Duologia: Curados Pelo Amor...

By MarquesYas_

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Pietra Vitale é uma jovem estudante de Design de Interiores. Por fora é uma pessoa alegre que está sempre ten... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50

Capítulo 23

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By MarquesYas_

Baby's me desculpe por não ter aparecido durante dois dias. Agora voltei e prometo que amanhã tem capítulo ❤

POV Pietra



Acordo sentindo o ar fresco da fazenda invadindo o quarto, fico um momento apenas de olhos fechados sentindo o colchão macio.

Queria que ontem tivesse sido um sonho ruim, que Anthony não tivesse passado por aquilo e que ele não começasse a se sentir um monstro de sete cabeças de novo.

Ele falou da boca pra fora, ele falou da boca pra fora. Fico repetindo isso na minha cabeça sem confiar muito.

Gosto dele e não o quero longe, além do mais Anthony não foi sempre esse cara fechado, frio e sei disso pelo modo que ele me protege, que me dá carinho. Pelo modo que ele trata bem a madrasta, que tenta enfrentar seus medos para comemorar o aniversario do pai, pelo jeito que ele tem ciúmes da irmã mesmo fingindo não se importar.

Anthony não é uma alma perdida.

Abro os olhos e a claridade quase me cega, o quarto está silencioso, os braços de Anthony não me rodeiam mais e sei que não está aqui.

Será que ele foi embora?

Meu coração se aperta e só se acalma quando me viro e dou de cara com uma bandeja de café da manhã e um ramo de girassóis na cama.

É tão lindo e me faz sorrir boba. Só pode ter sido ele, não foi o pai dele nem a Anna.

Tem um bilhete pequeno perto dos girassóis e o pego.

- Me desculpa, sou um babaca mas não te quero longe da minha vida. - meu coração fica todo empolgado quando leio em voz alta.

Olho para a bandeja repleta de comida. Uvas, torradas, queijo, café, suco e um chocolate... romântico.

Não sei o que significa mas meu coração se enche de uma esperança até então desconhecida.

- Ele que vai achando que pode me fazer uma surpresa linda dessas e sumir assim. - falo sozinha enquanto me levanto da cama vestindo a mesma roupa de ontem.

Abro a porta e me surpreendo ao ver Anthony parado em frente a ela, a mão no ar como se fosse bater na porta. Ele me olha surpreso, abre e fecha a boca um monte de vezes e seguro o riso.
Tão lindo.

- Eu... Eu estava aqui me perguntando se devia entrar ou...

- Nem devia ter saído. - aviso sorrindo. - Obrigada pela surpresa. Amei tudo. - ele assente, está um pouco perdido e queria que ao menos uma vez ele fosse confiante.

- Ontem eu não queria que tivesse me visto daquele jeito, eu me senti um lixo, não tenho nada de bom pra te oferecer... - tampo sua boca o interrompendo.

- Você tem o seus carinhos, o jeito que cuida de mim. Não preciso que me ofereça mais que isso. - me aproximo dele e entrelaço meu braço em volta de seu pescoço. - Ah! E você é rico também. - brinco com ele que sorri aliviado. - Agora me beija e ficaremos cem por cento bem. Estou com saudade.

Seus olhos sorriem antes dos lábios, a mão segue obediente para minha nuca e ele me puxa para um beijo.

Correspondo sempre, minhas mãos o trazem mais para mim. Andamos com passos incertos e quando estamos dentro do quarto ele fecha as portas com os pés. Causa um estrondo alto e rimos nos lábios um do outro.

O beijo é diferente, talvez mais romântico do que todos que já trocamos.

As coisas ficam urgentes, as mãos descem ousadas pelo corpo um do outro e as roupas vão sendo arrancadas às pressas, meu corpo chama pelo dele.

É intenso de um jeito bom, me deixa livre para tocar e sentir cada parte de seu corpo.

Nos separamos ofegantes, suas mãos ainda acariciam minha pele e tremo sobre seu toque. Como um modo automático nós dois olhamos para a cama, a bandeja e o ramo de girassol nos fazem rir de maneira leve.

- Cama ocupada. - ele avisa me guiando para o chão.

Nossos lábios se unem mais uma vez e com um sorriso penso que ele tem razão. Não vale a pena nos separarmos para livramos a cama da bandeja e do ramo, seria esquisito.

Seus lábios me percorrem, me sinto flutuando com cada toque. O desejo se torna gigante, quero ele mais do que qualquer outro dia.

- Anthony. - sussurro seu nome inebriada com o momento, ele me olha com um sorriso desses sacanas que deixariam qualquer mulher de pernas bambas.

Seus lábios voltam a procurar o meu e como um calmante para o meu corpo ele me invade e é tão bom... tão forte...

Não existe problemas nesse momento, não existe medo ou qualquer coisa que nos distraia... Eu só o sinto, só o quero e me deixo guiar pelo desejo, pela vontade de ser dele para sempre.

Nossas respirações ofegantes se misturam criando uma atmosfera mais sexy, sensual...

Nos movemos com intensidade agora, querendo que o limite de cada um chegue para sassear o momento.

A manhã é romântica, tem carinho, conversas leves e riso. Gosto de como é apenas um homem feliz ao meu lado.

Depois do almoço a casa fica agitada, Gabriela coloca todos nós para trabalhar nos preparativos da festa, ficamos ocupados todo o tempo.

Mal vejo Anthony e nas poucas vezes que nos esbarramos ele está carregando algo com o auxílio da madrasta e sempre faz caretas escondido dela mas sei que é só uma brincadeira.

Acho tão legal como essa família é simples e gosta de fazer tarefas normais. Mas bem que eu queria conhecer todo esse lugar, Anthony me disse que tem cavalos, vacas para o fornecimento de leite pra fábrica.

Ele me disse que tem muitos animais e que a uns quilômetros da casa tem um lago grande. Disse também que tem cachorros mas até agora não tivemos tempo de ver tudo isso. Quem sabe amanhã antes de irmos embora.

Minha mãe me liga no meio da tarde, conversamos um pouco e fico aliviada que minhas irmãs tenham ido passar o final de semana em casa. Fico sempre com medo de deixar mamãe e a vovó sozinhas. Nunca se sabe o que meu tio pode aprontar ou quem pode aparecer pra cobrar mais umas de suas dívidas.

Os gêmeos estão limpando a piscina enquanto eu fico arrumando os arranjos de flores junto com Gabriela. Anna não quis esse trabalho, disse que é coisa complicada e que não leva jeito, eu gosto. Sem admirei como juntar as cores e fazer combinações bonitas, diferentes.

- Bruno disse que acha desnecessário ter arranjos de flores em sua festa aniversário. - ela me conta com dando uma risada. - Ele acha desnecessário uma festa, mas não ligo. Essa família já sofreu demais, merecem se alegrar um pouco.

- Verdade. Sobre eles merecerem mais alegria. - Me apresso na explicação e ela sorri. - E sobre os arranjos de flores eu concordo com você, eles devem sempre estar presentes em uma festa e nem são tantos assim.

- Como foi a noite com Anthony? - ela me olha curiosa.

- Silenciosa, meio pesada... mas ele me fez uma surpresa tão linda que acabamos nos acertando rapidinho. - as lembranças me invadem e sinto meu rosto queimar, ela ri.

- Anthony é um homem bom, ficou frio com o tempo, foi o que Bruno me disse. Mas tenha paciência, ele parece gostar mesmo de você. O jeito que sorri quando te vê... acredita que nunca o vi sorrindo? - Ela comenta e assinto. - Só por fotos é claro.

- Estou apaixonada por ele, não quero nunca me afastar.

Anthony passa por nós carregando uma pilha de cadeiras, rimos do jeito nada satisfeito dele.

Antes das seis Anna vem me chamar para arrumar em seu quarto, fico pensando no quanto é exagerada por querer começar se arrumar agora, mas não discuto. Antes de irmos para o seu quarto vou até Anthony, ele me olha curioso e só consigo rir da cara de desgosto dele.

- Vou me arrumar no quarto com sua irmã. - aviso ficando de frente pra ele.

- Não são nem seis da tarde. - sua constatação me faz rir.

- Sabe como é a Anna. - Me estico para lhe dar um beijo e nos afastamos. - Ontem ela me disse que vai me produzir toda. Estou com medo.

- Pietra, não deixa minha irmã brincar de boneca com você, já vi como ela produzia as barbies na infância. - tem um certo humor em sua voz e volto a rir.

- Tenho que ir. - Me despeço dele com um aceno rápido e corro para dentro da mansão.

Pego minha mochila no quarto de Anthony , ela está cheia de coisas minhas que vou precisar para hoje a noite. Anna sorri ao me ver entrar e retribuo mas ela não está sozinha e me surpreendo por ver seu pai sentado na poltrona.

- Senhor Montanaro? - fico bem confusa.

- Bruno. - ele me corrige se levantando e vindo em minha direção. - Vim aqui para conversar com você, Anna me ajudou e inventou isso de se arrumarem agora.

- Porque simplesmente não me chamou para conversar? Eu não me incomodaria. - aviso e ele assente.

- Mas o Anthony sim. E é exatamente sobre ele que quero conversar.

- Se for sobre o que aconteceu ontem quero que saiba que está tudo bem, eu realmente não me importo, estou com seu filho porque gosto dele e quero ajudar.

- Pietra, meu pai sabe de tudo isso, fica tranquila. - Anna diz me apontando sua cama. - Sente-se, vamos todos conversar sobre o bem-estar de Anthony.

Sem entender tudo que está rolando aqui eu me sento, olho para os dois e vejo preocupação estampadas em seus olhos.

- Já vimos o meu filho na mesma situação de ontem. Muitas vezes.- Bruno começa com um suspiro cansado. - Foi no dia em que retornou do hospital depois de ficar duas semanas internado.

- O médico que tratou o meu irmão sugeriu logo no começo que nós procurássemos um psicólogo pra ele... - Anna se pronuncia me olhando bastante séria. - Papai fez isso, marcou muitas sessões e meu irmão não ia em nenhuma.

- O estado dele foi piorando. Meu filho começou a ter ataques de raiva e sempre que pensava no acidente a culpa ia aumentando... - a voz do pai embarga e sinto meus olhos lacrimejarem só de imaginar por tudo que passaram. - Aquilo que aconteceu ontem foi só uma pequena amostra do que começou a acontecer dia após dia, isso quando ele não sai quebrando coisas pela casa. Anthony sempre se culpa não importa o quanto eu e minha filha dizemos que ele é inocente. Acreditamos nisso Pietra, na inocência dele.

- Eu também acredito, nunca duvidei.

- Meu pai ficou tentando muito que ele fosse na terapia, mas nada adiantava. - Anna tem um olhar distante, nunca a vi tão séria. - Em uma conversa que meu pai teve com uma psicóloga ele relatou seus problemas, e ela disse que com certeza ele tinha transtorno de estresse pós-traumático.

- Depois que ela me explicou como era eu via que fazia todo o sentido, que Anthony tem esse transtorno.

- E faz, mas confesso que não tinha pensado sobre isso. - me sinto subitamente envergonhada.

- A psicóloga disse para o papai que tem pessoas que ficam com o transtorno por pouco tempo, mas outras, como o caso de Anthony, demoram mais para enfrentar essa doença psicológica.

- Eu vi o jeito que meu filho é com você, há anos eu nunca o vi tão feliz, entende? - Bruno se aproxima, senta do meu lado e sorri amigável, gosto dele. - Ele sorri sempre quando está com você, tem gestos carinhosos e percebi que pra ele esse relacionamento é muito sério quando saiu hoje de manhãzinha para colher girassóis na plantação do senhor Bellotto.

- Foi lindo. - respondo esperançosa. - Bruno, desculpa perguntar, mas é que sou uma pessoa muito curiosa e preciso mesmo é saber onde você quer chegar com essa conversa.

- Depois do que aconteceu ontem, eu, minha filha e Grabriela nos juntamos para conversar sobre Anthony, sobre aquilo que aconteceu. - ele responde suspirando. - Quando você me disse lá no quarto dele que não iria embora, que não deixaria ele, eu pensei que podemos contar com você.

- E podem, devem. - confirmo convicta.

- Fico feliz que ele tenha encontrado uma moça como você. - Bruno procura por minha mão, afaga ela e sorri de novo e eu só estou curiosa para saber o que ele quer dizer. - Na conversa que tivemos percebemos que Anthony ainda precisa de terapias, que sem o acompanhamento necessário ele não vai melhorar, mas sabemos que meu filho não vai simplesmente ir ao psicólogo. Anthony nunca escondeu que acha esse tratamento sem importância, mas sabemos que ele fala isso por conta do sentimento de culpa que carrega nas costas. Mais um sintoma do transtorno.

- Queremos sua ajuda amiga, Anthony confia muito em você, está muito apaixonado e tenho certeza que te ouviria.

- É claro que você vai ter que insistir um pouco e saber que ele vai ficar irritado quando o assunto aparecer, mas achamos que o melhor é ele comparecer as terapias. Pode nos ajudar com isso?

- Claro, eu ajudo, insisto e tento até fazer acordos com ele se necessário. - tento transparecer confiança. - Mas vou esperar por uns dias, quero saber mais sobre o assunto, ir a um psicólogo para que ele me aconselhe em como eu devo abortar Anthony.

- Está certa, acho mesmo que assim será melhor. - Bruno diz com o sorriso congelado no rosto. - Estou confiante, vai dar certo!

- Vai sim papai. - Anna sorri animada, abraça Bruno e beija seu rosto, depois de afasta. - Agora é sério, nós já vamos nos arrumar, tem que ir.

- Com carinho assim eu vou mesmo. - ele brinca se levantando e nos deixando sozinhas.

Senhor Montanaro tem um ar jovial, é mente aberta e me sinto bem perto dele. É um bom pai, se preocupada com a família e com as pessoas a seu arredor, não tem nada de rico metido ou qualquer coisa que lembre uma pessoa mesquinha.

Anna me olha, se senta ao meu lado e toca seu ombro de leve no meu.

- Fico feliz que Anthony tenha encontrado alguém como você, são um casal lindo. - ela conta sorrindo de lado. - Queria que eu e o Guilhermo fossemos assim, mas somos do tipo mais desapegados...

- Anthony me contou que ele dormiu aqui, acho que seu irmão ficou bem enciumado. - conto sorrindo, ela revira os olhos mas vejo que gosta.

- Só dormiu mesmo. - Minha amiga desabafa suspirando. - Ainda não transamos Pietra, não me sinto preparada, por mais que seja bobagem.

- Não é. - garanto a abraçando de lado. - Além do mais quando você estiver pronta seu corpo vai te dizer.

- Foi assim com você?


- Já te contei a história do momento idiota entre mim e Taylor né?

- Sim.

- Não considero aquele momento minha primeira vez, foi horrível, me senti um objeto. Então não faça o mesmo que eu, não s entregue por pressão da sua cabeça. - aconcelho ela com um sorriso. - Anthony foi o meu primeiro, é assim que considero, foi com ele que senti desejo de verdade, prazer...

- Tá! Sem detalhes! - ela pede e rio da sua cara assustada. - Não quero saber das intimidades do meu irmão.

- E o Guilherme é paciente?

- É, ele sempre diz que pode me esperar, que não se importa, mas as vezes tenho a impressão que ele só diz isso para não me deixar sem graça.

- Então não importa se ele um dia não tiver paciência mais, você tem que ter sua primeira vez no seu momento, não no dele. - Anna fica pensativa, suspira longamente e encosta a cabeça em meu ombro.

Ficamos assim um longo momento, ela pensando sobre o motivo da última conversa e eu pensando em como conversar com Anthony sobre o tratamento.

Sei que tem que ser de uma forma que o deixa a vontade e que ele não se sinta pressionado, mas um aperto passa pelo meu coração só de saber que não vai fácil. Anthony é cabeça dura.

- Momento tensão acabou! - Anna se levanta num pulo, me assusta e ela ri as minhas custas. - Vamos nos arrumar e ficarmos mais lindas que essas novinhas que uns amigos do meu pai namora!

- Anna, eu trouxe o melhor vestido que tenho, mas não sei se é apropriado.

- Ótimo! Se não for não tem problema, comprei um lindo pra te dar de presente.

- Anna! - reclamo e ela ri, sabe que fico super constrangida quando inventa de me presentear.

- Relaxa, você vai me agradecer depois, e meu irmão também.


Eu apenas assinto, mas com medo do que ela vai fazer eu vestir. Que todos os Santos me protejam!



*****

Espero que gostem ❤
Amanhã tem mais!

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