GOALS (l.s.)

By maytrash

397K 38.4K 116K

Louis e Harry são dois jogadores de futebol famosos. Louis é um veterano carismático que tem habilidades únic... More

A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M - I
M - II
N
O
P- I
P- II
Q
R
S
T
U
V
X

EPÍLOGO

13.8K 1.1K 2.3K
By maytrash

Dois anos depois

(LOUIS)

Pego minha carteira e chaves e saio de casa.

O frio me encontra no caminho, ainda bem que eu peguei uma jaqueta. Decido ir para o Centro de Treinamento de táxi hoje, já que Harry já está lá de carro. Eu preciso fazer algo para passar o tempo, essa é a forma que eu encontro no momento. Ando pelas ruas, paro um taxi no final da rua do nosso condomínio e entro. O carro está quente e bem melhor do que do lado de fora.

Pelo menos não está nevando.

As ruas estão barulhentas e os enfeites de Natal já decoram o ambiente e por todos os lugares que você olha, encontra Papais - Noéis, ovelhas e renas. Eu amo essa época. Não só por ser meu aniversário como também por que conseguimos juntar a nossa família toda conosco na nossa casa e passarmos um tempo de qualidade juntos, por mais que eles sempre apareçam lá para comer os doces da Flora, ou assistir filme na nossa televisão.

Lembro da última vez que Liam e Zayn apareceram lá, quase perto da madrugada, tocando a campainha dizendo que Os Miseráveis começaria em meia hora e eles queriam ver na nossa televisão. Harry quase os chutou de casa, e por mais que todo mundo fale para que eles façam uma sala de cinema na própria casa, eles gostam da nossa. Os dois estão bem juntos, Zayn sofreu muito preconceito quando ele e Liam assumiram, mas já passou, e agora nós sabemos que as pessoas hipócritas nos rondam. É engraçado que ainda usam o fato de ele ser bissexual como algo relevante durante as entrevistas, como se isso mudasse o quão bom ele é no que faz.

Chego rapidamente no centro de treinamento e mostro o crachá, o porteiro me cumprimenta e diz que é bom me ver, como faz todas as vezes. Os netos dele gostam de mim, e mesmo fora do futebol isso ainda é uma coisa que faz parte da minha rotina.

Ter saído do clube, depois da Copa foi uma das melhores decisões da minha vida, e isso não tem nada a ver com ter medo do que aconteceria comigo depois da exposição do meu casamento com Harry, tem a ver comigo mesmo, por eu saber que não queria mais a exposição da mídia dessa forma e que em algum momento isso acabaria interferindo no meu futebol, coisa que eu amo fazer e não queria que acontecesse. A minha família me apoiou, Harry me apoiou, e eu saí do clube, virando treinador do time de base na temporada seguinte, bem mais feliz, e sofrendo bem menos pressão. Eu tenho grande parte da tarde livre e a noite também, podendo usufruir da minha casa e de quem eu sou por mais tempo.

A decisão de escrever a minha biografia também veio desse tempo livre, e eu finalmente disse tudo o que pensava sobre a indústria e sobre o que eu passei enquanto estava no topo da minha carreira. Algumas pessoas já me chamaram para negociarem um filme, mas eu jamais aceitaria. Quanto mais longe dos holofotes, melhor. Eu ainda faço propagandas de produtos esportivos, e Harry e eu saímos em várias capas de revistas, mas eu tento me esconder o máximo que posso e isso vai ficar ainda pior agora eu acho.

Quando passo pelas arquibancadas, olho para o gramado, agora vazio, e sinto um pouco de falta. O cheiro da grama tratada é sempre bom e não tem como não gostar de estar aqui. As vezes eu venho antes do treino do time e corro pela grama, além da esteira, para sentir como é estar ali dentro de novo. São escolhas que eu sei que melhoraram a minha vida, eu só não deixo de sentir falta, o que não é incomum. Meu analista diz que é normal, por ter passado muito tempo nos campos e dedicado a minha carreira, e por tudo de bom que isso me trouxe, e eu concordo, por que o futebol me trouxe Harry.

Ele deve estar roendo as unhas agora. Eu consigo ver os olhos dele, ansiosos, sentado no banco pensando por que eu não cheguei para o fim do treino como deveria.

Assim que entrei no vestiário, os garotos do time já vieram falar comigo, e eu passei uma parte do tempo falando com Zayn e Niall, que jantariam na nossa casa esse final de semana, como encerramento da temporada. Mas não para nós claro, o nosso jantar é por outro motivo. Esse é o último treino deles do ano e o Natal é daqui há 15 dias, mas todos virão por que, assim como nós, estão felizes, animados e empolgados.

Saí de perto deles para procurar por Harry, que provavelmente ainda não estava pronto.

Eu tenho o marido mais previsível da Terra. Eu o encontro exatamente como eu pensei, roendo as unhas e olhando para os lados, pensativo. Ele segura o celular com uma mão, a toalha enrolada na cintura, e eu paro no batente da porta, o observando

- Nervoso senhor Tomlinson? - Chamo sua atenção, e Harry me olha, sorrindo largo, e se levanta, vindo na minha direção e segurando minha cintura

- Bastante senhor Styles. Pensei que viria mais cedo - Harry diz sorrindo, mas com um sorriso cansado, diferente de seus olhos, animados. Aprendi a ler os movimentos dele e tudo o que ele faz e o que mostra nos olhos há muito tempo, mas é sempre bom ter a segurança de saber quem ele é perto de mim.

Encaixo minhas mãos na sua nuca e o puxo, para um selinho rápido, mas carinhoso.

- Não conseguiria ficar muito tempo parado - Encolhi os ombros e Harry riu - você vai demorar ainda? Precisamos ir daqui a pouco

- Não, teríamos a reunião de analise mas Azoff quebrou meu galho e falou comigo antes do que com o resto do time. Vou só me trocar okay? - Assenti, e Harry me deu outro selinho, indo até seu armário.

- Vou ficar ali com Niall do lado de fora okay? - Ouço Harry gritar um sim e saio de lá, voltando a falar com Niall e Zayn. O treinador se aproxima, conversamos um pouco, ele fala que eu faço falta no time. Outros jogadores chegam para conversar também e nós ficamos ali, enquanto Harry não chega.

Alguns minutos depois sinto braços abraçarem a minha cintura e sem nem ao menos precisar olhar para quem me abraçava, eu já sabia que era Harry. Ele deu um beijo estalado na bochecha e eu sorri, ainda mesmo depois de tanto tempo, amando essas demonstrações públicas de carinho.

Com Harry eu descobri que ninguém tem absolutamente nada a ver com o nosso relacionamento e nossa troca de carinhos. Isso é sobre o meu relacionamento com ele, um homem que pra mim não é famoso, é só o meu Harry, com seus quatro mamilos e cheio de defeitos. Poderíamos ser dois garotos do Texas que resolvem ser corajosos e abrir seu relacionamento para uma cidade pequena e preconceituosa, ou poderíamos ser duas garotas que se amam, por uma tela de computador, e resolvem finalmente se ver e andar de mãos dadas por aí.

Eu deixei de ter medo de qualquer momento que eu queira viver com Harry, independente de onde seja, por que ninguém deve ter medo do amor. E isso é o que nós somos. Só amor. Desde sempre.

- Você está pronto? Podemos ir?

- Sim, claro que sim. - Me desvencilho dos seus braços e vou dar um abraço em Niall e Zayn, que já ostentavam seus melhores sorrisos. Zayn pediu para que eu o ligasse assim que pudesse, e eu já imaginava que ele não conseguiria esperar, por que se fosse ele no meu lugar, eu também não esperaria. Só disse sim e me despedi de todos os outros, dando as mãos para Harry e indo até o carro.

Quando saíamos de lá, alguns paparazzis esperavam do lado de fora, e nós acenamos para alguns deles, ignorando suas perguntas sobre as últimas notícias dos jornais. Harry sorria e eu olhava para baixo.

Chegamos no nosso destino perto das quatro horas da tarde, e apertamos o interfone, já ouvindo a voz de Bridget do outro lado, nos pedindo para entrar. O jardim estava vazio, diferente dos outros dias, e eu e Harry demos as mãos, tentando compartilhar a mistura de sentimentos que se tínhamos dentro de nós.

Não entramos na casa como de costume, e fomos direto para o escritório, encontrando Jacob, o psicólogo ao lado da senhora Bridget, quem comanda esse lugar e a mulher que se tornou uma das nossas maiores apoiadoras no último ano.

Eu e Harry conhecemos esse orfanato através de uma amiga da Gemma, que adotou uma menina no final do ano passado, e eu e Harry, depois de conversarmos muito, decidimos que era a nossa hora. As crianças aqui são de todas as idades, e muitas delas não tem a menor perspectiva de adoção.

Quando viemos a primeira vez aqui, em um domingo que é aberto para visitas, há um ano, moravam aqui cerca de doze crianças e duas delas foram adotadas por famílias diferentes. Agora é a nossa vez, e bem, vão restar oito.

Conhecemos Allie e Julia por último naquele dia. Elas estavam sozinhas em um canto, brincando entre elas. Allie tem três anos e Julia seis. A mãe delas morreu em um acidente de carro e ela não tinha família, então as meninas vieram parar aqui. Julia já é um pouco alta para a idade, ela tem um corpo esguio, mas seu rosto ainda é de uma menininha doce, e muito carinhosa. Allie é mais atentada, ela pula de um lado para o outro sem parar, mas sempre obedece o que a irmã mais velha diz, e a olha como se ela fosse a melhor coisa do seu mundo. Brincamos com ela de carrinho e boneca, e Allie perguntou se eu e Harry era 'namoados', ela pareceu animada quando eu disse que sim. Nos demos bem com as meninas, mas Julia parecia receosa, como se quando fossemos embora não voltaríamos mais. Acho que a maioria das pessoas que vem aqui deve fazer isso.

Voltamos para visita-las todos os meses nos primeiros momentos, depois todas as semanas, e agora nos últimos meses, uma vez a cada dois dias. Por mim e Harry viríamos todos os dias, mas não foi o recomendado pela assistente social.

Hoje é finalmente o dia que vamos leva-las para casa.

Estamos em êxtase.

- Estão prontos senhores Tomlinson-Styles? - Jacob nos recebeu com o sorriso enorme que sempre estampava seu rosto, e não deixamos de retribuir, no sentamos e Bridget e Jacob também

- Sim! - Respondemos juntos e animados, arrancando gargalhadas dos dois a nossa frente

- Muito bem então, acho que não temos muito o que conversar. Enquanto Jacob vai buscar as meninas, eu vou mostrar alguns papéis para vocês e vamos decidir os dias da visita da assistente social. E é isso. Vocês terão duas filhas lindas

- Eu acho que elas já são nossas há um tempo sabia Bridget? Ai Deus eu estou nervoso - Segurei as mãos de Harry e ele as apertou. Nos entreolhamos e nossos olhos brilhavam como nunca antes. Ou talvez antes sim, quando eu olho para ele.

- Eu imagino que sim senhor, e isso é ótimo, significa que o processo deu certo

Bridget começou a nos explicar alguns procedimentos, depois passamos a falar sobre as cores do quarto das meninas e da forma como tentamos deixar muito para que elas ainda colocassem, para sentirem que aquele espaço era realmente delas, e ouvimos a porta ser aberta discretamente por Jacob, com as duas meninas entrando, com vestidinhos brancos que realçavam a sua pele negra, e um laço no cabelo.

Quando eu olhei para as duas, meu olhos já estavam marejados. Eu e Harry viramos mais as nossas cadeiras e abrimos os braços para que as duas se encaixassem ali. Elas vieram, quietinhas e até um pouco tímidas, diferentes das vezes que elas já amarraram o cabelo de Harry com maria-chiquinhas e passaram batom por todo o meu rosto. As abraçamos, os dois juntos, e demos beijos em suas bochechas.

- Vocês estão bem? Estão animadas por que vamos para casa juntos? - Harry questionou, e Julia foi a primeira a responder, apoiando suas mãos na perna de Harry, enquanto Allie ficou no meio das minhas pernas, olhando para a irmã

- Sim, a tia Bridget deixou a gente levar nosso livro de colorir e disse que vai nos ver de vez em quando. E eu quero muito passar as mãos nos pelos da Mônica e do Chandler! - Quando Allie ouviu o nome dos cachorros bateu as duas mãos e gritou outro 'Sim' alto, fazendo todos ali rirem.

Bridget e Jacob conversaram com elas, e as duas meninas pareciam ouvir atentamente, e Julia deu a mão para Allie, protegendo-a. Uma das conversar que tivemos com as meninas foi sobre deixar os brinquedos delas lá, e comprar brinquedos novos, por que as crianças do orfanato não tinha alguém para comprar brinquedos para elas. As duas meninas pareceram entender e depois que elas se despediram de Bridget e Jacob, saímos com as duas do orfanato, de mãos dadas, indo até o carro rapidamente, para evitar que alguém nos visse e tirasse fotos. Ainda não queríamos expor nossas meninas aquela situação.

Chegamos em casa e as duas estavam grudadas uma na outra e olhavam para tudo de olhos arregalados. Flora nos encontrou na porta, e elas pareceram ainda mais com vergonha. Explicamos quem ela era e que todos os dias ela estaria conosco, ajudando-nos a cuidar delas. As meninas assentiram, e precisarem de menos de dois minutos para correr pela casa assim que viram os cachorros. Allie ainda era pequena e quando abraçou Chandler ele quase a derrubou, mas ela riu muito e fazia carinho nele feliz. Esse é aquele tipo de momento na vida que você acha que não pode melhorar

Durante o dia mostramos para as meninas seus quartos, e por muitas vezes eu me pegava observando Harry com elas, e cada minuto que passava tendo mais e mais certeza de que aquele homem era o amor e o homem da minha vida.

A nossa vida sempre passava como um filme na minha cabeça. A minha vida antes dele também. Ainda sentia alguns calafrios nesses momentos, mas eu não deixava de sorrir.

Depois de Harry eu nunca mais deixei de sorrir.

É como se ele fosse a minha alavanca todas as manhãs. É quem me faz levantar da cama, cuidar de mim. Seu amor me faz sempre melhor e mais forte. E eu sinto que podem passar mais e mais anos, isso não importa. Sempre vai ser assim.

<>

Na hora do jantar, as meninas ficaram quietinhas e Julia comeu tudo o que tinha no prato, enquanto Allie era alimentada por Harry. Ela jogou um pedaço de banana na cara dele e eu não consegui deixar de rir, mas paciência.

Assistimos Procurando Nemo e depois de O Rei Leão, decidimos dormir. Levamos as meninas até o quarto delas, branco, com algumas riscas marrons e verdes, e o tema era floresta. Notamos que elas gostam muito de animais quando fomos visita-las e decidimos decora-lo assim, com leões, tigres e elefantes de pelúcia, com algumas borboletas e pássaros pelas paredes.

Deitamos as duas em suas camas, e as cobrimos com edredons quentinhos. Allie pediu para contarmos uma história e Harry contou Chapeuzinho Vermelho, com direito a encenação e Julia ficando com medo por que achou que a mocinha da história fosse morrer.

As duas dormiram, e nós ficamos ali com elas, no batente da porta, observando-as, abraçados. Fomos para nosso quarto, deixando a porta das meninas aberta, enchemos a banheira para tomarmos banho juntos.

Harry massageou minhas costas e eu seus pés, e trocamos beijos carinhosos. Tracei minhas mãos pelo seu rosto, nossas bocas ligadas, e minha língua abrindo passagem, saboreando cada canto dele que era tão familiar, mas que eu nunca enjoaria, nunca deixava de ser gostoso.

Suas mãos sabiam onde me tocar, seu corpo sabia como corresponder aos meus toques. Meu membro já endurecia só de sentir sua mão me masturbando, enquanto sua língua circulava meus mamilos, mordendo a ponta, e mandando uma descarga elétrica pela minha espinha, me fazendo gemer baixo para ele.

Minha mão passou a fazer movimentos de vai e vem até que eu ouvi Harry começar a soltar murmúrios necessitados, seus dedos me preparando, e seu membro me penetrando em seguida, sentindo o meu corpo tremer em cima dele. Nossos sons eram obscenos mas baixos, e eu mordia o ombro dele para não gritar. O gozo de Harry me preencheu e eu só precisei ouvi-lo gemer meu nome para fazer o mesmo, me apoiando em seu corpo depois, com nossas respirações se acalmando aos poucos, e dando um selinho nele, enquanto Harry e eu tomávamos agora um banho no chuveiro, e nos deitávamos na cama.

Harry se enroscou no meu corpo, e eu o abracei, pegando no sono rapidamente. Ouvi um choro, no meio da noite, e eu ouvi Harry se mexer, e se levantar, e eu fiquei ali, ouvindo-o acalmar Allie e dizer que estava tudo bem, que nenhum monstro a atacaria na casa nova.

Uns minutos depois, Harry voltou, e eu que me enrolei em seu corpo, me aconchegando em seu peitoral e ele deu um beijo na minha cabeça, carinhoso.

- Você pensou que chegaríamos até aqui? Dois filhos, dois cachorros? Você sabe quantas pessoas sonham com isso e não conseguem? Nós somos sortudos Louis, a vida nos escolheu de verdade - Sua voz era pensativa e serena. Sua mão fazia carinho nos meus cabelos e eu sentia meu sono voltar com facilidade

- Eu imagino que sim, e eu me sinto sortudo por ter você, por você cuidar de mim, e estar aqui, realizando os meus sonhos. Uma vez eu imaginei você correndo atrás de uma criança, com um vestidinho, e um cachorro com a língua para fora ao lado. Mas achei que não estaria aqui. - Se uma voz puder soar feliz, a minha faz isso agora. Eu acaricio o peitoral de Harry e minha mente me leva a tudo o que nós temos, me deixando ainda mais feliz

- Isso tudo não existiria sem você amor. Você é a alma desse lugar, da nossa família e da nossa vida. Se eu estou aqui agora, é por você

Harry levantou meu queixo, e me beijou lentamente. Sorrimos durante o beijo e Harry disse que me amava como todas as noites, e eu que o amava também, caindo no sono logo em seguida

<>

A semana passou como um furacão e tanto Harry como eu ainda estávamos enroscados com a rotina das meninas, mas rindo bastante das mancadas que nós mesmos dávamos.

Era sábado e o jantar com a nossa família aconteceria dali há duas horas, e eu e Harry ainda não tínhamos nem começado a nos arrumar.

Flora estava atolada na cozinha e eu estava dando banho em Allie, enquanto Harry tomava banho e Julia escolhia uma roupa

- Papaaaaaaaaaaaaaa! Papaaaaaaaaaaaaaaaa! - A voz de Julia gritava ecoou pela casa e eu voei para dentro do quarto, com Allie nos braços cheia de sabão, ouvindo um baque do lado de fora, tudo ao mesmo tempo.

- O que foi filha? - Olhei assustado, procurando em seu corpo algum indicio de que tinha se machucado, não encontrando nada, mas vendo Harry entrar no quarto com a toalha enrolada no corpo, com uma cara de dor e todo molhado

- Eu escorreguei. Vim correndo quando ouvi o grito - Tentei não rir dele e fazer uma cara de dó, mas Harry percebeu e fechou a cara, passando a mão na bunda e rindo em seguida

- Eu não acho o meu vestido favorito Papa! Ela não está aqui! Em nenhum lugar! - Julia abre os braços como se mostrasse que dessa forma ela procurou pelo quarto inteiro, e Harry foi até as gavetas, sabendo que o vestido favorito dela era um florido que ele comprou dois dias antes.

Allie começou a chorar por que sabão caiu no seu olho e Julia por que ninguém encontrava o vestido e eu vi o caos se instalar na minha casa, até que Anne chegou de repente, com sua calma e paciência, salvando todo mundo, inclusive Harry e eu.

Ela disse 'É só a prática meninos' e eu queria chorar por que aquilo parecia que nunca daria certo para nós.

O que foi negado quando todos estávamos arrumados e cheirosos na sala, esperando o resto dos convidados. Eu quase chorei quando vi Allie em seu vestido azul e Julia com o florido, uma sentadinha ai lado da outra, como se não fossem dois furacões de amor que se instalaram na vida de Harry e eu.

Gemma, Niall e Darcy chegaram, depois Liam e Zayn, minha mãe, Dan, as Gêmeas, Fizzy e Lottie e os bebês que agora já andavam, todos com presentes e querendo conhecer as garotas Tomlinson-Styles.

As crianças logo se animaram a brincar juntas. Nós adultos conversávamos, as vezes correndo atrás dos pequenos, todos juntos, como deve ser.

Em um momento, Harry e eu tivemos que levar Allie ai banheiro, e ela sentou no vaso e ficou ali, durante uns 20 minutos, e eu e Harry ao lado dela, contando histórias e tentando ajuda-la de alguma forma a fazer cocô. O que aconteceu depois de Harry cantar uma música infantil e Allie dizer tchau para o cocô dela enquanto ele descia pela privada, fazendo nos acenar para o cocô também.

No jantar, quando todos nós estávamos juntos, minha mãe fez um brinde a nossa família, e eu senti ainda mais orgulho dela, de depois que tudo o que vivemos juntos, ela estar ali, ao nosso lado, batalhando conosco para sermos cada vez mais felizes.

Vendo-os todos ali, juntos, eu notei que por mais que a sua vida seja um mundo de sonhos sombrios, e que você por muitas vezes pense que nunca vai conseguir sair disso, dessa tristeza e esse vazio que toma o seu corpo, se você der uma oportunidade para a vida, ela vai te mostrar que é possível se levantar sim, é só você tentar. E se não conseguir, tentar de novo.

A minha luz tem um nome, cabelos cacheados e olhos verdes, mas talvez, no fundo, isso tudo só dependesse de mim mesmo.

Faça a sua luz ser você.

Fim

Continue Reading

You'll Also Like

11.8K 1.8K 10
Harry Styles não sabe mais o que fazer. Na sua infância, enquanto sonhava acordado com um futuro de contos de fadas, o ômega não se imaginava na sit...
34.5K 3.5K 15
Harry é um patinador que sofre um grave acidente enquanto disputa uma vaga em uma competição nacional que pode mudar o rumo da sua carreira. Agora, a...
9.2K 1K 25
Louis Tomlinson era o clichê perfeito, tirava suspiro de todos que passam por si mas havia um porém, ele era o problema em pessoa, vivia em festas, p...
1.1M 113K 37
"E se minha mãe pensa que... bem... que eu vou me casar com você?!" Harry cuspiu o líquido que tomava "O QUE?" #5 in humor