~ Leah On~
~Volteeei, já deixa seu votinho para fortalecer nossa relação, bjsss, espero que gostem~
Desde que conheço por gente, sempre me senti um pouco estranha dentro da minha família. Eu os amava mais que tudo e sabia que o amor que eles tinham por mim era maior que o oceano. Mas eu parecia não me encontrar, era um processo, eu estava me conhecendo.
E agora sei que sou uma verdadeira Jones-Miller. Afinal ''É errando que se aprende mais'', esse lema combina tanto com minha família que parece ter sido criado por eles. Eu herdei o dom de ter uma vida amorosa confusa e bagunçada, herdei as escolhas arriscadas e a impulsividade quando se trata de assuntos do coração.
Eu não me reconheci quando agarrei Ben naquela noite, eu posso ter usado a bebida como desculpa, mas eu sabia o que estava fazendo. E fiz mesmo assim. Porque é isso que os Jones-Miller fazem, eles simplesmente vão e fazem o que seus corações mandam. E além disso, quebram a cara, várias e várias vezes.
Não foi fácil saber que Ben nunca seria meu ''namorado'' ou ''companheiro amoroso'' ou qualquer coisa do gênero. Mas sim, ele seria para sempre meu tio, alguém que eu podia contar, demorei para aceitar porém é isso. Não existe outro caminho para nós. Achei que não podia existir algo mais complicado do que o que sentia por Ben, talvez a situação certamente é a coisa mais difícil, afinal somos parentes.
Só que a vida... Ahhh a vida é cheia de surpresas e adora criar novas formas para ferrar com meus sentimentos.
Quando me dei conta, já era tarde demais. Quando eu comecei a me apaixonar tão intensamente por Caleb Black? E porque agora sinto que foi o maior erro que já cometi?
Antes, eu pensava em porquê não me apaixonava por ele e sim por Ben. Porra, Ben era meu tio. Era obviamente algo impossível de dar certo. E Caleb... Caleb era o garoto mais gentil que eu conheci, tinha uma implicância natural com ele mas foi dissipada quando ele me mostrou nos gestos mais simples o quão maravilhoso ele poderia ser. Então seria muito mais fácil me apaixonar por ele, não é mesmo?
Nada de novo sob o sol, eu estava enganada.
Eu fiz o possível para entender o porquê ele tinha gritado comigo e me dito coisas horríveis, apoiei sua decisão de ir embora de Holmes Chapel mesmo doendo em mim, tentei compreender seus motivos para ele me ignorar por meses, engoli o fato dele ter chegado de novo na cidade e não ter me procurado.
Eu juro que uni todas as minhas forças e fui madura o suficiente para beijá-lo quando eu tinha vontade de empurrá-lo e perguntar porque ele foi um idiota comigo em tantos aspectos. Mas não o fiz. Eu sabia que para ele estava sendo difícil, se até eu estava sofrendo por aquela separação repentina dos Black, que dirá Caleb.
Só que o que ele fez...
Não tinha desculpas. Ele não podia ter feito aquilo. Eu não tinha sangue de barata, era uma Jones-Miller afinal. E Caleb Black tinha passado dos limites.
***
A escola toda parecia um enorme ninho de cobras. Por que eles se importavam tanto com a vida dos outros? E daí se meu irmão e Sam estavam se beijando? O que eles tinha a ver com isso?
Estava sendo metralhada pelos olhares. Continuei meu caminho até a saída. Vim para a escola sozinha porque meu irmão não dormiu em casa, e agora não faço ideia de onde ele está. Algumas pessoas disseram que o viram a pouco e eu só temia pelo que devia estar passando em sua mente.
Levei um susto ao ver Sam. Jurava que os dois estava juntos. Seu rosto era despreocupado. Merda. Ele ainda não sabia. Corri até ele e segurei em seu braço, levando-o para um lugar antes que ele entrasse em contato com mais alunos.
- O que foi, sua louca? - perguntou rindo mas assim que me olhou direito, ficou sério. Ele me conhecia.
- Leah, o que aconteceu? - ele me perguntou, meu rosto estava gélido. Não queria ter que contar aquilo a ele.
- Sam, a escola toda já sabe. - ele ficou em silêncio, tentando decifrar o que eu disse- Sobre você e Charlie. - engoli em seco.
Ficamos um tempo naquele pequeno espaço entre prateleiras daquela sala de estudos. Sam pegou seu celular e viu a maldita matéria no site do HC News. Juro que vou matar quem fez isso.
''Parece que o Capitão é bom de segurar bolas mesmo, todo o tipo de bolas hehehe'' - algum babaca comentou, e isso é apenas uma amostra da imensa escrotice que estava acontecendo.
- Vamos processá-los Sam, eles não podiam ter feito isso. - falei indignada. Mas Sam continuava em silêncio, ele não havia dito muitas palavras desde que soube.
- O-onde Charlie está? - perguntou, sua voz nervosa.
- Eu não sei. Ele esteve na escola, mas sumiu. Ele deve estar tão puto agora.
- Preciso encontrá-lo. - ele disse e então saiu do espaço, eu gritei seu nome mas ele não ouviu.
Agachei-me no chão, eu sinto como se o planeta estivesse sendo engolido aos poucos. Por que aquele tipo de situação tinha que acontecer? Já sabia o que precisava fazer.
Escrevi no grupo do HC News no whatsapp. Em poucos minutos, Gustav e Marie vieram ao meu encontro.
- Não posso perder aula Jones, então seja rápida. - Gustav disse sempre presunçoso, com aquele cabelo ruivo oleoso.
- Como puderam postar aquilo? Vocês exporam meu irmão e Sam. Isso é crime. - Disse tentando controlar-me para não agredir eles ali mesmo.
- Hey Leah, calma- Marie disse tentando me acalmar - Nós só fizemos nosso trabalho. Todos os alunos assinam um termo que diz que tudo bem tirarmos fotos suas para o jornal da escola. Não sei porque está tão brava, logo você que faz parte do jornal.
- Por que estou brava? Você só pode estar de brincadeira. Todos na escola estão fazendo piadas terríveis, vocês não entendem as consequências?
- O que podemos fazer se seu irmão escondia o que realmente era? - O risinho irônico de Gustav fez eu querer ter uma arma no momento- Só estamos dando a verdade ao povo.
- Você é mesmo um babaca- gritei- Apaguem essa droga!
- Está louca? Com esse tanto de acessos? Nunca tivemos tantos acessos desde o escândalo com Caleb Black. Não vamos apagar. Definitivamente.
Nunca senti tanto ódio em toda a minha vida. Será que eles não entendiam que estavam lidando com a vida das pessoas? Aquele tipo de exposição não fazia bem. Engoli temporariamente toda a minha raiva, eles não iam me ajudar com isso, mas havia outra coisa que eu precisava saber.
- Na foto estava escrito, enviado por um fotógrafo anônimo. Quem mandou?
- Ahhh essa é a melhor parte, queria muito que não existisse a cláusula de anonimidade, assim a história só ficaria mais interessante.
- Como assim? - Do que ele estava falando?
- Ficamos surpresos- Marie disse com aquela cara de sonsa, eu estava com ódio da cara dos dois. - Foi o Caleb Black, que, você sabe, era melhor amigo de Charlie.
Demorei uns segundos para confirmar que ela realmente tinha dito aquele nome. Achei que fosse ilusão, eu estava colocando o nome de Caleb em tudo...Mas aquilo era real. Ela disse que foi Caleb...
Os dois disseram que precisavam voltar para a aula.
- Amanhã ás 15h temos reunião de pauta. - Marie me informou antes de virar-se para ir. Só então minha mente estalou. Eu ainda precisava dizer mais uma coisinha.
- Levem essa pauta para a puta que pariu, prefiro morrer a ter que ficar mais algum tempo do lado de pessoas asquerosas como vocês.
Mostrei meus dois dedos do meio e virei as costas indo embora.
Precisava ir embora daquele inferno. Como assim foi Caleb? Essas pessoas só podiam estar loucas. Não poderia ser Caleb. Ele não faria isso. Ou faria? Realmente ele estava totalmente estranho. Mas fazer isso? Com Charlie? Era desumano.
Ia pedir um pedido de saída na secretaria quando vejo uma cena que era tão indigesta quanta indigestão que esse dia já estava sendo. Minhas mãos começaram a tremer e eu senti meu peito queimar.
Caleb estava conversando com uma garota, não conhecia muito dela, sabia que era da turma de Charlie, do último ano. Ela estava tocando em seu braço, e ele estava rindo como se aquilo tudo fosse muito engraçado.
Eu não estava mais reconhecendo aquele garoto.
Se eu não estava em um pesadelo, não sei o que aquilo era.
Aquilo estava sendo tão inacreditável que eu me encaminhei o mais rápido possível para longe daquela cena. Meus olhos arderam, assim como minha garganta. Não. Não. Leah Valentine Jones-Miller, você não pode chorar. Não se atreva.
Eu só queria gritar.
Meu coração doía tanto, eu era uma idiota completa. Por que eu estava me sentindo assim? Por que aquilo estava acontecendo comigo?
- Hey, Leah, o que foi?
Aquela voz conhecida perguntou e me acolheu. Olivia tinha vários motivos para não me ajudar, pelo passado. Mas ela não fez questão de pensar em nada, somente segurou em meus ombros e levou-me até o banheiro. Entregou-me lenços de papel. Ela me ajudou a me acalmar, disse que ficou sabendo do que tinha acontecido com Sam e meu irmão e estava chocada com o maldade das pessoas.
Eu tentei não pensar no que tinha acontecido a pouco. Não era o momento para pensar nas minhas próprias merdas. Meu melhor amigo e meu irmão precisavam de mim e não devia pensar em mais nada, a não ser ajudá-los.
Olivia chamou a inspetora e consegui sair mais cedo da escola. Achei que somente iria embora mas então olho para a frente da escola e vejo minha mãe lá, encostada em seu carro. Precisava chamar minha mãe? Eu não era mais uma criança.
- Filha, vim o mais rápido que pude, o que aconteceu?- Minha mãe segurou meu rosto assim que eu cheguei até ela.
- Nada mãe, só estou enjoada. - Disse soltando-me dela e entrando no carro. - Podemos ir logo? Só quero minha cama agora.
Minha mãe me olhou desconfiada e começou a dirigir. Mas ela não me levou para casa. Não disse nada, apenas esperei. E então lá estávamos na minha sorveteria preferida. Nós sempre vínhamos aqui no sábado, comíamos sem parar, foi o primeiro lugar que me apeguei assim que vim morar em Holmes.
Talvez tivesse sido melhor nunca ter saído de Londres. Sentamos em uma mesa perto da janela e logo eu estava encarando o cardápio.
- Mãe, eu queria ir para casa. - falei baixinho.
- Você não está apenas enjoada, o que aconteceu Leah? Você nunca recusa sorvete. - Ela disse séria. - Pode me contar, tem a ver com o Caleb?- engoli em seco.
Minha mãe tinha esse dom de conseguir captar qualquer situação. A intuição dela era assustadora. Eu devia ter uma intuição dessas, assim me livraria de passar por tantas situações indesejáveis.
- Você nunca iria me entender... Meu pai sempre disse que você sempre teve ele nas mãos. Bastava olhá-lo de certa maneira e pronto, lá estava ele aos seus pés. Eu não sou assim, ao contrário. Ninguém quer ficar ao meu lado. Eu só sei me iludir. - joguei minha cabeça na mesa.
- Acha mesmo que eu não tinha e tenho inseguranças? Seu pai fala isso agora mas eu já sofri muito por não saber se os sentimentos que eu sentia eram recíprocos. E sinceramente, quando se trata de outra pessoa, sempre vai ter uma pontinha que sente medo... Medo de perder a pessoa, medo dele apaixonar-se por outro alguém, mais bonita e mais jovem...-Encarei minha mãe com seriedade. Não fazia ideia que ela tinha esse tipo de pensamento. Sabia que era ciumenta mas sempre fazia de tudo para esconder isso e passar a imagem que não estava nem aí.
- Meu pai nunca olharia para outra pessoa, ele é totalmente louco por você. - ficamos em silêncio por alguns segundos.
- Sabe Leah, talvez você não saiba como você cativa as pessoas, simplesmente por ser do jeito que é. E sobre esse caso, em específico. A família inteira sempre soube que o pequeno Caleb era caidinho por você, isso era até motivo de brincadeiras entre nós.
- O pequeno Caleb não existe mais. Agora ele é um babaca. - soltei o ar pesadamente.
- Ele fez algo de mal com você?- Minha mãe perguntou brava.
- Argh não, quer dizer não sei, eu odeio o jeito que ele está me fazendo sentir. Ele se tornou um idiota e eu só queria parar de pensar nele, seguir a minha vida e esquecer que o conheci.
- Você me lembra alguém que conheci... - ela riu. Sabia que estava falando de si própria. - Não sei o que está de fato acontecendo e sei que boa parte das coisas você não vai me contar em detalhes, nunca contei ao meu pai também, faz parte. Mas só sei de uma coisa: Você é Leah Valentine Jones-Miller, a garota mais especial que já conheci.- Olhei para ela com cara de tédio, ela sempre dizia isso a mim, claro, era minha mãe- Por mais que não acredite nisso. Leah, não tem como controlar o que as pessoas vão dizer ou fazer a você, o que pode controlar é a forma como lida com tudo isso.
Por mais que eu sempre fico meio cansada quando minha mãe começa a me elogiar e a dizer essas coisas para mim, naquele momento aquelas palavras me abraçaram. Eu precisava ouvir isso. Não podia mesmo deixar-me abalar por aquilo. Qual é? Desde quando minha felicidade estava nas mãos de outra pessoa?
Eu era a dona da minha vida. Dona do meu caminho. E sim, dona da minha felicidade.
Então comi dois potes de sorvete de chocolate com pedaços de biscoito/bolacha com a minha mãe e depois fomos para casa. Precisava urgentemente ligar para Sam outra vez, tentar falar com ele.
Mas não seria preciso. Mal entrei no quarto e já sinto aquela presença. Sam estava na minha cama, enrolado aos meus lençois, com os olhos vermelhos e eu sabia que as coisas não foram nada bem. Apenas fui até ele, e nos envolvemos em um abraço forte.
E foi só entrarmos em contato um com o outro que ele só chorou mais ainda.
- Leah, eu e Charlie... - ele disse com a voz embasbacada- Acho que terminamos.
Oh não. Não acredito que isso está acontecendo.
- Mas Sam, tudo isso por causa daquela foto? Vocês vão conseguir lidar com isso, existem coisas mais importantes que o que os idiotas da escola pensam.
- Eu sei... Mas ele, ele me disse várias coisas terríveis, eu acho que ele nunca... O pior é que eu já sabia. Eu fui um estúpido por achar que ele abriria mão de alguma coisa por mim... - Era como se eu estivesse sentindo toda aquela dor, não aguentava ver meu melhor amigo assim.
Ficamos chorando juntos por minutos. Eu não sabia o que dizer, sempre soube que era algo arriscado, mas Sam disse que estava tudo bem, ele sabia lidar com Charlie. Mas algo sobre meu irmão era que: ele era especialista em partir corações. Só não esperava que ele faria aquilo de forma tão brutal com Sam.
- Eu preciso fazer uma coisa. - Sam de repente se levanta das minhas pernas onde estava deitada, limpa suas lágrimas- Pode me ajudar?
Eu assenti. Ele foi até o banheiro e voltou com o rosto molhado, havia lado o rosto.
- Você tem acesso ao site do HC News, certo?- ele perguntou e eu assenti.
- Eu me demiti hoje mas acho que sim. Mas eu sou moderadora, não posso apagar posts dos editores.
- Não quero que apague nada. Quero que poste uma coisa.
Quando Sam me disse o que ele planejava, eu fiquei tão triste como se alguém tivesse amassado meu coração lentamente.
- Sam, talvez se esperar mais um pouco. Ele está chateado com esse baque, porque não estava preparado, mas ele vai saber lidar... - ele me interrompeu.
- Não Leah, ele não vai saber lidar, você não viu como ele estava. Não quero ser o responsável por estragar a vida de ninguém. Só vamos fazer logo.
Respirei fundo, já estávamos posicionados. Sam com a luz que vinha pela minha janela iluminando seu rosto e minha câmera em minhas mãos focando nele.
- Pronto- disse baixo, apertei o play, eu não queria mesmo que aquilo estivesse acontecendo.
Sam respirou fundo, eu sabia o quanto seria difícil, mas ele estava obstinado.
- Olá HC High, meu nome é Samwell Williams e a maioria de vocês não deve me conhecer. Mas enfim, vocês sabem porque eu vim aqui.
Sam estava sério e olhava para a câmera com propriedade. Suas palavras foram saindo e eu só conseguia sentir mais e mais angústia em meu coração.
Eu sempre achei que conhecesse meu irmão, mas não. Não conhecia. E nos últimos meses, ele me mostrou ser alguém diferente. A forma como olhava para Sam. Eu podia ver, eu podia sentir, ele se importava com alguém de verdade e não somente consigo mesmo. Ele não fazia muitos gestos quando estávamos nós três juntos, porque sentia vergonha ou algo assim, mas eu observava e eu sabia.
Charlie o amava. Como nunca tinha amado ninguém antes.
Então por que aquilo estava acontecendo com eles?
Mais uma vez, o amor não bastou.
Continua...
*********************************************************************
aaaaaaaaaaaaaa oi chão, você está tão frio ultimamente.
Gente, está mais dramático que um dorama mas juro que vão ter momentos leves nos próximos, quem sabe daqui a uns três, quatro caps... Summer is coming
Quero agradecer por meus amorzinhos terem quebrado o record dos 1000 votos em tão pouco tempo, isso por acaso se chama ''desespero''?
Vou marcar um dia na semana para postar, talvez sábado seja legal. Para vocês não ficarem tão ansiosas, só não sei se vai dar certinho porque minha vida é correria
Meta de votos: 1500 (iludida)
O próximo é Sam On (Nessa temporada deve ter mais Leah On mas nem por isso, vou deixar meu Samzinho de lado e nem Charlie, apesar de muitos estarem odiando ele agora)
AAAA enfim, leiam minha história nova, Rocket Love
ALL THE LOVE