Duologia: Curados Pelo Amor...

By MarquesYas_

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Pietra Vitale é uma jovem estudante de Design de Interiores. Por fora é uma pessoa alegre que está sempre ten... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50

Capítulo 25

82 12 20
By MarquesYas_

Chegueeei!
Gente, me digam se estiverem sentindo falta de algo nessa história porque eu perdi alguns leitores e queria mesmo descobrir se tem algo de errado...

*****
POV Pietra



Acordo sentindo uma leve brisa entrando pela janela do quarto, abro os olhos olhando tudo em volta e vejo que Anthony não está mais na cama, mas escuto barulho da água caindo do chuveiro e sorrio.


Ontem ele teve um pesadelo mas não fez nenhum escândalo quando o acordei, ele apenas voltou a dormir.


A noite foi perfeita, a mais linda que já tivemos. Namoramos muito, conversamos e trocamos carinhos. É incrível como me sinto bem e íntima dele. Vejo que Anthony também sente o mesmo, ele está mais expansivo, conversa mais, sorri mais...

Fico pensando nele em baixo do chuveiro e sem resistir eu me levanto da cama, caminho para o banheiro e abro a porta lentamente.

Meu coração dispara, ele tem um corpo bonito, não é cheio de músculos, nem frequenta uma academia apesar de ter se matriculado em uma e adoro o seu jeito.

- Aproveitando a vista? - ele pergunta assim que me percebe parada na soleira da porta.

- Muito! Uma das sete maravilhas do mundo... - ele ri.

Seus olhos também me percorrem e gosto, não sinto vergonha, nem qualquer tipo de receio quando se trata dele.

- Vem. - Anthony me convida e eu como não sou boba vou rapidinho.

Entro no box e ele me puxa pela mão, entrelaça minha cintura fazendo a água molhar meu corpo e beija meus lábios de leve.

- Bom dia. - ele diz risonho, o cabelo bagunçado mesmo molhado e um sorriso espertinho nos lábios.

- Bom dia. Como foi a noite? - brinco beijando seu pescoço.

- Ótima, perfeita... - ele conta enquanto me aperta mais em seu corpo. - E parece que a manhã também vai ser.

E é. O pior que nem sei quem começou mas as coisas esquentam, o desejo que sentimos sempre nos desperta e quando vejo eu sou dele e ele é meu. A água morna desliza sobre nossos corpos enquanto fazemos amor.

Fico me sentindo uma adolescente no inicio de sua relação sexual e eu gosto. Anthony revive tantas coisas diferentes em mim, me faz esquecer dos problemas, da vida real...

Visto uma roupa leve, dessa vez com um short jeans. Anthony observa cada passo que dou enquanto me arrumo para o café da manhã. Me sinto especial com o carinho que ele tem por mim.


Descemos de mãos dadas, os dois com os cabelos molhados e tenho a impressão de que todos na mesa reparam isso.

- Bom dia. - cumprimento a família de Anthony e dois casais de amigos de Bruno que dormiram aqui. Tem mais algumas pessoas que se hospedaram para a festa, mas aposto que estão todos de ressaca dormindo em suas camas, ou passando mal.

Anna entra na sala de jantar com uma cara de quem passou três meses seguidos bebendo, ela cumprimenta todos com um aceno e faz careta para Anthony que ri do estado da irmã. Bruno gosta da reação do filho e acaba sorrindo também.

- Cadê o Guilhermo? - pergunto curiosa.

- Está morrendo lá no quarto dele. Definhando. - responde sem olhar para ninguém, é engraçado. - Nunca mais eu bebo.

Todos nós rimos dela, Anna nem ficou bêbada, não até a hora em que eu escapei da festa com seu irmão, mas aposto que nem bebeu muito, só é fraquinha para bebida mesmo.

- Pega a geleia de framboesa pra mim, por favor. - peço para Anthony que logo atende meu pedido.

- Vocês são os únicos que estão com uma aparência boa. - um dos gêmeos diz e fico tentando me lembrar quem é quem. Talvez o Alonso... - Qual o segredo?

- Se eu falar o Anthony vai ficar morrendo de vergonha. - brinco fazendo todos rirem, com exceção dele que fica vermelho feito pimenta. - Quer dizer, é porque não bebemos, dormimos cedo.

- É uma pena que voltam hoje para Verona. - Gabriela decide salvar o enteado. - Queríamos que ficassem mais tempo.

- Nós também, mas não posso ficar, tenho muita coisa da faculdade para fazer e também eu tenho um trabalho então... - dou de ombros e ela assente sorrindo.

- É sempre bem-vinda nessa casa Pietra, pode aparecer quando quiser. - meu sogro diz carinhoso, adoro ele já.

- Vou voltar muitas vezes mesmo, porque estou aqui tem três dias e nem conheço a fazenda toda. - aviso sem qualquer vergonha. - Anthony ficou de me apresentar os cavalos e os outros animais, mas tá difícil...

- Vou te mostrar um pouco antes de irmos embora. - ele diz dando um longo suspiro. - Acho que ela só pensa nesses cavalos desde que chegou aqui.

Depois do café todos se dispersam, eu e Anthony saímos para um volta e fico pensando que pra aproveitar esse lugar eu teria que passar ao menos uma semana aqui.

Tem tantas coisas que eu queria fazer, passar um tempo com Anthony naquela piscina enorme, cavalgar um pouco por essas terras, fazer um piquenique...

Passamos pela garagem e vejo quatro carros, um deles tampado e estampando minha curiosidade. Peço para Anthony me deixar ver, ele insiste para que não, diz que é apenas o seu antigo carro, mas aí me deixa mais curiosa e ele acaba cedendo.

- Um jipe! - exclamo impressionada, sempre me imaginei em um assim, me aventurando pela Itália. - É lindo Anthony.

- É sim. - ele concorda e vejo saudade estampado em seu olhar. - Eu queria dirigir, mas no meu caso não é só querer... Quando fico de frente ao volante eu simplesmente travo.

- Um dia isso vai passar. Eu sei. - aviso olhando fixamente em seus olhos. - E a gente vai sair por ai nele, viajando pela Itália.

- Pietra... - Anthony me olha preocupado, procura palavras certas e volta a me olhar. - Não quero que se encha de esperanças... Eu prometi tentar, e vou, mas não é fácil e posso não conseguir superar todos os...

- Para! - peço ficando de frente para ele. - Vai conseguir! Agora chega desse assunto, vamos conhecer os cavalos e os cachorros.

- Os cachorros ficam na casa dos funcionários, é perto. Vem. - ele me puxa pela mão e voltamos ao nosso trajeto.

- Porque não tem nenhum aqui? - pergunto confusa.

- A noite eles ficam do lado de fora, protegendo a casa. - ele ri na hora que fala "protegendo". - Gabriela é alérgica, o que é uma pena pra ela já que sempre quis cachorros. Uma vez ela tentou, ficou dois dias espirrando, meu pai viu que estava ficando bem ruim e teve que deixar na casa do Alberto. O motorista.

- Ele mora sozinho?

- Não. Vive com a esposa e dois filhos adolescentes. - Anthony me conta enquanto eu admiro toda a paisagem, tem tanto verde, tantas flores.

Chegamos em um lugar que tem ao menos umas oito casas, são bonitas, de tijolinhos e cheio de flores, ainda bem que trouxe minha câmera.

Tiro umas poucas fotos, esse lugar é tão lindo que eu passaria uma vida inteira aqui.

Somos recebidos pelos cachorros assim que entramos na casa de Alberto. São quatro Dálmatas e eles pulam em nós, cheiram e me abaixo para ficar mais perto deles. Ganho lambidas e um fica mordendo minha mão tentando brincar. Que lindinhos.

- Estou me sentindo no filme 101 dálmatas. Só faltam 97 agora. - falo enquanto distraída brinco com os bonitinhos, escuto Alberto e Anthony rirem. - Anthony eu quero um.

- Isso você resolve com o Alberto. - ele diz e olho para os dois que me encaram sorrindo.

- Desculpa Pietra, mas quando esses cachorros se apegam são pra valer. - ele responde mas já sei bem que quem se apegou pra valer foi ele. Fico até decepcionada, mas entendo.

- Tudo bem, de qualquer modo eu não teria como levar um cachorro para casa. Não moro num paraíso grandão igual a você. - aviso a Alberto que assente aliviado.

- Meu loft tem espaço para um cachorro, quase nem tenho móveis, se quiser podemos ir em um abrigo e adotar um. - Anthony diz me fazendo sorrir boba, não aguento e lhe dou um selinho.

- E no minuto seguinte que chegarmos com um cachorro na sua casa o síndico te esfola vivo e depois te manda pra fora. - aviso abraçando sua cintura. - Acha que não reparei que tem uma placa gigante na entrada dizendo proibido entrada de animais?

- Desculpa, tinha me esquecido. - ele se decepciona um pouco também. - Obrigado Alberto, nos vemos mais tarde quando voltarmos para Verona.

Me despeço dos meus novos amigos e quando saímos da casa Anthony passa seu braço em meus ombros e eu passo o meu em sua cintura.

Andamos mais uns metros e vejo porcos, Anthony ri quando eu quase entro dentro do chiqueiro para poder olhar melhor, depois entramos no estábulo e me impressiono em ver seis cavalos lindos e duas éguas.

Acaricio a crina deles, a pessoa responsável por cuidar deles até me deixar pentear os pelos um pouco.

Depois Anthony ajuda o senhor a colocar a cela em dois cavalos. Eu subo em um com a ajuda de Anthony, e ele sobe no outro.

Recebo umas orientações sobre como devo conduzir o cavalo e então saímos do estábulo com calma. Eu torcendo para o bichinho não aprontar uma e Anthony todo tranquilo e elegante no dele, aposto que teve mais instruções que eu.

- Pode ficar calma linda, o flash é o cavalo mais calmo daqui. - ele diz enquanto passamos por algumas copas de árvores, fico tensa.

- Flash? O nome dele é Flash? - poderia gritar mas acho que se fizer isso ele pode me derrubar. - Anthony, você fala que o cavalo é o mais calmo mas depois me fala que o nome dele é Flash! Isso vai contra todas as leis do universo.

- O nome dele surgiu com uma piada. - ele me explica sorrindo, então faz um movimento e o seu começa a correr mais, até fecho os olhos com medo do meu querer imitar.

- Porque que ninguém me deu um capacete? - resmungo para mim mesmo. - Anda devagar, Flash. Sem pressa.

Anthony se diverte as minhas custas, ri o tempo inteiro enquanto eu só estou assustada mesmo.

Passamos pelas vacas e os bois, são muitos e fico pensando que essa família deve ter uma cidade inteira como terras.

Os cavalos passam na margem do lago que Anthony me falou.

- Quero descer. - peço para Anthony que me olha rindo. - Minha bunda tá doendo de tanto ficar aqui.

- Quer massagem? - o espertinho pergunta enquanto desce do seu cavalo com elegância.

- Cuidado que eu posso aceitar. - aviso quando me curvo toda desengonçada para receber sua ajuda.

Ficamos um de frente para o outro, ele aperta minha bunda em forma de brincadeira e rimos.

- Idiota. - beijo seus lábios de leve. - Mas não ria de mim, está doendo mesmo.

- Tadinha. - ganho um beijo e mais um aperto.

- Aproveitador. - me afasto dele ainda rindo, esperamos os cavalos beberem um pouco de água, depois os amarramos em um tronco de árvore e nos sentamos sobre a sombra de outra.

- E eu achando que cavalgar era glamoroso. - reviro os olhos enquanto me encosto em Anthony. - Você fica sexy, mas eu fico parecendo sei lá o que.

- Você se acostuma. Com o tempo até a dor passa. - ele me garante enquanto beija meu cabelo.

Um silêncio agradável se instala e ficamos apenas admirando a paisagem. O horizonte cheio de relevos. Estamos na parte mais alta da fazenda e gosto porque assim dá pra ver quase tudo e acho bonito. Mamãe iria adorar uns dias nesse lugar, vovó também.

Na verdade faria bem até ao meu pai, mas sei que ele é um homem da cidade. Sempre foi.

- Adorei esses dias. Quero voltar. - conto para Anthony que me abraça carinhoso.

- Eu costumava ficar desconfortável quando vinha para cá, tinha pesadelos toda noite mas com você aqui tudo muda. - meu coração se aperta só de imaginar os dias difíceis que ele passou. - Ainda fico envergonhado por ter presenciado toda aquela cena que fiz na noite de sexta. Me desculpa.

- Já desculpei há muito tempo. - pego sua mão e a beijo. - Estou com o coração apertado só de pensar em me despedir desse lugar.

- Vamos voltar quando quiser. - ele me tranquiliza.

Trocamos beijos e carinhos sobre a sombra da grande árvore, depois nos levantamos e observo a paisagem mais uma vez. Linda, tudo tão verde e florido, as águas do lago cristalinas.

- Anthony, eu não estou nem um pouco a fim de sentar nessa cela, minhas costas também estão doendo, desisto de cavalgar. - reclamo e ele ri.

- Se a gente for andando vamos chegar em casa só no final da tarde. - Não duvido, penso olhando para o horizonte. - Pode vim comigo no meu cavalo.

- Anthony, e o Flash coitado, vai ficar abandonado aqui? - minha preocupação o diverte.

- Não precisa ruiva, eu amarro ele ao meu cavalo e levamos ele com a gente. - suspiro aliviada e adorando o jeito que as vezes me chama de ruiva, é raro, mas acontece.

- Sendo assim tudo bem. - Anthony sobe primeiro, depois me ajuda e fico entre seus braços.

- Uma donzela dessas de época. - ele brinca antes de estalar a língua para o cavalo começar a andar.

Almoçamos com sua família em meio a muitas conversas aleatórias, Anna ainda de ressaca assim como Guilhermo.

- Voltam pra Verona hoje? - ele pergunta pálido.

- Sim e você?

- Amanhã com a Anna. Eu até iria hoje mas não estou afim de vomitar no caminho. - todos rimos dele.

Depois do almoço eu e Anthony subimos para o quarto, eu sou tão distraída que nem percebi que fui espalhando minhas coisas aos poucos pelo quarto dele.

- Essas coisas criaram asas, só pode. - resmungo pegando meu perfume em cima do criado mudo. - Juro que não me lembro de ter tirado todas essas coisas da minha mochila.

- O vestido parece ter criado asas também. - Anthony brinca pegando a peça de roupa do chão e jogando para mim.

Quando me certifico de que peguei tudo deixamos o seu quarto. Esse cômodo sempre será o mais especial para mim, passamos momentos lindos aqui.

Me despeço de todos com abraços e Anthony pega na mão do pai e da madrasta e acena para o restante.

Entramos no carro e Alberto começa a dirigir, conversamos todo o trajeto. Gosto que me fale sobre os filhos, da esposa que cuida do jardim da mansão e acho bonito como fala bem da família.

Penso no que o pai de Anthony me pediu antes da festa e quero muito ajudar, quero muito convencer ele a se tratar. Vou fazer tudo certinho para não assusta-lo. Irei estudar sobre o possível transtorno que ele tem, falarei com psicólogos e depois conversarei com ele.

- Quer ir para o meu loft ou prefere ir pra sua casa? - Anthony me pergunta quando estamos quase chegando.

- Minha casa. Quero um tempo com minha mãe, quero estudar ainda e dormir bem porque amanhã vai ser puxado. - respondo e ele assente, dá as coordenadas da minha casa para Alberto e acho engraçado que já decorou o caminho.

O carro para em frente minha casa, na rua algumas crianças brincam sob a supervisão dos responsáveis e agradeço por não ter ninguém da minha família aqui. Quero apresentar Anthony um outro dia, no domingo que vem para ser mais específica.

- Hora de dizer tchau. - brinco beijando seus lábios de leve. - Te vejo amanhã.

- Vai almoçar comigo?

- Como sempre. - respondo com um sorriso. - Tchau Alberto, obrigada por ter me trazido até minha casa.

- Tchau Pietra, nos vemos em breve. - ele sorri me olhando e antes de sair do carro beijo os lábios do meu namorado mais uma vez.

- Linda, adorei o final de semana. - ele conta e eu assinto.

- Foi perfeito. Obrigada.

Relutante eu saio do carro e fico olhando enquanto ele parte.


Estou de volta a vida real e isso me dá um pouco de angústia.

- Adeus final de semana perfeito!

****
Obrigada! Amo vocês! ❤

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