Day dirigiu pela cidade todo. A mente de Olivia sempre voltava para os gritos que ouviram quando saíram. A loira estava preocupada com as amigas.
- Relaxa. – A voz rouca do garoto fazia a menina esquecer todas as preocupações. – Vamos ao lugar legal. – A menina ficou um pouco hesitante, se ele quisesse algo mais, ela não poderia dar.
Não só porque é virgem, mas porque ele é um desconhecido. E essa última questão fez com que ela cogitasse em pedir que ele a levasse em casa. A menina estava tão absorta em seus pensamentos, que nem reparou quando o Day parou a moto. As mãos da menina ainda o envolvia, quando o mesmo tirou o capacete. Ele virou o rosto para a menina sorrindo. Olívia logo soltou o garoto e tirou o seu capacete. Ambos desceram da moto.
- Você me trouxe até o parque de diversões desativado da cidade? – Ela olhou para o loiro com a sobrancelha levantada.
- Para onde você queria ser levada? – Havia um tom malicia naquela voz rouca.
- Para qualquer lugar que não estivesse caindo aos pedaços. – Retrucou.
- Tipo uma cama? – Sugeriu com um sorriso malicioso, deixando a menina sem graça.
- Tipo minha casa. – A loira foi rude.
- Os seus vizinhos podem reclamar do barulho. – Sussurrou no ouvindo da menina.
- Que barulho? – Fez de desentendida.
- Se você não sabe – Day mudou de assunto. -, o parque de diversões vai inaugurar semana que vem, ou seja... – Olívia o interrompeu.
- Eles consertaram os brinquedos. – A menina reparou que a fachada tinha sido pintada e o mato tinha sido retirado da frente do local do mesmo.
- Vamos? – Indagou sorrindo para a garota.
- Isso é invasão. Podemos ser presos. – Olívia nunca tinha sido presa, e nem queria.
- Relaxa, isso não vai acontecer. – Day puxou a menina para dentro do parque.
Eles pularam a catraca da entrada. Tudo estava escuro, Olívia olhou para o seu lado e o garoto havia desaparecido. Ela começou a andar pelo parque a procura do menino, quando todas as luzes dos brinquedos acenderam. Ela tinha sido pega. Talvez conseguisse fugir se pensasse em algum feitiço rápido, pensou. Mas desistiu quando sentiu uma mão em seu ombro.
- Em qual brinquedo quer ir primeiro? – Sussurrou Day.
O corpo da menina relaxou.
- Carrossel. – Respondeu sorrindo.
Tinha muito tempo que não vinha ao um parque de diversões. Day e ela foram até o carrossel.
- Escolha o seu melhor cavalo, senhorita. – O garoto ficou perto dos controles do brinquedo, enquanto a garota escolha um dos cavalos. – Pronta? – Indagou assim que Olívia montou em um cavalo.
- Sim. – Respondeu.
Day ligou o brinquedo. Depois que viu que o mesmo tinha uma velocidade boa, ele andou calmante até o carrossel e entrou. Ele ficou do lado da garota.
- Há quanto tempo você não vem a um parque de diversões? – Indagou vendo a felicidade da menina.
- Há muito tempo, quando eu era criança, com as minhas amigas. Acho que foi antes do parque fechar. – Sorriu para o garoto. – Obrigada, Day.
- De nada, amor. – As palavras deixará a menina sem graça.
- Não vai montar em um dos cavalos?
- Não. – Ele a encarava. – Vamos?
- Mas já? – Eles mal brincaram nos brinquedos direto.
- Quer ir mais em qual brinquedo? – Indagou a ajudando a descer do cavalo de brinquedo em movimento.
- Roda gigante. – A animação da loira deixava Day se permitir sorrir.
Eles foram para a roda gigante. Olívia correu para sentar logo, enquanto Day ligava o brinquedo. O menino correu até o acento da menina, que já estava se mexendo. Assim que se sentou, abaixou a trava de segurança. Os dois se mantiveram em silencio até a roda gigante parar no alto.
- Por que parou? – Indagou preocupada.
- O que? – Ele olhou para a garota desesperada tentando ver algo, ou alguém lá embaixo.
- Tem que ter alguém lá embaixo para parar. – Ela respondeu com isso fosse obvio.
- Ah, isso é automático. – Respondeu calmo.
- Tem certeza? – Olívia tinha um olhar duvidoso.
- Toda. – Respondeu fechando os olhos e sentido a brisa. - Agora é só curtir o momento. – O garoto tateou um dos bolsos atrás de um cigarro, que achou facilmente, junto com um isqueiro.
- Ok. – Respondeu vendo o menino acender o cigarro. - Mas não fume perto de mim. – Antes que o menino tivesse a oportunidade de tragar o cigarro, a loira tomou da mão dele e jogou longe.
- Meu cigarro. – Reclamou.
- Se quer morrer por esse vício, morra sozinho. – O tom da voz da menina era ríspido.
- Nossa. – Ele jogou a cabeça para trás frustrado.
- Desculpe. – Não deveria ter falado aquilo, pensou.
- Eu que devo me desculpar. – O brinquedo voltou a funcionar.
Em poucos minutos eles já estavam saindo do brinquedo.
- Pode me levar para casa? – Olívia abraça o próprio corpo sentido frio.
- Claro. – Sorriu amarelo.
- Obrigada. – Respondeu educadamente, antes que ele desaparecesse para desligar as luzes.
A loira andou até a entrada, pulou a catraca e esperou do lado da moto do menino, que logo apareceu. Eles colocaram os capacetes, subiram na moto e não trocaram uma palavra até eles chegarem perto da casa da menina.
- Pare aqui. – Pediu a loira.
- Tem certeza? – Ambos tiraram os capacetes.
- Tenho, meu pai me mataria ao me chegar na garupa de um garoto bonito ás 4 da manhã. – Day sorriu com o comentário.
- Pelo menos você estaria acompanhada. – O sorriso do garoto era lindo, isso a menina não podia negar.
- Tchau, Day. – Se despediu.
A menina começou a se distanciar do rapaz.
- Olívia. – Chamou descendo da moto.
A menina parou e se virou para o garoto, que estava a pouco centímetros dela. Ele tinha sido rápido. Day pegou a garota pelo queixo e beijou a testa da menina, causando um arrepio de reconhecimento. "Isso já aconteceu antes", pensou a menina.
- Tchau. – O garoto se despediu friamente e voltou para sua moto.
A menina ficou parada, vendo o desaparecer. Em seguida, estalou os dedos e já estava em seu quarto encarado a parede.
Levantar da cama, foi algo meio difícil para Olívia. A noite passada pareceu ser um sonho. A festa. O parque de diversões. O beijo na testa. A menina abriu os olhos devagar para que os olhos não doessem em contado com a claridade. Quando estava com os olhos totalmente, viu que estava rodeada por Eudorick, Kriss, America, Genevieve e um garoto loiro alto e forte.
- Como eu vi parar aqui? – Olívia olhou para os lados vendo que estava no casarão.
- Passei na sua casa ontem, depois que sai do hospital para ver se você estava bem, mas o seu pai me xingou, por aparecer na sua casa de madrugada. Então foi conferir se você estava bem mesmo, olhando pela janela do seu quarto, mas acabei pisando em coco de cachorro e foi embora para limpar os meus sapatos, que são uma versão única, feita sobre medida para mim. – Genevieve parecia uma metralhadora de palavras.
- Direto ao ponto, Viv. – A loira revirou os olhos com o comentário de Olivia.
- Foi embora sem conferir que estava bem, para limpar os meus sapatos, e nisso acabei dormir sem limpa-los, tive que os jogar fora hoje de manhã. – Genevieve tinha ignorado o pedido da amiga. – Então, me lembrei de você. Passei na sua casa de novo com Jordan, mas o seu pai provavelmente está na TPM e não nos deixou entrar. Por isso, vimos para Aliança.
- America. – Olivia encarou a amiga.
- Resumindo, o seu pai disse que você estava dormindo e Genevieve queria conferir, mas acabou esquecendo. Então passou na sua casa de manhã, mas o seu pai não a deixou entrar. Aí, ela me ligou, perguntou se estava em Aliança, então veio para cá. Fizemos um feitiço para lhe trazer de onde você estivesse. – Explicou calmamente.
- Você esqueceu uma parte. – Afirmou descontente.
- Qual? – Indagou America confusa.
- Que eu perdi os meus sapatos favoritos. – Choramingou.
- Cadê Clary e Cass? – Indagou Olívia dando falta das amigas.
- Ela está no hospital. – Eudorick sussurrou.
- O que aconteceu? – A menina tinha um semblante preocupado.
- Ontem na festa houve uma explosão, que destruiu toda a casa, Clary estava dentro, mas não se machucou. – Explicou America.
- Sobre Cassidy. – Kriss começou a falar. - Mandamos bruxos atrás dela. – A mulher estava sendo cautelosa ao falar sobre a menina.
- Ela sumiu? – America estava confusa.
- Na verdade, não. Ela fugiu. – Assim que Eudorick terminou a frase, America lembrou do que a mãe disse sobre uma das amigas trabalharem para Lucian.
- Fugiu de quê? – Indagou Genevieve sem entender nada.
- Cassidy trabalha para Veythan. – Quem respondeu foi America.
Kriss e Eudorick olharam desconfiada para a menina.
- Você está tirando onda com a nossa cara? – Olivia não estava acreditando no que a menina havia dito.
- Como você sabia disso? – Kriss tinha uma sobrancelha arqueada para America.
- Não é obvio? – Devolveu com outra pergunta.
- Sério? – Genevieve estava pasma.
- Sim. – Respondeu Eudorick.
- Meu Deus. – Olivia se sentou na cama. - Nos conhecemos Cass desde pequena, ela não faria isso. – Defendeu a amiga.
- Também acho. – Genevieve sentou ao lado da outra loira.
- Talvez ela esteja sendo controlada. – Supôs America.
- Pensamos nisso, mas duvidamos um pouco que seja isso. – Kriss tinha um olhar desconfiado para a Toslei.
- Por que? – America se sentou ao lado de Olivia.
- Ela não é uma bruxa do Círculo. – Kriss viu os rostos espantados das a garotas ao ouviram o que ela disse.
- Como assim? – Olivia foi a primeira a falar, depois do susto.
- Ela não foi escolhida pelo destino. – Respondeu Eudorick.
- Isso não faz dela uma bruxa do Círculo? – Genevieve estava indignada.
- Sim. – Foi a vez de Kriss responder.
- Que bosta. – A loira ficou frustrada. - Desculpe.
- Precisamos forca em outra coisa agora. – Kriss olhou para Eudorick começasse a falar.
- Como devem saber, Lucian voltou do Edom... – Foi interrompido por Olivia.
- LUCIAN, O QUE? – Berrou a menina.
- Dormiu perdeu, Via. – Genevieve zoou a amiga.
- Ele não voltou sozinho, Aiden HunterTown voltou com ele. – Continuou Eudorick.
- Tipo o primeiro e único homem HunterTown, que foi mandado para o Edom? – Genevieve era a nunca que perguntava.
- Esse mesmo. – Respondeu a Hunter. - E infelizmente não podemos manda-lo para o Edom novamente, pois ele sabe como sair.
- Ou seja precisamos mata-lo. – Completou o gato preto.
- E para isso precisamos de uma espada. – Continuou Kriss. - A espada de Jonathan Castiel, que é a única coisa que pode mata-lo, pois foi forjada com esse intuito.
- Quem é esse Jonathan Castiel? – America estava curiosa, a mãe não tinha falado nada sobre ele.
- Um dos anjos criadores. – Kriss viu a expressão confusa da menina, e decidiu explicar. - São anjos com o dever de criar um ser perto da perfeição e apresentá-lo a Deus. Assim surgiu os seres sobrenaturais: bruxas, vampiros, lobos, duendes, HunterTowns e etc. Jonathan Castiel é o criador da minha espécie.
- Então temos que falar com esse anjo. – Deduziu Olivia.
- Ele não desce a Terra há anos, depois que Tessa sumiu. E porque Aiden pode mata-lo também. – O gato preto subiu em cima da cama e ficou de frente as meninas. – Mas a espada não está com ele.
- Então, a onde está a espada? – Indagou Olivia.
- Perdida no passado, durante a Idade das Trevas, por isso vocês vão ter que voltar ao passado e acha-la. – Kriss estalou os dedos, a cama de Olivia desapareceu e as meninas estavam em pés vestidas com roupa de época.
- Mas como vamos saber que é a espada de Jonathan Castiel? – Genevieve admirava o vestido longo e volumoso.
- Tem as inicias dele escritas nela, quando falar o nome do anjo, a pedra da espada vai brilhar em reconhecimento. – Kriss estalou os dedos novamente e todos foram para na biblioteca.
A biblioteca estava cheia de gente. Um enorme portal, que brilhavam em azul escuro – quase preto -, estava no meio do local.
- Estão preparadas? – Kriss olhou para as meninas depois para o portal.
- Vai ser agora? – America não teve a chance de se despedir de sua família, assim como as outras meninas.
- Sim. – Respondeu calmamente. – Quem vai ser a primeira? – Uma mulher entregou uma mochila de couro a cada uma das meninas.
- Olivia! – America e Genevieve falaram juntas.
- Ótimas amigas, vocês duas. – Olhou feio para as amigas.
A loira foi conduzida até o portal.
- Eu vou sozinha? - A Hunter assentiu. – Como vou voltar?
- Dentro da mochila tem as instruções, qualquer coisa é só procurar um jeito de ir a Aliança daquele tempo e falar com uma HunterTown ou uma Soberana. Lembrando que vocês vão para períodos diferentes da Idade Media. – Um homem barbudo respondeu a pergunta da menina.
- Quem é você?
- Merlin, mago da Cidadela. – Os olhos da menina se arregalaram. – Sim, eu existo. – Sorriu para a loira. – Preparada?
- Sim. – Olivia pulou no portal.
- Genevieve, você entendeu bem? – Indagou Eudorick. A loira assentiu em resposta. – Você é a próxima.
- O que? – A menina foi arrastada até a beira do portal.
Jordan foi até a garota. America se aproximou do dois, logo estaria entrando nesse buraco negro.
- Não. – Merlin colocou o braço para separar Jordan de Genevieve. – Ela tem que faz isso sozinha.
- Tenho que a proteger, minha matilha tem uma dívida com a família dela. – Justificou.
- Ela vai saber se cuidar. – Retrucou o velho.
A menina pulo no portal. Jordan empurrou Merlin, correu até o portal e se lançou para dentro dele, foi o tempo de America o agarrá-lo pelo pé e o seguir pela escuridão.
Fim do livro 1
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