30| Tempo depois...

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Seis meses depois...

Paulo

Minha vida está tomando um rumo tão diferente, que eu não sei como agradecer, eu estou feliz, na verdade, desde que Emíli entrou na minha vida, eu estou feliz, apesar de nossas pequenas brigas. Mas de qualquer forma, eu me sinto feliz, realizado, como nunca me senti antes. Eu não consigo parar de sorrir, Emíli realmente mudou minha vida, de uma forma tão repentina que eu não sei nem explicar.

Não temos Gisele para atrapalhar nosso romance, como antes. Depois de descobrir que ela morreu por conta de drogas, fiquei surpreso, e mais ainda, quando soube que ela estava se envolvendo com coisas  erradas, com mafiosos. Nunca imaginei Gisele nesse tipo de vida. Foi realmente uma surpresa.

— Quando vamos marcar a data do casamento?— Pergunto novamente.

Nesses seis meses Emíli não decidiu a data do casamento, se eu não soubesse que ela me ama, eu diria que ela esta me enrolando.

— Vamos deixar nossos filhos crescerem, só mais um pouquinho. — Fala e eu olho Bernardo sentado no chão e Alice engatinhando.

— Quando Bernardo estiver fazendo sexo? — Pergunto e ela ri.

— Ou a Alice. —Fala e eu olho pra minha filha, que para assim que houve seu nome.

— Como assim "ou a Alice"? — Pergunto sério.

— Ué, ela também vai fazer sexo. — Da de ombros, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

— Não é assim não! — Falo e Alice ri, como se estivesse entendendo.

— É como? Larga de ser machista, seu filho pode e a filha não? — Pergunta me olhando séria.


— Ora, mais é claro que ela pode fazer sexo. — Engulo em seco. — Mas com a pessoa certa, não quero ninguém machucando minha filhinha. — Fala e pego ela no colo.

Não vou ser desses pais que prendem a filha e não deixa fazer nada, até porque já fui adolescente e sei como é. Mas apesar de pai, quero ser amigo dos meus filhos, quero que eles conversem comigo, seja qual for o assunto. Só não quero ver meus filhos machucados.

×××

— Nossos filhos já vão fazer sete meses, e o casamento? — Pergunto agoniado para Emíli.

— É moço, apressado. Você venceu, amanhã vamos marcar o casamento, tudo bem? — Pergunto e eu sorriu animado.

— Finalmente!— Fala e ela ri.

— Estou tão cansada! — Resmunga sonolenta.

— Quer que eu faça? — Pergunto e ela me olha.

— Você pode ajudar, assim acabamos logo e eu te ajudo nas suas coisas. — Fala e eu afirmo me levantando do sofá.

— O que eu tenho que fazer?— Pergunto indo até a cozinha.

— Corta esse tomate, a cebola, a cenoura e o pimentão. — Pede e eu vou até o armário, pegando a faca.

— O que vai fazer?— Pergunto curioso.

— O dia hoje pede sopa. — Responde sorrindo, o sorriso que me apaixonei.

Começo a cortar os legumes e começo a pensar. Nunca me imaginei, em uma cozinha cortando legumes, minha noiva mexendo na panela e meus filhos dormindo no quarto, sem dizer o quanto estou desesperado para casar logo. E finalmente, Emíli vai marcar a data, se dependesse de mim, já estaríamos casados. Lua de mel eu não sei, já que não queremos deixar nossos filhos.

Tenho certeza que esse casamento, sera uma experiência melhor que a primeira. Nosso racionamentos passou por algumas coisas, talvez isso serviu para nosso relacionamento evoluir. Agora qualquer coisa que acontece em nosso relacionamento, sentamos e conversamos, dependente de qualquer coisa. Depois da nossa 'separação' nosso relacionamento está melhor, bem melhor. Felizmente as coisas estão melhorando, dando tudo certo.

— Amanhã vou voltar para empresa. — Falo e Emíli me olha.

— Tudo bem... — Suspira.

— Tudo bem mesmo? — Pergunto e ela afirma.

— Sim. — Sorri e lhe dou um selinho.

A melhor coisa, é ser dono de suas próprias coisas. Um pouco antes mesmo do nascimentos dos meus filhos, eu me dei "folga", mas sempre fui acompanhando a empresa, e até mesmo trabalhando em casa. Cada passo que cada pessoa dava na minha empresa, eu sabia. Mas eu preciso voltar, não posso ficar me dando mole, apesar de ter dinheiro pra mim sobreviver, minha mulher e meus filhos.
Quero que meus filhos tenham do bom e do melhor, mas antes de tudo, quero que eles sejam honestos, assim como os pais foram, e não tentam passar por cima de ninguém, querer humilhar por terem dinheiro.

— No que você tanto pensa? — Emíli pergunta e eu riu da sua curiosos. O mulher curiosa!

Na humildade de nossos filhos. — Falo e ela me olha confusa. — Apesar de termos dinheiro, quero que nossos filhos sejam humildes. Assim como fomos. — Falo e ela apenas afirma. — O que foi?

— O dinheiro é seu. — Fala e eu deixo a cenoura para trás.

— É nosso! Vamos nos casar, dividir uma casa, uma vida, lembra?— Pergunto e ela afirma.



— Mas não foi eu quem te ajudou crescer. — Fala olhando em meu olhos, seus olhos são as coisas mais lindas.

— Mas está me ajudando agora, esquecer o passado. Se lembra?— Pergunto e ela afirma.

— Me desculpe, é que as vezes eu me sinto inútil, sem trabalhar. — Fala chateada.

— Você inútil? Tá louca? Qual mulher ia dar conta de cuidar de dois bebês, arrumar um apartamento grande, ajudar o marido e fazer um sexo excelente?— Pergunto e ela ri, batendo em meu ombro.

— Você é um palhaço.

— Que fez você rir. — Falo pegando a mesma pela cintura e colocando-a encima do balcão. — Eu amo tudo em você, mas seu pescoço... — Sussurro e ela joga a cabeça para trás, em uma alta gargalhada.

Essa mulher foi feita exatamente pra mim.

— A sopa meu Deus... — Fala rindo se levantando. — Acaba logo a cenoura amor.

— Já estou acabando. — Falo frustado. Achando eu que ia rolar um sexo na bancada.

Acabo de picar a cenoura rapidamente e dou para Emíli que coloca na sopa.

— Está pronto? Estou com fome! — Me sendo no banquinho da bancada.

— Esta case pronto! — Fala e alguns segundos depois desliga o fogo. — Estava pensando em um sorvete depois. — Fala e eu não me aguento, gargalho. Ela queria sopa por conta do tempo, e agora quer sorvete. — Pensei que a sopa era por conta do tempo. — Falo e ela franze o cenho.

— Eu falei isso, mas na verdade, eu que tive vontade de comer. — Fala e sorri.

— Eu também estou com vontade de comer, só que outra coisa. — Falo indo ate ela, a mesma desvia.

— Você não estava com fome da sopa?— Pergunta irônica. — Agora come!— Fala e eu sorriu.


Eu amo quando ela me manda, meu pai chega a contrair.



×××

Já está em meu perfil, minha nova história Ela é Mais Velha , onde conta a história de Veronica e o filho do seu patrão tarado. Vão e vejam!

Se passaram alguns meses, para acontecerem o casamento deles, antes que vocês perguntam ou me criticam falando que já passou tempo e tal.

Um Homem Mais Velho - Livro 3 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora