Pantera ▫ pjm+myg

Od blackHeartg

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Yoongi acabou de ser dispensado do serviço militar, mas ele não acha que está seguro em seu novo apartamento... Viac

COMO LER CAPÍTULOS "EXCLUÍDOS"
1. Pink
2. Senhor Damon
3. Tequileiro
4. Alérgico desde 1997
5. Jeon
6. Sr. Jeon
7. La Tormenta
8. A encomenda pt. I
9. A encomenda pt. II
10. O homem torto
11. 724148
12. Cacau+coffee
13. O convite aceito
14. Guk
15. bk-9
16. Mojitos e sorrisos
17. A champagne da discórdia
EXTRA: Se eu pudesse voltar atrás.
18. Promessas não prometidas
19. 23 de Dezembro
20. A véspera do pior natal de todos os tempos
21. Um natal cheio de adrenalina
22. Agente 51: Xiumin
23. Ciuminho
24. Dê o poder a quem pode cuidar dele
25. Evento de gala pt. I
EXTRA: Se eu tivesse escutado Lionel Gumbher
Kim Jonghyun.
26. Evento de gala pt. II
27. Apadravya
28. Vida de mentira
29. Um momento de verdade
30. 65 anos
31. Invertidos
32. O mensageiro
33. Taehyung's ap - pt I.
34. Taehyung's ap pt. II
35. Você é a família
36. União esperada
37. Apenas um Jimin
38. Concomitante e inverso.
39. Entre nós
40. Despedida
EXTRA: Carta para o meu filho Min Yoongi
41. Seja meu
42. Oficial Min Yoongi
43. Enquanto dura.
44. Reconstruindo
EXTRA (+18): Primeiro e último dia.
45. O que está no futuro.
TRÊS ANOS DEPOIS...
Especial 150K
Capítulo Surpresa - p. I.
+
!!!!Importante!!!!

EXTRA: Os dias em que revivo o passado.

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Od blackHeartg

ATENÇÃO! Capítulo em primeira pessoa. Contém algumas memórias, então pra você não se confundir, tudo o que for memória está entre ASPAS.



JIMIN point of view.

Eu retoquei meu cabelo novamente, deixando-o num tom de rosa vivo próximo do fúscia. Acordei cinco e meia da manhã só pra isso, porque o rosa começava a desbotar, mas eu sabia que era questão de tempo até ter que descolorir e pintar tudo de novo. As mechas castanhas começavam a aparecer, e eu não podia deixá-las ali.

Isso me fez olhar no espelho e me ver. Não olhar como olho normalmente, mas ver Park Jimin como ele é. Me imaginar de cabelo castanho é doloroso e remete à lembranças que todos os dias eu evito pensar.

Não é que perceber que sou um Park seja tão horrível que nem quero lembrar, mas é que a vida me apunhalou, e eu tive que viver com o gancho do anzol nas costas. Pra ficar bem, eu preciso esquecer que ele está lá, machucando minha carne. Mas sempre tem o dia que a vida decide te pescar pra fora da sua rota, e você tem que lutar muito pra se sentir livre.

Eu sentia que hoje seria um desses dias, mesmo que nada tenha acontecido. É que lembrar do passado me arrastava de volta para ele, me arrastava para o 15 de Maio de 2011.

Recente. A ferida é nova.

Enquanto escovava os dentes, eu repassava a história mentalmente, me torturando com ela.

Então...

"Naquele dia eu tinha bebido. Eu não estava bêbado, estava um pouco lento. A grande ironia dessa história é que pela primeira vez eu voltava assim pra casa, porque quando mais jovem eu não era de beber. Hoje eu gosto. Enfim... Eu cheguei de uma festa do interior um pouco alto e fui pra cama. Eu não me troquei, eu não escovei os dentes, eu não tirei o sapato."

Cuspi a pasta de dente na pia, lavando a boca em seguida. Agora ia fazer o café, ainda repassando a minha história mentalmente.

"Acordei quinze minutos depois com alguns gritos. Minha mãe estava grávida, grávida aos trinta e nove, então o médico já havia nos avisado. Qualquer sinal de coisa esquisita e incomum, mamãe precisava ir ao hospital. Era uma gravidez de risco, afinal.

Levantei desorientado, mas nem tive tempo de calçar os chinelos e sair, porque minha mãe invadiu meu quarto pedindo ajuda. Ela estava com dores fortes e anormais, e precisava que fossemos ao pronto socorro.

Me lembro de ter perguntado sobre o papai.

— Mas e o papai?

Eu os chamava assim.

Ela disse que não sabia.

Eu não fiquei pensando sobre isso, embora tivesse achado estranho que meu pai ainda estivesse no churrasco do amigo dele. Além do mais, a recomendação era que mamãe sempre fosse acompanhada.

Peguei a chave do carro dela, coloquei um casaco de pano sobre seus ombros e nós saímos apressados. Ela chorava muito, então eu estava desesperado. Ela chorava de molhar toda a bochecha, de respingar na roupa, de emitir grunhidos de dor.

Eu me assustei com aquilo. Dirigi rápido.

Mas no interior nada é como na cidade. As pessoas dirigem bêbadas, elas saem com o carro pra zoar dentro dele e não respeitam muito a sinalização - quando tem uma, e eu bati o carro com o de um rapaz que cochilou no volante.

Sabe quando você está lendo, e de repente cochila e acorda dois segundos depois com o livro caído na cara? Aquele pequeno instante decidiu o meu futuro e o da mamãe. O rapaz dormiu, estava avançando num cruzamento onde eu estava passando, e eu não fui capaz de desviar porque meus reflexos estavam porcos.

E eu me arrependi de ter me permitido tomar álcool, foi o único pensamento que me atingiu antes de desmaiar."

Depois de tomar o café da manhã, arrumei minha mochila, brinquei com Damon por dois minutinhos de coçadinha - Tae que inventou essa brincadeira - e saí adiantado, satisfeito com isso. Olhei para a porta de Yoongi de relance, mas estava fechada.

Lógico.

Chamei o elevador e enquanto esperava, voltei às lembranças.

"Nós chegamos no pronto socorro. Eu acordei grogue, e estava numa maca, no meio de uma ala. Um monte de pessoas passavam por mim, mas eu não estava entendendo direito, até que aos pouquinhos comecei a lembrar de cada parte, desde eu chegando da festa alto no interior até aquela hora. Eu tinha batido o peito e fraturado as costas de leve. Era só um incômodo. Soube que minha mãe bateu a cabeça e também perdeu a criança.

Não é explicável. Não tinha palavras que descrevessem o que eu estava sentindo naquela maca, com uma dorzinha nas costas, enquanto minha mãe sofria as consequências da minha imprudência.

Eu chorei sozinho, sentindo a cada soluço minhas costas repuxando. Eu merecia aquilo, mas eu merecia mais do que aquilo. Não é irônico que nada tenha acontecido comigo? Eu só conseguia pensar na minha mãe sozinha numa sala, me odiando, sem o seu nenê que ela tanto queria.

Mas a vida não ia me deixar sair impune. O anzol foi cravado na minha pele naquele dia, e eu fui puxado muitas vezes até eu respirar novamente.

Minha mãe não conseguia se lembrar de mim. Eu fui medicado, tive a liberação para vê-la enquanto meus exames não saíam, e quando cheguei em seu quarto, ela me olhou diferente. Eu não fui odiado. Fui esquecido."

Cheguei na empresa e me troquei. Meu horário hoje era até as três da tarde. Eu só tinha que dar aulas prolongadas - até às sete, na quarta e na quinta.

Cumprimentei as pessoas com um oi geral e tentei entrar na música. Enquanto dançava, continuava a repassar mentalmente aquele dia sombrio.

"Ela me perguntou quem eu era. A dor nas costas sumiu. O arrependimento sumiu. Por pouco tempo, é claro, mas sumiu naquele instante. Eu só fiquei com uma dorzinha aguda, que irradiava dor para todos os meus órgãos, e todos eles ardiam de nervoso.

Eu achava que fosse ter um choque mental, que fosse perder a cabeça.

E eu perdi, de certa forma.

Meus cabelos castanhos tapavam meu choro, e eu não a abandonei até papai chegar, mas ele não queria me ver por enquanto, então eu fui pra casa e me preparei pra voltar pro dormitório da faculdade.

Depois de uma semana, meu pai disse que ela se lembrava de mim. Eu fui lá, mas percebi que não era sempre que ela me reconhecia. Então eu pintei o cabelo de rosa, para que ela me reconhecesse como sou hoje e esquecesse o Park Jimin do passado, o que matou o bebê dela."

Cheguei no condomínio exausto. Mental e fisicamente. Nem sei se fechei o portão do estacionamento quando entrei. O dia não rendeu hoje, eu nem lembro como foi a coreografia e se os rapazes pegaram.

Ás vezes eu sou o Jimin. Às vezes eu sou filho dela. E é um dos motivos pelos quais não volto pra lá.

Quando cheguei no meu andar, dei de cara com a minha porta e a porta do meu vizinho. O tapete preto que dei para ele continuava ali, então eu bati em seu apartamento sem pensar.

Quando percebi o que tinha feito, olhei pra baixo desesperado, esperando encontrar as roupas de dança e meu corpo pegajoso.

Mas eu tinha tomado banho antes de sair da Bighit, como eu sempre fazia.

Suspirei aliviado no mesmo momento em que Yoongi girou a chave. A porta abriu e ele estava com o cabelo preso num tufinho, roupas de basquete e os olhos semi cerrados, irritadiços.

— Yoongi-ah, você pode ir comigo num lugar por favor?

E eu não sei o que foi que o convenceu, mas ele me olhou, piscou algumas vezes, mordeu os lábios e assentiu.

Eu devia estar mesmo uma bagunça pra ele ficar com pena de mim.







N/A: Vocês gostaram de ler em primeira pessoa? Eu acho que escrevo melhor em primeira, viu?! Falem o que acharam pra eu saber se posso repetir a dose. Capítulo 16 no ar em breve! 🚴

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