(desa)sossego

By existencial_liv

11.3K 998 247

Em plena época balnear, Matilde fica um pouco aflita quando tenta gerir o seu pequeno negócio e conciliar com... More

Prefácio
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 33
Capítulo 34
😱 agradecimentos 💋
um.: sociedade
dois.: ge-la-to!
três.: sensações
quatro.: surpresa!
cinco.: boas novas
seis.: conversas.
sete.: popular.
oito.: reencontro
nove.: desculpa, mana
dez.: menino ou menina?
onze.: última hora
doze.: "mais um capítulo da nossa história"
treze.: "momento certo, dor insistente"
catorze.: "odeio-te!"
quinze.
nota final de agradecimentos. 💕
💛 BÚSSOLA ☸️
EPÍLOGO
[novo livro!] DEAR PATIENCE
[livro físico?] devo auto-publicar o meu trabalho?

Capítulo 35

161 16 6
By existencial_liv

FILIPE

Era percetível a metros de distância o nervosismo e a ansiedade colocada naquela que era a funcionalidade "atualizar" do computador. Já não me recordava o que era passar por esta fase da procura de um futuro como estudante. Não me arrependia, em nada, na decisão que tomara à umas semanas atrás quando quis dar o tal rumo à minha vida, mas sabia que ia ser difícil.

Duarte batia com o pé repetidas vezes na madeira, ansioso pela chegada dos resultados. Quando finalmente algo apareceu no fundo branco, ele saltou, assustando Mafalda que pulou do sofá e se arrepiou. Pablo permaneceu sossegado no meu colo, vendo os movimentos de ida e volta na sala.

– Vais acabar por criar um padrão no meu chão, Duarte – Matilde aparecia na sala, com o seu vestido de seda, sinal que estava pronta para dormir. Nestes dias, era crucial que ela descansasse.

– Não consigo ver... – ele olhou nervoso para ambos, e a sua irmã veio para junto de mim, trazendo a gata consigo.

– Esperaste semanas para este momento, Duarte – ela mesma abriu as páginas e eu confesso ter desviado o meu olhar do ecrã, com receio da desilusão. – Filipe – ela chama, e eu engoli em seco. – Amor, olha para mim – ela puxou o meu queixo na sua direção, e, sem qualquer hipótese de reação, ela colide os nossos lábios, tornando o beijo longo. – Parabéns – o quê?

– Filipe Miguel, tu entraste! – Duarte reage feliz, e vem abraçar-me, mesmo que com a morena no nosso meio.

– Faltas tu... – Matilde, determinada, abriu em seguida a página do irmão mais novo, mas logo a sua expressão anunciava os infelizes resultados. – Mano... Desculpa – olha com compaixão para o moreno que ficaram sem reação, e ele mesmo se sentou, imparcial, olhando para a tela. – Sei que querias muito Criminologia, nunca desistas na segunda e terceiras fases – a sua frase fora interrompida por um "Sim!" de felicidade, atirando-se para os braços da irmã confusa.

– Entrei em Ciências Forenses e Análises, no Egas Moniz – anunciou a sua segunda opção de candidatura, quando ambos pensávamos que fora apenas para preencher a candidatura, ele mostrava-se realizado por ter entrado. – Vou estudar perto de casa – revela, com um sorriso contagioso.

– Mas nós pensámos que tu... –

– Eu não iria entrar na Universidade do Porto de qualquer das maneiras. Fico bem aqui, e as ideologias são idênticas, só que mais prático – detalha, pegando em seguida no telemóvel. – Vou ligar aos pais –

– Devia fazer o mesmo...Provavelmente? – ainda não estava em mim. As rotinas iriam repetir-se por mais três anos, será que eu aguentaria?

Matilde pegara no meu telemóvel, e ela mesma ligou para a minha mãe, dada a minha dúvida insistente. Marta atendera a chamada e ao ouvir a voz da minha namorada fez centenas de perguntas, preocupada, sobre estar tudo bem connosco ou com as meninas, pois estranhara uma chamada àquelas horas. Ela explicou-lhe então que eu me havia candidatado, e em alta-voz ouvimos o seu grito para chamar o meu pai que dormia, e os dois congratularam-me, mostrando-se surpreendidos pela minha escolha, por ter mantido em segredo, mas felizes por ter resultado tão bem.

– Não custou nada – a sua cabeça encosta-se ao meu ombro, e eu rodeio os meus braços na sua cintura, apreciando o silêncio. – A Madalena adormeceu agora, e a Joana precisou de uma história para o fazer – beijei a sua nuca, sentindo o seu cansaço, e a minha culpa porque não a ajudei com as tarefas.

– Matilde... – Duarte entra, de fininho, na sala, e sabemos que vai pedir algo. – Eu posso sair? Ir festejar com os meus amigos? – a sua irmã estava pronta a dar a mesma resposta de sempre; o "Não, Duarte. Já falámos sobre isso". – Prometo que apenas vou ter com o João, o André, a Carolina e a Alice – ele uniu as suas mãos, e ajoelhou-se ao lado da mais velha, pedindo.

– Nada de locais muito movimentados, e chega a horas decentes, por favor – ela falava preocupada, desta vez, e o irmão encheu as suas bochechas de beijos antes de sair porta fora sempre conectado ao telemóvel. – Espero que não se meta em problemas. – desabafa, e abraça mais o meu corpo.

– Ele já aprendeu. Além disso deve ir provavelmente para um bar ter com os amigos e comentar as novidades. Ele parecia muito satisfeito por ter ficado aqui, e o mais engraçado é que vamos estudar no mesmo Instituto – disse, soltando uma pequena risada.

– Prometes-me que cuidas ele? Ele pode ter dezoito anos, e muito juízo e educação incutida, mas viste o que aconteceu à umas semanas atrás. Eu fiquei com o coração nas mãos quando ouvi a notícia, quando fomos notificados pela policia que ainda procurava pelas vítimas, pelo testemunho em tribunal.... – não a deixo terminar o seu relato, notando já as lágrimas de aflição quererem surgir ao relembrar tais momentos. Beijei os seus lábios, e a energia, aquela conexão fez incendiar os nossos corpos.

Matilde subira para o meu colo, com saudades. Levantei os nossos corpos, e numa caminhada lenta, com alguns encontrões perante as paredes, beijos no pescoço que nos faziam delirar, entrámos por fim no nosso quarto. Ela caiu no meio da cama, e o tecido de seda saiu rápido do seu corpo, deixando-a nua aos meus olhos. Podem passar mil anos, que eu sempre vou adorar as suas curvas, as pequenas cicatrizes que trouxeram ao mundo a nossa guerreira, as estrias que mostravam a sua maternidade, o seu olhar que me devorava neste momento.

As roupas casuais que eu usava saíram em segundos do meu corpo, e comandados pela saudade de nos sentir, senti as reações do seu corpo ao prazer, as suas costas elevarem-se do colchão. De alguma forma, terminámos na nossa casa de banho, os nossos corpos debaixo de água, com os nossos gemidos abafados pelo som que se igualava ao som da chuva nas estradas.

As nossas respirações ofegantes tornaram-se regulares, assim que os nossos corpos, ainda despidos, descansaram sobre os lençóis que os cobria. Os nossos olhares completaram-se, e eu voltaria a apaixonar-me com mais intensidade pela morena de olhos azuis.

– Amo-te, meu tigre de olhinhos verdes – ela sorria, completamente encantada, e eu assumi a presença das tais hormonas ainda no seu corpo.

– Eu amo-te muito, tigresa com olhinhos safira – entrei na sua linha de conversa, e não tardaria entrarmos em mais um dos nossos momentos.

O som de uma conversa constante entre duas pessoas fez o meu corpo mover-se e encontrar Matilde acordada, atenta ao que se passava. O nosso relógio dizia passar das cinco horas da manhã, e havia passado meia hora desde a última vez que a nossa bebé acordou. A voz de Duarte era reconhecível, o sol já a embater nas nossas janelas. Ouvimos também uma voz um pouco mais fina e baixa.

– Eu vou lá – ela levantou-se da cama, e rápido colocou o pequeno robe para cobrir o seu corpo. Coloquei as minhas calças de pijama e uma camisola qualquer que por ali se encontrava, indo em direção das vozes.

– Meu Deus, Alice! – oiço Matilde exclamar, surpresa. – Como fizeste isso? – apareço na cozinha, onde a amiga de Duarte era o centro de atenções, Duarte parecia atrapalhado com toda a situação e Matilde encontrava-se ajoelhada perante a rapariga que sangrava nos seus joelhos.

– Eu sou muito trapalhona, e acabei por cair na calçada – vejo as suas bochechas tornarem-se numa cor mais carmim.

– Estou mesmo curiosa em saber por onde andaram os meninos para aparecerem em casa a estas horas – Matilde diz, enquanto olha para a caixa de primeiros socorros.

Decido intervir e ajudar Alice que parecia com bastantes dores apenas pelas lágrimas presas nos seus olhos. O curso de um ano de enfermagem ajudou-me a curar das suas feridas abertas, acabando o curativo com compressas na zona e ligaduras.

– Obrigada – ela agradeceu, envergonhada, e Duarte pegou-a até ao seu peito.

– Matilde, é um pouco tarde para a Alice ir para casa. Ela pode ficar aqui comigo? – nenhum de nós impediu os claramente apaixonados de dormirem. Duarte e Alice rumaram até ao quarto de hóspedes, e a irmã olhou-me fascinada naquilo que o moreno se transformara ao lado da rapariga que tantas vezes me descreveu como única, um ser humano feito em edição limitada apenas pela sua forma autêntica fofa.

Não conseguimos deixar de reparar no pequeno beijo tímido dado entre eles, depois de Duarte a deitar sobre a cama e pedir roupas à irmã. Os dois jovens apaixonados acabariam por completar, ainda mais a nossa família. A autenticidade, a genuinidade de que era feito tornava a união Silva & Santos ímpar.

.agradecimentos em breve.

Continue Reading

You'll Also Like

148K 17.8K 89
A famosa cantora, Dua Lipa, é uma das convidadas mais esperadas para o Met Gala. Em meio a flashes e tapete vermelho, seu olhar é atraído por uma da...
36K 2.5K 44
Por conta de uma aliança entre suas famílias, Jeon e Kang. S/n terá que se casar com um mafioso contra a sua vontade. REPOSTANDO ⚠️
70.9K 5.4K 40
"𝖠𝗆𝗈𝗋, 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗇𝖺̃𝗈 𝖾́ 𝖻𝗈𝗆 𝗉𝗋𝖺 𝗆𝗂𝗆, 𝗆𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂." Stella Asthen sente uma raiva inexplicável por Heydan Willi...
50.9K 2.9K 26
°•●Dedico essa história para aquelas boas garotinhas que sonham com um Daddy quente que as deixam sem calcinha só com um olhar , para aquelas que tem...