Titulo: True love's power
Imagine: Imagina que tu és a nova bibliotecária e ainda tens algumas marcas de um passado obscuro.
Avisos: Nenhum
Ao chegar a casa ou à cave que insisto em chamar de casa encontrei um envelope no chão. A mensagem que continha dentro mudou a minha vida por completo dando inúmeras razões e memórias felizes para continuar a viver mais um pouco. Apesar de confiar nos outros elegidos havia ainda muitos sentimentos e medos que precisava ultrapassar, mas recusava-me a isso.
Esta semana recebemos um caso um tanto diferente daqueles que havíamos tido até então, mas era uma missão e se não a fizéssemos o mundo poderia correr grande perigo. Só no momento em que atravessamos a porta das traseiras é que eu percebi para que cidade havíamos sido enviados e um terror enorme abateu-se sobre mim. Tentando ignorar todos os sinais mentais que estava a receber para conseguir cumprir com a missão, mas a farsa não aguentou por muito tempo.
- É aqui que está o ponto principal, vamos começar por investigar um pouco o local. – Todos eles moveram-se para entrar no edifício menos eu, a minhas pernas haviam congelado e não respondiam de maneira alguma.
Demorou algum tempo para notarem no pânico que passavam pela minha cara e o único que chegou a perceber alguma coisas antes de conseguir voltar a esconder foi o Jacob Stone. Ele era o único na equipa com quem conversava mais livremente, mas o meu passado continuava um mistério até para ele.
- (T/N) há algum problema?
- N-não de m-maneira nenhuma. – Tentei disfarçar o medo e o desconforto que sentia, mas nada passada pelo inteligente e perspicaz Jacob Stone.
- Estás a mentir, passa-se alguma coisa. (T/N) estamos no meio de uma missão, portanto acho que o mais logico a escolher seria a honestidade.
- Eu conheço este prédio e penso que sei onde este demónio se encontra ai dentro.
- Quem é?!
- É o meu pai, ele é que anda mexendo com magia sem saber o que faz ou se importar quem magoa. Eu....eu não consigo, ele é muito forte, assusta-me.
- Hey! Nós somos os bibliotecários, vamos conseguir isto.
- Ok. Tem cuidado Jacob.
Nós entramos no edificio e Jacob fez todos me seguirem com a desculpa de explicar depois. O meu pai estava no local onde eu supeitava que ele iria estar, mas ao chegar para a frente a cena que vi horroriso-me profundamente. Quem fazia os rituais e os controlava eram a mesma pessoa...O meu pai.
- Decidiste voltar a casa?! O mundo já provou o quão inutil tu és, ninguém te quis?!- A maldade que me lembrava ainda lá estava e trouxe memorias terriveis de volta.
- Não, ela não voltou. Ela tem uma nova familia, nós viemos aqui para acabar com esta palhaçada.- Ele virou-se para encarar Jacob e a sua cara estava toda suja de sangue. – Sai daqui (T/N).
- Ela pode sair, mas enquanto as duvidas rondarem a sua cabeça eu terei todo o poder que eu quiser.
- Eu já encontrei uma familia!- Nesse momento Flynn agarrou-me a mão direita e o Jenkins, que apareceu de lado nenhum, agarrou-me na outra mão.
- Mas ainda não encontraste o amor, ninguém te quer!
- Eu encontrei o amor, mesmo que ele não me ame de volta. O amor que tenho dentro de mim faz com que ve-lo feliz com ou sem mim me faça feliz também.
- Podes admitir amar, mas só se tornará real quando o admitires em voz alta e todos sabemos que não tens coragem.- Ele provocou-me e tinha razão, eu não tinha coragem e comecei a tremer, mas o Flynn e o Jenkins apertaram-me as mãos deixando-me saber que estavam do meu lado desse por onde desse.
- Eu amo o Jacob Stone. – Assim que acabei de pronunciar essas palavras toda a maldade que existia dentro dele começou a consumi-lo e tudo o que restou no meio do caos foram as suas cinzas e memorias longiquas daquilo que me fez.
Todos saltaram de alegria dando-me os parabens pelo feito e quando acabaram foram saindo deixando-me sozinha com o Jacob. As borboletas no meu estomago dispararam e não consegui olha-lo nos olhos temendo a resposta que encontraria naqueles olhos azuis que tanto admirava. O quarto encheu-se de silencio, nada se fazia ouvir para alem dos seus passos que desapareceram uma fez que ele parou à minha frente.
Ele agarrou no meu queixo e obrigou-me a olha-lo nos olhos antes de fazer ou dizer alguma coisa. Os nervos iam-se acumulando consoante o tempo e quando falou deixou-me ainda mais confusa.
- Podes repetir o que disseste antes dele desaparecer. – Ele queria ouvir novamente talvez para certificar-se do que tinha ouvido ou para poder humilhar-me, fosse o que fosse eu obedeci cegamente.
- Eu amo-te Jacob Stone.- Ele sorriu e quando me preparava para a primeira piada fui apanhada de surpresa quando os seus lábios cubriram os meus num beijo apaixonado.
Após alguns minutos tivemos de nos separar por falta de ar e quando voltei a encarar aqueles olhos azuis eles estavam mais claros do que aguas cristalinas. Um sorriso estampava-se no seu rosto e os seus braços rodeavam a minha cintura num abraço caloroso.
- Eu também te amo (T/N).- Ele confessou por fim e selou esse facto com mais um beijo apaixonado.