Duologia: Curados Pelo Amor...

Bởi MarquesYas_

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Pietra Vitale é uma jovem estudante de Design de Interiores. Por fora é uma pessoa alegre que está sempre ten... Xem Thêm

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50

Capítulo 28

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Bởi MarquesYas_

Cheguei! Não vim ontem por causa da internet. Desculpa.

****

POV Anthony

Estou deitado assistindo o dia dar lugar a noite, Pietra tem um sono leve e eu durmi tão pouco que até sinto inveja de sua tranquilidade. Mas velar seu sono também é bom.

Ela fica linda de todos os jeitos.
Os cabelos estão espalhados por nós, a respiração está calma e sem resistir beijo sua nuca. Adoro quando dormimos assim, de conchinha e sentindo a presença um do outro.

Fiquei feliz que sua tristeza foi deixada de lado para a alegria aparecer. Tristeza não combina com Pietra, não é uma coisa comum de se ver nela. Sei que ela sorri até quando não sente vontade, sei que faz isso para transparecer que está bem quando não está.

As vezes é preciso deixar suas emoções aparecerem, não importa se elas são boas ou ruins, só precisam ser extravasadas.

Pietra se mexe um pouco em meus braços, afasta os cabelos que caiam sobre seu rosto e resmunga quando caem de volta, seguro o riso para não acorda-la.

Eu queria sair daqui para poder descer até a cozinha e começar a preparar o jantar, mas Pietra está tão serena em meus braços que não quero atrapalhar isso.

Quero sentir cada momento ao seu lado, cada mínimo segundo.
Esses dias que não tivemos muito tempo juntos foram torturantes, eu a desejava a todo tempo. Queria que estivesse assim como está agora, nos meus braços passando a noite comigo. Queria isso sempre, todos os dias.

Beijo seu pescoço num carinho leve, ela sorri e então sei que finalmente despertou.

Pietra se espreguiça ainda de olhos fechados, suspira ficando de frente para mim e quando finalmente abre os olhos e posso ver a imensidão verde meu coração dispara.

Ganho um sorriso de tirar o fôlego e ela definitivamente não pode ser real! Não tem como alguém ser tão linda logo quando acorda.

- Terra chamando Anthony? - ela estala os dedos em frente ao rosto me tirando dos meus pensamentos. - O que estava pensando?

- Que é linda quando acorda. - confesso e ela sorri carinhosa, me beija de leve e ficamos namorando mais um pouco na cama. - Vamos tomar um banho? - pergunto um tempo depois.

- Só tomar banho ou... - Seu olhar malicioso faz meu coração disparar, sorrio.

- Isso vai depender de você. - brinco e ela pisca fingindo um ar sexy, acabamos rindo.

Tomamos um banho relaxante, entre brincadeiras e risos. Pietra lava os cabelos e fica fazendo graça com a espuma. Aposto que uma criança seria mais madura.

Ela se veste apenas com minha camiseta e eu apenas uma bermuda, descemos juntos para a cozinha. Olho os ingredientes para ver o que posso fazer e acho engraçado que ela fique totalmente perdida nesse ambiente.

Decido fazer um caneloni à bolonhesa, aviso a Pietra que ela vai me ajudar e ela reclama fazendo careta.

- Vamos começar pela massa.

- Ok! - ela fica revira os olhos mas vejo que gosta da ideia e sorri. - Essa brincadeira deve ser legal!

Olho para seu rosto buscando algum vestígio de seriedade mas ela está só fazendo graça e fico aliviado, cozinha não é lugar pra brincadeira.

- Pega o azeite extra virgem pra mim por favor. - peço depois de bater os ovos. - Esqueci de pegar antes.

- Aqui. - ela me entrega o vinagre e eu rio. - Isso é vinagre, ruiva.

- Ah! - ela força um sorriso depois de ler o rótulo. - Eu confundi. Desculpa.

Sua cara desolada é de dar pena, mas não consigo esconder o meu divertimento.

Pietra não comete mais nenhuma gafe grande, apenas me olha atenta e tenta seguir o que eu falo. Ela tem zero talento para culinária.

Pietra esbarra na farinha quando puxava as cenouras distraída, o pacote cai e faz uma pequena nuvem branca pelo ar, suja o chão e Pietra fica estática, com os olhos arregalados e com poucos resquícios da farinha branca. Parece uma criança que foi pega fazendo arte.

- Juro que foi sem querer! - ela se defende realmente magoada, eu só fico parado olhando para ela e tentando decifrar de onde vem tanto desastre.

É linda, maluca, me tira do sério as vezes mas me faz rir a maior parte do tempo e me ajuda. Eu a amo e isso fica claro para mim, não me assusta, apenas me faz ter um pouco mais de esperança.

Que jeito mais estranho de descobrir que ama alguém.

Um dia vou dizer, vou ter a confiança suficiente para mostrar como realmente me sinto, mas por agora posso demonstrar, deixar que minhas atitudes mostrem a ela como me sinto.

- Tá tudo bem. - a
tranquilizo enquanto ela vai tirando a farinha seu corpo e dos cabelos com alguns tapinhas.

- Quando eu falo que cozinha não é meu lugar ninguém acredita. - ela reclama agora rindo.

Jantamos no chão da sala assistindo a um filme de ação. Pietra elogia minha comida o tempo todo e gosto que faça isso.

Depois ela lava as louças e eu seco. No final da noite sentamos na espreguiçadeira que fica na varanda e ela brinca sobre colocar uma flor aqui, não digo nada. Tenho planos para ajudar ela e isso permite com que ela faça qualquer coisa que quiser nesse loft.

Ela encosta sua cabeça no meu ombro, as pernas sobre a minha e eu acariciando suas costas.

Noites românticas. Quem diria que eu ainda passaria por isso.

- Anthony, eu quero te contar uma coisa, não iria fazer isso hoje mas... mas não vejo o porque esperar até amanhã. - ela não me olha mas sinto sua insegurança. - Eu procurei um psicólogo essa semana.

- Porque? - fico curioso e ela finalmente cria coragem para me olhar. – Sei que tem uns parafusos a menos, mas não acho que precise de um psicólogo.

- Anthony, estou falando sério. O assunto é sério. - ela me encara, toca meu rosto com carinho, as coisas começando a clarear minha mente. - O psicólogo não é pra mim.

- Pietra... - Não consigo encontrar nenhuma palavra, nada. Só fico olhando em seus olhos, um tanto indeciso sobre o que sentir.

- Conversei com seu pai no dia da festa dele... - ela busca meus olhos, toca meu rosto com duas mãos. - Ele me contou que procurou ajuda, terapia para você, mas você sempre negava... e ele também me contou sobre o seu transtorno...

- Não é transtorno nenhum! - quase grito e nem ela parece ter se incomodado. - Meu pai fica tentando acabar com a minha culpa, fica tentando fazer com que eu tenha a ilusão de que eu não matei minha mãe!

- Você não matou! Para com isso. - ela pede com a voz calma. - Anthony, eu não aguento te ver assim, se culpando por tudo. Será que você nunca leu sobre transtorno de estresse pós-traumático? Os sintomas...

- Vocês ficam tentando se consolar, não enxergam a realidade.

- Anthony, por favor, escuta. - suas mãos seguram meu rosto me fazendo olha-la. - Você pode ir em uma sessão, vê com seus próprios olhos que o tratamento não é um bicho de sete cabeças, que é bom.

- Bom? Bom pra eu ficar sentindo minha dor aumentar? - me levanto estressado, caminho para dentro, tenho vontade de socar qualquer coisa na minha frente mas me seguro para não assustar Pietra. - Eu estou mudando Pietra, por você, por mim! Mas não consigo mudar uma coisa que eu fiz, não consigo lavar os sangue que derramei! O sangue da minha mãe. - me viro em sua direção, Pietra tem um olhar firme, mas dá para ver que está se segurando. - Se o que eu fiz te atormenta então eu não sei o que estamos fazendo juntos, não quero que se magoe então talvez seja melhor...

- Espera! Não fala nada, por favor... - ela vem até mim, coloca os dedos em minha boca pedindo silêncio. - Quero você, gosto de você do jeito que é mas não me obrigue a acreditar numa coisa que não é real. Vamos, esquecer esse assunto por hoje, não significa que eu desisti, mas por hoje chega.

- Tudo bem. - assinto porque não tenho forças para simplesmente me separar dela.

Ficamos calados o resto da noite, o clima meio pesado mas mesmo assim dormimos agarrados um ao outro.

Pietra acorda atrasada, toma um banho rápido e veste uma roupa sem nem prestar atenção que estou acordado a olhando cada movimento dela.

- Atrasada, que exemplo de estudante dedicada. - pronuncio a assustando.

- Que susto! - Pietra reclama colocando a mão no peito. - Ficou calado ai, achei que estava dormindo.

- Eu estava de olhos abertos, não percebeu porque é um pouco distraída. - brinco ganhando uma careta em seguida.

- Tenho que ir, te vejo mais tarde. - ela me beija de leve e sai correndo com a mochila nas costas. Nem dá tempo de dizer qualquer coisa.

A tarde passa lenta, decido ir pra tal academia que tem me ajudado a distrair. Não fico muito mas só de passar um tempo fora de casa as coisas melhoram.

De noite busco Pietra no bar, seu ar cansado me faz desejar que ela possa sair desse emprego o mais rápido possível. Não é que eu tenha nada contra o bar de Enrico, mas um trabalho assim é exaustivo e Pietra já tem uma vida toda conturbada, não merece se preocupar mais.

Passo meu braço em volta de seus ombros enquanto caminhamos para minha casa, ela sorri toda linda e meu coração dispara.

Digo que a amo internamente, e nos meus pensamentos ela responde que também me ama e acabo rindo do meu pensamento bobo.

- O que foi? - Ela pergunta curiosa.

- Nada. Só pensei umas bobagens. - respondo fingindo indiferença.
- Sei...

Passamos por uma banca de um senhor que vende flores e as oferece para cada pessoa que passa. Pietra sorri quando compro um ramo com algumas flores para ela.

Fico pensando em um jeito para pedir que decore meu loft de uma forma que ela não ache que estou fazendo isso só para ajudá-la. Não é só para isso, tem haver comigo também, tem haver com a forma que  me sinto  cada dia mais desconfortável naquela casa.

- Tem Cannoli ainda? - Ela pergunta indo direto para a cozinha. - Estou na maior fome, não comi nada desde o almoço.

- Está na geladeira. - aviso me sentando no sofá. - As vezes eu acho que poderia ser trocado por esses Cannolis, fácil fácil.

- Eu também acho. - ela diz voltando e se sentando comigo, acabo rindo.

- Olha como minhas flores são lindas. - Pietra me mostra o ramo e balança em minha direção. - Devia me dar um desses toda semana.

- Olha que posso mesmo fazer isso. - ela sorri gostando da ideia, se deita quando colocava o último pedaço de Cannoli na boca.

- Como foi o almoço com sua mãe e com sua avó?

- Bem. Elas já estão acostumadas com as loucuras do meu tio. - ela me conta triste. - Meu tio não apareceu mais lá desde ontem.

- Acha que ele está em apuros?

- Acho que está é criando mais uma de suas desculpas para a vovó ficar passando a mão na cabeça dele. - dá de ombros, vejo que pra ela o tio não tem tanta importância, mas não posso condenar suas emoções as pessoas cansam de serem mal tratadas. - Infelizmente todos nós sabemos como ele vai acabar. Mas por favor, chega desse assunto. Esse cara não merece tanta preocupação.

- Está certa, acho bom trocarmos de assunto porque tenho uma proposta de emprego para te fazer. - ela ri com o jeito que pronuncio a palavra emprego.

- Como assim? - Pietra ainda ri mas agora tem um semblante confuso. - Que eu saiba nem você tá empregado.

- Porque eu não quero. - faço careta mesmo sabendo que foi ironia. - Enfim, eu quero contratar os seus serviços.

- Conte-me mais sobre isso. - ela finge um ar sensual e acabamos rindo.

- Bom, você é praticamente uma designer já, falta bem menos de um mês para acabar o curso mas eu quero que decore minha casa, do jeito que quiser. - aviso pegando sua mão e beijando. - Quero também que não tenha pena de dizer o quanto vai custar, não quero que pense que só porque namoramos vai fazer algo tão grande de graça.

- Está fazendo isso para me ajudar? - Ela pergunta com um semblante que nem sei identificar.

- Sim, mas também pra ajudar sua família, mais principalmente quero mudar esse lugar por mim mesmo.

- Achei que gostasse daqui assim.

- Eu gosto daqui, gosto de onde fica localizado, gosto da privacidade desse lugar, mas olha só em volta. - aponto o local com movimentos amplos. - É horrível, se resume a um loft com poucos móveis, sem cor, sem vida... Sem flores na varanda. -  ela finalmente sorri quando digo isso. - Acha que alguém realmente gostaria desse lugar vazio, que carrega uma história pesada?

- Não. Mas eu também me sinto como você, gosto do lugar, da privacidade, mas o resto parece triste, como um lugar que não mora ninguém. - sua mão solta a minha para tocar o meu rosto, sorri.

- Quero que transforme esse lugar feio, em um lugar bonito, como está fazendo com minha vida.

- Sempre diz coisas tão lindas. - vejo seus olhos emocionados, ela sorri mais ainda e me curvo para beijar seus lábios. - Não quero que pense que eu te ache incapaz, eu não acho. Estou pedindo isso, porque quero que seja feliz no que faz, quero que tenha um ponto de partida, quero que seja capaz de ter uma vida melhor.

- Eu sei, entendo. - ela diz emocionada, se aproxima e se senta em meu colo. - Eu quero e não vejo nada de mal em querer me ajudar. Obrigada Anthony.

- Eu que tenho que te agradecer, por tudo. - meus lábios buscam os da mulher que amo e a beijo longamente.

- Prometo que seu loft vai ficar lindo! - ela diz quando nos separamos, sorri carinhosa e lhe roubo um beijo rápido.

- Não duvido disso.

- Mas tenho que te pedir só uns dias para começar o projeto. Preciso apresentar o TCC em duas semanas, depois eu posso ficar no loft.

- Tudo bem. Acho melhor mesmo.

- Estou tão empolgada!

- Quero que me diga o valor que vai ficar, não ouse ser barateira...

- Não vou ser, você é rico. - ela me interrompe rindo, gosto que seja assim. - Preciso da grana para ajeitar as coisas, quem sabe alugar um lugar só para mim e para mamãe.

- Boa ideia! - beijo seu ombro e ela se arrepia.

- Vou poder divulgar meu primeiro trabalho  e quem sabe conseguir outros clientes.

- vejo esperança em seu olhar e com certeza é meu melhor presente.

- Quando as obras aqui começarem vou ficar em um hotel, assim pode me fazer uma surpresa quando estiver tudo pronto! - conto enquanto minhas mãos descansam em sua perna.

- Vai ser bom. - ela me beija, se encosta em meu ombro e suspira. - Estou feliz.

- É assim que eu quero que esteja. Minha estrela. - ganho seus olhos curiosos mas nenhuma pergunta e acho que é porque está tão encantada que só consegue me encarar por longos momentos.

- Sabia que eu... - Pietra é interrompida pelo celular que começa a tocar. - Desculpa, preciso atender, pode ser algo importante.

- Atende. - beijo seus lábios mais uma vez e vejo quando pega o aparelho e leva até a orelha.

- Oi mãe! Estou na casa do Anthony, nem vai acreditar no que tenho pra te contar! - ela diz alegre, se levanta da cama para andar pela sala, escuta o que a mãe diz e vejo seu rosto se transformar, passa de alegria para seriedade e então preocupação.

Seus olhos encontram os meus e sinto que algo muito ruim aconteceu, ou está pra acontecer.

****

Amanhã se tudo der certo eu volto! Vai depender dessa internet que está infernizando meus dias kkk.
Beijos 😉😙

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