem, ok? E o que você disse me fez lembrar de coisas que eu não gostaria de lembrar nunca mais. Eu preciso de tempo, Julieta.

Ele não me chama pelo apelido, me chama pelo nome, e isso me deixa cabisbaixa. Ele está triste comigo.

— Então eu... — Aponto para o corredor. — vou embora.

— Tchau. — ele diz por fim, entrando no seu quarto e batendo a porta.

Paro no meio do caminho e olho mais uma vez para a sua porta antes de bufar e entrar no elevador.

Eu queria voltar no tempo, e não ter machucado o Matthew, porque de alguma forma, machucar ele me machucou também.

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