Contos & Contos

By JuanDiego87

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Contos de terror diversos. se você tiver medo, esse realmente não é um livro para você. deixei aqui os conto... More

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O livro esquecido.
O fugitivo
A foto
Diário de um assassino
A menina perdida
Minha colega de quarto
A Sombra.
AO CAIR DA NOITE

Recorrente a uma paixão

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By JuanDiego87


O jovem Eduardo estava sempre a organizar suas coisas, de maneira que seus brinquedos eram guardados por cores e tipos.

Sua mãe a senhora Rute, achava aquilo em seu filho algo maravilhoso, sempre bem organizado. Ele próprio fazia questão em guardar suas roupas, combinando cada cor com cada estilo. Assim também o fazia com seus sapatos e a coleção de relógios, que seu pai havia deixando quando partiu.

Eduardo nunca perdeu seus costumes em arrumar tudo, na escola estava sempre com sua cadeira extremamente certa e alinhada, algo que seus professores alertaram sua mãe, o jovem poderia estar a devolver TOC (transtorno obsessivo compulsivo).

Mas sua progenitora nem sempre estava preocupada com ele. Ela ganhava a vida lavando e costurando para outras famílias de sua pequena vizinhança.

Uma vez ao ano, bem esporadicamente alguns familiares vinham visitar a família.

Eduardo odiava, seus primos sempre faziam bagunça em seu quarto, ele passava horas a fio a enfileirar as coisas, separar por cores, para que tudo ficasse de seu agrado.

- Nossa como o tempo passa. Parece que foi ontem Edu que te vi correndo de fraudas pelo quintal. Diz o tio Walter a chegar na sala.

O jovem abraça o tio, com frieza. Espreita o resto da família descer do carro. Pensando consigo mesmo.

- Lá vem toda essa gente cafona sem educação, sujar e bagunçar a casa que levo horas para deixar limpa e arrumada.

Seus primos entram como foguetes pela porta, quase arremessando Edu ao chão, com tamanha euforia ao rever a tia, que estava sentada remendando algumas blusas para o seu vizinho.

A tia esnobe de Eduardo entra pela sala, olhando toda a casa de forma como se nunca houvesse ido até lá.

- Vejo que está cada vez mais ordeiro Edu, sei que sua pobre mãe não encontra tempo para deixar a casa assim. Diz Sonia com ar de deboche ao ver Monica sentada costurando.

Seus primos somem em disparada para o andar de cima, em busca dos brinquedos e do quarto sempre tão limpo e arrumado de Edu.

Monica pede para que Edu vá até o quintal e prenda o pequeno porco, que recebeu como pagamento por uma trouxa de roupa mais cedo.

Eduardo prepara o cutelo, laça o porquinho, com um golpe só deixa o animal imóvel ao chão, direto no meio de sua testa. O porco solta um grunhido, estridente de deixar o jovem sem escutar por frações de segundos.

Com uma faca fina e alongada ele abre uma incisão em sua garganta, fazendo o animal verter aquele liquido espeço de cor rubra que exalta sua visão.

Deixando o sangue em uma grande panela, reservada para sua mãe fazer o porco para o almoço em família. Ele limpa o pequeno com muita agilidade, cortes precisos, detalhando cada peça a ser usada.

Coberto de sangue se dirigi para o banheiro fora de sua casa. Lá fica a fitar sua prima, que agora esta a mexer em suas roupas.

*****

Após a morte de sua mãe Eduardo continua a morar na mesma casa, perdido em pensamentos de épocas quando sua mãe ainda estava ali.

Como de costume sua família sempre vinha uma vez por ano, seus primos já eram grandes, mas continuavam com as mesmas manias de desarrumar a casa.

Sua prima havia saído da fazenda onde morava, tinha estudado na cidade, estava pior que sua mãe.

Eduardo foi para o quintal para separar alguns frangos para o almoço, mantando o ritual de sua mãe.

Sua prima por vez, estava a prestar atenção, olhando cada movimento que ele fazia.

- Diga prima já aprendeu a cozinhar?

- De onde eu venho não preciso entrar na cozinha, temos criadagem para fazer esse tipo de coisa!

Ao cair da tarde sua família se aprontava para seguir para casa, quando o pai deu a ideia aos primos fazerem companhia para o solitário Eduardo.

Passar a semana na casa do primo.

De fato, seria bom para o Edu, fugir um pouco de suas lembranças.

Já era noite, a luz precária fazia a casa ter um aspecto sombrio na penumbra.

Como de costume Eduardo dormia na sala, por conta da única televisão na casa.

Quando todos caíram em sono, Edu foi ate a cozinha buscar a sua faca que usava para matar os animais.

Se dirigiu ao quarto onde estavam seus dois primos menores, com um corte certo, atingiu a jugular do mais novo sem ter como emitir um só ruído.

O segundo ele o amordaçou, contando todas as vezes que teve suas roupas rasgadas, dando trabalho para sua pobre mãe, que achava que teria sido ele que tivera rasgado as roupas.

Abriu seu tórax, deixando o jovem se debater a cama.

Foi ate o seu quarto onde sua prima dormia.

Ela estava despida, como não havia trancas nas portas foi mais fácil o seu acesso.

Ele a olhava como se tivesse fome. Sempre que ele matava um animal ele bebia uma parte do sangue, e enterrava o coração.

Voltou a quarto anterior, onde seu primo estava desmaiado por tamanha dor que foi acometido.

Pegou em cima do armário uma tesoura que usava para cortar os pequenos arbustos das casas vizinhas, cortando assim suas costelas, expondo seus órgãos.

Ficava em êxtase ao ver sangue, ao ver como seu primo era tão idêntico ao porco em sua lembrança.

Eduardo pega um belo pedaço do peito de seu primo e o rasga nos dentes como um animal feroz.

Fazendo um ruído tal qual fosse um lobo que sacia sua fome ao acabar de caçar.

Escuta um barulho vindo do corredor, achando que seria sua prima, espreita pela porta ente aberta.

O corredor estava vazio como de costume.

Ele volta até o seu aposento, mais uma vez olha sua prima nua deitada em sua cama, começando a lhe fazer carinho, sujando seu corpo despido com o sangue de seus irmãos.

Ela acorda assustada e senta na cama rapidamente. Eduardo estava com as pupilas dilatadas com o cenho franzido, como se algo lhe deixasse com raiva.

- Eduardo que horas são?

Esta sujo. Sempre soube que me olhava diferente. Mas deste jeito que esta não irei fazer nada com você primo

Eduardo crava a tesoura com um só golpe acertando seu maxilar, deixando sua prima com espasmos.

Ele se lança para cima de seu corpo, segurando a tesoura com força para abri-la, quando o faz, deixa a face de sua prima irreconhecível, aberta ao meio com alguns dentes pendurados.

Ele deita ao seu lado e a abraça para dormir.

Na manhã seguinte seu tio volta a casa, trazendo comida para o sobrinho e seus filhos.

Ao chamar da escada nota um silencio anormal. Um cheiro desagradável, e muitas moscas vindas do andar de cima.

Eduardo fica imóvel como se estivesse morto ao lado de sua prima.

Seu tio ao se deparar com tal cena, empunha seu revolver encosta na cabeça de Eduardo, engatilha a arma e diz.

- Levante filho, não sabia que tinha essa coragem. Pensei que seu surto havia sido contido com os remédios. Que seria só a sua mão sua primeira e última vítima.

Eduardo se levanta devagar sorrindo da cama.

Seu tio após o amarrar o leva para o carro.

- Para onde vai me levar?

Sabe que não posso ficar preso, na cadeia não vão me dar meus remédios.

- Calma filho, vou lhe levar ao hospital logo na saída da cidade, lá eles irão tomar conta de você. Foi lá onde você ficou seis anos lembra?

****

Eduardo foi diagnosticado como psicopata, fazendo assim muitas outras vitimas no sanatório. Sua cela tinha o rosto de sua prima desenhado em todas as paredes e seu some até no teto.

Eduardo se suicidou cortando sua garganta com um pedaço da pia do banheiro. Foi encontrado caído, antes de morrer escreveu na parede próximo onde seu corpo foi encontrado.

Te amo Marta, com seu próprio sangue.

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