The law

By bechloelight

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Camila Cabello está saindo da faculdade de direito. Uma mulher observadora dos detalhes e forte promessa na a... More

Capítulo 1 - Dois caminhos
Capítulo 2 - Milagres de Veronica Iglesias
Capítulo 3 - O encontro
Capítulo 4 - Destino?
Capítulo 5 - O julgamento part 1
Capítulo 6 - A parceria
Capítulo 7 - O julgamento part 2
Capítulo 8 - Lembranças
Capítulo 9 - Pausa na rotina
Capítulo 10 - O caso de Davidson James
Capítulo 11 - Os últimos momentos
Capítulo 12 - Los Angeles part. 1
Capítulo 13 - Los Angeles part 2
Capítulo 14 - Adeus
Capítulo 15 - O início do trabalho
Capítulo 16 - Separando as peças do quebra-cabeça
Capítulo 17 - Em busca da resposta certa
Capítulo 18 - Alá Taylor Jauregui
Capítulo 19 - Percepções
Capítulo 20 - Perdidas
Capítulo 21 - O julgamento de Sinu Cabello part. 1
Capítulo 22 - Esqueça...
Capítulo 23 - Passo 1 para esquecer
Capítulo 24 - Rebobinando...
Capítulo 25 - Deixando-a de lado
Capítulo 27 - Entre nós duas
Capítulo 28 - Quase na cara da justiça
Capítulo 29 - O julgamento de Sinue Cabello part. 2
Capítulo 30 - O julgamento de Sinue Cabello part. 3
Capítulo 31 - Provações
Capítulo 32 - Final

Capítulo 26 - Metáfora

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By bechloelight

Pov Camila

O apartamento de Lauren estava um pouco mais cheio que o de costume. Uma criança claramente movimentava e causava mudanças no cenário em que está presente. O sofá estava uma bagunça por que era ali que Sofia havia dormido. Ao lado dele tinha um urso enorme, do mesmo tamanho dela, que Lauren havia trocado as fichas que nós havíamos conseguido no fliperama.

O café da manhã não precisou ser preparado. Apenas alguns minutos no microondas e estávamos comendo as últimas fatias de pizza que haviam sobrado da noite anterior.

- E então? - Lauren perguntou colocando a fatia na boca e arrancando um pedaço com os dentes - já decidiu qual nome dar ao urso?

E a pequena balançou a cabeça em concordância.

- Sr. Tuminos!

- Hum.. esse nome me é familiar. - pensou

- As crônicas de Nárnia... O sátiro que Lúcia encontra ao entrar no guarda-roupa. - sorri retirando sorrisos de Sofi.

- Ah sim! Mas... Porque?

- Bom... Ele tem o pelinho fofo e esse cachecol vermelho que me lembram o Sr. Tuminos. - ela riu.

- Certo... Bem observado.

- Kaki? Vai me levar de volta a tia Dinah agora? - ela perguntou me olhando de uma forma como se desejasse que a resposta fosse não.

- Sim Sofi... Eu vou. Preciso resolver mais algumas coisas com Lauren. - disse olhando para ela e fazendo que ela a olhasse também.

- Vocês também tem que estudar? - Lauren tentou segurar o riso, mas um pedaço de calabresa já voava de sua boca.

- Não... Mas tem a ver com a mamãe.

- A mamãe demora muito a voltar para casa?

- Eu não sei meu bem... Mas não acho que demore muito.

- E quanto tempo vou ficar sem te ver de novo?

- Eu garanto que não vai demorar para uma próxima vez, ok? - perguntei estendendo-lhe o dedo mindinho, para que logo em seguida ela juntasse o seu ao meu - Certo, agora termine de comer.

Disse me virando novamente ao prato e comendo um pouco.

Poucos minutos depois, voltavamos as três ao carro. Estávamos levando Sofia de volta ao meu apartamento. A tarde de ontem havia sido bem animada. Depois do fliperama, fomos para o apartamento de Lauren e assistimos alguns filmes da Disney. Clássicos, mas as novas versões. E depois pedimos uma pizza. Depois de comer, Lauren queria que Sofia se deitasse na cama conosco, mas ficaria muito apertado e eu arrumei tudo para ela na sala.

Não demorou muito para estarmos na frente do apartamento, subindo o elevador e vendo Ally abrir a porta para receber Sofia.

- E como foi? - ela perguntou.

- Maravilhoso! - Sofia disse dando um pequeno salto - A tia Lolo me arrumou um amiguinho! - e ela ergueu o urso para Ally.

- Mas que lindinho! - ela abraçou o urso, e abraçou Sofia colocando-a para dentro do apartamento.

- Onde está Dinah? - perguntei.

- Saiu com Mani. Devem voltar bem mais tarde.

- E tudo bem ficar com Sofia sozinha?

- Claro! Nós nos damos bem. Certo Sofi?

- Sim! - ela gritou de dentro do apartamento.

- Não se preocupe, vocês devem ter muito o que fazer.

- Obrigada, Allycat. - disse lhe dando um abraço.

Ally tinha uma diferença no olhar. Não era aquele doce de sempre. Como se o doce estivesse oculto pela preocupação. Talvez ela esteja começando a se preocupar de mais com o julgamento, a ponto de deixar transparecer isso em seu olhar retirando o brilho de normalmente.

Deixamos o prédio rapidamente e voltamos ao carro. Lauren colocou a chave na ignição e deu a partida, nos tirando dali. Me tirando de perto de minha irmã por mais um tempo, para que por mais algumas horas eu tente, o que a cada dia me parece mais em vão, retirar minha mãe daquele repugnante lugar.

Pov Lauren

Eu ousaria dizer que esse tempo com a irmã havia feito bem para Camila. Era incrível ver como as duas se davam bem.

Quando estavamos no fliperama, Sofia havia encontrado uma máquina de dança. As duas ficaram animadas e colocaram uma música de um cantor latino, para depois dançarem juntas, com direito a passinhos ensaiados entre as duas. Fiz questão de elogiar esse talento escondido e logo depois Camila me fez subir na máquina e dançar algo com ela. Mas eu não tinha habilidades como ela. Meus pontos foram consideravelmente aceitáveis enquanto os dela alcançavam as melhores pontuações. Sofia havia feito muito melhor que eu.

Sofia... A menina era uma graça. Não dava trabalho e conseguia ser interessante ao mesmo tempo. A maneira como não impõe maldade em qualquer pergunta me deixou várias vezes, confesso, desconcertada. Mas essa é uma das qualidades de uma criança a qual perdemos ao crescer. Mas em alguns pontos,era perceptível traços da irmã. Também era observadora, mas a seu nível. Claro que isso teria sido uma qualidade do pai passada as duas.

Em certo ponto, esse tempo com as duas me fez refletir. Eu estava passando tempo de mais naquele escritório. Tudo bem que passava últimamente mais horas em casa do que na sala a qual me pertencia em outro prédio, mas mesmo assim estava no escritório. E claro, também estava deixando minha família de lado. Eu os visitei algumas vezes recentemente mas poderia ter feito mais vezes. E se algo os acontecesse? Com certeza eu lamentaria todo o tempo que perdi e poderia ter passado ao lado deles. Depois eu sentiria falta. Como sinto todos os dias de Chris..

Talvez eu devesse viver mais e sobreviver menos.

E talvez eu devesse fazer isso agora!

Desviei a rota entrando na rua oposta a que eu deveria entrar logo após a avenida para chegar ao apartamento.

- O-o quê? Porque? - Camila se perguntou no banco do passageiro percebendo o desvio.

- Peço desculpas... Mas talvez seja melhor tirarmos mais um tempo para nós.

- Como assim?

- O que te relaxa, Cabello? - e ela pareceu por alguns segundos mais confusa, mas se pôs a pensar.

- Uma série de coisas me relaxa,mas anseio que uma delas seja alguma das respostas que queira ouvir.

- Então pense um pouco mais. - disse trocando a marcha e virando a uma segunda avenida.

- Talvez... Me deitar ao ar livre. Sentir o vendo no rosto, o cheiro da grama úmida, observar o céu. Cachorros.

Sorri.

- Então não tem como não gostar de para onde estamos indo.

- E onde vamos?

- A um parque. Enorme. Conseguirá encontrar tudo o que citou lá.

Por um segundo ela pareceu preocupada. Talvez pensasse em tudo que deveria estar fazendo. Mas na mesma rapidez em que se preocupou, ela se tranquilizou e relaxou no banco do carro. Talvez ela finalmente tenha percebido que apesar de querer mudar tudo o mais rápido possível, nesse momento tudo já estava feito e não havia nada de errado em relaxar mais um pouco.

Estacionei o carro mais uma vez em uma das ruas adjacentes ao maior parque de Miami. Puxei o freio de mão e tirei a chave da ignição. Desci do carro e Camila veio logo atrás. O vento, um pouco mais forte que o de costume, fazia seus cabelos voarem.

Começamos a caminhar em direção ao coreto.

- Eu costumava sair mais vezes. Aproveitar o ar livre. - comentei.

- E porque parou? - ela perguntou fechando os olhos e inclinando a cabeça para pegar mais sol enquanto andávamos - Quer dizer... É uma pergunta meio óbvia, mas eu quero os pontos em si.

Camila... Não sei porque sua inteligência continuava a me encantar. Ela sabia que a resposta seria o trabalho, mas queria mais detalhes.

- Bom... No início eu queria estar empenhada e acabei largando as coisas para dar atenção ao trabalho. Principalmente pelo caso envolver meu irmão, então acabei deixando de lado a família.

- Devia voltar a conviver mais com eles. Sabe... Podem existir alguns familiares com os quais não nos damos bem, e haver brigas talvez até diariamente. Mas isso não significa que não nos amem e não nos querem ao seu lado. Eles são o primeiro círculo com o qual você tem convivência. Por pior que sejam acabam sendo importantes e marcantes, mesmo que de uma forma ruim. Tenho certeza que sentem sua falta.

Balancei a cabeça em concordância.

- Eu concordo. Quando te levei a primeira vez a Los Angeles já fazia um considerável tempo que não os via. - já era possível avistar o coreto de longe quando ergui a cabeça - em segundo vieram as notícias que englobavam a "irmã que procurava a justiça pela morte do irmão". As pessoas passaram a me conhecer, passaram a me procurar. E eu passei a aceitar cada vez mais casos e mergulhar em um profundo tempo dentro de um escritório. Admiro Iglesias não ter me largado. - sorri fazendo-a sorrir também.

Parei perto da escada do coreto e me sentei na grama, deitando logo em seguida. Camila passou um pouco de mim e se deitou de maneira com que sua cabeça ficasse bem próxima a minha e seus pés ao contrário dos meus. Por alguns minutos não falamos nada, apenas observamos o céu claro de Miami, com poucas nuvens. Fechei os olhos esperando que eu adormecesse ali mesmo.

- Camz..? - pronunciei em uma pronúncia cortada de seu nome, resultado do que poderia chamar de preguiça até mesmo de falar diante da situação relaxante na qual me encontrava.

- Camz!? - perguntou ao perceber virando a cabeça em minha direção.

Olhei para seus olhos. Um pouco mais próximos de minha boca pela posição em que estávamos.

- Sim... Uma pronuncia relaxada. Mas confesso que gostei. - ela sorriu.

- Ninguém me chama assim. - disse rindo - Kaki, Mila, mi hija, carinho... Todos esses já ouvi. Mas Camz... Esse é novo.

- Ah... Então eu acabei acertando.

- O que ia dizer?

- Veja o céu. - ela tornou a virar a cabeça - o que vê?

- Uhn... O céu azul, algumas nuvens... Se fizesse uma suposição arriscaria dizer que se fecharia em alguns minutos.

- Certo... Agora conte as estrelas.

- As estrelas? - perguntou provavelmente achando que eu estivesse de brincadeira.

- Sim.

- Mas estrelas só aparecem a noite.

- E para onde elas vão quando o dia vem? Pense...

- Elas não se vão...o movimento do céu ocorre, as constelações acabam mudando de lugar, mas as estrelas permanecem lá. Só não conseguimos vê-las devido a algumas explicações astrológicas as quais eu julgo não sejam necessárias para o que você quer me mostrar.

Eu ri.

- Certo. Aí já basta. - respirei fundo - o céu é como a vida. Há dias e noites, as vezes somos obrigados a conviver com chuvas que podem ser chuviscos ou até tempestades, que gosto de chamar de altos e baixos. As estrelas são visíveis a noite, mas elas estão lá durante o dia. As vezes algumas coisas entram em nossas vidas e não conseguimos vê-las, percebe-las ou entende-las, até que a noite caia. Ou o momento certo chegue.

Terminei de dizer olhando para ela. Eu sabia exatamente por que estava dizendo isso a ela. Mas parte de mim ainda relutava com isso. Mas será que ela sabia o porquê?

Me peguei olhando para seus lábios. Rosados e levemente umedecidos. Eram lindos. Não só eles, como qualquer parte de Camila.

Maldita latina

Como podia ser tão linda e me fazer aos poucos perceber cada detalhe em si. Despejar cada ponto positivo de sua pessoa em frente aos meus olhos. A beleza exuberante, a inteligência sem igual...

Ah Camila... Camz.

Talvez eu devesse aceitar que estivesse me apaixonando. A ideia surgiu em minha mente.

Não.. de modo algum!

Mas se isso estivesse acontecendo eu deveria contar certas coisas a ela. Na verdade eu estava sendo uma completa idiota de esconder aquela noite dela.

Droga!!

Por que as coisas pareciam tão simples e tão lindas num instante e eram estragadas com tantas preocupações e perguntas sem respostas em um instante?

Percebi um pingo de água cair nos lábios dela. E logo em seguida um em minha testa. E outro, e mais um.

O céu.

Claro.. maldita comparação. A chuva no exato momento em que me complicava mentalmente. Obrigado karma.

A chuva começou rapidamente e engroçava tão rápido quanto. Me levantei depressa da grama.

- Vamos! - e

Ergui a mão para que Camila a segurasse e saímos correndo de baixo de chuva até o carro, onde chegamos completamente encharcadas. Abri o carro pelo controle e entramos, deixando os bancos completamente molhados. Olhei para ela sentada ao meu lado, o cabelo todo molhado, tampando seu rosto. Camila o retirou dali e olhou para mim, ainda bufando pela corrida. E do nada, começamos a rir. Um momento de repleto desligamento, de qualquer coisa que nos perturbasse. Todas elas estavam fora do carro agora.

...

OLÁAAAAAA

HEHEHEHEHEHEHE

OIZINHO POVINHO. TD BEM?

vamos parar com esse caps Lock né.. mds. Enfim pessoal, mais uma att p vcs. Eu n seria doida de att no natal e não att no ano novo... Escrevi o capítulo quase todo hj. Procrastinação o nome... Kkkkkkkkkkk

Mas é isso. Eu espero que tenham gostado. Feliz ano novo p vocês. Que tudo dê fato se renove na virada.

Nos vemos no ano que vem com o próximo capítulo

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