~Oioi amores, quero postar um capítulo por dia durante o feriado, então se querem isso rolando, votemmm pfvrrrr Esse capítulo é dedicado as Sarlies <3~
~***~
Por vários minutos, Charlie apenas ficou apoiado nos ombros de Sam, sentindo seu calor, segurando-se nele. Seu coração batia em uma frequência tão rápida mas mesmo assim, ele se sentiu em paz.
A paz de estar nos braços dele. Porém se tudo fosse tão fácil, ele nunca teria dúvidas sobre se entregar aos seus próprios sentimentos. Charlie praticamente viveu toda a sua vida no mesmo ciclo social, ele sabia o que os ''caras'' pensavam, ele sabia das piadinhas, inclusive fazia muitas delas.
- Charlie, vamos sair daqui. - A voz trêmula de Sam sussurrou em seu ouvido.
E então os dois apenas moveram-se, afastando seus corpos um do outro. A festa de Olivia praticamente tinha parado para aquele momento. A música ainda tocava no volume máximo, mas as pessoas mal conseguiam continuar dançando. Todos queriam dedicar sua atenção para aquela cena.
Miller evitou olhar para o rosto de qualquer pessoa até que saiu do local da festa. O vento frio da noite fez ele recordar-se da realidade, mas ao avistar o rosto preocupado de Sam parando bem ao seu lado, somente lembrou-se do porquê fez aquilo.
- Ficou louco? - Sam tentou controlar a altura da voz, mas soou alta e nervosa. - Meu Deus, Charlie.
- Vamos só sair daqui. - Charlie o puxou para o estacionamento, logo encontrando seu carro e entrando no mesmo.
Williams ainda estava tonto com tudo aquilo. Sua mente mal conseguia conectar todos os pontos. Desde que começara a se relacionar de um jeito torto com Charlie, ele sempre achou que os dois nunca iriam avançar exatamente porque Miller sempre quis manter tudo em segredo.
- Por que isso agora? Por que me beijar assim, na frente de todos? - Sam não conseguia entender. Faltava tão pouco tempo para que ele se formasse. Por que justo agora?
O mais velho encarou o garoto de olhos arregalados ao seu lado. Era incrível como Charlie nunca tinha idealizado o amor, e se o fizesse, nunca teria descrito como alguém do perfil de Sam. Talvez o oposto. Sam era o oposto da grande maioria das pessoas que ele já tinha ficado na vida, e não eram poucas. Mas o amor não tem a obrigação de fazer sentido.
E não fazia. Muito mais do que ganhar os campeonatos de futebol, travar a luta com seu próprio coração, foi o que fez Charlie desesperar-se.
Ele pousou suas mãos no rosto do outro, encarando-o profundamente.
- Tive medo de te perder... - disse baixinho- Você não sabe como eu simplesmente fiquei a ponto de enlouquecer. E não faço ideia do que você fez comigo Sam, mas esse feitiço que colocou em mim, fez eu não pensar em mais nada além de estar ao seu lado. Eu quero merecer estar ao seu lado.
Os olhos de Sam começaram a lacrimejar, suas mãos tremiam e ele teve que segurar-se para não desabar ali na frente de Charlie.
- Juro que a última coisa que quero é que você sofra por isso, por causa de nós dois.Não quero que se arrependa depois. - Charlie o segurou mais forte, fazendo com que ele estivesse sempre conectado ao seu olhar.
- Não vou. Não vou, eu posso ter agido por impulso mas eu quis fazer isso. Sam... O que eu sinto por você, nunca senti antes, em toda a minha vida.
- Ah Charlie, eu devia te dar um soco. - Sam fechou a cara.
- Acabei de me declarar e diz isso? - Charlie une as sobrancelhas.
- Eu me odeio por mesmo você sendo um vacilão, eu não ter conseguido parar de pensar em você, mesmo quando estava com raiva da sua cara e mesmo quando estava com Vernon, eu - ele respirou fundo- Não consigo te esquecer.
- Não esquece.
- E como vai ser? O mundo não vai ficar cor de rosa assim do nada.
- Eu sei. Mas não devíamos pensar nisso agora, me deixe apenas... - Charlie colocou suas mãos no maxilar do outro, passando o polegar por seu lábio inferior- Eu quero tanto te beijar outra vez.
- Só faça- os olhos de Sam brilharam.
E então Charlie aproximou, acariciou os lábios dele com os seus devagar, até que enfim tocou sua língua na dele, fazendo com que conseguisse novamente sentir seu gosto, o calor do encontro dos dois.
Não demorou muito para Sam apenas sentar-se no colo dele, a fricção dos seus corpos deixava os dois em chamas, prontos para simplesmente livrarem-se daquelas roupas e sentirem a pele um do outro.
Miller segurou Sam pelos cabelos e então apossou-se de seu pescoço, deixando sua língua deslizar pela pele, deixando um rastro quente por onde passava. As respirações ofegantes embaçaram o vidro do carro.
- Merda, você já me deixou duro. Como vou dirigir agora? - Charlie disse jogando a cabeça para trás.
- Não precisa dirigir, vamos apenas continuar - Sam investiu sobre os lábios do outro novamente.
- Chega de carros em becos escuros. Eu quero te deitar na minha cama, quero te comer na mesa do meu apartamento e quero fazer você gozar pela milésima vez enquanto tomamos banho. - Os olhos de Charlie ardiam pelo outro.
Antes de sentar-se novamente na poltrona, Sam deixou um beijo casto nos lábios do outro. Tentava concentrar-se, era difícil pensar em tudo que tinha acontecido nos poucos minutos. Tudo seria diferente agora, certo? Ele não fazia ideia. Mas o pensamento de acordar ao lado do garoto ao seu lado, só fazia seu coração bater mais forte.
Charlie sentia-se como se estivesse adormecido, seus pensamentos estavam bloqueados para qualquer aspecto negativo de sua decisão, ele só conseguia encarar aqueles lindos olhos castanho que brilhavam para ele.
Por outro lado, Sam sentia medo.
Estranhou ao ver a placa de ''vende-se ou aluga-se '' na porta do apartamento, com algumas informações sobre o imóvel e com um telefone.
- O que é isso?- perguntou e Charlie ficou em silêncio por um tempo, só começando a responder quando os dois subiam as escadas estreitas.
- Agora com o tratamento de tio Ben, decidi cortar algumas despesas.
- Mas esse apartamento é algo que você gosta tanto.
- Esse apartamento só era sobre mim tentando ter um lugar só meu, ser independente, mas quando tio Ben nos deu aquele susto... - ele mexeu os ombros- O que importa não são os lugares. E sim com quem estamos. As pessoas fazem a diferença.
Charlie fez um gesto para que ele entrasse. Para Sam era estranho estar ali outra vez, encarou o chão próximo a lareira, ele já passou noites conversando com Charlie sobre as coisas mais aleatórias, como sentia falta disso. Mas era tão confuso. O que significava aquele gesto do outro na frente de todos?
Estava ali para descobrir. Algo veio em sua cabeça antes.
- Será que não tem tanto apego ao seu apartamento, porque na verdade sabe que está prestes a se mudar... Por causa da universidade.- Charlie notou que mesmo querendo parecer casual, Sam tremeu um pouco sua voz.
- Não pretendo ir muito longe, Sam. Você não vai se livrar de mim tão fácil.
As mãos dele apenas foram de encontro a cintura do mais novo, envolvendo-o com suas carícias, com seu cheiro. Ah como Sam sentiu falta daquele cheiro, tão perto dele.
- Sabe, desde que te vi no palco com sua banda, pensei em como eu seria louco se perdesse você. Como consegue ter essa carinha de santo e fazer aquilo? Tem noção do quanto me deixa louco? - ele disse a última frase bem próximo ao seu ouvido, mordendo seu lóbulo.
Sam deixou uma risada fácil escapar de sua garganta.
- Preparado? - Perguntou intensificando seu olhar.
- Oi? - Charlie não entendeu mas logo sentiu as mãos de Sam o empurrarem fazendo ele sentar-se no sofá. Um sorriso malicioso logo pairou sobre seus lábios.
Williams posicionou em frente ao garoto, fechando sua mão em punho e aproximando-a como se fosse um microfone.
- Boa noite, é um prazer estar com vocês essa noite. Prometo me esforçar para agradar... - Miller riu de sua abertura mas logo ficou de queixo caído ao ouvir sua voz preenchendo todo o local.
All I am is a man
I want the world in my hands
I hate the beach, but I stand
In california with my toes in the sand
Use the sleeves on my sweater
Let's have an adventure
Head in the clouds, but my gravity's centered
Touch my neck, and I'll touch yours
You in those little high waisted shorts
Oh...
Sam fechou seus olhos e continuou cantando, tocando em seu tronca e fazendo com que mais botões de suas camisas se abrissem. Rebolou ao som de sua própria voz, bagunçando seus cabelos.
He knows what I think about
And what I think about
One love, two mouths
One love, one house
No shirt, no blouse
Just us, you find out
Nothing that I wouldn't wanna tell you about, no
'Cause it's too cold
For you here and now
So let me hold
Both your hands in the holes of my sweater
~Quem não curtir hot, pula para onde tem ***~
Caminhou até Charlie e aproximou seus rostos, fazendo com que seus lábios se tocassem, a audiência impactada somente conseguiu agarra-lo e fazer com que ele caísse de joelhos no sofá, entre suas pernas.
Miller fez com que a camisa dele logo pertencesse ao chão. Ergueu um pouco seu corpo e beijou seus ombros, descendo por suas cláviculas, até deslizar por toda a extensão de seu abdóbem.
Sem perder mais tempo, Sam passou suas mãos pelo tronco forte de Charlie, logo tirando a sua camisa.
Sorriu ao pegar em seu volume formado por debaixo de sua calça. Massageou a região, e então abriu o zíper, puxando todas as roupas para o chão. Sentir o toque de Sam em seu membro fazia o garoto perder os sentidos. Mas não perder suas próprias vontades.
Williams apenas continuou massageando, enquanto ajoelhava-se entre suas pernas, olhando para o sexo de Charlie com desejo. Sentiu as mãos dele envolverem seu cabelo aproximando-o ainda mais.
- Vai Sam... - a voz pedinte disse.
- Vai para onde? - Sam o encarou provocativo sem cessar o toque- Quero ouvir você pedir.
- Me chupa. - mal conseguia falar consumido pela onda de prazer.
- Você quer isso? - Sam deslizou sua língua por toda a extensão de Charlie, fazendo ele arfar alto. - Quer que eu te coloque todo na minha boquinha?
Charlie não conseguia tirar os olhos dele e Sam era apaixonado por aquilo, todos os olhares sobre si, ainda mais quando eram de quem ele gostava. De quem ele, de fato, amava.
Sem qualquer aviso prévio, Sam engoliu-o por inteiro, colocando o membro o máximo que podia, e movimentando-se para cima e para baixo várias e várias vezes, intercalando com movimentos com suas mãos.
Ficou assim, até sentir todas as veias prestes a se arrebentarem de tão cheias e logo sentindo o líquido do mesmo vir mais rápido do que ele pensava, sujando um pouco de seu rosto.
Charlie puxou Sam para um beijo lento e apaixonado. Como ele queria proporcionar o mesmo prazer a ele e assim fez. Lambendo e deixando marcas por todo seu corpo, fazendo com que ele chegasse ao seu ápice de prazer.
Seus corpos estavam colados um no outro, o suor corria por suas peles, lembrando de como aquilo estava enlouquecedoramente quente.
Sam segurou na mesa de Charlie enquanto ele encaixava-se atrás dele, soltou um gemido ao sentir os centímetros penetrando-o cada vez mais profundamente.
- Rebola para mim. - Charlie sussurrou no ouvido do mesmo e então seu pedido foi uma ordem.
De forma sedutora, Williams começou a se movimentar fazendo com que o contato entre eles fosse cada vez mais intenso e prazeroso. Nenhum dos dois iam aguentar por muito tempo aquela tortura.
Os movimentos somente se intensificaram, as mãos firmes de Charlie com certeza iriam deixar marca na cintura de Sam, mas ele precisava criar um ponto de apoio, e então os dois gemiam juntos a cada estocada forte e profunda.
Ambos ofegantes quando suas pernas tremeram bambas pelo ápice de prazer.
Tomaram banho juntos depois e mesmo que Charlie tenha prometido dar mais prazer para Sam no chuveiro, os dois estavam exaustos, mal tinha energia para se beijarem.
Somente secaram-se e jogaram-se na cama, o sexo era ótimo mas poder dormir sentindo Sam ao seu lado, fazia Charlie sentir-se completo. Depois de muito tempo.
****
No dia seguinte, os dois acordaram sentindo o peso da noite agitada, não era a primeira vez que perdiam completamente o horário para irem para a escola.
Mas naquele momento, os seus sentimentos eram o mais importante, era revigorante. Era como ter realmente o sopro vital.
Charlie mal conseguia andar normalmente, tinha vontade de sair cantarolando por aí.
Caminhou até o campo de futebol. Estranhou assim que chegou no lugar. Encarou o relógio...
- Por que esses bastardos não estão treinando?- pensou alto.
Avançou para o vestiário que ficava nos fundos, logo após o campo. Não precisou forçar muito sua audição, logo começou a ouvir um intenso burburinho vindo do vestiário. As vozes gritavam, algumas pediam calma, outras somente gritavam mais e mais.
A realidade bateu em sua porta.
Assim que ele colocou seu corpo para dentro, todos os olhares voltaram-se para ele. E eram realmente todos, todos os jogadores estavam ali, calouros e veteranos. Era uma reunião. Uma reunião do time de futebol ao qual o capitão não havia sido convidado. Afinal, o capitão era a pauta dessa reunião. Ele soube assim que chegou que era o assunto do momento.
O silêncio incomodou muito mais do que os gritos. Apenas aqueles olhares. Alguns nem mesmo conseguiram o olhar e isso doeu. Doeu muito. Mas Charlie manteve sua cabeça erguida.
- Deviam estar treinando! Já são mais de 15 h. - Falou firme.
Ouviu o riso irônico no fundo da sala. E então viu Jason de braços cruzados olhando para ele.
- Olha quem acha que tem algum moral para mandar em alguém- Resmungou olhando para outros que estavam próximo a ele.
- O que disse? - Miller perguntou em alto e bom som. - O que está rolando? Vão. Me digam. Quem tiver algo para me dizer, apenas diga. - tentou controlar-se mas suas veias já saltavam.
- Charlie, nós apenas estamos tentando nos organizar- Brandon disse soando apaziguador. - Os ânimos estão um pouco exaltados.
- Ah qual é Brandon? De que adianta tampar o sol com a peneira?- Um dos calouros disse - Apenas diga logo o que está acontecendo.
- Acho que Charlie já sabe muito bem o que está acontecendo- Jason cerrou os olhos. - Os únicos que não sabiam de nada, éramos nós mesmos.
- O que acontece na minha vida pessoal não tem nada a ver com isso aqui. - Mal conseguiu concluir sua frase e já ouviu risadas.
- Está brincando? - Kody, um dos veteranos esbravejou- Quando achou que podia simplesmente ser... Assim. - o olhar enojado fez Charlie embrulhar o estômago- E continuar sendo nosso capitão. Tínhamos respeito por você.
- Por que ele não pode ser?- Steve, um dos que chegaram recentemente perguntou. Sendo respondido de forma abrupta, como se ele fosse ingênuo demais para saber.
- Acha que vamos ser respeitados quando nosso capitão é um... - Charlie avançou sobre Jason com agressividade.
- Um o que? - esbravejou e foi segurado por Brandon.
- Cala essa boca, Jason! - um dos calouros disse.
- O que eu falo é a verdade. Não podemos ter um viadinho como capitão, vamos ser zoados por todos os times. Isso vai ser péssimo.
- Cara, você viaja. - alguém comentou.
- Não, ele está certo. - outro disse.
Charlie se sentia como no olho de um furacão, tentava segurar-se mas ficava cada vez mais difícil.
- Querem me tirar como capitão? - Charlie encarou os seus colegas de time com mágoa- Mesmo depois de ganharmos o campeonato? Querem me tirar por isso?
- Calma, a gente só tem que esfriar a cabeça - Brandon disse mas então Miller soltou-se de suas mãos.
- Eu que não quero ficar em um time com vocês. - Disse e andou atravessando a porta outra vez.
Seus pulmões estavam queimando, ele sentia todo seu ar ser tirado dele a cada passo que dava, aquele campo, aqueles olhares, tudo girava na sua mente e ele se sentia tão perdido.
- Charlie, espera - ouviu a voz de Brandon o chamar. - Por favor, não vai embora assim.
- O que espera que eu faça? Todos só me querem longe. - gritou.
- Não pode desistir assim. Charlie, se você sair do time... - ele parou, receoso.
Brandon sabia. Estava no último ano assim como Miller, os dois são bons amigos a tanto tempo e se pareciam em tantas coisas. Ambos nunca foram os melhores da turma, ao contrário, sempre passavam de raspão nas provas. No que se diferenciavam? No esporte.
O futebol era o passaporte para o sucesso. Sempre foi. Era assim que conseguiam as desculpas perfeitas para aplicar aos professores. Era assim que faziam sucesso com as garotas e seria assim que passariam para uma boa universidade.
- Eu sei. - Charlie falou duro, sentindo toda aquela pressão.
Charlie sabia. Sem o título de capitão, ele não conseguiria passar em uma universidade, ainda mais sendo expulso pelos próprios membros. Apenas segurou-se caminhando até seu próprio carro.
Continua...
*******************************************************
Aaaa que tenso cara, eu fico muito feliz de ler os comentários de gente falando ''só se entrega ao amor Charlie, não há nada de errado com você'', obrigada por existirem. Mas a realidade não é bem assim. Infelizmente o preconceito ainda existe nos mais diversos núcleos e mais uma vez, faço meus personagens sofrerem todo esse retrocesso vivido em pleno século 21.
Espero que as coisas melhores.
Não esquece de votar, meta: 1000 estrelinhas #MaratonaMortafeat.Enterrada
Desculpa por não estar conseguindo responder as mensagens, por favor, se for algo urgente, se puderem se comunicar comigo pelo ig dricafernandes7 era mais fácil
ALL THE LOVE
Drica