Um Amor Impróprio (quase ao f...

By realracheloliveira

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🔞 Leituras inadequadas para menores de dezoito anos; 🚫 Art.184 - Código Penal: PLÁGIO É CRIME! ● História... More

Como Tudo Começou
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Pedido da Escritora
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Esclarecimentos
Capítulo 15
Capítulo 16

Capítulo 14

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By realracheloliveira


[ 6h00AM ]

   Decidimos despertar o mais cedo possível, já que o risco de minha mãe descer e nos flagrar era grande.
Assim que o alarme de Ricardo tocou, tratamos de nos aprontar para o café.

Ricardo me beija, ainda deitados, dando-me um abraço apertado acompanhado de declarações.

— Bom dia, princesa. Acordei mais apaixonado por você, como pode isso?

— Bom dia, meu bem. Todos os dias me apaixono mais por você...

(Silêncio dentro de um abraço)

— Vou me arrumar e fazer o café. - Concluo.

Preciso dizer que aquilo foi extremamente agradável para mim, pois sempre tive o sonho de casar, ser dona de casa e cuidar do meu marido.
E levantar para fazer o café da manhã enquanto Ricardo permanecia deitado, com toda a certeza fez-me sentir casada.

   Trato logo de dar um jeito no meu rosto amassado e em meu hálito, depois, me visto com uma roupa mais decente.
Pus água do café para ferver enquanto passava manteiga nas fatias de pão antes de levá-las à frigideira.
Percebi que Ricardo me observava do sofá com olhares de encanto, o que me deixou um tanto envergonhada.  Dou-lhe uma olhada e pisco, com um sorriso bobo.

Assim que preparo o café da manhã, convoco Ricardo e nos sentamos.
Após o café, ele se apronta para trabalhar na obra e se despede de mim, dizendo que ao sair da obra iria ao Centro resolver alguns problemas.

Passei o resto do dia em casa ajudando minha mãe com meus irmãos e deitada no sofá.
Era um domingo, então provavelmente iriamos todos à igreja no fim da tarde.

-

    Eram 18h30PM, restavam trinta minutos para o início do culto e Ricardo ainda não havia chegado dos compromissos no Centro de CF. Ele então me liga, dizendo que se atrasaria um pouco, mas que era pra todos irmos e deixarmos ele ir de ônibus.
Assim foi feito, porém, Ricardo não apareceu para o culto. Provavelmente por ter ficado tarde demais - o que foi uma pena, pois aquela seria a nossa primeira vez buscando à Deus juntos.

Após o culto, decidimos passar no supermercado para comprar algo interessante para o jantar, e assim fizemos.
Compramos algumas caixinhas de massa instantânea de microondas e uma garrafa de refrigerante, em seguida fomos pra casa.

     Ao descer a primeira rua do condomínio, avistamos Ricardo indo em direção ao duplex. Ele havia acabado de chegar de seus compromissos.
Alexandre buzina, faz uma brincadeira com ele a qual não me recordo bem, e ele entra no carro.

Assim que chegamos e descemos do carro, Ricardo imediatamente olha para mim, afinal, eu estava maravilhosa, e ele ainda não havia visto o meu look.
Eu vestia uma saia azul longa de cós alto, uma blusa prateada brilhosa e minha jaqueta curta azul-escuro. Nos pés, uma rasteirinha de pedrinhas.
Minha make era básica, porém com cílios bem alongados, iluminador nos cantinhos dos olhos e um batom vinho forte, além da chocker preta.

Ele se encanta, e com um sorriso bobo me direciona uma piscada de olhos.
Dou-lhe um abraço e um beijo.

— Queria tanto que tivesse ido com a gente, amor...

— Perdão, princesa. Me enrolei todo com os compromissos.

— Relaxa. Vamos passar a noite todinha juntos mesmo...

— Hmm, que ótimo!

Trato logo de pôr as refeições no microondas e de vestir meu pijama.
Deixei para retirar a maquiagem após o jantar, por pura pena. Eu estava maravilhosa, modéstia à parte.

Assim que concluímos a refeição, dou uma geral na pia da cozinha e me preparo para sossegar.
Minha mãe, meus irmãos e Alexandre subiram para se aprontar também, e às crianças.

— Finalmente à sós, meu bem! - Digo à Ricardo.

Ele me agarra em um beijo romântico, e me joga no sofá.
Passamos um tempo assistindo TV, até que Ricardo resolve se preocupar com nossa exposição na casa.

— Karen, é melhor irmos pro quarto onde estou dormindo, não acha?

— Por quê?

— Ainda está um tanto cedo, tua mãe pode descer pra fazer mamadeira para as crianças...

— Verdade. Mas agora?

— É, ué... já vamos deitar mesmo.

— Tudo bem, vamos.

Assim fomos, simulando duas aberturas e fechaduras de porta nos quartos, no intuito de que minha mãe ouvisse e especulasse que cada um seguiu seu rumo.
Silenciosamente entramos no quarto de Ricardo, trancando-o.
Ainda de luz acesa, passamos prováveis cinco minutos conversando em sua cama, até que minha mãe me chama, pedindo que eu preparasse duas mamadeiras e pegasse algo no andar de baixo.

Olho para Ricardo, com um semblante de quem queria dizer "já era!"

— Oi, mãe!!! - Exclamo.

Ao perceber a direção contrária da minha voz, perguntou onde eu estava, com tom desconfiado.
Abro a porta de Ricardo e avisto-a no corredor.

— To aqui. O que tu pediu mesmo?

— O que você tá fazendo aí?

— Estou conversando com Ricardo. - Digo, indo em direção à ela.

— Garota!!! Vá fazer o que eu mandei e volta pro seu quarto! (Ela vira as costas e volta pro seu quarto.)
Meu Deus, a coisa tá pior do que eu pensava... - diz consigo mesma, em baixo tom.

Pego minhas coisas no quarto de Ricardo, dizendo alguma coisa com ele sobre a situação, risonha, dou-lhe um beijo e desço para fazer o que minha mãe pedira. Ele se encontrava com um semblante apavorado e preocupado.

Eu ria da situação, mesmo sabendo que aquilo daria problema na aceitação de minha mãe a Ricardo.
Entreguei a ela os pedidos e voltei para o meu quarto.
Tranquei-o e me deitei, porém especulei que Ricardo devia estar me esperando em sua janela, a qual fica há 1 metro de distância da sacada do meu quarto.
Fui até lá e, lá estava ele.

— Que situação, hein! (Risadas) culpa sua! - Brinco.

— Caramba! E agora?

— Se ela tiver maturidade o suficiente, vai esquecer rápido essa situação e continuar alimentando sua relação com ela. - Digo, referindo-me à minha mãe.

— Tomara, pois era só o que faltava ter tudo por água a baixo logo agora que tá tudo bem.

— Relaxa, amorzinho.

— Amanhã antes da gente ir embora, com certeza vou conversar com ela.

— Desnecessário!!!!! - Exclamo.

— Não sobre a situação, e sim, sobre minhas intenções com você.

Naquele segundo, havia me preenchido uma sensação enorme de alívio ao saber que Ricardo estava realmente interessado em assumir algo sério comigo. Porém, meu medo de que Ricardo consertasse as coisas com sua ex esposa por causa de sua filha, Hadassa, era grande. E persiste até hoje.

— Teria coragem? - Pergunto.

— Claro que sim! Isso a deixaria mais tranquila em relação a nós dois e nossos passeios. - Alega.

— Realmente.

Continuamos ali conversando, até que um frio forte fez-se presente. Chamei Ricardo para meu quarto, e ele pulou sua janela e invadiu minha sacada.

    Não sei se aleguei isto por aqui, mas Ricardo estava por ir à Pernambuco visitar sua filha e acertar negócios financeiros e questões de seu casamento com sua ex esposa.
Confesso que meu pé atrás em relação a essa situação nunca esteve diferente. Afinal, o casamento acabou de uma forma completamente mal resolvida, o que significava que essas questões poderiam se resolver de uma hora pra outra.
Conversando com Ricardo, esse fato veio à tona. E, no desenrolar da conversa, me bateu um pouco de raiva...

— Você vai pra PE em agosto mesmo ou vai ficar aqui aproveitando ao máximo de mim antes de se resolver com a Vânia? - Pergunto, afrontando-o.
Confesso que me arrependi de ter sido tão desrespeitosa de tal forma, porém, é bom demonstrarmos esse tipo de sentimento, ainda mais quando se é nova e aparentemente inexperiente, para que a pessoa veja que não está lidando com leigo.

— Ô, meu amorzinho! Por que tá falando assim? Acha mesmo que vou fazer isso com a menina mais maravilhosa que conheci na minha vida?

— Não sei, Ricardo. Sua vida é muito complicada, você tem muita coisa mal resolvida e, pelo fato de eu estar apaixonada por você, posso sair perdendo. E vou sofrer.

— Karen. No atual momento eu quero você! Creio que o que você tá pensando não aconteça, mas caso haja possibilidade de acontecer por alguma circunstância, te comunico. Sabe que não vou jogar baixo.

Aquilo havia me aliviado um pouco, por mais simples que tenha sido.
Inclusive, não somos namorados oficialmente por escolha minha, o que não me dá o direito de exigir que ele escolha à mim.

Seguimos conversando e, não satisfeita, cutuquei ainda mais suas situações.

— Olha, Karen. Presta atenção. Eu não amo a Vânia, se amasse já estaria lá. O que eu sinto por ela é pena e preocupação, pois desde que me casei com ela, aos 18 anos e ela 19, acostumei-a a não fazer nada, pois eu queria fazer tudo para que ela se sentisse uma princesa. Foi um erro drástico, pois hoje ela não sabe fazer absolutamente nada sozinha, é totalmente dependente de mim para afins em bancos, supermercados, empregos e muita coisa mais. Então, ao mesmo tempo que não quero saber dela e te assumir, tenho medo de deixá-la sozinha, o que me dá muita pena. E a pena nos faz fazer coisas que não queremos.
Não quero que ela fique desamparada pois a guarda da minha filha é dela. A Hadassa vai sofrer junto. Então, quero que entenda que preciso deixá-la bem financeiramente e abrir caminhos, e pra isso vou à Pernambuco me encontrar com ela. Só assim vou poder ver no que dá.
Peço que fique tranquila com minha ida e não pense nada além de positividade. Ok?
Eu te amo, princesa. Você é incrível!

Ouvi à tudo atentamente, com lágrimas de medo.

Não chora, meu amor! Eu estou aqui. - Declara, me levando à seu colo.

— E se não pudermos ficar juntos? - Questiono, chorando intensamente.

— Vou fazer o máximo que eu puder pra te ter, não me imagino mais sem você.

— Eu te amo, Ricardo! (voz de choro)

— Eu te amo, minha princesa!

Passamos alguns minutos abraçados em silêncio, curtindo a presença um do outro ao refletir naquele momento.

— Vamos deitar, vamos! - Ricardo.

Me deito.
Ricardo se achega por trás de mim cobrindo-me com um abraço, até que adormecemos.

[ 6h00AM ]

Despertamos bem cedo, como de costume quando dormimos juntos.
Descemos para o café da manhã, à sós, com um clima completamente diferente do dia anterior.
Aquele choro foi de extrema necessidade para mim. Me senti leve e de bem com tudo o que estava acontecendo.

-

Ricardo havia saído mais cedo de seu expediente, e fomos então à padaria do Centro - Alexandre, Ricardo e eu, para comprar o café da tarde para lancharmos e sem seguida retornarmos ao Rio.

Eu me encontrava com um frio na barriga exorbitante pelo fato de estar chegando a hora da tal conversa entre Ricardo e minha mãe.
Após o café, minha mãe estava sozinha no andar de cima, então Ricardo decidiu que aquela era a hora.

Tentei ao máximo escutar a conversa, mas era impossível. A ansiedade havia tomado conta de mim, afinal, não se espera boas coisas de uma mãe superprotetora.
A conversa devia ter durado pelo menos uns 25 minutos, tempo pra falar de coisa à beça. Quando finalmente, Ricardo desce.

— E aí?

— Me surpreendi com a reação dela. Ela foi super calma e mansa, nem prec[...].

Ricardo continuou contando sobre o decorrer da conversa, detalhando pontos como, por exemplo, ela ter dito que é 100% a favor de nossa relação, ou que quer mais que a filha dela se case...

Fiquei completamente passada, nunca imaginei que minha mãe fosse capaz de aceitar um casamento, sendo eu tão nova...

Ricardo e eu ficamos muito felizes e motivados a investir em nosso relacionamento. Retornamos ao Rio com sorrisos de orelha à orelha, loucos pra usufruir daquela nova liberdade.

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SALVE, BBS!!!

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