RESGATE PELA GRAÇA (Físico Di...

By JozyRibeiro6

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🖤 CAPÍTULOS DEGUSTAÇÃO🖤 Janie Drumond tinha uma família perfeita. Mas tudo muda quando seu marido Allan pas... More

Livro físico 📚
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CAPÍTULO I
CAPÍTULO I (Parte 2)
CAPÍTULO II

CAPÍTULO III

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By JozyRibeiro6


— Filho, você chegou tarde — a voz de Janie soou preocupada, quando Caleb entrou em casa.

Já era noite quase sete da noite.

Ao lado de fora a grama refletia a delicada iluminação do jardim, destacando as hortênsias e margaridas, que Janie tanto exigiu do paisagista contratado por Allan, na época em que compraram a casa.

— É... Porque estávamos andando de skate — disse Caleb se justificando.

— Mas você nunca andou de skate, Caleb — Janie disse surpresa.

Ela percebeu o ralado nos cotovelos do jovem e como toda mãe com seu instinto de proteção, logo se desesperou.

— Caleb, e esse machucado? — ela perguntou se aproximando dele.

— Mãe, não exagera são apenas alguns arranhões — Caleb disse se esquivando.

Ela ficou avaliando seu estado.

Realmente não parecia nada grave, e Caleb não era mais uma criança.

— Você comeu alguma coisa? O jantar está pronto só vou aquecer — ela disse já distante esbarrando em Allan.

Ele estava à vontade, usava uma camisa, preta, bermuda e chinelos, ao ver Caleb, também se preocupou.

— Meu filho, o que houve?

De repente o semblante do garoto mudou, não esperava que seu pai estivesse em casa naquele horário, ultimamente ele chegava muito tarde.

— Caleb, o que houve? Eu estou perguntando — Allan insistiu.

— Eu caí de skate.

Diante de Allan, Caleb se sentiu intimidado, era como se ele descobrisse o que andava fazendo com seu novo grupo de amigos, somente a ideia o fez estremecer, não sabia como seu pai reagiria se soubesse.

— Cuidado, meu filho, isso pode ser perigoso. Principalmente porque você não está acostumado.

O garoto ficou nitidamente aliviado, principalmente quando Liah entrou pulando no pescoço de Allan fazendo-o se distrair esquecendo o assunto.

— Papai, eu estou com fome — Liah
falou enquanto brincava com o pai.

— Vou aquecer o jantar! — a voz de Janie soou vindo da cozinha.

— Não precisa, meu amor, eu tive uma ideia, vamos jantar fora hoje — Allan disse empolgado.

Aquilo foi uma surpresa para todos, há muito tempo não saíam em família, Liah era a mais entusiasmada de todos.

— Como assim, Allan? — Janie perguntou confusa.

— Nós vamos jantar em família, em algum restaurante. Simples assim
— ele disse como se fosse algo que eles estivessem acostumados a fazer.

— Eu não estou com fome — Caleb resmungou.

Ele não estava disposto a sair para jantar fingindo ser uma família perfeita.

— Filho, nós vamos sim, eu tenho estado muito ausente, precisamos disso.

— Obaaaaa! Papai, nós vamos jantar onde? — Liah perguntou ansiosa.

— Humm! Sua mãe irá escolher! — ele disse sorrindo para Janie.

Aquela atitude fez Janie se derreter. Há muito tempo seu marido não sorria para ela daquele jeito tão charmoso, nem muito menos lhe chamava de amor.

— Eu?

— Sim! — Allan disse se aproximando dela e a envolvendo em um abraço.

Aquela sensação de ser abraçada por ele era incrível, Janie se perdeu entre aquele cheiro tão gostoso do shampoo importado que ele gostava. A pele de Allan era tão macia e ela desejou estar em seus braços, queria seu marido mais do que tudo naquele momento.

— Mamãe, escolhe aquele restaurante que sempre vamos, em seu aniversário.

O restaurante Lá Marttielo, era o preferido de Janie, seu prato preferido era o Risoto a Piemontese que eles serviam, aliás, Janie adorava tudo que fosse de descendência italiana.

— Se sua mãe assim decidir nós vamos — disse Allan dando-lhe uma piscadela.

— O que você acha, filho? Talvez você queira ir a algum outro lugar — Janie tentou animar Caleb.

Ele apenas deu de ombros se retirando, não tinha nenhuma preferência que não fosse ficar deitado em seu quarto.

Algum tempo depois estavam todos prontos e impecáveis. Haviam se decidido pelo restaurante italiano.

Mesmo contra sua vontade, Caleb também foi.

Janie escolheu um vestido na cor prata de mangas que realçavam suas curvas, afinal era uma bela mulher, alta de cabelos castanhos que se destacavam com seus enormes olhos da mesma cor.

Ela prendeu seus cabelos em um rabo, e escolheu brincos grandes de pedras cravadas, deixando-a completamente elegante.

Alguns minutos antes de saírem, ouviram o som da campainha tocando, Liah correu para atender.

— Tia Ellen! — gritou Liah.

E correu para os braços de Ellen.

— Oi, minha linda, como você está?

Ellen se referia ao estado de saúde da garota.

— Tia Ellen a enfermeira furou o meu braço e eu não chorei — Liah respondeu animada mostrando o seu braço no qual as marcas já haviam desaparecido.

— Parabéns mocinha, você parece estar ótima! — exclamou Thomas entrando.

— Graças a Deus ela está bem! — Allan respondeu com um sorriso.

O casal percebeu que a família estava de saída e por um instante se sentiram indelicados por não terem avisado que viriam. Ellen queria muito ver Liah por isso resolveram repentinamente, pois estavam próximos do local.

— Vejo que vocês estão de saída, deveríamos ter avisado que nós estávamos vindo — Ellen disse nitidamente sem graça.

— Estávamos indo jantar fora e Ellen quis aproveitar para passar aqui e ver Liah — Thomas se justificou.

— Coincidentemente nós estávamos indo jantar fora também — disse Allan entusiasmado com a possibilidade de todos saírem juntos.

Ellen foi compreensiva:

— Não queremos atrapalhar o jantar de vocês em família.

— Acho que somos nós, quem vamos atrapalhar o jantar romântico de vocês. — Allan disse em tom provocativo.

Thomas sorriu.

— Na verdade, só iríamos jantar mesmo.

— Vamos, tia Ellen, com a gente? — Liah insistiu tornando o convite irrecusável.

— Não tem como negar a um pedido de Liah — disse Thomas.

— Então se vocês não se importarem. Em qual restaurante nós vamos jantar? — Ellen perguntou em um tom entusiasmado.

— Ao Lá Matiello — respondeu Allan enquanto saiam da casa.

Janie se sentia desconfortável com a presença de Thomas, no fundo preferia sair apenas com sua família. Mas o convite já havia se estendido. Ellen era sua melhor amiga e gostava de estar com ela, porém algo em Thomas lhe incomodava, Janie não conseguia confiar nele nem um pouco, se sentia desconcertada com sua presença, como naquele exato momento, por exemplo, ela sentia que ele a observa dos pés a cabeça enquanto seguiam em direção aos carros. E aquela não era a primeira vez, muitas vezes Janie sentia como se fosse coisa de sua imaginação, até mesmo antes dele se relacionar com Ellen, sempre esteve com seus elogios exagerados e desnecessários.

— Meu amor, você está linda! — Allan elogiou Janie enquanto abria porta do carro para ela.

Surpreendentemente ele deixou um selinho em seus lábios antes de fechar a porta.

— Hoje estamos com sorte, temos duas lindas mulheres em nossa companhia!— disse Thomas em tom galanteador, mas seus olhos estavam em Janie, porém somente ela parecia perceber.

— Três comigo, não é mesmo, tio Thomas? — a pequena Liah se manifestou imediatamente arrancado sorrisos de todos.

— Ôoou... Desculpe-me, princesa, três com você, é claro! — Thomas corrigiu em tom brincalhão.

Dentro do carro Janie refletiu sobre os últimos acontecimentos e sobre a mudança repentina de Allan. Ele estava tão carinhoso, atencioso, aquele elogio da parte dele a deixou tão feliz. Finalmente seu marido estava de volta, agora as coisas pareciam estar entrando no eixo. Caleb que sempre foi tão isolado, antissocial, havia feito amizades novas, Liah, graças a Deus estava melhor de saúde. Tudo fluía perfeitamente bem. Naquele momento estava indo ao seu restaurante favorito com sua família e sua amiga que tanto amava.

"Não poderia estar melhor".

Pensou Janie.

O Jantar estava delicioso. Ellen e Thomas passaram a noite contando sobre seus passeios no Caribe deixando as crianças entusiasmadas, até mesmo Caleb que estava ali forçado, ria se divertindo com as histórias.

— Bom, eu gostaria de sugerir um brinde — pediu Thomas erguendo sua taça.

— E vamos brindar a quê? — Allan perguntou desconfiado, pois o semblante de Thomas era de quem tinha boas notícias.

— Na verdade eu tenho uma boa notícia.

Thomas era o centro das atenções naquele momento. Ellen estava curiosa, não sabia o que ele estava tramando.

— Diz logo — Ellen pediu ansiosa.

Então ele continuou :

— Ellen, antes do nosso casamento, nós olhamos várias casas para comprar. Eu fechei essa tarde com uma delas. Afinal quem casa quer casa não é assim que dizem?

Thomas não perdia a chance de fazer piada.

Todos abriram um sorriso.

Os olhos de Ellen brilhavam diante da notícia. Realmente haviam olhado várias casas de vários corretores de imóveis e ainda não tinham se decidido. Aquela era uma surpresa muito grande. Ellen se jogou nos braços de Thomas e o beijou por várias vezes demonstrando sua alegria.

— Que bom, fico feliz por vocês! — Janie comemorou sorrindo para sua amiga.

Ellen estava radiante de felicidade.

— Mas onde fica, meu amor, qual das casas você decidiu comprar?

Thomas disse entusiasmado enquanto retirava duas chaves do bolso e as balançavam completamente satisfeito:

— Janie e Allan. Seremos seus novos vizinhos.

Ellen ficou muito empolgada com a notícia. As crianças se alvoroçaram na mesa, todos estavam contentes, menos Janie. Naquele instante várias coisas passaram por sua mente, mas ela disfarçou ao máximo tentando ser convincente. Amava sua amiga, porém a ideia de ter Thomas tão próximo a incomodava.

— Nem acredito que vamos estar sempre por perto, Janie — Ellen disse entusiasmada e repetindo várias vezes as coisas que planejava fazer junto de sua amiga.

— Claro, será muito bom — Janie concordou.

Até mesmo Caleb se manifestou para surpresa de todos.

— Podíamos passar na sua casa nova Ellen.

— É uma ótima ideia Caleb, vocês estão todos convidados! — disse Thomas, empolgado.

Janie não achava aquela uma boa ideia, pois já estava tarde, mas ver Caleb tão empolgado a deixava sem ação, de alguma forma ele gostava das conversas de Thomas com suas histórias tão incríveis e suas experiências com esportes radicais.

— Então vamos pedir a conta — sugeriu Allan.

Enquanto pagavam a conta, Janie percebeu o quanto Ellen estava feliz. Ela ficava o tempo todo pendurada no pescoço de Thomas, eles trocavam beijos e abraços, que se tornavam mais ousados com a ausência das crianças que tinham seguido para o estacionamento.

Thomas passava sua mão nas costas nuas de Ellen sem intimidações deixando seus amigos constrangidos.

Allan lançou um olhar para Janie completamente sem graça.

Janie tentou se distrair olhando para a pintura rústica daquele estabelecimento na tentativa de disfarçar seu desconforto, mas a verdade era que no fundo, Janie queria muito ser beijada e tocada daquela forma por seu marido, isso ela não podia negar. Quando Allan a tocou nas costas em um gesto cavalheiro para que ela entrasse no carro, Janie sentiu seu corpo inteiro estremecer. Como havia sentido falta daquele contato. As mãos de seu marido estavam quentes e aquilo lhe causava várias sensações gostosas.

Durante o trajeto tudo estava normal, Liah brincava com seu tablet enquanto Calebe se distraia ouvindo música com seus fones de ouvido.

Em alguns momentos Janie percebia que os olhos de Allan estavam sobre suas pernas nuas. Realmente Allan parecia diferente, Cheio de desejo talvez. De uma forma como há muito tempo ela não via. Aquilo lhe deixou feliz.

A casa ao lado da sua era bem grande.

Caleb e Liah corriam pela casa vazia discutindo sobre algum apelido que a menina dera a ele deixando-o nervoso.

Havia uma enorme piscina um pouco maior que a de Janie, além de uma ampla garagem onde caberiam até quatro carros. Seguiram para o segundo andar. Todos os quartos eram grandes e aconchegantes, mas a suíte era incrível, enorme, com janelas de vidro e uma varanda com uma linda vista do jardim. Um detalhe chamou a atenção de Janie, pôde perceber que daquela sacada conseguia ver o seu quarto além de várias partes de sua casa. Sentiu um leve incômodo, mas se distraiu com a chegada de Allan lhe envolvendo carinhosamente com seus braços e dando leves beijos em seu pescoço. Ele realmente estava diferente.

A voz de Ellen encheu o ambiente o fazendo parar.

— É tudo muito lindo, meu amor! — Ellen disse para Thomas encantada.

Ela se aproximou o agarrando completamente satisfeita.

— Sim, meu amor, achei esta casa perfeita, por isso comprei. Eu sabia que você ia gostar — Thomas respondeu, ao mesmo tempo em que lhe enchia de beijos provocantes.

Não era qualquer beijo, eram beijos bastante ousados. Suas línguas se misturavam freneticamente e Janie precisou fazer qualquer comentário afim de que eles desconfiassem o incômodo e se separassem.

— É uma casa bem grande! — ela disse pigarreando fazendo com que eles se soltassem.

Allan se afastou de Janie por um minuto para admirar o quarto amplo, ele entrou e saiu do closet e depois do banheiro com uma expressão animada.

— Já viram o tamanho da banheira? Deu até vontade de relaxar um pouco — disse Allan animado.

Thomas o encarou com um sorriso malicioso, envolvendo Ellen novamente.

— Meu caro amigo, este quarto me dá muitas vontades — Ele usou um tom de voz provocativo, olhando para Ellen.

Janie não achava possível aqueles dois só pensarem naquilo! Tudo bem que estavam recém-chegados da lua de mel, mas já estavam passando dos limites.

Por um instante pensou que talvez o problema fosse ela mesma quem estivesse de implicância. Na verdade ela desejava estar naquela situação, tão apaixonada. Sentiu calor e precisou se abanar com as mãos.

— Vocês dois se comportem, tem crianças nesta casa! — Allan respondeu em tom brincalhão.

— Estamos pensando em ficar um pouco. Precisamos estrear essa casa!

Thomas envolveu Ellen por trás em um abraço sedutor.

— Uau! — Ellen correspondeu com um gritinho.

Janie já estava sentindo um leve suor em sua nuca. Aqueles dois eram intensos demais. Preferia sair dali imediatamente, mas felizmente Caleb entrou lhes interrompendo.

— Mãe, vou para casa.

O garoto disse se despedindo abrindo um bocejo com a boca de sono.

— Já estamos indo também. Onde está sua irmã?

Janie perguntou.

— Ela cochilou lá em baixo.

Ótimo!

Pensou Janie, uma boa desculpa para que saíssem dali.

— Precisamos ir, amanhã temos um longo dia — Allan disse se despedindo.

— Bom, ainda não temos nada para oferecer em nossa casa nova, mas em breve estará completamente mobiliada e poderemos tomar alguma coisa — Thomas disse enquanto caminhavam os conduzindo até a saída.

Allan pegou a pequena Liah que dormia debruçada em um tapete com seu tablet jogado no chão.

— Então nos vemos amanhã Ellen.

Janie se despediu.

— Até amanhã também no escritório Thomas — despediu Allan.

Aquele havia sido um longo dia para todos. As crianças já tinham adormecido. Janie estava sentada na cama se livrando dos saltos. Ela se levantou afim de fechar as cortinas. A noite estava linda lá fora, mas algo lhe chamou atenção e lhe fez parar no mesmo instante completamente atônita. Da sua janela conseguiu ver dentro do quarto da casa vizinha que agora pertencia a seus amigos. Janie engoliu seco quando viu que eles estavam em um momento íntimo, e de alguma forma sentiu que aquela cena havia sido exposta de propósito. Então fechou rapidamente as cortinas.

Ainda em transe com o que acabara de assistir, Janie sentiu quando Allan lhe envolveu carinhosamente, devagar, beijou seu pescoço, se perdendo no delicioso cheiro de seus cabelos.

— Você está maravilhosa, com esse vestido, desde o momento em que te vi descer as escadas com ele, senti vontade de te tocar — Allan sussurrou enquanto levava sua mão até o zíper do seu vestido abaixando lentamente —, mas terei que tira-lo — ele completou.

Na medida em que o vestido caia no chão. Ele depositava trilhas de beijo em seu corpo exposto transmitindo uma sensação que há muito tempo Janie não sentia. Ela fechou os olhos saboreando tudo completamente imóvel. Allan lhe virou afim de vê-la de frente enquanto lhe deitava na cama ficando por cima dela. Suas mãos acariciavam cada parte do seu corpo. Ela soltou um longo suspirou, enquanto se deliciava com cada sensação causada pelo toque de seu marido.

Allan se perdeu com aquela aproximação, havia desejado Janie desde quando a viu tão sexy e linda naquele vestido. Porém por um instante, todo desejo se esvaiu, na medida em que Vivian invadia sua mente. Os beijos foram ficando menos intensos e Allan começou a se recordar de sua intimidade com sua amante. Um sentimento de culpa invadiu seu peito. Aos poucos ele foi perdendo suas energias. Sabia que não poderia fazer isso, Janie não merecia. Era uma mulher incrível e uma boa esposa. Allan parou imediatamente, ainda com sua respiração ofegante e num rompante ele saltou da cama deixando Janie completamente confusa.

— O que houve Allan? — ela perguntou preocupada se sentando na cama se enrolando no lençol tomada por uma repentina timidez.

Ele não conseguiu responder. Ficou mudo por um instante. Sentiu-se um traste, o pior de todos os homens. Naquele momento queria apenas sair correndo dali para não ter que lhe dar satisfações, afinal o que diria? Ou como se justificaria se não havia justificativa para o que havia feito com ela.

Ele apenas ficou parado. Allan passou as mãos pelos cabelos completamente perdido e mudo. Nenhuma palavra veio em sua mente. Apenas uma dor que sufocava seu peito fazendo se sentir um canalha.

Janie não havia entendido nada, se levantou e caminhou em sua direção imediatamente, mas ele deu um passo para trás deixando ela frustrada novamente e dentro dela sentiu que algo estava errado, porém, antes que ela perguntasse qualquer outra coisa, simplesmente caminhou até a porta e saiu dizendo apenas algumas poucas palavras.

— Eu não posso! — ele disse saindo desorientado. — Me perdoe Janie...

Janie permaneceu por alguns instantes imóvel e completamente confusa. Tinha sensação de que seu mundo estava prestes a desabar. Teve medo, e antes que pensasse em fazer qualquer coisa as lágrimas quentes começaram a tocar o seu rosto incessantemente, se sentiu impotente. Ela se sentou na beirada da cama para não cair no chão, pois suas pernas estavam trêmulas, afinal mais uma vez havia sido rejeitada pelo seu marido. Isto estava se tornando rotina. Mas até quando iria suportar tanto desprezo? Como poderia em um instante ser levada aos céus com seu carinho e no outro ir ao inferno de tanta decepção?

Ela não teve coragem de ir atrás dele. Não faria isso.

Após algum tempo percebeu que seu carro não havia saído da garagem. Ela ficou imaginando onde ele estaria ou se tinha saído a pé, talvez estivesse em qualquer outra parte da casa.

Depois de muito chorar acabou caindo em um sono profundo sem perceber. Pelo menos assim não precisava enfrentar aquela realidade tão obscura e dolorosa.

📚

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