Duologia: Curados Pelo Amor...

By MarquesYas_

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Pietra Vitale é uma jovem estudante de Design de Interiores. Por fora é uma pessoa alegre que está sempre ten... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50

Capítulo 36

71 13 17
By MarquesYas_

Oii!
Gente, sinto que estou perdendo leitores mas que ainda tenho umas fiéis que continuam comigo, e agradeço muito, é por Voc es que continuo essa história. Obrigada ❤

*****

POV Anthony

Acordo antes dás oito da manhã, mas tive uma noite de sono péssima, tinha tantas coisas rondando meus pensamentos. O medo de ter esperança demais sobre esse tratamento, a insegurança de me abrir para uma pessoal que mal conheço, a ansiedade por um sinal de melhora...

Nem tomo café, o nervosismo me impede de sentir até fome.
Pietra não vai comigo hoje, eu pedi para fazer a primeira sessão sozinho e o psicólogo acha que quando as sessões forem de aconselhamento o melhor mesmo é estar apenas eu no consultório. Confesso que acho melhor, que assim posso quem sabe me abrir sem sentir tanto medo.

Meu celular toca e eu atendo sem precisar olhar quem é.

- Bom dia estrela. - mas que tipo de homem brega você se tornou em Anthony?

- Bom dia meu amor. - Pietra me responde e sorrio. - Como você está?

- Ansioso, com medo. Estou a caminho do consultório de Domenico. - as ruas já estão bem movimentadas, tem gente indo e vindo tranquilamente.

- Vai dar certo. Ele é um dos melhores psicólogos da região.

- Eu sei, confio no trabalho dele, mas... É difícil. - suspiro longamente.

- No começo vai ser difícil amor, vai pensar até em desistir, mas você não é covarde, não vai desistir.

- Não vou. O que vai fazer hoje de manhã?

- Voltar para o loft, tirar umas fotos e depois eu vou voltar a fazer mais uma planta baixa. A tarde eu estava pensando em dar uma volta para ver umas mobílias. Quer ir?

- Vou pensar, dormi mal essa noite, talvez eu deva descansar mais. - entro no prédio elegante. - Tenho que desligar, cheguei ao consultório.

- Tá bom, te vejo mais tarde. Eu te amo. - Ela desliga sem esperar por minha resposta, no fundo acho que está mais ansiosa que eu para esse primeiro dia de terapia.

Domenico me recebe amistoso, pergunta como estou e comenta sobre o clima quente logo pela manhã, me oferece um café que dessa vez aceito e enquanto beberico é como se me pudesse tranquilizar um pouco.

Me deito no divã, me sinto desconfortável aqui mas não digo nada. Isso é bem clichê, da próxima vez vou tentar pedir para me sentar em uma poltrona.

Domenico me dá instruções, pede para eu fechar meus olhos, respirar fundo e tentar encontrar um ponto de equilíbrio. Não demora muito e me sinto relaxar, até que o divã não é nada mal. Relaxa.

Ele me faz perguntas e eu respondo, às vezes ganho um comentário e gosto disso.

- Às vezes é como se um alarme tocasse em mim, um alarme que despertasse medo e insegurança sobre mim. Antes de conhecer Pietra era pior, eu tinha medo e raiva o tempo todo. Sentia ódio de mim mesmo. - conto dando um longo suspiro.

- Fala muito de sua namorada, ela realmente tem te ajudado. - Ele comenta e assinto sem abrir os olhos. - Sabe Anthony, às vezes pessoas podem ajudar outras como nenhum remédio pode. Mas me conte como é com sua família?

- Hoje em dia é um tanto estranho conviver com eles. Antes da morte da minha mãe eu tinha una relação boa com todos, adorava atormentar minha irmã, saia para viagens em família. Meu pai era como um amigo, nos divertíamos muito juntos, mas hoje...

- Hoje são afastados. - Ele completa.

- Isso. Somos como conhecidos que quando se encontram trocam umas poucas palavras.

A conversa dispersa sobre meu problema em dirigir ou fazer qualquer tipo de coisa que me lembre a mamãe. Marcamos a próxima sessão para sexta-feira. Na verdade as terapias ficam marcadas para três dias fixos na semana, segunda, quarta e sexta.
A próxima visita vamos começar um tratamento de terapia cognitiva que é um método em que aprendo a substituir pensamentos negativos e distorcidos para pensamentos positivos e precisos.

Encontro Pietra no restaurante de sempre, ela me recebe com um beijo e nos sentamos lado a lado na mesa. Passo meus braços em sua cadeira e aproximo ela para lhe dar um beijo.

- Como foi? - Ela pergunta depois que fazemos o pedido a Rita.

- Tranquilo, melhor do que imaginei. - respondo beijando seus lábios, depois me afasto. - Sabe que parando para pensar eu acho que foi muito bom, sai do consultório mais leve, mais despreocupado.

- Isso é ótimo! Domenico me disse que a maior parte dos pacientes pensam em desistir no primeiro dia, por causa do sentimento de culpa.

- Volto sexta.

- Se quiser posso ir com você. - ela sorri de um jeito que eu nunca poderia negar.

- Quero.

Almoçamos em um clima agradável, Pietra sempre fazendo comentários engraçados e eu rindo sem medo, sem me sentir cobrado por mim mesmo.

Estou com um pouco de saudades de ficar  com ela no meu loft e quando vejo estamos subindo a escada do pequeno prédio.

Esse lugar já me trouxe muitas tristezas, já me deixou mais exposto para a culpa que ainda me corrói mas apesar de tudo esse lugar me faz feliz agora. Feliz porque tenho ela perto de mim, feliz porque eu não conseguiria superar nada do que já superei se eu não tivesse contado tudo que me atormenta para ela na sala de estar.

- Eu disse que o colchão era boa ideia. - ela brinca enquanto caminha para o colchão depois de tirar os tênis. - Estou adorando trabalhar nesse loft. - Me deito ao seu lado e ficamos os dois olhando para em teto.

Ela montou um pequeno local de trabalho aqui, o notebook em uma mesa improvisada, cartolinas grandes com a planta do loft.

- A gente não pode demorar muito aqui, só vamos descansar um pouco. Ainda Tenho que ir olhar um monte de coisas, passar em um marceneiro, ir ao shopping e em uma mulher que costura umas cortinas lindas. - Ela está tão empolgada que nem refreio a ideia das cortinas. Ela gosta e é isso que importa.

- Acha que termina de planejar quando?

- Dois dias, três no máximo. - Pietra conta vindo para meus braços e apoiando sua cabeça em meu peito para me olhar. - Conversei hoje com uns profissionais que vão me ajudar a executar o projeto. Eles começam o trabalho aqui na segunda.

- Legal! Estou curioso.

- E vai continuar porque só vai descobrir se está bom quando tudo estiver pronto. Você me deu total liberdade para fazer o que quiser com esse lugar.

- Dei mesmo e começo a me arrepender. - brinco e ganho um beliscão no braço. - Ai! Estou brincando.

- Brincando é? - pergunta cínica e eu assinto sorrindo, então ela deita a cabeça em meu braço e volta a encarar o teto. - Que bom, porque eu estou muito animada com o lustre rosa que vou colocar aqui. - rimos com a ideia.

- Cuidado que eu nem te pago.

- Te processo. - Ela tenta ficar com um semblante sério mas falha miseravelmente. - Nos meus pensamentos, não tenho dinheiro pra advogado.

- E eu vou ser condenado? - pergunto ficando sobre ela, seus olhos brilham, os lábios sorriem antes dos lábios.

- Claro! - suas mãos vão para minhas costas por debaixo da camisa que estou usando.

- E qual vai ser minha pena? - beijo seu pescoço e ela se arrepia.

- Me amar. Para sempre. - seus olhos percorrem meu rosto e nos beijamos.

Sinto seu amor como sinto o ar. É natural, não tem cobranças, só tem companheirismo, carinho e respeito.

Pietra é meu pilar, me ajuda a me manter em pé, não me deixa fraquejar e não sei como eu pude um dia pensar que o melhor era me afastar.

Separamos o beijo com sorrisos, as roupas ainda em nossos corpos e mesmo a desejando sempre acho bonito essa intimidade que construímos, essa necessidade que temos de estar juntos o tempo todo mas não só pelo sexo.

- Te amo e sei que é pra sempre, até o fim dos meus dias. Estrela, eu só tenho esse sentimento no meu coração porque é você. Duvido que alguém conseguiria esse efeito sobre mim. - Tenho o prazer de ver o que minhas palavras causam a ela. Pietra se emociona, sorri com o rosto corado.

Tão pouco tempo e ela é a pessoa que mais amo no mundo. Como pode isso? Amor verdadeiro.

- Me acha uma boba por me emocionar quando diz essas coisas lindas? - sua voz sai tão delicadinha que me faz sorrir.

- Que ideia. Claro que não. - coloco seus cabelos atrás da orelha, ela sorri e levanta seu tronco para me beijar. - Acho linda!

Trocamos um longo beijo  um que  nos faz sempre esquecer de tudo ao nosso arredor. Depois separamos nossos lábios e trago ela para meus braços.

- Estou com sono, vou deixar para resolver as coisas a partir de amanhã. Desculpe chefe. - Pietra brinca me abraçando mais e então fechando os olhos.


POV Pietra

Entro no shopping um tanto animada, não por causa das roupas ou maquiagens mas por causa das mobílias, quatros e todo o resto. É como o paraíso para mim.

Provavelmente vou passar a tarde toda aqui, ainda bem que Anna vai me acompanhar. Apesar dos cursos serem diferentes eu adoro conversar com ela sobre decoração e tudo mais.

Olho para o relógio e vejo que são quase meio dia. Anthony deve estar saindo da terapia agora. Ele até viria comigo mas disse que não dormiu nada noite passada e vai tentar colocar o sono em dia.

Encontro Anna na Praça de alimentação, ela sorri ao me ver e me abraça. Tem poucos dias que não nos vemos mas ainda sim senti saudades.

- Oi amiga, demorou em? - ela reclama me fazendo rir.

- Desculpa, eu sou pobre e tive que pegar ônibus até aqui. - aviso e pra ela que revira os olhos.

- Eu disse que te buscava.

- Não queria incomodar Anna, você estava na faculdade, que fica bem pertinho daqui, e minha casa é um pouco mais distante.

- Cheia de desculpas. - sua reclamação me faz rir. - Vamos almoçar? Estou na maior fome!

Pedimos sanduíches e comemos em meio a algumas conversas aleatórias. Estou apressada e não posso ficar enrolando demais aqui, ainda tenho muitas coisas a fazer. Ir a um marceneiro e a um mercado de rua.

- Adoro fazer compras! - Anna comemora e eu rio dela, é a patricinha mais legal que já conheci.

- Amiga, não é bem umas compras. Só vamos pesquisar valores, produtos... o que eu gostar mesmo, sem dúvida alguma eu compro e a loja manda a conta para o seu irmão.

- Entendi. - ela suspira revirando os olhos.

- Aquela loja é referência entre os designers, ela vai de mobílias clássicas as alternativas. - conto apontando provavelmente a maior loja do shopping.

- Vai ficar pesquisando essas coisas até quando? - Anna pergunta enquanto entramos na grande loja.

- Até amanhã. Já pesquisei muitas coisas ontem. - respondo enquanto pegamos cada uma as maquininhas de olhar os preços. - Segunda vai ser o dia de pintar as paredes, contratei dois pintores para isso, depois vai ser as trocas do piso. Vão ser de madeira.

- Acho que vai ficar bem bonito. Ao menos melhor do que aquele loft era antes. - concordo verificando o valor de um armário.

Damos uma volta completa na loja, acabo escolhendo algumas coisas e mando a conta para Anthony. Acho engraçado e acabo rindo dessa formalidade, somos namorados, durmo com ele quase todas as noites e temos intimidade, eu podia entregar a conta pessoalmente.

Depois vamos em uma loja específica para iluminação e escolho iluminações para todos os cômodos, iguais e algumas diferentes.

- Devíamos ir naquela para utensílios domésticos. - Anna sugere e aceito.

- Vou me dedicar em escolher as louças e todo o resto que uma cozinha precisa. - aviso quando entramos na loja. - Seu irmão adora cozinhar.

- Talento de família isso, lá em casa todo mundo sabe cozinhar.

- Sorte de vocês. - Ela ri se lembrando da minha pequena falta de talento na cozinha.

- O que você e seu pai estão comendo em casa?

- Meu pai sabe cozinhar então prepara o café da manhã, o meu almoço e o jantar é por conta do seu irmão. - dou de ombros e ela ri.

- Mas agora mudando um pouquinho de assunto. Como está o namoro?

- Muito bem, sinto que estamos criando uma certa intimida nova sabe? - Anna sorri minimamente. - O sexo ainda não rolou, mas rolaram uns beijos mais quentes... uma mão mais boba.

- Sei como é isso. - suspiro com minhas lembranças e ela faz careta.

- Não me conte suas intimidades com meu irmão. Não em detalhes ao menos. - Seu pedido me faz rir alto, somos duas garotas conversando sobre sexo em uma sessão de utensílios para cozinha.

- Mas nunca chegou muito, muito perto mesmo?

- Já, umas duas vezes. - Anna cora e eu tento sorrir para lhe passar confiança, já passei por isso há muitos anos atrás. - Ontem ele queria... queria... aí que vergonha de dizer.

- Sexo oral? - decido acabar com sua angústia, ela assente vermelha feito pimenta e com os olhos arregalados. - É normal Anna, os casais fazem isso, mas não significa que você tenha que fazer, tem que ser na hora certa e  se quiser.

- Ele queria fazer em mim mas eu fiquei roxa de vergonha e eu senti... não sei o que senti, mas não queria continuar com aquilo, já tinha ido longe demais. - Ela confessa sem me olhar, suspira longamente. - Acha que tenho algum problema?

- Claro que não amiga, você só não está pronta. Quando estiver vai saber, independentemente se vai ser com o Guilhermo ou não.

- Está certa, mas é que fico meio desnorteada, achando que estou fazendo ele perder tempo demais comigo.

- Olha Anna, se ele achasse perca de tempo não estaria com você, esperando pelo momento em que você se sinta bem para ir além. - Eu a tranquilizo.

-  É, pode ser. - Ela suspira me fazendo sorrir.

Passamos em frente a uma loja de lingerie e como toda mulher nos paramos para olhar, fico encantada com tudo. Entramos porque Anna quer porque quer comprar umas.

- Se eu ainda for desistir de perder a virgindade quando estiver de lingerie, é melhor que elas sejam bonitas. - Anna diz olhando as peças, acabo fazendo o mesmo. - Devia levar umas...

- Acho que vou mesmo. - respondo tocando um sutiã desses de corte moderno, não é extravagante, é muito bonito.

- Olha esse. - ela aponta um manequim que usa um modelo de lingerie com cinta liga e meias. Sorrio.

A ideia de usa isso para Anthony me agrada e quando vejo acabo comprando umas lingeries sensuais. Só não sei quando vou ter coragem de usar. Me parece tão... sei lá. De outro mundo.

Elas são ricas em detalhes e eu não teria coragem de simplesmente me despir na frente dele com a lingerie de cinta liga, mas só de pensar no quanto vai agradar a ele eu penso no quanto vale a pena passar por essa pequena vergonha. Em algum dia eu posso arrumar uma oportunidade.

****
Até amanhã 😚❤

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