Duologia: Curados Pelo Amor...

By MarquesYas_

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Pietra Vitale é uma jovem estudante de Design de Interiores. Por fora é uma pessoa alegre que está sempre ten... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50

Capítulo 26

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By MarquesYas_

Gente eu estou sem internet em casa, estou usando o 4G e está muito ruim pra mexer aqui. Pensa na raiva que eu tô. Mas enfim, se eu não postar com a mesma frequência vocês sabem o motivo. Beijos ❤

POV Anthony

A semana passou lenta e infelizmente não tão boa quanto eu desejava. Sempre almoço com Pietra, levo ela ao trabalho e busco, mas esses dias ela só veio até meu apartamento umas duas vezes e não demorou muito.

Posso entender, ela está quase se formando e está estudando dobrado para a apresentação do TCC.

Sinto até falta dos dias na fazenda, tiveram algumas barreiras é claro mas mesmo assim fomos felizes, ficamos muito tempo juntos e a paixão cresceu, se tornou algo mais sólido, quase palpável.

Hoje é domingo e é o dia em que finalmente vou conhecer sua família. Não tem como eu me sentir calmo nesse momento, acho que estou tão nervoso que é bem capaz de eu me comportar feito um bobão.

Queria ter a confiança que ela encontrou para conhecer minha família.

Me olho no espelho do banheiro e depois de passar o perfume fico me encarando, treinando com meu reflexo como devo agir. Estou indo muito mal mesmo...

Entro no táxi e dou o endereço ao motorista, estou tão ansioso que as mãos tremem. Eu regredi quantos anos?

Meus dias foram uma chatice sem fim, ficar em casa está a cada dia mais chato. Na quarta-feira decidi ir a academia que paguei, mas sei lá, acho que não vou muito fundo nessa ideia.

Eu e Pietra mal tivemos um tempo a sós esses dias, ela disse que está com problemas de mulher e eu só posso aceitar e cuidar dela. Mas sinto falta do seu corpo colado no meu, sinto falta de beijar toda sua pele e sinto falta dos carinhos mais quentes.

Quando o carro para em frente ao predinho modesto meu coração acelera demais, pago o motorista e juntando toda minha coragem eu saio do carro.

Pietra está a minha espera na porta, ela sorri ao me ver, me aproximo sem disfarçar o nervoso e ela ri me beijando.

- Nervoso? - pergunta se apoiando em meus ombros.

- Um pouco. - confesso dando um longo suspiro.

- Não fique. Todos já sabem meus sentimentos por você, esse almoço é só para vocês se conhecerem. Vem. - ela me puxa pela mão e subimos uns degraus. Entramos em um apartamento simples, de móveis conservados e modestos.
Pietra me conduz até a cozinha, parece ser o maior cômodo da casa. Sua família está toda reunida em volta da mesa e quando notam minha presença ganho todos os olhares. Tento sorrir mas acho que não sou bom nisso de fingir.

- Boa tarde! Que bom que está aqui Anthony. - Um mulher bonita vem em minha direção me dá dois beijos no rosto e sorri. - Pietra não sabe falar de outra coisa, só do namorado. Sou Helena, a mãe dela.

- É um prazer senhora, obrigada por me receber. - agradeço um tanto mais tranquilo.

- Vou te apresentar a todos. - Pietra diz me beijando o rosto. Fala nome por nome das pessoas na mesa.

Apenas uma das irmãs é parecida com ela e a outra parece mais a mãe, Pietra me conta que é porque elas são irmãs apenas pela parte da mãe mas que o pai cuidou de todas de maneira igual. Os cunhados sorriem simpáticos e parecem ser pessoas boas.

As sobrinhas são lindas, me olham curiosas e tímidas. A avó sorri e acho uma senhorinha fofa deu até saudade da minha. O pai se levanta e vem até mim, queria não sentir pena dele, mas sinto porque sei que pra ele não é fácil simplesmente largar o alcoolismo.

- Luigi. - ele se apresenta apertando minha mão. - Sabia que é o primeiro rapaz que minha filha traz para nos conhecer?

- Sabia. - sorrio orgulhoso. - Garanto ao senhor que minhas intenções com elas são as melhores, quero que Pietra seja feliz sempre.

- Bom. É exatamente assim que eu quero que ela seja. - ele está sorrindo mas o tom é um tanto ameaçador e entendo, se fosse filha minha faria o mesmo.  - Sente-se, a mãe de Pietra fez um banquete, ela cozinha muito bem.

- Obrigado senhor. - ele se senta, Pietra me indica um lugar ao seu lado e sentamos.

O almoço é servido e definitivamente a comida é maravilhosa, a família apesar de todas as dificuldades se diverte durante o almoço, olho para Pietra e ela tem um leve sorriso no rosto.

- O clima é sempre mais tranquilo nos domingos. - ela sussurra e toco sua mão em um carinho, Pietra é menos tímida e beija meus lábios de leve.

Ninguém faz perguntas sobre minha profissão ou a empresa da minha família e acho que Pietra deve ter pedido uma certa descrição sobre isso.

Depois do almoço permanecemos a mesa, converso com Lorenzo e Umberto sobre futebol e até que me sinto mais a vontade entre eles. Uns minutos depois Luigi se levanta e ganha o olhar atento de Pietra.

- Tenho que ir, me desculpe por não poder ficar mais... - ele me olha depois olha para o resto da família. - Bom resto de tarde, não precisam esperar por mim.

- Pai... - Pietra tenta dizer algo mas ele a interrompe, meu coração aperta de ver ela triste, se aperta de ver o quanto sofre com isso.

- Não precisa esperar por mim hoje. - ele a olha acariciando seu rosto. - E Anthony, bem-vindo a família. - apertamos as mãos e assinto com um sorriso forçado.

Não gosta da reação que ele causa na família, é de cortar o coração ver como as filhas e a ex-mulher reagem. Também sinto pena dele, quando o alcoolismo alcança uma pessoa é uma tarefa difícil fugir.

- Eu e Anthony cuidamos da louça. - Pietra avisa a mãe quando todos começavam a se retirar da mesa.

- Pietra, nem pensar! Anthony é nosso convidado. Eu e você cuidamos disso, ele pode ir assistir ao jogo com Lorenzo e Umberto. - Helena me olha sem graça.

- Mãe, eu estava usando isso como desculpa para falar com meu namorado. A sós. - Pietra diz com um sorriso irônico.

- Ah! Então sendo assim, estou indo. - a mãe dela nos deixa e olhamos um para o outro, ela ri.

- O que quer falar comigo? - pergunto curioso. Pietra sorri de lado, vem até mim e se senta no meu colo.

- Não era nada tão importante, só queria um momento a sós com você, estou com saudades. - meu coração entra em reboliço com o jeito fofo em que ela diz isso. - Se me chamar pra ir dormir na sua casa hoje eu vou aceitar. Só estou avisando.

- Nesse caso, quer ir dormir comigo hoje? - ganho um sorriso e um beijo leve.

- Quero. - acabo rindo do jeito que ela responde. - Mas agora vamos arrumar essa bagunça, quando terminarmos eu arrumo minhas coisas e vamos.

- Tudo bem. - ela beija meu rosto, tenta se levantar mas eu a seguro, ganho um olhar confuso. - Sinto muito pelo seu pai.

- Ele é assim Anthony, já foi um milagre enorme esperar para almoçar conosco. - seu olhar ganha um certa tristeza.

Arrumamos as coisas rápido. Pietra lavando louças e eu secando, depois ela some para dentro do quarto dela e me sento na sala para esperar.

- Chievo está jogando que é uma beleza hoje! - Lorenzo diz orgulhoso e beija o brasão do time estampado em sua camiseta.

- Roma ainda pode virar o jogo! - Umberto retruca e acabo rindo do jeito deles defenderem seus times.

Um baque alto é reproduzido no andar de baixo, nós três nos olhamos assustados, uma das irmãs de Pietra chega a sala com a mão no peito por conta do susto.

- Que isso gente?

- Não sabemos, veio do andar de baixo.

Passos ecoam apressados pela escada e então escutamos batidas na porta do apartamento da frente, Pietra surge atrás de mim. Ela não parece surpresa com nada.

- Deve ser o meu tio. - ela avisa indo olhar no olho mágico da porta, sem aviso ela abre a mesma e sai me deixando preocupado, vou atrás dela assim como sua mãe.

- O que está acontecendo? - Ela pergunta a um homem alto, magro e com roupas sujas.

- Porque a porta está trancada? Cadê minha mãe? - seus olhos transmitem uma fúria, um êxtase estranho.

- Está lá em casa. O que quer com ela? - Pietra o enfrenta e eu fico atento, se ele fizer algo a ela sou capaz de fazer pior do que fiz com aquele idiota.

- Não te interessa, quero falar com ela!

- Pra pedir dinheiro? - Alessandra pergunta se aproximando.

- Sim. Mas é emprestado! - ele grita com elas, fecho meu punho de tanta raiva que isso me desperta. - Vou pagar! Mãe! Mãe!

- Estou aqui. O que você está fazendo Marcelo? Está fugindo de alguém? - senhora Valentina diz se aproximando, a mão no peito, o rosto é puro pavor.

- Não! Eu só preciso de dinheiro... pra comprar uma coisa. - ele anda impaciente pelo pequeno corredor, coça a nuca repetidas vezes e funga a cada segundo. - Só vinte euros mãe, por favor.

- Eu não tenho dinheiro! Acabou tudo!

- Tem sim! Eu sei que tem. - seus passos começam a ficar mais agressivo, mais furioso e ele dá um murro na parede. - Preciso agora! Me dá a droga do dinheiro porra!

- Não escutou o que ela disse? - Não aguento e acabo me interferindo. - Ela não tem dinheiro!

- Quem é você? - ele se aproxima de mim, não recuo. - O riquinho que namora minha sobrinha? Bom, você pode resolver meu problema...

- Para com isso tio. - Pietra entra no meio de nós dois encara o homem sem abaixar os olhos. - Não vai pedir nada a ele! Ninguém vai sustentar seu vício aqui.

- Cala essa maldita boca estúpida! - ele grita segurando seu braço e depois a empurrando de lado, Pietra se desequilibra e cai no chão.

Não vejo mais nada além da dor dela. Sinto raiva desse babaca, dói em mim também, parece despertar o mesmo em Umberto e Lorenzo porque no mesmo segundo nos três o empurramos contra a parede.

- Se tocar nela mais uma vez eu juro que te mato! Entendeu? - grito com meu rosto a centímetros do seu, uma das mãos apertando seu peito, o empurrando mais contra a parede.

- Vai embora Marcelo, olha o que está fazendo com sua mãe! - a irmã mais velha de Pietra diz e todos nos olhamos para Valentina, ela está sendo amparada por Helena, as mãos trêmulas e o rosto pálido.

- A culpa é de vocês, é de vocês! - Ele tenta se soltar, não deixamos.

- Vou chamar a polícia se não for embora agora. - Lorenzo avisa sério, ele olha para nós três e ri.

- Vocês não estarão sempre aqui pra me impedir. Pararam para pensar nisso? - o tom de ameaça me deixa com uma necessidade maluca de socar sua cara, não faço isso porque Pietra segura meu braço, seus olhos assustados me despertam e me afasto do idiota.

- Me soltem! Eu vou embora! - ele se debate, grita e sem muita alternativa o soltamos. - Quero que vão todos para o inferno!

Ele sai como um cão enraivecido e batendo nas paredes e em tudo que encontra pela frente.

Ficamos em silêncio por longos minutos, Pietra se afasta de mim para ir até a avó, ajuda a mãe a carrega-la para dentro e se senta no sofá com ela. Antonella entrega um copo d’água para a avó.

Sinto pena do que as três devem viver aqui, do que esse homem é capaz de fazer com elas. Quero ajudar, preciso e é isso que vou fazer, ainda não sei como, mas vou.

- Está melhor vovó? - Pietra pergunta preocupada, as mãos tremendo de pavor.

- Estou.

Ainda bem que as crianças dormiram depois do almoço e não precisaram presenciar esse momento horrível.

Só agora as coisas que ela me contou tomam proporções e não imaginava que fosse desse jeito. Achava que era menos chocante.

Quando os ânimos se acalmam é decidido que a mãe de Pietra e a avó vão para casa de Alessandra, assim estarão mais seguras de uma possível confusão. Pietra vem comigo, pega as coisas da faculdade e uma muda de roupas para passar a noite.

Ela insiste em ir dirigindo seu mini cooper, aceito sem muito ânimo.

O trajeto é feito no silêncio absoluto, apenas uma música baixa sai pelo som do carro. Ela ainda tem os olhos assustados, talvez carreguem uma certa raiva também. Sinto meu coração apertado, quero ela feliz, não triste e vivendo momentos assim.

Quando chegamos no meu loft  ela tira sua sandália, se deita encolhida no sofá e fecha os olhos quietinha. Não falo nada ainda, apenas pego sua mochila e levo para o meu quarto, preparo um banho pra ela na banheira e desço de volta a sala.

- Linda. - toco seu rosto e ela abre os olhos, beijo os lábios de leve. - Vem, preparei um banho pra você, enquanto relaxa vou fazer algo para comer.

- Quero. Obrigada Anthony, por tudo, está sendo maravilhoso comigo. - Pietra diz com a voz embargada, se levanta e faço o mesmo, puxo ela pela cintura e beijo seus lábios de leve.

- Vai ficar tudo bem. Eu prometo. - ela assente e sorrio para tentar tranquiliza-la.

Subimos para o meu quarto de mãos dadas, acho que nunca vi Pietra tão calada e melancólica.
Pietra se começa a se despir na minha frente, não tem vergonha, não tem segundas intenções nos seus movimentos. É só ela se despindo para tomar um banho. É a intimidade que criamos em tão pouco tempo.

Acompanho ela até o banheiro, Pietra entra na banheira e fecha os olhos relaxando. Me sento na borda e ela me olha, força um sorriso e me curvo para beijar sua testa.

Gosto que nem tudo é só sexo, que também temos a intimidade de simplesmente ficarmos perto um do outro em momentos assim.

- Estou lá embaixo, fique aqui o quanto quiser. - Me despeço dela com um beijo carinhoso.

Desço a escada pensando em seu sofrimento, pensando no que ela e toda a família já deve ter passado por conta do tio viciado e do pai alcoólatra.

Queria estar lá com ela, naquela banheira enquanto rimos de alguma bobagem dela, e que depois toda a diversão poderia dar lugar ao desejo. Mas estamos em uma relação madura, uma em que nem tudo é sexo, mas sim carinho, proteção e companheirismo.

Ando pela cozinha pegando os ingredientes para fazer Cannolis de chocolate. Sim, quero mimar minha namorada, ela merece.

Tudo que presenciei hoje fica martelando na minha cabeça e a vontade de ajudar também só aumenta. Eu poderia oferecer ajuda financeira, tenho muito dinheiro na minha conta, meu pai sempre deposita grandes quantias que eu nunca uso pra muita coisa. Mas conheço Pietra e sei que se oferecer dinheiro ela vai ficar ofendida, já disse uma vez que eu poderia ajudar e ela negou.

No fundo eu gosto mesmo que ela seja independente.

Uma ideia se passa pela minha cabeça como uma luz no fim do túnel e sorrio. Olho em volta do apartamento e tenho certeza de como ajuda-la. Vai ser bom pra mim, mas pra ela vai ser melhor ainda.

Vou colocar o plano em prática amanhã, hoje eu só quero que ela se sinta bem e possa esquecer os acontecimento de mais cedo. Pietra merece ser feliz sempre e vou fazer o possível e o impossível para que isso aconteça.

****
Gente indiquem a história para os amigos hahah. Vai me ajudar muito ❤

Amanhã tem mais se Deus quiser 😉

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