The law

By bechloelight

397K 27.4K 11.7K

Camila Cabello está saindo da faculdade de direito. Uma mulher observadora dos detalhes e forte promessa na a... More

Capítulo 1 - Dois caminhos
Capítulo 2 - Milagres de Veronica Iglesias
Capítulo 3 - O encontro
Capítulo 4 - Destino?
Capítulo 5 - O julgamento part 1
Capítulo 6 - A parceria
Capítulo 7 - O julgamento part 2
Capítulo 8 - Lembranças
Capítulo 9 - Pausa na rotina
Capítulo 10 - O caso de Davidson James
Capítulo 11 - Os últimos momentos
Capítulo 12 - Los Angeles part. 1
Capítulo 13 - Los Angeles part 2
Capítulo 14 - Adeus
Capítulo 15 - O início do trabalho
Capítulo 16 - Separando as peças do quebra-cabeça
Capítulo 17 - Em busca da resposta certa
Capítulo 18 - Alá Taylor Jauregui
Capítulo 19 - Percepções
Capítulo 20 - Perdidas
Capítulo 22 - Esqueça...
Capítulo 23 - Passo 1 para esquecer
Capítulo 24 - Rebobinando...
Capítulo 25 - Deixando-a de lado
Capítulo 26 - Metáfora
Capítulo 27 - Entre nós duas
Capítulo 28 - Quase na cara da justiça
Capítulo 29 - O julgamento de Sinue Cabello part. 2
Capítulo 30 - O julgamento de Sinue Cabello part. 3
Capítulo 31 - Provações
Capítulo 32 - Final

Capítulo 21 - O julgamento de Sinu Cabello part. 1

10.5K 765 140
By bechloelight

Pov Camila

Eu me encontrava parada, quase estagnada, na frente daquela grande porta de madeira. Eu a olhava como se fosse a porta do meu destino, como se ultrapassa-la fosse mudar completamente os meus dias. E de fato iria... Entrar naquele tribunal podia ser o fim de tudo. O fim do transtorno, ou o fim das minhas chances de acabar com ele.

Senti mãos tocarem meus ombros. Dinah e Mani estavam uma de cada lado de meu corpo.

- Está tudo bem? - Mani perguntou.

Levei minha mão a sua a acariciando.

- Sim... Onde está Ally?

- Sofia insistiu em vir até a porta do tribunal. - DJ explicou - Disse que queria contribuir com boas energias. Ally está conversando com o vizinho que vai ficar com ela e daqui a pouco está aqui... Quer que entremos com você?

- Agradeço... Mas eu preciso entrar com Lauren.

- Tudo bem. - ambas concordaram, antes de abrir as portas e entrar na sala.

Pude ver, por breves segundos, as cadeiras cheias no tribunal. Todos estavam ali aguardando um tropeço da advogada.

- Parece nervosa. - a morena disse se aproximando.

Olhei para ela, afastando a vontade que tinha de despejar nela tudo o que sentia. Dizer o turbilhão de emoções diferentes que passavam em minha mente.

- Um pouco. - ela balançou a cabeça em concordância.

- Entendo que esteja assim. De todos os julgamentos que fizemos esse é o único que interfere diretamente em sua vida. Colocou mentirosos na prisão, mas nenhum deles atingiu sua família, e agora... É sua mãe que está lá dentro. Entendo perfeitamente sua posição.

- Eu não poderia errar... Qualquer erro nosso implicaria em uma completa mudança na vida de outra pessoa. A justiça não faria seu trabalho. E agora, mais do que antes, eu não posso errar.

- E você não vai. - disse colocando suas mãos em meus braços. - Esse julgamento está um pouco mais cheio do que os outros, mas eu lhe garanto, a não ser por suas amigas lá dentro o resto dos presente veio me ver cair. Vai entrar naquele tribunal e ser exatamente como das outras vezes. Impecável. Vamos ganhar esse julgamento... Pronta? - Lauren perguntou.

Suas mãos apertavam levemente meus braços em um carinho, na tentativa de me acalmar. Respirei fundo e assenti. Nos viramos para a porta e a abrimos, entrando no tribunal. Todos os olhares estavam em nós.

Caminhamos lentamente pelo lugar até chegarmos ao pequeno portão de madeira, que abri deixando Lauren passar, para que depois entrasse. Nos posicionamos na mesa da esquerda e logo em seguida, dois policiais entraram no tribunal trazendo minha mãe.

Ela estava algemada. Meu coração se partiu em mais pedaço do que os quais já existiam ao vê-la assim. Minha mãe não era uma assassina, não tinha como ser! E agora ela era tratada como uma...

Se aproximou da mesa se sentando na ponta, do lado de Lauren que estava ao meio.

- Como você está? - perguntei a ela.

- Bem. Não se preocupe comigo... Como está Sofia?

- Ficou com o vizinho. Ela não consegue entender direito porque não está lá, mas está bem levando em conta toda essa situação. - ela apenas assentiu.

O som do martelo batendo na madeira ecoou pela sala, conquistando a atenção de todos. Iria começar.

Promotoria e defesa se levantaram, e lá a frente o juíz se pronunciou.

- Declaro aberta a sessão de julgamento do caso número 187600497 em que Sinuhe Cabello, de agora em diante tratada como réu, será julgada por homicídio doloso no assassinato de Steve Lambert. - e mais uma vez o som do atrito da madeira ecoou enquanto todos voltavam a se sentar. - Peço que a primeira testemunha de acusação se apresente para depor.

E então, uma mulher se levantou da cadeira atrás da mesa da direita e se dirigiu ao pequeno gabinete a sua frente. Um policial se aproximou, erguendo o grande livro em suas mãos onde ela colocou sua mão direita.

- Você jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade? - perguntou.

- Eu juro. - e ela respondeu se sentando logo em seguida.

Então, seu advogado se levantou e caminhou em sua direção.

- Senhorita, por formalidades pode se apresentar ao júri?

- Meu nome é Arielle Jackson, namorada de Steve. Ou pelo menos.. eu costumava ser.

A mulher era razoávelmente alta com seus um metro e setenta de altura. Loira, usava um batom vermelho langue, e me parecia ter algo perto dos cinquenta.

- Pode dizer como foi para você aquele fatídico dia?

- Steve e eu tínhamos combinado de nos encontrar. Ele chegaria em minha casa de noite, mas não apareceu. Não costuma se atrasar então eu liguei mas ele não atendeu. Por um momento eu pensei em deixar para lá. Mas era muito fora do habitual, então eu saí de casa e fui até o seu apartamento. Quando cheguei lá... - ela parou por uns segundos e tentou segurar o choro - ele estava caído no chão! Morto! Eu não conseguia ver aquela cena, era insuportável! Me agaixei no chão e comecei a chorar ao seu lado. Então logo depois eu liguei para a polícia.

O homem se aproximou mais dela.

- Srta. Jackson, é verdade que Sinuhe Cabello era a primeira na linha de sucessão à empresa, caso algo acontecesse com Steve Lambert? - perguntou.

- Não conversavamos muito sobre a empresa, mas ele confiava em Sinuhe. Me disse que a colocaria na linha de frente.

- E a relação entre os dois era boa?

Aí está... Lauren havia avisado que puxariam as conclusões para esse lado. É um absurdo o júri achar que: por anos conviveram normalmente e por um surto de adrenalina, ou cortisol, ela tomaria uma pequena discussão de empresas como motivo para um assassinato! Ou será que isso era plenamente possível?

- Até agora não ía mal, mas foi uma das últimas reuniões sobre contratos começar que as descordancias vieram.

- O que quer dizer com isso?

- Eles vinham brigando nos últimos dias por causa de um contrato que ela não​ queria fechar. Ela n concordava com o crescimento da empresa.

"Vaca!" Pensei em minha mente. "Seu marido que era um filho da puta!"

Minha mãe, ao contrário de mim, se encontrava bastante calma, enquanto eu tentava não demonstrar minha raiva e nervosismo.

- Então acredita que ela possa ter feito isso?

- Sim!

- Seja um pouco mais clara, por favor. - pediu.

- Protesto! - Lauren clamou.

- Acredito que Sinuhe matou Steve!

Murmúrios surgiram no tribunal, mas acredito que ninguém ali estava tão ruim emocionalmente quanto eu. Nem mesmo minha mãe. Eu queria apenas me levantar daquela cadeira e voar naquela mulher! Jamais havia visto minha mãe e agora dizia calúnias sobre ela!

- Ordem! Ordem! - o juiz pediu enquanto batia o martelo na madeira. - Protesto aceito.

- Sem mais perguntas, Meritíssimo. - e assim ele se sentou.

Lauren se levantou encarando o homem e caminhou em direção a Arielle. Fechou um único botão de seu terninho e assim eu soube que ela estava pronta.

- Srta. Jackson, a que horas você chegou ao apartamento de Steve?

- Eram quase nove da manhã.

Assim que fez a pergunta ela olhou para mim e eu soube o que ela queria. Peguei as pastas a minha frente fui exatamente a procura do necessário, e em questão de segundos achei.

"Hora da morte: entre oito e nove da manhã."

Isso podia significar alguma coisa. Dizer que ela seria a assassina é uma ideia excessiva, mas um tanto quanto aceitável. Arielle e minha mãe nunca se viram, se quer uma vez, e se ela realmente tivesse matado não daria a hora exata tão facilmente e tranquilamente. Levando em consideração que precisamos encontrar o verdadeiro culpado disso tudo, desconsidera-la não é opção.

Além do que, se os horários são tão próximos e ela n for a assassina, pode pelo menos ter visto algo fora do comum. Precisavamos de acesso as filmagens das câmeras aquele dia. Fiz um sinal a Lauren mostrando que havia encontrado algo.

- Talvez a morte do senhor Lambert beneficie mais alguém que não saibamos.

- Protesto! - o advogado clamou. - Excelência, ela está a acusando sem provas.

- Protesto aceito. Jauregui, não aplique a mesma ação.

A mulher fechou a cara para a morena.

- O que é que está ensinuando? - ela perguntou.

- Eu não perguntei nada, foi uma afirmação. Um pensamento alto. Você claramente acusou minha cliente, que eu vou provar a inocência até o final desse julgamento. Agora me diga... o que viu quando chegou?

Ela respirou fundo antes de responder.

- Ele estava deitado no chão da cozinha... Coberto de sangue.

- O senhor Lambert tomava cafés com frequência?

- O que? - ela perguntou levando as mãos ao rosto, sem entender, procurando secar as lágrimas que caiam.

- Ele tinha costume de ingerir cafeína? - Lauren voltou a perguntar.

- Protesto! Qual a relevância dessa pergunta? O que tem a ver com o caso?

- Excelência, - Lauren chamou - garanto a você que no final fará a diferença.

Eric se mostrou um pouco pensativo, mas cedeu.

- Protesto negado. Prossiga.

- Responda a pergunta Srta..

- S-sim. Todas as manhãs. Ele considerava o café estremamente necessário para os negócios.

- Claro...

- Sem mais perguntas.

Então ela veio se sentar ao meu lado.

- E então? - sussurrou.

- As horas batem. E a história do café?...

- Me diga você. Retire toda a atenção desnecessária de sua mente, foque-se aqui! Pense no caso..

Fechei os olhos. Concentração era tudo que precisava nesse momento e ela sabia. Eu devia estar muito diferente. Respirei fundo e comecei a pensar.

- Ele estava tomando café quando foi morto. Se ele tem essa forte ligação com café, talvez... Possa ser que estivesse tratando de negócios.

- Exatamente! - ela disse. - Precisamos de um novo documento.

- Uma revista! Vou preencher o pedido para teste de DNA em todas as xícaras do apartamento.

E no mesmo instante eu preenchi o requerimento e tratei de entregar ao juíz que se preocupava em dirigir-se a promotoria.

- Prossiga. - disse Eric.

Então ele se levanta e novamente se pronuncia.

- A promotoria chama para depor a Srta. Amanda Riley, secretária de Steve.

Uma morena, sentada próxima a Dinah se levantou e se encaminhou ao gabinete, repetindo o processo de juramento. Ela aparentava ter uns vinte e poucos anos e usava um óculos de grau vermelho no rosto.

- Trabalha para o Steve a quanto tempo?

- Seriam cinco anos no final desse.

- Uma pena... - ele disse olhando para minha mãe - e todo esse tempo na empresa você esteve na presença de Sinuhe?

- Sim.

- Como você via e ouvia a relação dos dos dois? Porque, é claro, Steve era chefe de Sinuhe e todos nós sabemos que por mais que uma relação seja perfeita é natural do ser humano falar pelas costas. Diga Riley, posso te chamar assim? - ela concordou com a cabeça - O que você ouvia?

- As vezes eu a ouvia fizer coisas como "Lambert é um idiota por achar que isso resolveria", ou "um tolo por pensar dessa forma".

Isso era ridículo! Essas eram falas simples, de opiniões divergentes. Eram mais concelhos alertas do que qualquer coisa. Não havia mal nelas, não a meu ver, e pelo que reparei, ao de Lauren também não.

- Mas não há nada de mais nisso, - ela completou - se não fosse o que disse n semana passada.

- E o que foi que ela disse, Railey?

- "Steve vai acabar destruindo o que construiu. Se ele estragar tudo, juro que o mato!"

Os murmúrios no tribunal voltaram e Eric olhou para Lauren.

- Senhoras e senhores do júri, eu apresento a vocês o contrato fechado por Steve Lambert, na noite anterior a sua morte.

O juiz então começou a anotar algo em sua planilha enquanto olhava o documento. Isso era ruim. Muito ruim. Minha mãe Pareci agora um pouco mais preocupada.

Pov Lauren

"Maravilha!" Pensei.

Esse caso te tornava cada vez mais complicado. Cada vez mais perdido. As frases não podiam ser mais simples e mesmo assim esse advogado filho da puta conseguiu algo para ligar Sinu mais ao crime!

A morena olhava para Sinu de uma forma tão dura que demonstrava raiva! Mas o interessante, é que ao entrar e trocar de lugar com Arielle ela havia a olhado praticamente da mesma forma... Eu precisava fazer alguma coisa para levantar Sinu. Precisava me arriscar agora.

- Pode olhar Meritíssimo. Sem mais perguntas.

Eric obversou o documento calmamente.

- É válido. - confirmou olhando para mim. - Será arquivado como prova contra a réu. Srta. Jauregui, está liberada ao interrogatório.

Me levantei respirando fundo ao que iria fazer. Seria talvez um tiro no escuro, mas eu precisava tentar.

- Está a cinco anos na empresa certo?

- Sim.

- E todo esse tempo não quis nada a mais? Um cargo mais acima do que uma simples secretária?

Ela respirou e alguns segundos depois me respondeu.

- Não.

- Tem certeza?

- Sim. - ela disse firme, porém erguendo os ombros.

Sorri.

- Não é o que suas expressões é ações dizem. Sabe, talvez você tenh tentado se aproximar de Lambert para isso, mas não deu muito certo.

- Protesto! Isso fere a testemunha verbalmente!

- Não excelência. Vocês não entendem o que temos aqui. São três mulheres com estados mentais diferentes. - me voltei para a Srta. Jackson e comecei meu discurso - Arielle perdeu o homem que amava que deseja, creio eu mais que tudo, encontrar o culpado disso tudo. Com a morte de Steve Sinuhe assume a presidência da empresa e isso não alegra a Amanda, então no momento... Ela só está tentando o lado mais fácil para facilitar sua vida. Por favor! - disse rindo e me dirigindo ao juri - essas frases não podiam ser mais simples. Eu tenho uma amiga, e as vezes ela me irrita tanto que digo que a mataria. Mas a verdade é que eu a amo e nunca a faria mal na minha vida. Até por que a lei corre em minhas veias. - o júri riu.

Eu estava no caminho certo. Precisava manter o discurso só mais alguns segundos para conclui-lo.

- Tenho certeza de que todos os presentes aqui já passaram por situações em que disseram isso... Além do mais, Sinuhe Cabello encontra-se perfeitamente calma nesse tribunal. Diferente de qualquer um de meus clientes. Existe um motivo Psicólogico para isso. O senhor Alejandro Cabello, seu marido, morreu cincodias atrás de leucemia. Cinco dias não é tempo algum para luto. Esse é um processo pelo qual ela ainda está passando e não acredito que nessa situação seja capaz de cometer um assassinato. Ainda mais contra o próprio chefe.

O tribunal permaneceu inteiramente em silêncio. Olhei para o juiz que anotava mais algumas coisas em sua planilha.

- Sem mais perguntas.

- Sendo assim... - pigarreou - as testemunhas de acusação foram encerradas. A réu pode executar seu depoimento.

Fiz um sutil sinal a Sinu com a cabeça para que se levantasse. Ela caminhou lentamente ao gabinete, e pela terceira vez naquele dia o juramento foi feito.

- Bom dia Sinu. - disse tentando deixá-la mais a vontade.

- Bom dia.

- Como tem passado esses dias?

- Eu... Confesso que tem sido difícil.

- Posso imaginar... Sinuhe, onde você estava na manhã em que Steve Lambert foi assassinado?

- Eu acordei bem cedo aquele dia. Não tinha nada para comer e eu tenho uma filha mais nova então... Fui ao supermercado comprar.

- A que horas precisamente?

- Perto das sete. Vou antes das oito com certeza.

- Existe alguém além da sua filha mais nova que possa confirmar seu halibe?

Sinu parou e pensou com calma antes de responder.

- Adam... E-ele é caixa do supermercado.

Novamente ele tornou a escrever. Olhei para Camila sentada na mesa e dessa vez nem precisei pedir. Ela já anotava o nome do rapaz e do supermercado.

- Excelência, pode me dizer em que dia essa contrato foi assinado?

- A três dias atrás, de acordo com os documentos.

- Onde você estava nesse dia, Sinuhe?

- Em casa, com Sofia.

- Sabia que ele ia assinar? Sabia da reunião?

- Não. Eu não o vejo desde que Alejandro... - ela agarrou.

- Tudo bem, não precisa terminar... Pode esclarecer porque os desentendimentos com Steve?

- Bom... Esse contrato que ele assinou é algo bem grande. Alta produção, alta qualidade, uma fórmula nova para um cosmético em uma empresa de renome... Olhando assim seria o contrato perfeito, mas eu precisava averiguar. É esse meu trabalho afinal! E eu encontrei soluções melhores financeiramente para a empresa. Mas Steve estava deslumbrado pelo grande renome da outra empresa e que não queria que eu lhe desse novas opções. O contrato, agora assinado, não seria nem de longe o melhor para a empresa, mas ele não via essa parte. Era isso que queria que ele visse e tirasse essa idéia da cabeça. Mas daí a mata-lo por isso?... Não faz nenhum sentido para mim.

- E sobre as frases ditas? - perguntei.

- Eu me lembro perfeitamente de tê-las dito... Eu o achava um tolo por não enchergar da maneira que eu via, mas precisava de fazê-lo ver. Minhas intenções com elas eram as melhores possíveis, sem nenhuma vontade de realmente fazer o que disse.

Acho que isso servia por agora. As palavras de Sinu foram tão serenas que se ela fosse culpada, na verdade seria uma assassina extremamente perigosa. Não demonstrou mentir, nem estar com dúvidas em momento algum, a não ser para lembrar o nome do garoto. Não acho que o júri esteja convencido de sua inocência. Até porque até agora nada foi esclarecido sobre o DNA na cena do crime. Isso é claro, uma coisa que precisava saber.

- Sem mais perguntas.

Ele tomou o martelo em mãos e respirou fundo.

- Essa seção ultrapassou o seu tempo limite. Por tanto será encerrada e remarcada para conclusão. - ele então deu duas batidas à mesa e se levantou.

- Excelência! - exclamei indo em sua direção e ele se sentou novamente para me ouvir.

- Eu só preciso garantir que o pedido de análise seja feito, e que claro meu pedido para que Sinu permaneça na delegacia se estenda até o próximo julgamento.

- Sim.. ele será executado, e entregue somente em suas mãos. Afinal, com essa documentação é necessário cuidado, qualquer descuido é isso vai a imprensa, o que não deve ocorrer. - ele se ajeitou para pronunciar agora aos presentes. - Sinu permanecerá na delegacia até segunda ordem minha.

E assim, ele se levantou e saiu dali. Olhei para Camila que se levantava com Sinu, não muito satisfeita Acredito.

- Isso não deve durar mais muito tempo, eu acredito. - disse a mãe.

- O novo julgamento será marcado para breve, não se preocupem. - completei.

- Obrigada. - Sinu agradeceu.

- Não há de quê. Agora... Você precisa ir. - disse apontando com a cabeça para dois oficiais parados na porta lateral do tribunal.

Sinu abraçou Camila fortemente por alguns segundos e se afastou indo até eles. A morena olhou para mim, com uma expressão no rosto de pura tristeza. Vê-la assim me fez sentir algo que no momento eu não conseguia explicar. Mas precisava a confortar.

Caminhei para mais perto e a abracei. Pude sentir seus braços frágeis me envolverem um tanto quanto leves de mais. Apertei o abraço e senti seu rosto contra meu peito, como se fizesse o possível para não despejar todas as suas lágrimas alí.

- Precisamos ir. - disse depois de um tempo.

Ela concordou se afastando de mim lentamente e aos poucos voltando seu olhar para o meu. Seus olhos castanhos estavam cheios de lágrimas que insistiam em cair mas ela as segurava bravamente. Senti uma sensação estranha e meu corpo gelou por uns segundos. Em um impulso, minhas mãos quiseram tocar seu rosto, mas impedi.

- Vamos. - me virei e caminhei para fora do lugar.

Do lado de fora esperei para que ela saísse com as amigas.

- Nós já vamos indo. Precisamos pegar Sofia com Troy. - a mais baixa disse a abraçando.

- Você vem conosco? - Dinah perguntou se aproximando e Camila olhou para mim.

Pigarreei me aproximando.

- Eu vou para casa olhar mais algumas coisas do julgamento por agora. Ainda existem algumas pontas soltas.

- Se vai trabalhar, então é melhor que eu vá com você.

- Eu sei que o caso é bastante importante para você, mas não precisa fazer isso. Vá para casa, descanse um pouco.

- Acho... Que em meu estado, a única coisa que não devo fazer é descansar. Prefiro manter-me ocupada.

Concordei.

- Nesse caso, tudo bem... Pode vir comigo.

Camila se despediu das amigas e, juntas, deixamos o prédio.

...

Olá pessoinhas!!

Voltei. Primeiro desculpem pela demora. Eu quis fazer algo bem feito nesse capítulo e procurei ir a um julgamento para produzi-lo melhor, mas não consegui. Meus horários não batiam muito bem. Sem contar o aperto em outras coisas e tempo. MAS ENFIM!

O capítulo está aí, eu espero que tenham gostado. E vou tentar não demorar tanto com o próximo.

Beijos 😘 e até o próximo.

PS.: LEIAM MINHA NOVA FIC "PATRIOTS" Q ESTOU ESCREVENDO EM PARCERIA. Se gostam de The Law, Tenho ctz q vão gostar de Patriots também.

Continue Reading

You'll Also Like

220K 14.4K 56
Uma vive uma vida cheia de regras,a outra está disposta a quebrar qualquer regra. Camila Cabello sempre viveu a mercê de sua família rígida. Lauren J...
182K 15.4K 43
Existem dois lados? Mocinhos e Vilões são coisa de ficção ou são reais? Camila Cabello, chefe de um dos maiores cartéis de drogas da América do Norte...
64.7K 7.7K 30
Lauren Jauregui recém-formada em psiquiatria, está empolgada com o novo emprego que conseguiu na clínica hospitalar Santa Mônica. Tudo iria bem, até...
5.4K 420 19
Camila é uma pintora extremamente talentosa, que ficou surda na pré adolescência e teve que reaprender a grande parte de sua existência, ela é uma al...