Duologia: Curados Pelo Amor...

By MarquesYas_

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Pietra Vitale é uma jovem estudante de Design de Interiores. Por fora é uma pessoa alegre que está sempre ten... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50

Capítulo 14

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By MarquesYas_

Boa noite gente linda!!
Mais um capítulo pra vocês ❤

O vídeo que eu coloquei é de uma música que tem uma batida legal, e eu gosto. Fui olhar legenda e achei bem a cara do nosso boy 😂.

Gente, eu tentei colocar a capa que ganhou a votação, mas o site não tá permitindo não sei porque. Vou ficar tentando, ok?

******

POV Anthony

As pessoas vivem dizendo que a vida é bela, que ela nos proporciona aprendizados para a vida toda, que os obstáculos que enfrentamos sempre nos fortalecem... Isso não passa de um consolo para o próprio coração, não passa de palavras que tem um certo poder em diminuir a dor, nem todos os obstáculos te fortalecem, nem todos os conseguimos passar por cima deles!

A vida pode nos nocautear inúmeras vezes, pode te deixar na lona por anos e quando você acha que está forte pra continuar, pra se levantar e enfrentar mais uma luta a vida de nocauteia de novo e de novo você sente a dor da derrota. E isso é um ciclo infinito.

Você não pode vencer todas as batalhas e isso é injusto.

Tropeço na escada e quase caio, minhas pernas pesam e acho que perdi meio que o controle sobre minha cabeça também. Ela insiste em girar, girar e girar...

Nunca achei que esses degraus que levam até meu quarto seria tão... tão... tão...

Qual a palavra mesmo em?

Nem sei se consigo chegar até o topo porque os olhos vão pesando e pesando... então vem o escuro.

Sinto uma dor se alastrar por todo meu corpo, tento abrir os olhos mas a claridade que invade meu loft quase me cega.

A cabeça está explodindo, parecendo que foi estourados um milhão de foguetes a uns cinco centímetros de distância de mim.

Quando finalmente abro os olhos tudo gira e sinto que essa é a pior ressaca da minha vida inteira.

Tem dois dias que bebo seguidamente, que apenas tento me sentir anestesiado pela agonia de não poder me aproximar de Pietra. Ela me odeia agora, eu tenho certeza, e sei que mereço.

Ela fez o certo, conseguiu a força que eu não tive para nos afastar. Eu sou tóxico e Pietra não merece uma pessoa tão estragada quanto eu, não merece mesmo!

Anteontem quando ela me disse todas aquelas coisas meu coração partiu em milhões de pedaços, me senti o cara mais ferrado do mundo todo...

Pietra merece coisa melhor, merece um cara melhor, um que de preferência não carrega dores como eu. Ela é luz e eu sou escuridão.

Me levanto com dificuldade, vejo que estava deitado no pé da escada. No mínimo eu tentei subir para o meu quarto e falhei na missão.

Subo os degraus de um em um, sentindo a dor me ferroar. Tiro a cueca que estava usando e vou ao banheiro tomar um banho gelado pra curar a ressaca.

A água que cai sobre meu corpo parece ter um poder de me relaxar um pouco, a dor vai se dissipando um pouco, a tontura já se foi...

Depois visto outra cueca e pronto, volto pra sala pra me jogar no sofá. Nem ligo a TV, só fico olhando para o teto e pensando que minha vida monótona voltou e dessa vez para ficar.

Os olhos de Pietra se fixaram em minhas memórias, o sorriso despreocupado, o jeito sexy que dança Tarantella, o ritmo queridinho dos italianos.

Esses dias em que pude ficar com ela foram poucos mas mesmo sendo poucos eu me sentia diferente ao seu lado, me sentia um pouco livre dos meus demônios. As vezes eu até sorria pra ela e isso pra mim era uma evolução muito grande.

Pietra era como uma estrela, a minha estrela e eu adorava o jeito em que irradiava tudo e a todos.

Abro a geladeira em busca de algo pra fortalecer meu estômago e poder continuar de onde parei ontem a noite. Não tem nada e reviro os olhos, agora sim tenho de fazer compras.

Me visto e saio do apartamento sem ânimo algum, a última vez que sai essa hora eu estava muito ansioso porque iria ver Pietra, iríamos almoçar juntos.

Quando chego na rua a primeira coisa que faço é olhar o restaurante, no qual comíamos todos os dias. Meu coração dói e só queria mesmo não sentir nada, ser o cara que não liga pra ninguém mesmo.

Balanço a cabeça afastando as lembranças, caminho mais alguns metros e então entro num mercadinho na esquina da rua.

É simples e tem mais produtos naturais do que industrializados.
Não compro muita coisa, só o necessário.

Volto pra casa e enquanto subo as escadas que me levam para o último andar no qual eu moro, fico pensando na academia que paguei dois meses adiantados e fui só dois dias.

Não sinto graça de ir agora, não me importo se o tempo passa lento, nem sinto mais o ânimo de antes.

A primeira coisa que faço quando chego em casa é abrir uma cerveja e esquecer totalmente da comida.

Tem sido difícil não me render a vontade de ir até o bar, esperar Pietra sair no final do expediente e a seguir como no começo.

Todos os dias sinto medo de ela estar sozinha, de acabar passando por algo assim de novo.

Não consigo controlar meu medo, minha preocupação e minha vontade de vê-la, e então lá estou eu andando pela noite escura em direção ao bar, de novo me escondo no beco.

Me lembro dos primeiros dias em que me escondia aqui só pra ver seu rosto e segui-la com o olhar.

Vejo Pietra saindo do bar, usa um dos seus vestidos leves e os cabelos soltos, hoje tem um olhar triste e os olhos pesados.

Ela entra em um mini cooper que deduzo ser o carro que mencionou uma vez.

Então fico vendo enquanto ela segue seu trajeto agora de carro e segura, me sinto aliviado.

Volto pra casa sem ter mais nada o que fazer, simplesmente caminho de volta para o loft.

O carro de minha irmã está parado na porta do meu apartamento, ela desce com um sorriso quando me vê. E eu só fico pensando em um jeito de fugir dela e de suas ordens.

- Nossa, você está péssimo!

- Obrigado. - resmungo e ela ri. - O que quer aqui?

- Educado como sempre, que orgulho. - ela sorri mas vê que estou realmente de mal humor e para. - Você não devia estar com a Pietra agora?

- Não estamos mais juntos. - finjo não me importar mas falho miseravelmente. - Foi melhor assim.

- Pra quem? - Anna me olha preocupada.

- Pra ela. Eu não posso oferecer o que ela quer, não posso ser quem ela quer.

- E o que ela quer?

- Me conhecer. Conhecer o meu passado, quem eu era... - suspiro longamente. - Eu não sou ninguém Anna, não posso oferecer coisas boas.

- Eu acho que ela está certa em querer saber quem você é. Se fosse comigo eu nem iria me envolver com uma pessoa que não conheço, mas Pietra deve gostar mesmo de você para ter ido tão longe.

As palavras de minha irmã me despertam uma coisa estranha, faz meu coração disparar e fico pensando se é isso mesmo.

- Eu não falo com ela tem uns dias, ela sumiu e agora sei porque.

- Acha que ela está bem?

- Levando em consideração que ela gosta muito de você então eu não acho que ela esteja muito bem não.

- Não sei se ela gosta mesmo de mim, não do jeito que gosto dela mas...

- E como é o jeito que você gosta dela? - minha irmã me olha interessada.

- Do jeito que quando eu a vejo meu coração dispara, do jeito que ela me faz me sentir uma pessoa melhor, do jeito que me faz sorrir... Estou apaixonado! - tomo consciência disso só agora mas acho que o sentimento veio desde o primeiro dia em que vi ela. - É isso, estou apaixonado.

- Olha ai, tem um motivo pra largar de ser idiota e ir atrás dela! - minha irmã diz séria.

- Não, isso ainda não é um bom motivo. Não pra ela ao menos. - Me encosto em seu carro e ela revira os olhos. - Anna, eu não estou preparado pra contar quem eu realmente sou.

- Você é dramático demais Anthony. Até quando você vai ficar acreditando nessa baboseira de que você matou a mamãe? - sua voz embarga. - Aquilo foi um acidente! Quantas vezes eu tenho que repetir isso?

- Anna, melhor ir embora, quero ficar sozinho.

- Aí que está o problema! Você se isola porque quer!

- Vou subir, não estou com a mínima paciência para essa conversa hoje. - aviso e então lhe dou as costas, subo para meu apartamento.

Os outros dias que se passam são exatamente do mesmo jeito, acordo de ressaca, bebo mais, como pouco, vou olhar Pietra de longe no bar e volto pra beber mais.

Assumir que estou apaixonado por Pietra parece ter despertado mais dor em mim. Sinto saudades, vontade de procurar ela e pedir pra que fique comigo.

Me sinto seguro com ela, me sinto bem e com ela eu sou capaz até de sorrir.

Mamãe costumava dizer que paixões e amores curam e machucam, depende do que você decidir. E eu não quero mais sofrer, posso me curar, Pietra pode me ajudar talvez.

Ela quer saber quem eu sou e eu posso mostrar, posso dizer e deixar a escolha de me sentir curado ou machucado com ela.

Sinto meu coração cortado e não quero mais isso. Dói demais.

Quero Pietra pra mim, quero seus sorrisos e sua ironia. Quero seus beijos, seu olhar e suas mãos em mim.

Nem penso muito só sei que é noite porque saio de casa apressado, o bar é perto mas a vontade de ver ela é grande e por isso quase corro. Talvez eu devesse mesmo fazer isso.

A insegurança que nasce em mim é enorme, me sinto tenso, com o coração acelerado e só não volto pra casa porque não aguento mais um dia sem estar perto de Pietra.

Quando chego em frente ao bar não sei o que fazer, o medo volta com tudo e travo no lugar.

As mãos estão soando e o coração salta pela boca.

- Melhor não Anthony, isso é besteira. - resmungo voltando a caminhar em direção a minha casa.- Mas a Anna disse para eu ir atrás de Pietra, então é melhor ir e tentar.- dou meia volta quando já estava em outra rua e volto a caminhar em direção ao bar.

Que se dane o medo e a insegurança.

Não vou deixar ela escapar pelas minhas mãos como areia. Não sem tentar.

O lugar está animado como sempre, hoje mais do que nunca tem muitos jovens e a grande maioria universitários.

Tem muita risada, conversas e pessoas bebendo.

Um flash da época em que eu era apenas um jovem se passa pela minha cabeça.

Eu e meu amigo Matteo viemos aqui uma vez, bebemos em meio a outras pessoas da faculdade e cada um ficou com uma garota.

Agora parece tão estranho pensar em algo assim, é como se fosse em outra vida. Hoje acho que não consigo ficar com mais ninguém que não seja a dona dos cabelos e do sorriso mais lindo do mundo.
Só noto que estou dentro do bar quando uma moça bêbada esbarra em mim, o namorado a ampara e me pede desculpas, apenas assinto.

Eu nem sei como fiz pra simplesmente entrar aqui, só vim sem nem coordenar meus movimentos.

Olho todo o ambiente em busca de Pietra, avisto os cabelos ruivos antes de tudo. Meu coração acelera tanto que por um momento acho que vou ter um ataque aqui mesmo.

Ela está servindo uma mesa, sorri minimamente e então se afasta colocando a bandeja em baixo dos braços.

Sem pensar duas vezes eu caminho pra ela. Pietra não percebe minha presença, ela está de costas e parece apressada enquanto anda pelos corpos que dançam a batida de uma música internacional.

- Pietra. - chamo por seu nome logo depois de segurar ela pelo braço.

Seu corpo reage quando escuta minha voz, a respiração altera e ela leva longos segundos até finalmente se virar para mim.
Está linda e isso não é novidade, mas agora os olhos carregados de surpresa parecem também transmitir alguma preocupação. Um batom vermelho escuro colore seus lábios e queria eu estar cobrindo eles.

- O que você tá fazendo aqui? - ela pergunta me olhando como se não fosse real.

- Vim te ver e... e conversar. - olho em seus olhos para que ela sinta confiança em minhas palavras.
Solto seu braço com uma vontade doida de puxar ela pela cintura, mas me controlo.

- Agora não posso. - sua resposta não sai tão fria quanto ela pretendia.

- Eu sei, entendo. Mas e depois do expediente?

- Pode ser. Mas hoje vou ficar duas horas a mais, não vou sair agora. - ela avisa e apenas assinto.

- Vou te esperar lá fora. - Meu desconforto não parece atingi-la.

- Espera aqui, por favor. - seu pedido me faz um pouco tonto, queria negar mas não tenho forças pra isso quando o assunto se trata dela. - Vou ficar por perto.

- Está bem. - Melhor concordar.
Pietra busca minha mão e entrelaça na sua, o toque me faz sentir nas nuvens e adoro como esse gesto me deixa tão confortável agora, passamos por entre as pessoas e ela me indica um banco em frente ao grande balcão do bar.

- Vai ficar bem aqui? - assinto sem desgrudar meus olhos dos delas.

- Você está bem? - pergunto sem conseguir evitar, ela solta uma risada fraca.

- Agora eu estou. - a resposta vem tão sincera e pura, faz meu coração sorrir antes dos lábios. - Qualquer coisa é só chamar.

- Obrigado. Pode ir trabalhar. - tranquilizo ela que assente e então se afasta relutante.

Me mexo no banco desconfortável por estar aqui, tem muita gente desconhecida a minha volta, um grupo de amigas para ao meu lado e fingem conversar distraídas enquanto me secam com o olhar. Ignoro.

Meus olhos buscam pelos cabelos ruivos novamente, estou tão ansioso para nossa conversa.
Pietra está andando em direção ao chefe fortão, fico atento enquanto os dois conversam rindo, uma coisa estranha se remexe em mim, dói também e não gosto de sentir isso.

Para Anthony, os dois estão só conversando, é normal. Tudo bem se são amigos, tudo bem, tudo bem. Repito as palavras como um mantra para me acalmar.

Olho para o rapaz que está atendendo no balcão e o chamo com um sinal de mão.

- Pode por favor me trazer um refrigerante. - peço me sentindo um idiota pelo pedido.

Meus olhos buscam Pietra por impulso e então meu coração se contorce quando a vejo abraçar o musculoso com um sorriso.

- Esquece o refrigerante, me trás uma cerveja. - aviso para o rapaz sem desviar os olhos da cena.

Os dois se separam e ela ri quando ele lhe diz algo, aposto que estão rindo de mim, rindo do fora que ela vai me dar.

A dor que sinto é como se fosse física, um bolo enorme permanece em minha garganta e pela primeira vez na vida eu sinto vontade de chorar por uma garota. Quanta idiotice!

- Babaca. - sussurro para minha dor.

- Sua bebida. - o rapaz coloca a cerveja em minha frente e bebo de uma vez, ele me olha rindo.
- Me traz mais uma por favor.

Pietra me olha, os olhos brilham como se fosse por mim. Eu até acharia isso se não tivesse visto toda aquela cena de afeto com o chefe.

Meu semblante sério a deixa confusa, mas então vejo como se entristece ao ver a minha bebida ser depositada no balcão. Que se dane, ela nunca ficaria comigo mesmo, ela merece coisa melhor, merece alguém a altura dela.

Nem ligo se estou em um lugar público, se estou sozinho e se não tenho amigos, só bebo sozinho. Tento anestesiar meus sentimentos, enterro eles no meu coração, ninguém precisa saber sobre eles.

Até amanhã 😙
Próximo capítulo teremos revelações... ❤

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