Melinda Narrando:
Eu me olho no espelho e vejo que estou pronta, chovia um pouco por isso aderir em uma blusa de mangas compridas e uma calça jeans preta, calcei meus all star e pego uma touca preta colando a mesma na cabeça.
—Vamos Filha… -Ouço Mamãe me chamar lá em baixo.
Pego o meu celular com meus fones e saio do meu quarto, desço as escadas e vejo que Mamãe já me esperava nós se despedimos de Maria e saímos de casa até o carro de Mamãe que estava estacionado em frente do portão.
—Como estar se sentindo? -Mamãe pergunta ao entrarmos no carro.
—Bem… Um pouco preocupada com Papai. -Falo olhando pra mesma.
—Ele vai ficar bem Meu Amor. -Ela sorrir e dar a partida.
Coloco meus fones de ouvido e fico escutando qualquer música enquanto olhava a chuva lá fora, o céu estava cinza e as nuvens carregadas, me aconchego no banco do carro e cruzo meus braços.
Chegamos no hospital e Mamãe estacionou o carro no estacionamento, saímos do mesmo e fomos até a recepção para pegar os nossos papéis de visita, depois de tudo feito entramos pelo o corredor que chegar na sala de coleta de sangue, fico olhando aquelas pessoas doando seu próprio sangue para salvar vidas desconhecidas.
—Olá Linda Menina. -A enfermeira Cleide fala do meu lado me tirando dos pensamentos.
—Ah… Olá. -Sorrir fraco.
—Pronta para doar a outra bolsa? -Ela sorrir amigável.
—Sim. -Falo baixo e me viro para Mamãe.
—Vai dar certo Meu Amor, Mamãe vai tá aqui. -Ela beija a minha testa e sorrir.
—Vamos Querida. -A enfermeira me chama e entro com a mesma.
Mamãe fica lá fora e me dirigir até uma cadeira, me sentando na mesma e encostando as minhas costas. Não demora muito para mim ver o meu sangue circulando pelo o tubinho até a bolsa, fico abrindo e fechando a minha mão para o sangue circular melhor, Fechei meus olhos e respiro fundo sentindo aquele incômodo da agulha no meu braço mas estou fazendo isso para salvar a vida de Papai.
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—Pronto Querida… -Cleide fala ao tirar a agulha do meu braço. —Agora esse tesouro aqui vai para um lugar seguro e depois seu Pai vai recebê-lo. -Ela fala segurando a bolsa de sangue como se fosse algo frágil.
—Você pode chamar a minha Mãe? -Pergunto me sentindo tonta.
—Claro… -Ela fala após colocar o sangue em um local seguro.
A enfermeira Cleide sai até a porta enquanto eu fico tentando me recuperar, logo Mamãe aparece e a mesma vem até a mim e só assim pude me levantar e sair dalí. Fomos andando pelo o corredor devagar até chegar na lanchonete do Hospital, estava morrendo de fome pois não comi nada até agora.
—Por favor, eu quero um suco de abacaxi com menta e duas empadas, por favor. -Mamãe pedi a garçonete que logo anota e sai.
—Você não vai comer nada? -Pergunto olhando pra ela.
—Não filha, a Mamãe não consegui comer nada enquanto seu Pai tiver nesse estado. -Ela fala e pego na sua mão.
—Vai dar tudo certo Mãe… Papai vai sair dessa. -Falo e sorrir fraco.
Logo o meu lanche chega e começo a comer para me recuperar, converso um pouco com a minha mãe e a mesma disse que Papai ainda não acordou e isso faz mei coração apertar. Depois do lanche e de beber bastante água, eu e mamãe saímos dalí e entramos no hospital de novo, caminhamos pelo o corredor até chegar em frente do quarto de Papai me sentir tonta e pedir para me sentar.
—Então fica aqui, enquanto vou lá dentro. -Mamãe fala e assentir.
Fico sentada em uma cadeira enquanto Mamãe entra no quarto deixando a porta entreaberta, eu fico ali tentando ver o que estava acontecendo lá dentro, um lado meu fala para mim ir vê-lo e já o outro fala pra mim ficar no meu cantinho. Esfrego uma mão na outra com frequência e decido ir até a porta, me levanto e em passos calculados eu me aproximei da porta fiquei olhando minha Mãe conversar baixinho com Papai, o mesmo aparentava estar morto naquela cama fazendo com que meus olhos ficassem marejados e meu rosto arder.
Ele estava tão pálido e não dava um sinal se quer de vida, sinto minhas lágrimas quentes escorrer pela a minha bochecha e limpo as mesmas bem rápido ao ver Mamãe se aproximar.
—Filha… Vem ver seu Pai. -Ela me puxa pela a mão.
Havia só ele no quarto, me aproximo dele e o mesmo respirava profundo, passo a minha mão de leve no seu rosto frio e fecho meus olhos sentindo os mesmos marejados.
—Desculpa Pai… -Falo enquanto passava meus dedos finos na sua barba. —Eu sei que você estar assim, nessa cama de hospital desacordado por minha culpa… Sinto muito por não ser um boa filha, por ter te colocado aqui. -Falo chorando no seu peito.
—Calma Filha. -Ela me abraça por trás e chora baixinho. —Você não teve culpa de nada Melinda… O que importa agora é a que seu Pai vai receber a bolsa de sangue e ficar bem. -Ela fala enquanto passava a sua mão nas minhas costas.
Levanto o olhar e olho bem para Papai, beijo a sua testa e saio dalí pois não estava me sentindo bem… Caminho pelo o corredor em passos largos até sair do hospital, eu chorava sem parar e ao mesmo tempo sentia falta de ar, uma enfermeira que estava do lado de fora do hospital veio até a mim e perguntou se estava bem.
—Estou… Só fiquei um pouco nervosa, mas estou bem obrigada. -Falo e dou um sorriso para a mesma.
Não demora muito para Mamãe vim atrás de mim, ela pega no meu ombro e dar um sorriso materno e beija a minha testa.
—Sei que deve ser difícil pra você Melinda… Mas quero que saiba que você não tem culpa de nada. -Ela pega no meu rosto e me viro.
—Como não Mãe, se eu não tivesse conhecido o Enzo nada disso teria acontecido… Papai não teria levado um tiro e nem tá praticamente morto numa cama de hospital, eu não teria que doar sangue e nem o pobre do Enzo não teria a sua cara arrebentada duas vezes pelo o Papai. -Falo uma pausa e engolir seco. —Eu sou a culpada de tudo… Como sempre. -Falo baixo e saio dalí.
—Melinda! Filha onde vai? -Mamãe grita.
—Embora… -Falo e vou até um ponto de táxi.
Peço para me deixar no Leblon e logo o motorista dar a partida, me encolhi no banco e enxugo as minhas lágrimas, mando uma mensagem para Enzo e mando o mesmo me encontrar lá.
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Pago o motorista e saio do táxi, vou andando pelo o calçadão e me sento no quiosque de costume, peço uma água sem gás e logo a garçonete trás para mim.
—Amor? -Ouço a voz de Enzo e abraço o mesmo.
—Ele estar tão mau, Enzo. -Falo com a voz embargada.
—Calma, se senta e vamos conversar. -Ele fala e senta do meu lado. —Tá pálida Melinda. -Ele me olha bem.
—É que eu doei a outra bolsa hoje. -Falo baixo e ele assentiu.
—E seu Pai já recebeu? -Ele pega na minha mão.
—Não… Ele ainda não acordou, foi difícil vê-lo naquela cama desacordado. -Sinto meu rosto arder.
—Calma Amor, tudo vai dar certo… Seu Pai vai receber a bolsa de sangue, vai acordar, ficar bem e voltar para casa. -Ele fala e beija o meu queixo.
—Mas tenho medo dele não me desculpar e não aceitar nós dois. -Falo já chorando.
—Ele vai te desculpar sim Melinda e se caso ele não aceitar o nosso namoro… Você vai fugir comigo, para um lugar bem longe onde só irá existir nós dois. -Ele encara meus olhos e sorrir de lado.
—E que lugar seria esse? -Pergunto e ele me dar o melhor sorriso.
—Paris ou Las Vegas… Que tal o Canadá? -Ele fala me fazendo rir e beijo a sua bochecha.
—Podemos ir para Orlando… Assim podemos visitar a Disney direto. -Falo e ele rir.
—Claro Meu Amor, tudo o que você quiser. -Ele fala pegando o meu queixo me fazendo encarar seus olhos claros e me beija calmamente.
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Desculpas pelos os Erros!
OI MONAAASS!
TUDO BEM COM VOCÊS?
Bom, acho que no próximo capítulo vou acelerar algumas coisas pois o livro já estar acabando e não quero prolongar muito, combinado?
RETA SUPER FINAL!
Música: Towards The Sun ≈ Rihanna
Música Linda (ಥ_ಥ)❤
Votem e Comentem**
Bjs 💋 K.S ❤