Paulo
Assim que chegamos na fazenda e tiramos nossas coisas do carro, começou um chuvarel. Uma chuva bem forte, e junto dela, ventos fortes acompanhado do frio. Mas isso não nos impediu de conhecer a casa e o casal de idoso que toma conta. Eu estava animado, está chovendo, frio e eu ficaria com Emíli, sozinhos. Já que o casal ficam em outra casa.
— Aqui é bem bonito! — Emíli fala olhando da janela.
— Concordo com você! — Falo abraçando sua cintura por trás.
— Seria ótimo criar nossos filhos em uma fazenda dessa. — Fala deitando a cabeça em meu ombro.
— Nunca tinha pensado, mas seria ótimo. — Falo sorrindo.
— Eu penso em tudo. — Se gaba me fazendo rir.
— Sei que sim. — Falo beijando seu pescoço e ela se encolhe rindo.
— Você sabe que eu sinto cócegas. — Fala me dando um tapa no braço.
— A pensa tudo também esta pensando no nome dos nossos filhos? — Pergunto puxando ela mais pra mim.
— Não! Quero pensar junto com você.
— Quer comer algo? — Pergunto mordendo seu ombro levemente.
— Não! Já comi muito no carro.
Ficamos um bom tempo conversando sobre coisas aleatórias, coloquei um colchão no chão e peguei algumas cobertas e coloquei COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ o filme que Emíli escolheu. E eu estou aqui para fazer suas vontades, seja qual for.
— Eu não acredito nisso! — Emíli chorou novamente assim que o filme acabou.
— Amor, é só um filme. Na vida real ele está vivo..— Tento de alguma forma consolar ela.
— Ele deixou ela sozinha. — Falou entre soluços.
— Ele estava sofrendo, foi difícil para ele também.
***
Foi muito difícil fazer Emíli parar de chorar e assim que consegui ela foi tomar banho.
Já era de noite e a janta já estava pronta, Jurema, a mulher que toma conta da fazenda fez e voltou para sua casa. Mesmo eu falando que não precisava vim.
— Amoooor.— Escuto Emíli gritar e vou até ela, no quarto.
— Esta tudo bem? — Pergunto preocupado.
— Estou com vontade de comer bolo de chocolate. — Fala alto se jogando na cama.
— Eu posso fazer. — Falo animado.
— Não! Eu quero aquele bem decorado. Deus, eu vou morrer! — Grita a ultima parte.
— Vou pedi a dona Jurema para fazer. — Falo.
— Faz isso, rapidamente!
Saiu de fora do quarto e olho a chuva. Porra, saiu da casa e vou correndo até a casa, ao chegar bate na porta como um desesperado.
— Oi... Meu Deus, você vai pegar um resfriado. — Dona Jurema fala me puxando peã dentro.
— Preciso muito da sua ajuda! — Falo rapidamente. — Minha mulher está grávida, esta com vontade de comer bolo de chocolate. — Falo desesperado.
— Para sua sorte, eu acabei de fazer um. — Fala sorrindo. — Só falta decorar.
Espero até que ela decore e fico pensando em como Emíli deve estar. Quando o bolo já esta pronto, a mulher me da um bolo, mesmo eu pedindo pra pagar, quando entro em casa, Emíli avança sobre mim e pega o bolo, sem mesmo me da um beijo de obrigado.