Assinado, sua (COMPLETO NA AM...

By LowPoet1

611K 16.4K 7.4K

Algumas pessoas entram na nossa vida com propósitos. Kiara achou que o de Logan Aiken fosse ser uma benção... More

Prefácio
Prólogo
Um
Dois
Três
Quatro
Cinco
Assinado, sua está na Amazon!

Seis

15.6K 1.8K 518
By LowPoet1

'O amor é minha religião.

Mas ele era minha fé.

Algo tão sagrado.

Tão difícil de substituir.

Me apaixonar por ele foi como sair da graça.

(...)

Ele era tantos pecados.

Faria qualquer coisa.

Tudo por ele.

(...)

Eles dizem: Todos os garotos bons vão para o céu.

Mas os garotos maus trazem o céu até você.

(...)

Você não percebe o poder que eles tem.

Até eles te deixarem e você querer eles de volta.

Nada no mundo te prepara para isso." - Heaven, Julia Michaels.

Eu havia prometido para mim mesma que não deixaria Logan me afetar.

Eu fiz essa mesma promessa tantas vezes.

Mas, aqui estou eu. Acelerando cada vez mais na pista vazia e molhada.

Sessenta quilômetros por hora.

Setenta, oitenta, noventa...

Aiken me julga por fugir, mas ele sabe que nada sairia bem se eu ficasse. Eu pedi pela minha liberdade, mas agora eu me sinto muito mais presa a ele do que quando cheguei naquela maldita casa.

Deus, eu quero tanto odiá-lo.

A chuva cai devagar do lado de fora do carro, mas nem me importo em fechar os vidros, porque o vento gelado dança com meu cabelo e me trás a melhor sensação de liberdade que eu poderia ter hoje, por menor que seja.

Logan não havia me dado a liberdade que eu pedi, e como ele poderia? Aiken tinha razão, eu não estou presa.

A adrenalina invade minhas veias com uma rapidez admirável. Correr na estrada molhada não é nada, eu quero mais. Muito mais.

Eu sempre mandei Aiken ir para o inferno, mas na verdade eu não queria vê-lo lá.

E agora eu quero.

Automaticamente meus pensamentos — talvez alterados pela raiva e adrenalina em meu sangue — foram para alguns meses atrás, quando Logan e eu tivemos mais uma das nossas infinitas brigas.

Eu estava tão estressada que lembro de ter comentado sobre como eu queria quebrar algo.

"Eu conheço um lugar legal pra nós dois não precisarmos quebrar um ao outro."

Ele sempre conhecia um lugar.

Nesse dia nós descontamos toda a raiva do nosso relacionamento e no final estávamos rindo como nunca fizemos antes.

E é exatamente pra lá que eu vou.

Vou descontar minha raiva de Logan Aiken.

(...)

Estaciono o ferrugem em frente a enorme e deteriorada contrução.

"Tudo que você puder quebrar por vinte dólares"

Era o que dizia a placa amarela brilhante em cima da porta de vidro do local.

" — Era um depósito abandonando há alguns anos atrás, mas aí Joe teve a ideia de transformar isso em lugar para destruir coisas. — Logan explicava enquanto olhavamos para a entrada do local.

— Destruir?

— Sim. Você paga vinte dólares, ganha um taco de baseball e pode quebrar todos esses objetos que eles pegam em lixões e coisas do tipo. — Eu amo o jeito como Aiken me explica as coisas. Ele sempre é cauteloso, como se estivesse falando com uma criança.

Entramos..."

Quando vim aqui com Logan, não havia essa placa e muito menos a quantidade enorme de pessoas que vejo quando entro no âmbito.

Caramba, o negócio cresceu.

Vou até o balcão feito de materiais recicláveis, assim como tudo aqui dentro, e pago vinte dólares para entrar e quebrar todas essas coisas, quando na verdade eu queria mesmo era quebrar a cara de Aiken. O homem da recepção me entrega um taco de baseball e óculos para proteção.

Me dirigi até os fundos do lugar, onde haviam TVs velhas ou quebradas, móveis velhos, e até mesmo carros. A intenção do lugar é distrair as pessoas do estresse, e sinceramente, acho que está funcionando. Algumas pessoas sorriem, filmam e dão verdadeiras gargalhadas enquanto quebram os objetos já quebrados.

Procuro algo a altura de Aiken para quebrar, até que meus olhos param em um Ford Del Rey azul, abandonado em em um lugar afastado. Meu pai tinha um parecido quando eu era criança, antes dele nos trocar por uma mulher mais nova.

Minha raiva era dupla agora.

Ando até lá e não hesito em acertar a lataria velha e enferrujada.

Eu nunca pensei que diria isso, mas a partir de hoje eu realmente amo tacos de baseball.

Eu só estava cansada das mentiras, da maldita insistência que eu tinha em gostar das pessoas que me fazem mal, das brigas, de toda essa merda dentro de mim.

Quebro um farol.

Depois outro, e depois as duas lanternas de milha, os retrovisores, amasso uma boa parte da lataria...

Minhas mãos estavam cheias de calos. A dor que eu achei que iria embora, não foi. Simplesmente não foi.

— Uou! Você fez isso com o carro? — Ouvi alguém dizer. Virei e me deparei com um garoto segurando um taco rosa e com um sorrisinho ridiculamente contagiante.

Não disse nada.

— Tudo bem, eu vou fingir que você tem língua e respondeu que sim. — Ele possuía uma estatura mediana, cabelos castanhos que iam até o ombro e era aparentemente e inconfundivelmente gay.

A esse ponto eu só me perguntava onde ele havia conseguido o taco cor de rosa.

Sai de lá em busca de qualquer outra coisa para quebrar, mas a verdade é que a raiva tinha sido substituída por uma pequena tristeza, daquelas que te faz querer sentar e não quebrar coisas.

Ele me segue e continua tagarelando.

— Meu nome é Andrew. Você pode me chamar de Drew se quiser. — Ele é terrivelmente irritante.

Um silêncio confortável se estendeu e não pude evitar olhá-lo assustada. Ele não havia parado de falar durante um segundo, então quando ele calou a boca meu primeiro instinto foi me assustar.

— Estou esperando você falar seu nome. — ele respondeu meu gesto e começou a olhar as unhas como se estivesse realmente entediado.

— Kiara.

— Vou te chamar de Kiki. — ele disse como se tivéssemos intimidade há dois séculos. Olhei o com minha melhor cada de "sai daqui", mas não surtiu efeito nenhum.

— Eu não estou em um dia bom, então por fa... — Eu juro que iria quebrar ele com aquele maldito taco.

— Namorado, não é? — ele me interrompe.

Congelo no lugar. Como ele sabe disso?

— Como você...? — pergunto, ligeiramente confusa.

— Simples, você estava quebrando um carro. — Ele começa a ajustar o cabelo perto dos olhos.

— E daí? — A explicação dele era vaga demais para que eu entendesse.

— Minha mãe sempre diz que é o que namoradas desesperadas fazem. — Ele revirou os ombros dentro da sua jaqueta jeans.

Eu ri.

Uma vez minha mãe me disse algo parecido.

Logan não era mais meu namorado, mas ele não precisa saber disso.

E além do mais acho que eu estou muito além de desesperada.

— Eu estou com alguns amigos meus e nós estamos indo para um bar aqui perto. Você quer vir? — ele pergunta. Sua voz não é delicada nem nada do tipo, mas tudo nele grita o quão sensível ele é. Parece uma boa pessoa.

Se quebrar coisas não amenizou minha dor, uma boa bebida iria.

— Claro.

(...)

Os amigos de Andrew eram tão legais quanto ele e o resto da noite se resumiu a um número extenso de bebidas e risadas coagidas pelo álcool.

No final das contas a dor foi embora, mas eu sei que ela voltará mais forte, amanhã quando a sobriedade chegar.

Afinal, ela sempre sempre volta.

Continue Reading

You'll Also Like

2.3M 141K 55
"Eu não preciso de homem algum na minha vida pra fazer diferença!" Mimada, debochada, imatura, boca suja e infantil. Vitória uma garota diferente que...
303K 25.4K 48
Jenny Miller uma garota reservada e tímida devido às frequentes mudanças que enfrenta com seu querido pai. Mas ao ingressar para uma nova universidad...
1.1M 94.7K 84
Os irmãos Lambertt, estão a procura de uma mulher que possa suprir o fetiche em comum deles. Anna esta no lugar errado na hora errada e assim que cru...