Duologia: Curados Pelo Amor...

De MarquesYas_

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Pietra Vitale é uma jovem estudante de Design de Interiores. Por fora é uma pessoa alegre que está sempre ten... Mais

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50

Capítulo 30

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De MarquesYas_

Boa noite! 😚

***

POV Anthony

Pietra sobe orgulhosa no palco quando o seu nome é chamado para a entrega do diploma. Seu sorriso está lá como sempre, mas dessa vez tem um toque especial, uma emoção por tudo que conquistou e passou.

Ela está linda e sempre procura meus olhos ou os da mãe. Acho bonito toda essa amizade que elas tem, o companheirismo vem mais do que uma relação de mãe e filha.

Me lembro ainda do dia em que chegou saltitante no meu loft, dizendo entre lágrimas de felicidade que havia passado, que conquistou mais um sonho.

Achei bonito que me procurou, que dividiu aquele e esse momento comigo.

Passei a semana conversando com a família dela, com a minha e com os amigos dela sobre fazer uma surpresa após a colação. Vamos nos reunir e fazer uma festa, uma formatura só para ela, com todas as pessoas que ela gosta e se importa.

Meu pai está sentado ao meu lado com a esposa, os dois saíram da fazenda só para participar desse momento, somos agora um família grande. Anna e Guilhermo também estão aqui.

Na verdade acho que Pietra é a pessoa que mais tem convidados nessa plateia. As irmãs estão aqui, a mãe, os cunhados e o pai, meu pai e Gabriela. Todos reunidos para presenciar a vitoria da pessoa mais especial que já conheci.

Vamos comemorar no bar onde Pietra trabalhou por quase quatro anos, Enrico não pensou duas vezes e me falou que fecharia o bar só para nós. Ele e Pietra são muito amigos e Enrico acha que nada mais justo que deixar aquele lugar só para ela.

Encontrei Pietra aqui, ela já estava vestida com a beca e toda linda, sorrindo o tempo todo e recebendo carinho da família. Ela adorou ver que meu pai e Gabriela vieram, nem eu sabia que os dois iriam comparecer. Gostei da atitude deles.

O reitor faz seu discurso finalizando a cerimônia, nem presto muita atenção as palavras, só fico encarando minha estrela e pensando no orgulho que estou sentindo dela.

A cada dia a vontade de dizer que a amo aumenta, mas a insegurança é grande e me atrapalha demais, mas sei que não vou conseguir guardar esse segredo por muito tempo. Vou acabar deixando escapar.

A cerimônia termina com a comemoração dos formandos, é bonito de ver a emoção deles e alegria, já passei por isso, e até sinto falta.

Ficamos apenas eu, Helena e Luigi esperando por Pietra, os outros foram para o bar para surpreender ela.

Ela surge toda sorridente, não veste mais a beca e posso ver o vestido lindo que está usando*. Ganho um sorriso quando ela nota meu olhar, ela sempre me surpreende com sua beleza interior e exterior.

A mãe é a primeira a ganhar um carinho. As duas trocam um longo abraço e se emocionam juntas. Passaram por muitas coisas e aos poucos estão vencendo.

Depois o pai ganha um abraço não tão longo e não tão cúmplice quanto o da mãe mas mesmo assim cheio de carinho.

- Estou feliz que está aqui. - ela diz vindo para meus braços, eu a envolvo e beijo os cabelos.

- Estou orgulhoso. - conto a apertando mais. - Agora é uma designer completa. Parabéns!

- Obrigada. - ela sorri e me beija de leve, então olha ao redor e fica confusa. - Onde estão todos?

- Foram nos encontrar no restaurante, assim não perdemos a reserva. - minto sorrindo. Tudo por uma Boa causa.

Vamos todos no carro do pai de Pietra, conversamos para distrair ela.

Helena e Luigi mal conversam, os dois tem um clima tenso e lamento que seja assim.

O carro para em frente ao bar, Pietra fica confusa. O lugar aparentemente está vazio, mas é porque as pessoas estão escondidas.

- Porque estamos aqui?

- Enrico pediu para passarmos aqui porque ele queria te dar um abraço, ele queria ir a colação mas surgiu imprevistos. - minha sogra diz de forma natural.

Descemos todos juntos, Pietra busca minha mão e quando entramos ela leva um susto com os aplausos que recebe.

Vejo sua confusão e ela ri com a mão livre no peito. A felicidade que ela está sentindo faz tudo valer a pena.

Pietra ganha abraços e carinho da família, dos amigos que não poderão ir até a cerimônia.

- Olha só a mais nova designer de Verona aqui no meu humilde bar! Que honra. - Enrico brinca a abraçando. - Parabéns Pietra, obrigada por ter sido uma ótima funcionária e amiga durante todos esse anos.

- Eu que agradeço, sempre foi um chefe bom e um amigo que dava ótimos conselhos. - eles se abraçam mais uma vez.

Meus pai e minha madrasta se aproximam, Pietra os abraça forte, com ela não tem meio termo. Ela gosta muito deles, como se também fossem da família e talvez seja mesmo isso, somos uma família, uma que aos poucos vai se tornando maior.

Praticamente um mês de namoro, um mês de muito carinho e companheirismos.

- Obrigada, Anthony. - os braços de Pietra rodeiam os meus. - Não participei da minha formatura, mas ganhei a melhor festa, a mais linda. Graças a você.

- Não foi graças a mim, foi graças a você.  Essas pessoas, todas que estão aqui te amam, e estão aqui porque se importam com você. – toco seu rosto com carinho e me curvo para beijar ela de leve. - Minha estrela.

- Porque me chama assim? - Ela pergunta com a voz delicada, carinhosa. - Sempre que vou perguntar isso alguém atrapalha ou acontece algo.

- Quem sabe um dia eu te conto. - brinco fazendo ela revirar os olhos. - Vou contar, mas não quero que deixe seus convidados de lado para me dar total atenção.

- Está se colocando em alta conta moço. - ela ri me beijando. - Vou ficar um pouco com meu pai, ele não foi muito presente nos últimos quatro anos, mas eu o amo e sei que um dia tudo vai se resolver.

Fico olhando Pietra se afastar, é linda e sempre arranca sorrisos das pessoas. A simplicidade como leva a vida é como eu levo a minha, somos parecidos nesse quesito. Nunca conversamos sobre nosso futuro, gostamos do presente e não tem porque se preocupar com os dias que ainda viram. Ninguém sabe o dia de amanhã.

As pessoas dançam alegres, Pietra está feliz e descalço enquanto pula pelo bar. Minha irmã a acompanha e sorrio para o jeito exagerado em que as duas riem, eu gosto.

Pietra me olha um pouco, joga um beijo para mim e pisca, meu coração reage. Ele sempre reage a minha estrela.

- Você ama ela. - meu pai percebe parando ao meu lado.

- Está tão na cara assim? - pergunto me virando para ele.

- Escrito na sua testa.

- Então acho que ela não sabe ler muito bem. – ele ri e eu o acompanho. - Ela é perfeita pai, não acha?

- Não sei se existe alguém perfeito, mas se seu coração acha que ela é, quem sou eu para dizer que não?

- Pietra é vida pura, é minha maior aventura. - conto e ele arqueia a sobrancelha. - Uma aventura permanente. Não conseguiria esquecer ela nem se eu quisesse, no começo eu tentei, mas agora eu não consigo nem me lembrar como eu era sem ela.

- Ela te faz bem, já notei. Mas também faz bem para sua irmã. – meu pai aponta para as duas que agora dançam abraçadas a dona Helena.

- Não sei como um dia eu pude achar que a vida dela era fácil... Pietra é uma guerreira, assim como a mãe.

- Ela sabe mesmo dos seus sentimentos?

- Nunca disse nada pai, mas demonstro e talvez, ao menos por enquanto isso seja o suficiente. - ele assente, leva a taça de vinho aos lábios e bebe um gole. Não sinto a menor falta de beber, as vezes tomo uma taça de vinho no jantar, mas nunca passa disso.

Olho para o pai de Pietra e ele está conversando com Alessandra e Lorenzo, ele está bebendo bem pouco e de certa forma é um gesto bonito. Ele está tentando não ser o alcoólatra que não se importa muito com a família. Está fazendo isso pela filha e sei que o amor que sente por ela ainda é grande, mesmo que não demonstre sempre.

A festa termina tarde da noite, Pietra se despede da avó com lágrimas nos olhos e repete o gesto com a mãe que viaja amanhã cedinho. O resto dos familiares vão embora e vejo que tem uma longa conversa com o pai sobre ele se comportar esse final de semana, pois vamos para a fazenda e ele vai ficar sozinho em casa.

Tem uns quatro dias que estou em um hotel, meu loft está praticamente vazio e esperando as obras que começam na segunda-feira. Pietra está tão animada para arrumar tudo que eu também acabo me contagiando.

Buscamos sua mochila no meu quarto e o helicóptero da família nos espera no heliponto do hotel.

- Isso é demais! - Pietra diz olhando para as paisagem, sorrio, fazia tempo que não voava, evitava ao máximo por conta de ter que entrar na fábrica, mas hoje a situação é diferente. - Quero voar todo dia.

- Pietra voa pela primeira vez e adora, Anna faz isso há anos e ainda morre de medo. - meu pai comenta rindo.

- Por falar em Anna, vocês acham que tudo bem ela ir dormir no Guilhermo? - decido perguntar e todos me olham. - Não é ciúmes, é só... só curiosidade.

- Anthony você tem algo contra o Guilhermo? - Gabriela me olha interessada e faz com que meu pai fique curioso sobre minha resposta.

- Não... quer dizer, eu achei ele legal, mas sei lá... Não parece que ele seja o cara certo para a minha irmã, entende? - me atrapalho todo e Pietra ainda ri, às vezes me irrita um pouquinho. - Eu só não sei explicar gente.

- É igual ao pai mesmo! - Gabriela diz me surpreendendo, olho para meu pai e ele ri.

- Senti o mesmo sobre esse rapaz Anthony, mas tratei bem porque eu acho que Anna tem que resolver as coisas dela sozinha, sem a gente interferir, é claro que se for necessário que eu entre no meio disso tudo eu não vou pensar duas vezes. - meu pai sorri afagando meu ombro, talvez seja um dos gestos mais íntimos que temos desde os meus vinte e quatro anos.

- Está certo.

- Ciumento... - Pietra cantarola para me provocar e arranca risadas de todos.

O helicóptero pousa no heliponto da fazenda e ajudo Pietra a sair, ela sorri para mim e nos beijamos longamente.

- Linda. - a beijo de novo e seus olhos brilham. - Está cansada?

- Não pra você. - ela sussurra enquanto entramos na mansão, Gabriela e meu pai estão mais atrás e eles que me desculpem mas só quero mesmo é me deitar um pouco com Pietra.

- Oi Pietra! - Alonso diz descendo a escada, ele a abraça e fico me perguntando da onde esse menor de idade arrumou tanta intimidade.

- Oi Theo! - Isso me faz rir, ela sempre se confunde.

- Sou o Alonso. - ele revira os olhos e a risada de Pietra o faz sorrir, é um garoto bom, agora um meio irmão que nunca tive muita convivência.

Pietra se desculpa pelo mal entendido, ri quando Theo chega e ele a olha confuso. Theo é mais reservado e até fica tímido perto de nós.

- Vamos para o nosso quarto. - Eu a puxo pela mão e só reparo no que disse quando ela sorri emocionada.

- Nosso?

- Sim, agora aquele quarto só tem graça se você estiver lá. - conto beijando sua mão.

- Fica me dizendo essas coisas e meu coração entra em êxtase. - abro a porta e ela entra ainda me olhando, nem ficamos muito tempo longe, só me afasto mesmo para colocar sua mochila no chão, depois trago ela para meus braços e a beijo com tudo que tenho. Com todo meu amor.

As mãos sempre procuram pela maciez de sua pele, ela se arrepia, sussurra e geme em meu ouvido.
Tiro cada peça que cobre seu corpo enquanto meus olhos  se demoram em cada canto, meus lábios e as mãos fazem o mesmo. Pietra se entrega sempre sem reservas, diz como se sente e quanto me quer.

Nos deitamos na cama macia, Pietra procura por mim a todo instante, sussurra meu nome enquanto nos movimentamos tentando sassear nosso desejo.

- Minha. - sussurro em seu ouvido enquanto ela se movimenta sobre mim, vejo o prazer estampado em seu rosto e me sinto o homem mais sortudo do mundo.

- Meu. - ela repete me beijando de leve, os movimentos mais intensos, na verdade, tudo mais intenso.

Não importa como ou quando, nós sempre terminamos do mesmo jeito. Fazendo amor, nos entregando e mostrando quem realmente somos.

Depois nos enrolamos um no outro, sentindo a respiração se acalmar e o sono chegar. Adormeço com a mulher que amo nos meus braços.

Escuro. Silêncio. Frio. Medo.

Me sinto travado, não me movo e o frio dói em meus ossos, talvez seja o corpo molhado pela chuva que cai grossa, talvez seja apenas meu medo.

Escuto passos apressados pela estrada, alguém correndo, fugindo... sinto o coração se contorcer.

Meus olhos buscam frenéticos por alguém, algum barulho ou quem sabe algum movimento... nada.

- Anthony! - me assusto quando a voz de minha mãe ecoa ao longe.

- Mãe! - grito em plenos pulmões, tento encontrar algo, um ponto de partida mas tudo a minha volta é escuridão. Um calafrio passa pelo meu corpo e tremo, tento correr para algum lado, mas a cada passo que dou é como se estivesse em uma areia movediça, meu corpo dói, vejo um pouco de sangue na perna, como no dia do acidente.

- Filho! Anthony!

- Mãe! Onde você está? - grito para a escuridão, meu pulmão arde, a garganta queima.

- Aqui. - a voz dela ecoa por todos os lados. - Aqui.

Meus olhos procuram por ela, se demoram olhando em volta enquanto a estrada parece querer me engolir. Preciso me segurar para não ir a lugar para baixo. É difícil porque a chuva me arrasta.

- Mãe! - grito seu nome com desespero. - Mãe! Fala comigo! - um choro dolorido me consome, sinto a presença dela mas não a vejo. - Eu vou te salvar!

- Filho... Não, não! - ela pede em algum canto, a voz triste, me sinto morrendo.

- Mãe, por favor! - soluço enquanto ainda luto contra a força que me puxa para baixo. Não vou deixá-la, não vou a abandonar de novo. - Fala comigo mãe!

Então sem que eu consiga evitar a força que me puxa para baixo me afunda para baixo do asfalto.

Água. Estou afogando? Não!
Apenas estou na água, um rio talvez, eu não sei. Não vejo nada além da água em um tom azul bem escuro. Uma correnteza forte.

Uma luz, vinda de não sei onde surge clareando as águas, é bem pequena, como uma fresta. Então eu a vejo, minha mãe surge atrás de mim, ela me vê mas não para, tenta nadar em direção ao ponto e faço o mesmo mas a correnteza me puxa.

- Mãe! - grito seu nome engolindo a água negra, de repente ela é arrastada para baixo, em minha direção. Seus olhos são puro pavor e ela grita enquanto tenta lutar contra a correnteza.

Minhas mãos tentam alcançar a suas, o rosto apavorado me deixa desnorteado. Nós dois lutamos contra a água que nos distanciam cada vez mais. Me sinto sufocado, afogando lentamente.

- Mãe! - grito antes de ser arrancado de mais um pesadelo.
Pietra está praticamente sobre mim, os olhos preocupados me investigam e lágrimas escorrem pelo seu rosto.

Eu queria tanto poder ser um cara completo para ela, um que não tivesse tantos problemas e preocupasse. Um que não a acordasse no meio da noite com gritos de pavor.

A falta de ar fica mais presente, empurro Pietra de leve para o lado e me levanto da cama tonto, abro a porta da sacada e caio com os joelhos no chão. Tento buscar o ar, recuperar ele e acalmar meu coração que bate mais acelerado que o normal, dói muito também.

Esse foi o pior pesadelo, o mais forte e real. Nunca tinha acordado assim, sentindo o ar ser roubado dos meus pulmões.

É uma crise, é isso. Depois que Pietra pediu para me tratar eu li um pouco sobre o transtorno de estresse pós-traumático, os sintomas, tratamento e tudo. Fui cego, não quis enxergar o meu problema, e não quero viver assim mais.

- Anthony! - Pietra se ajoelha na minha frente desesperada, tento respirar, a vista fica turva começa a escurecer. - Não faz isso, não me assusta desse jeito, por favor. Eu te amo, fica calmo, estou aqui. Se acalma.

Ela me ama? Ela disse mesmo isso? Até me acalma um pouco, me devolve o ar devagar.

- Vamos respirar juntos ok? Vai ficar tudo bem, só me acompanha. - assinto tentando acertar minha respiração no mesmo ritmo que a dela.

Nem sei quanto tempo ficamos ajoelhados de frente um para o outro, talvez mais que minutos.
Ela me ama, ela disse e eu não sei se consigo mais viver sem ela, sem sua luz...

Posso tentar um tratamento, quem sabe conviver  com o transtorno sem que ele me atormente. Ainda acredito que sou o culpado pelo acidente, que a morte da minha mãe foi culpa minha, mas se tenho mesmo transtorno então eu posso superar, e com a ajuda de Pietra eu tenho a certeza que posso conseguir. Eu posso.

****
Vestido da Pietra:


Até amanhã ❤😙

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