Sobre poemas anônimos, garoto...

Por macedolari

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A vida de Ella era a mais comum possível: não era a mais popular da escola, não era a nerd, não namorava o me... Más

Personagens
Entendendo SPAGA
Parte I: Sobre poemas anônimos
Capítulo I: Cadernos perdidos
Poema I: Ontem, hoje e amanhã
Capítulo II: Segredos entre amigas
Poema II: As galáxias e o tempo
Capítulo III: Mais segredos
Poema III: Juro que entendia
Capítulo IV: Despedidas e Sam Smith
Poema IV: Estrela cadente
Capítulo V: Jogando sujo
Poema V: Sete anos de azar
Capítulo VI: Violino e violoncelo
Poema VI: No silêncio da noite
Capítulo VII: Um céu cheio de estrelas
Poema VII: Onde há amor
Capítulo VIII: Pontos finais
Poema VIII: Outra pessoa
Capítulo IX: Feridas e curativos
Poema IX: Sobre escrever e gostar de você
Capítulo X: Medo
Poema X: Olhares que se cruzam
Capítulo XI: Nada de ruim pode nos abalar
Poema XI: A M O R
Capítulo XII: A festa
Bônus: Cruel - Benjamin Anderton
Bônus: Ações e reações - Johann Adams
Bônus: Lar - Brian Bowmany
Playlist - Parte I
Parte II: Sobre garotos
Capítulo XIII: Garotos e problemas
Capítulo XIV: Motivos
Capítulo XV: Constelações
Capítulo XVI: Pesadelo e amizade
Capítulo XVII: Muito ferrado
Capítulo XVIII: Música e declarações
Capítulo XX: Irmãos nunca fazem nada de graça
Capítulo XXI: Problemas que não sei como resolver
Capítulo XXII: Todas as minhas pequenas âncoras
Capítulo XXIII: Noite das garotas e lágrimas
Capítulo XXIV: Comentários constrangedores como prato principal
Capítulo XXV: Clichês sempre dão certo
Capítulo XXVI: Eternizando nos poemas e no coração
Playlist - Parte II
Parte III: Sobre amor
Capítulo XXVII: Não precisávamos de mais nada
Capítulo XXVIII: Falando verdades
Capítulo XXIX: A estrela do norte
Capítulo XXX: Tentando fazer dar certo
Capítulo XXXI: Essa é pra você
Capítulo XXXII: Pedidos, panquecas e a Lei de Murphy
Capítulo XXXIII: Alerta
Capítulo XXXIV: Em algum lugar escuro
Capítulo XXXV: Felicidade: ser ou estar?
Capítulo XXXVI: Meu lugar
Capítulo XXXVII: Puramente amor
Capítulo XXXVIII: Eterno enquanto dure
Capítulo XXXIX: Bom e velho clichê
Epílogo
Playlist - Parte III
Edições - Instagram
Curiosidades
Aviso

Capítulo XIX: Nós sempre damos o nosso jeito

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Por macedolari

"Through the storm and through the clouds
Bumps in the road and upside down now
I know it's hard to be sleep at night
Don't you worry, cause everything's gonna be alright
Be alright
Through the sorrow, through the fights
Don't you worry, cause everything's gonna be alright
Be alright"
Be alright - Justin Bieber

— Louisie, nós estamos cansadas — reclamou Florence e eu resolvi fazer uma pausa no ensaio.

— Quinze minutos, meninas — anunciei, andando até a  arquibancada onde estava minha mochila.

Me sentei ali, prendendo novamente o meu cabelo, que já soltava, e pegando o sanduíche que estava guardado. Percebi que estava sendo muito dura com as garotas quando eu mesma senti o cansaço após me sentar. Os jogos estavam quase aí e nós precisávamos estar prontas para animar não somente a torcida, mas também os nossos garotos.

O treino do basquete, que acontecia logo ao lado, tinha terminado e, durante o tempo em que eu descansava, vi Callie se aproximar de Johann. Ela era uma das líderes de torcida e, apesar disso, nunca a tinha visto se aproximar de nenhum dos jogadores, como as outras sempre fizeram.

Observei enquanto eles trocavam algumas palavras. Callie sorria e enrolava uma mecha do cabelo na ponta do dedo, tentando chamar a atenção de Johann, que estava mais preocupado com seu celular que com ela.

— Mais tarde! — ele gritou, finalmente olhando para a garota, ao mesmo tempo que ela saía sorrindo e rebolando.

No que ela está se metendo?

Evan se aproximou de mim, largando-se na arquibancada, completamente suado. Ele me encarou antes de voltar seus olhos para a cena que eu reparava.

— Está tudo bem?

— Sim — respondi, porém não consegui segurar a pergunta que estava na minha cabeça. — Johann está ficando com Callie? Você sabe que não gosto das minhas meninas com ele, conhece sua fama.

— Não sei, Lou, mas acho que é um problema deles. Você não precisa cuidar de todo mundo o tempo todo. — Seu olhar era solidário e ele pegou a minha mão, depositando um beijo ali. — Você já faz muito por muita gente.

Assenti, beijando-o rapidamente e levantando, pronta para chamar as meninas para ensaiar uma última vez. Ao sair, vi que Evan se endireitou na arquibancada para me ver dançar, como sempre fazia quando terminava seu treino. Chamei as garotas e elas tomaram as suas posições antes que eu desse play na música.

O ensaio foi rápido, sem grandes erros, o que já era esperado pelo tempo que ensaiamos hoje. Ao final da música, as meninas se despediram, correndo para o vestiário enquanto eu voltava para a arquibancada.

— Acho que sou muito sortudo por ter você — Evan falou, passando um braço pelos meus ombros. — Amo você, Lou. Amo demais.

Quando ia responder, ouvimos um pigarrear e Brian apareceu acenando como uma criancinha. Meu namorado se levantou e pegou suas coisas, indo para o vestiário após dizer que me esperaria lá fora. Brian chegou mais perto e ocupou o seu lugar na arquibancada.

— Você está com uma cara desesperada, Brian — comentei e ele riu, revirando os olhos. — Ainda sobre aquela garota?

— Claro, Lou. Não sei o que sinto, está tudo tão estranho! — ele comentou frustrado e eu dei o maior sorriso que consegui.

— Oh, meu melhor amigo está mesmo apaixonado — anunciei, juntando as mãos e apoiando o rosto nelas. — Nós precisamos de um shipp, que tal...

— Louisie! — ele me interrompeu. — É sério! Não sei o que devo fazer.

— Agora? Não sei se você deve fazer algo sobre isso. Pelo menos, por hora. Você deve ir encontrar a Ella para a detenção. Ela já deve estar te esperando há um bom tempo — lembrei e ele se pôs de pé, anunciando que aquele assunto não havia terminado ali e que continuaríamos a conversa depois.

Como ainda levaria algum tempo para que fôssemos à casa de Karyn estudar, Evan me deixou em casa primeiro, dizendo ter que resolver alguns assuntos para o pai, mas que me buscaria depois.

Assim que entrei, senti o cheiro de comida vindo da cozinha e estranhei. Meu pai, minha mãe e Izzie deveriam estar no trabalho e Fall deveria estar na escola.

— Mãe? O que faz em casa? — perguntei, entrando na cozinha e vendo-a parada em frente ao fogão enquanto mexia algo numa panela.

Outro ponto estranho: minha mãe não cozinhava sempre. A maior parte das refeições era feita por meu pai, Izzie ou por mim. Mamãe só cozinhava quando estava preocupada ou estressada.

O medo, então, começou a se espalhar dentro de mim.

Me aproximei, largando a mochila numa cadeira e parando ao seu lado. Quando a fitei, seu rosto estava inchado e os olhos vermelhos, revelando que havia chorado há pouco tempo.

— Mamãe, o que aconteceu? — perguntei num sussurro, abraçando-a, e senti que suas lágrimas voltaram a se derramar. Ela fungou algumas vezes antes de conseguir me responder de modo que eu entendesse alguma coisa.

— Cortes de funcionários. Eles me mandaram embora, Lou.

Ouvindo aquilo, eu a abracei ainda mais forte, levando-a até a mesa. Ela se sentou e voltei até o fogão, desligando-o e indo buscar um copo d'água para ela. Entreguei o copo e ela o pegou com as mãos trêmulas.

O emprego que minha mãe tinha como secretária era o suficiente para que não deixássemos de pagar as contas da casa e não passássemos fome. Ela e meu pai sempre trabalharam duro para não deixar faltar nada para minhas irmãs e eu.

Lembro-me até hoje da vez em que me levantei de madrugada e encontrei os dois na cozinha, discutindo que o carro precisava ser vendido porque as contas tinham aumentado além do limite que eles podiam pagar. E, na semana seguinte, não tínhamos mais um carro.

Eu evitava pedir coisas e sempre ensinei a Fall, minha irmã mais nova, de que ela não precisava de coisas superficiais. O necessário bastava e nós aprendemos a viver assim. Uma customização numa roupa, troca entre irmãs, divisão igual de tudo o que tínhamos e nós seguíamos assim.

As coisas melhoraram quando Izzie, ou Isabelle, minha irmã mais velha, começou a trabalhar. Entretanto, não fazia ideia de como as coisas seguiriam daqui para frente.

— Não queria fazer vocês passarem por isso, Lou — minha mãe lamentou, secando algumas poucas lágrimas que ainda insistiam em cair. — Você deve saber que eu não escolhi por isso.

— É claro que eu sei, mãe. Não se preocupe. Nós vamos dar o nosso jeito, nós sempre damos.

Também queria chorar, queria muito, porém aprendi que não adiantaria de nada. Precisava me mostrar forte para que minha família também pudesse se sentir fortalecida. Eu precisava demonstrar que nós iríamos nos reerguer e nada poderia nos abalar.

Dissera aquilo tentando convencer a ela e a mim mesma, contudo, na minha cabeça, a voz de Evan ecoava dizendo que não posso cuidar de todo mundo o tempo todo. Só que, nesse caso, se tratava da minha família, e eu faria de tudo para vê-los bem novamente.

Oioi, pessoal!

Desculpem por ainda não ter respondido os comentários no capítulo anterior, estou em semana de provas e trabalhos e não sei nem como vão ficar as coisas por conta da greve, mas juro voltar lá ainda essa semana para responder todos.

Esse capítulo me parte o coração, mas é importante para a história a trama da Lou.

Também atualizei alguns capítulos dessa segunda parte para colocar os gifs. Caso não tenham visto, deem uma passadinha por eles.

Por hoje, é só. Até semana que vem!

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