Melinda Narrando:
Eu estava na cozinha com Maria enquanto comia suspiro, mandei uma mensagem para Mamãe e logo a mesma respondeu.
—ELE ACORDOU! -Grito e começo a pular. —Papai acordou Maria… -Falo e dou um abraço na mesma.
—Que notícia Maravilhosa, Minha Menina. -Ela fala abraçada comigo.
—Agora ele vai poder vim pra casa… -Falo sorrindo.
—Sim meu amor… Seu Pai vai estar aqui conosco. -Ela me olha e abraço a mesma maia uma vez.
Saio da cozinha e subi para meu quarto, não sabia esconder o meu sorriso de felicidade por saber que Papai acordou e que finalmente ele pode voltar para casa. Disquei o número do Enzo e fiquei esperando o mesmo atender, preciso dar a notícia para ele.
Ligação On!
—Amor!
—Oi Melinda…
—Acabei de receber uma notícia maravilhosa de Mamãe… Meu Pai acordou, ele acordou Enzo.
—Sério? Poxa Amor, isso é muito bom… Então, quando vai vê-lo?
—Eu não vou Enzo, mas talvez meu Avós vão visitá-lo e peço para que me deixem informada.
—Amor… Você tem que resolver logo isso, não podemos mais ficar desse jeito Melinda.
—Eu sei Enzo, mas… Vou ter que desligar, só liguei mesmo para te dar a notícia.
—Tudo bem… Te Amo.
—Também Te Amo. Tchau.
—Tchau…
Ligação Off!
—Nem acredito que Papai acordou… -Sorrir e me jogo na cama.
Fico encarando o teto enquanto sorria feito boba, Eu salvei a vida do meu Pai… Estou me sentindo a menina mais feliz do mundo por isso, agora eu me sinto mais calma e leve pois sei que ele não corre mais risco ou algo do tipo. Cada incômodo da agulha, cada mal está, cada gotinha de sangue valeu a pena. Ver meu pai bem é tudo o que eu mais queria…
—Princesa do Vovô? -Ouço a voz grossa do Vô Marcos na porta do meu quarto.
—Oi Vovô… Entre. -Falo e me sento na cama.
—Que felicidade toda é essa? -Ele senta do meu lado.
—Meu Papai acordou. -Falo encostando minha cabeça no seu ombro.
—Eu sei, sua Mãe acabou de me falar. -Ele dar um risada baixa. —Eu e sua Vó estamos indo visitá-lo amanhã, quer ir com a gente? -Ele pergunta e o olho.
—Acho melhor não, mas vocês podem me mandar notícias. -Falo sorrindo e ele me encara.
—Meu bem… Jonas é seu Pai, vocês dois não podem ficar assim um com o outro. -Ele coloca uma mecha do meu cabelo para trás.
—Eu sei… Mas quem sabe se ele quiser conversar depois que voltar… -Falo tentando encerrar o assunto.
—Não Melinda, você vai amanhã comigo e sua Vó para o Hospital e isso não é um pedido, é uma ordem. -Ele fala sério e sai do quarto.
Bufei e fui para a varanda do meu quarto, fiquei um bom tempo olhando para o Morro da Maré e como ali era Lindo. Mesmo sendo um lugar de violência, também tinha seu lado de belezas e de Paz…
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—Chegamos! -Vovó fala ao parar em frente do hospital.
Saio do carro e ajusto a touca vermelha na minha cabeça e baixo mais o meu moletom, olho pra cima e vejo aquele prédio enorme. Vovô Marcos ficou entre Eu e Vovó Duda, fomos de mãos dadas até a recepção e pegamos os nossos papéis de vista.
Era Oito horas da manhã mas fazia frio pois estava com um tempo nublado, entramos no elevador e Vovó era direto arrumando a minha roupa.
—Ai Vovó… -Reclamo.
—Melinda, você tem que se ajeitar mais sua blusa. -Ela fala me encarando.
—Deixa ela Amor. -Vovô fala e me puxa.
O elevador abriu e saímos, caminhamos pelo o corredor até chegar na ala masculina do hospital.
—Mamãe sabe que estou aqui? -Pergunto baixo.
—Não, vamos fazer uma surpresa pra ela. -Vovô fala e sorrir.
Chegamos em frente do quarto e logo um arrepio subiu pela minha espinha, minhas mãos suava frio e coloco as mesmas no bolso do moletom para disfarçar.
—Eu vou ficar aqui fora, por favor… -Falo olhando para meus avós.
—Tudo bem Querida… Só não saia daqui. -Vovó fala e beija a minha testa.
—Tudo bem Vovó… -Falo e me sento em uma das cadeiras que tinha ali em frente do quarto.
Eles entraram e eu fiquei ali, sozinha no corredor esperando meus avós, fico mexendo no celular enquanto isso. Já tinha se passado Vinte minutos e eles ainda estava lá dentro, me levanto e vou até a porta em passos calculados fico na pequena janela de vidro que tinha na porta, meus avós estavam sentados sorrindo e Mamãe em pé a mesma também sorria, olho mais para o lado e vejo ele… Papai!
Ele estava sorrindo, a sua barba estava por fazer e seu braço com o soro fisiológico, não conseguia tirar os olhos dele e sorria ao vê-lo bem como sempre. Ele olha pra frente e me escondo, ouço passos vindo e volto a me sentar fingindo que estava bem, meus avós sai do quarto sorrindo e me levanto indo ao encontro deles.
—Poxa, parece que a conversa estava boa. -Falo e eles sorrir mais ainda.
—Estava sim… -Vovó fala.
—Então… Ele tá bem? -Eu os olho.
—Sim Minha Pequena, logo Jonas estará em casa. -Vovô fala e sorrir aliviada.
—Então vamos… -Falo e saio na frente.
—Ei! Onde vai com tanta pressa assim? -Vovô rir atrás de mim. —Faltou você ou achou que não iria entrar? -Ele me olha.
—É… -Sorrir sem jeito.
Vovô me empurra para a porta, encaro aquela madeira pintada de branco e depois olho para o Vovô, ele apenas faz um sinal com a cabeça e engolir seco. Com a mão trêmula abrir a porta devagar e olhei ao redor.
—Com licença, posso entrar? -Falo e logo vejo Mamãe.
—Melinda! -Ela vem até a mim. —Entra meu Amor. -Ela me puxa e fecha a porta. —Não sabia que vinha… -Ela me abraça.
—É… Nem eu sabia. -Falo olhando pros lados.
—Senta aqui Filha, seu Pai foi só tomar banho e vem já. -Ela fala e vai em direção ao banheiro.
Me sento e olho ao redor do quarto, tudo era branco e mais do lado tinha a cama do Papai, uma mesa com suas roupas dobradas. Eu fico paradinha no meu canto, enquanto esfregava uma mão na outra, do nada eu sinto uma presença do meu lado e fiquei sem mexer um músculo.
—Oi… -Sua voz grossa tirou todo o ar dos meus pulmões.
—O-oi… -Falo baixo sem o olhar.
O vejo passar pela minha frente e sentar na cama, fico cabisbaixa enquanto fitava meus próprios dedos. Inalo seu cheiro e como eu adorava seu cheirinho pós-banho, levanto o meu olhar devagar e vejo que ele me encarava, engolir seco e baixei minha cabeça de novo.
—Tudo bem? -A sua voz mais uma voz me intimida.
—Sim… -Falo baixo. —E você? -O olho brevemente.
—Bem… Graças ao meu doador. -Ele fala e sinto meu coração acelerado. —Não sei o que seria de mim sem a sua generosidade, sou grato por ele ter me doado seu sangue pra mim. -Ele fala e dar um risada baixa.
Sinto meus olhos marejados e meu rosto arder… Ele estar grato por mim, isso faz com que meu coração pule de alegria. Tento esconder meu sorriso de felicidade e conter minhas lágrimas que ameaçavam a sair.
—Estar sorrindo por que? -Ele pergunta e paro de sorrir.
—Nada… -Limpo minhas lágrimas. —Ainda bem que essa pessoa tem um bom coração. -Falo e o olho de relance.
—Sim… E um lindo sorriso também, tem também cabelos negros e curtos, bochechas rosadas e os olhos mais lindos que já vi. -Ele fala e pega na minha mão, eu já chorava sem parar. —E mesmo ela chorando, ela fica linda… Desculpa Filha. -Ele fala me encarando.
Eu o abraço forte e desabo no seu ombro, nunca tinha abraçado meu pai tão forte como estou abraçando agora, sinto seus toques nas minhas costas e sua respiração pesada no meu pescoço.
—Desculpa Papai… Me desculpa por ter te colocado aqui. -Falo limpando as minhas lágrimas.
—Não foi culpa sua… Eu que tenho que pedi desculpas Melinda, por não ser um Pai exemplar e nem um pouco atencioso com você. -Ele fala me encarando. —Eu deixei a raiva me consumir e ficar cego e surto para você, não quis te escutar e nem te ver Durante um mês, mas depois de tudo isso que fiz você passar o seu dom de bondade falou mais alto e você doou seu sangue pra mim, mesmo não tendo as minhas desculpas ou algo do tipo, você apenas se sacrifício por mim e te agradeço muito por isso Minha Filha… -Ele fala passando a mão no meu rosto.
Seus olhos estavam marejados e sua voz embargada, eu abraço meu pai mais uma vez e choro ao sentir seu abraço, seu carinho e seu perdão.
—Eu faria tudo de novo. -Falo com a voz embargada olhando para ele.
—Eu também… Faria até o impossível por você Melinda. -Ele encosta a sua testa na minha.
Sorrir e dou um selinho em Papai, eu o abraço mais uma vez sorrindo. Olho para o lado e vejo Mamãe chorando sem parar enquanto nos olhava, Papai estendeu a mão para ela e a mesma veio abraçando nós dois.
—Eu Amo vocês… -Ele fala e beija cada uma.
—Nós três também te amamos, Amor. -Mamãe fala sorrindo.
—É, nós três… -Falo de olhos fechados. —Espera ai… Nós três?! -Me Afasto dos deles.
Meus Pais ficam abraçados me olhando, logo a mão de Mamãe vai parar na sua barriga e acaricia a mesma.
—Você vai ter um irmãozinho, Melinda. -Mamãe fala e fico sem reação.
—Sério?! -A minha voz quase não saiu, mamãe assentiu sorrindo. —AAAHHH… -Pulo em cima deles. —Obrigada, Obrigada… -Falo beijando cada um.
E assim ficamos, abraçados naquela cama de Hospital como uma família feliz. Conseguir salvar a vida do meu Pai e ainda fizemos as pazes, mesmo ele ter me mantido presa no meu quarto, eu ainda o amei e pedia para Deus que ele protegesse meu Pai Durante esse tempo no hospital, além de ter doado o sangue eu ainda me sentir como um anjo da guarda para meu Pai.
Mesmo com todos os seus defeitos que ambos tem, eu ainda os amo muito. Eles são meus Pais! As pessoas mais importantes para mim, mesmo depois de tanta reviravoltas que passamos, nós três ainda conseguimos dar a volta por cima e perdoar um ao outro, eu doei duas bolsas de sangue para meu Pai e vou doar muito mais se caso precise ou até mesmo meus órgãos para salvar a vidas deles.
Além de estar feliz pelo meu Pai, a minha felicidade cresceu mais ainda ao saber que Mamãe estar grávida mais um vez. Agora vou cuidar dela para meu irmãozinho vim com saúde e eu poder cuidar dele também quando nascer.
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Desculpas pelos os Erros!
Hello Monas!!
Ai estar mais um capítulo e espero que vocês tenham gostado ❤. Desculpa por não ter postado ontem de noite mas é que eu dormir ͡° ͜ʖ ͡°
Sobre aquilo que eu falei de ter mais Cinco capítulos para o livro acabar?! Pois bem, surgiu mais umas idéias e talvez, TALVEZ mais alguns capítulos surjam por ai.
RETA SUPER FINAL!!
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Bjs 💋 K.S ❤