Heavydirtysoul | Destiel

By clarawnovak

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Dean fazia parte de uma gangue e andava pelas ruas segurando um taco de baseball de metal para destruir o crâ... More

❝say goodbye, son of a bitch❞
❝that's just how he is❞
❝truly an angel❞
❝want to get high?❞

❝personal space❞

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By clarawnovak

[ATO UM]
08:10 - Henson High School

Ser o aluno novo em uma escola era estressante, principalmente para Castiel, que já estivera em três escolas nos últimos dois anos, uma vez que seu pai sentia um certo prazer estranho em mudar de cidade, mas agora que ele estava morto, Castiel se mudara mais uma vez, para a casa da sua avó, e ele espera que seja a última vez que tenha de carregar caixas pelo estado de Michigan.

Não era seu primeiro dia nessa escola, para falar a verdade era sua segunda semana, mas Castiel ainda sentia-se meio deslocado no meio daqueles alunos que não conhecia. Ele sente falta dos seus amigos da sua antiga escola, mas está grato pelos que fez nessa atual, a última coisa que quer é ficar sozinho durante seu último ano.

"Cinco horas no meu apartamento?" Castiel desviou a atenção da sua comida e olhou para Sam, que esperava uma resposta.

"Okay." Castiel respondeu e Sam sorriu.

"Sam está emocionado que você vai para o apartamento dele fazer um trabalho." Disse Dorothy.

Sam a olhou irritado. "Pare, ok? É só que é a primeira vez que eu finalmente vou fazer o trabalho com alguém, sempre fico sozinho, você sempre faz com a Charlie."

"Deve ser porque ela é minha namorada, idiota." Sam deu a língua e Dorothy revirou os olhos, fazendo Charlie e Castiel rirem.

"Tudo bem, Sam, estamos felizes que você finalmente não vai mais segurar vela, podemos até ir em encontros duplos."

O rosto de Sam podia ser facilmente confundido com um tomate naquele momento. "Cala a boca, Charlie."

Castiel riu junto as garotas, mas também estava constrangido. Sam sorriu para ele e voltou a comer, Castiel fez o mesmo, decidindo não trazer o assunto de volta.






Castiel apertou o botão do interfone mais uma vez, nunca esteve no apartamento do Sam antes e a demora estava o deixando nervoso, pensando que talvez tivesse errado de rua e prédio, mas uma voz familiar finalmente o atendeu e abriu a porta para que ele subisse.

Sam o atendeu com um sorriso no rosto e deu-lhe espaço para que entrasse na sala. "Meu quarto é no fim daquele corredor, pode ir até lá, vou fazer pipoca para nós." Sam estava mesmo excitado para aquilo, Castiel queria dizer que era apenas um trabalho, mas decidiu não acabar com a alegria do outro.

Seguiu caminho calmamente até o fim do corredor e abriu a porta, adentrando o local e indo até a cama para colocar sua mochila e começar a tirar o livro que trouxe de fonte para o trabalho, já que ele mesmo já dissera que não confia muito em computadores.

Assim que virou o rosto ao ouvir um barulho no canto do quarto, viu um homem - ou seria um rapaz? Não parecia ser mais que cinco anos mais velho que Castiel - sentado em uma cadeira decorativa, vestia uma calça folgada de pijama listrado com uma camisa preta, e jogava dardos no pequeno alvo pendurado na parede a sua frente. Por estar de costas, não havia notado a outra presença no quarto, e incrivelmente acertava todos os dardos no meio.

Castiel não percebeu que estava encarando até o rapaz virar o rosto e seus olhares se encontrarem, causando um arrepio na sua espinha por causa de como ele era uma das pessoas mais atraentes que já vira, e seu olhar matador o deixava ainda mais interessante.

"E você é?" Perguntou após alguns segundos.

Castiel piscou várias vezes e baixou a barra de sua camisa em um movimento nervoso. "C-Castiel."

"O que 'tá fazendo aqui no meu quarto, C-Castiel? Como você entrou?" Para a felicidade do Castiel, Sam entrara no quarto segurando uma panela de pipoca nas mãos. "Isso é pra mim?"

Sam revirou os olhos. "Não, e saia do quarto, Dean, eu vou fazer um trabalho agora." Dean olhou para Castiel novamente e levantou da cadeira, jogando os dardos que faltavam em sua mão, e indo até Sam, pegando um punhado de pipoca antes de sair do quarto. "Desculpe por isso, meu irmão não sabe a hora de parar de ser um idiota."

"Não sabia que você tinha um irmão." Comentou Castiel pegando uma pipoca.

"Infelizmente." Sam colocou a panela em cima da cama e puxou a cadeira onde Dean estava sentado antes. "Estou até surpreso que ele saiu do quarto sem reclamar, deve estar sem vontade para brigar hoje."

Os dois sentaram na cama, por falta de mesa no quarto, e Castiel fez uma parte do trabalho com o seu livro, enquanto Sam pesquisava no seu notebook algo para colocar na outra parte e completar. Não estavam em silêncio enquanto faziam isso, pelo contrário, comentavam qualquer besteira, relacionada a escola ou não, e riam exageradamente.

Castiel não conseguia fazer sua mente parar de voltar para a visão dos olhos verdes que olharam para ele como se pudessem ver através de seu corpo, era uma sensação nova, geralmente costumavam falar que Castiel que tinha um olhar desse tipo. Enquanto escrevia, tentava pensar em uma desculpa para sair do quarto, ele quer terminar o trabalho, mas quer ver o irmão do Sam mais uma vez antes de ir embora.

Olhou para a panela vazia de pipoca e então para a porta, sem Sam perceber. "Vou beber água." Disse de repente.

"Oh, eu pego para você." Mas Castiel foi mais rápido ao levantar.

"Tudo bem, Sam, eu posso pegar. Você quer?" Era a primeira vez que sentia-se sem vergonha de ficar a vontade na casa de alguém, mas Sam era uma daquelas pessoas que não se importava, e aquilo deixava a situação mais fácil.

"Hum, okay? Obrigado por me servir na minha própria casa." Castiel riu e saiu do quarto.

Andou pelo corredor com cautela, como se qualquer passo em falso pudesse acabar com sua vida. Seu coração batia cada vez mais rápido a medida que se aproximava do fim do corredor, mas voltou ao normal quando percebeu que estava sozinho na sala. Tentando não ficar triste, procurou pela cozinha e pegou dois copos, colocando a água enquanto pensava que não deveria estar decepcionado.

Assim que guardou a garrafa na geladeira, Castiel pegou os dois copos e deu meia volta para ir para o quarto, mas acabou se encontrando com alguém e por sorte não derrubou o copo no chão ou água na pessoa.

Dean estava muito próximo, Castiel podia ver agora que ele possuía sardas em seu rosto, podia até mesmo ver que seus cílios eram claros como os pequenos fios de cabelo que nasciam na raiz acima de sua testa, percebeu que antes de ter o que parecia um tom claro de castanho, Dean era originalmente loiro.

Castiel devia mesmo falar alguma coisa, estavam em silêncio por quase um minuto, mas Dean era alto e seu olhar era penetrante o bastante para Castiel se sentir intimidado.

"Então, C-Castiel," Disse Dean casualmente. "você conhece algo chamado 'espaço pessoal'?"

Castiel franziu o cenho, sem entender por alguns segundos do que Dean estava falando, mas assim que percebeu, deu alguns passos para trás, envergonhado. Quase esquecera o que tinha ido fazer na cozinha, era como se os copos em sua mão nem estivessem mais lá.

"Desculpe."

Dean revirou os olhos e o empurrou, não com muita força, para o lado para que pudesse passar e chegar até a geladeira. Por algum motivo não conseguiu tirar os olhos do mais velho enquanto ele pegava uma caixinha fina de isopor e a colocava no balcão, abrindo-a para revelar um pedaço restante de torta.

"Você vai ficar me olhando desse jeito ou vai voltar para seu trabalho com Sammy?"

Castiel estava quase perguntando quem era Sammy, mas lembrou do garoto o esperando no quarto. "Oh!" Foi tudo o que disse antes de seguir em direção de volta aonde estava fazendo o trabalho, e antes que entrasse, conseguiu escutar um riso que lhe pareceu sarcástico, como se dissesse que Castiel era estúpido.

"Pensei que tinha se perdido, fiquei meio preocupado, não é um apartamento muito grande." Disse Sam pegando o copo que Castiel lhe oferecera.

"Huh? Eu não estava encontrando os copos." Mentiu, mas foi o bastante para Sam apenas sorrir e encerrar o assunto.

Sentando novamente na cama, Castiel voltou a escrever, um pouco triste que Dean pareceu não ter gostado dele. Ele não deveria nem ao menos desenvolver uma crush no rapaz assim que o conhecesse. Talvez Castiel fosse mesmo estúpido.

×××

Dean desligou a tela do celular quando a ligação com seu chefe foi cortada. Crowley idiota com seus contratos idiotas com gente idiota que não seguia com os contratos idiotas. Dean não conseguia entender como que as pessoas, conhecendo Crowley e o conhecendo, ainda faziam questão de não pagar as coisas, mesmo no terceiro e famoso aviso, que ao ser ignorado, era quando Dean entrava no negócio.

Percebeu também que muitos dos homens a quem andava perseguindo e matando pertenciam a gangue 'inimiga' a sua, e aquilo não era uma boa coisa, principalmente porque todos os chefes das gangues de rua eram exageradamente dramáticos e levavam tudo para o lado pessoal.

Trocando apenas a calça do pijama e vestindo sua jaqueta de couro e calçando seu par de botas pretas, Dean pegou seu taco de metal e saiu do quarto, encontrando seu irmão sentado sozinho no sofá enquanto digitava no celular, provavelmente conversando com seu amigo que foi embora há algumas horas.

"Vou sair."

Sam olhou para Dean e para o taco encostado ao chão, dando um suspiro. "Boa sorte."

"Sabe que eu não preciso de sorte. Tranque a porta quando eu sair e não abra pra ninguém, 'tá me ouvindo, Sammy?" Dean perguntou quando Seu irmão levantou do sofá, assentindo.

Não é como se os gangsters conhecesse sua família, mas Dean ainda se preocupa, para alguém que tem uma vida dentro desse negócio, ele sabe como é preciso ter cautela com as pessoas que ama. Olhando para a porta, Dean respirou fundo antes de sair do edifício, com apenas um pensamento pairando sobre sua mente.





22:09 - Restaurante do Luke, saída de Detroit

Dean abriu a porta do restaurante, levemente irritado com o som do sino tocando acima dele, e seguiu caminho até uma das mesas, ignorando os olhares que dois clientes e um garçom lhe lançaram por causa do taco estranho em suas mãos. Olhou em volta e soube que aquele era o tipo de restaurante que apenas era visitado por clientes velhos e provavelmente amigos do dono, o lugar era um pouco descuidado, e tinha uma vibe de filme de suspense com toda a sua atmosfera azul.

"O que vai querer, senhor?" Perguntou o garçom ao seu lado.

Dean não ousaria comer nada dali, ainda mais que era possível que Luke tenha o visto, a expressão no rosto do garçom era suspeita, mas precisava pedir algo para manter o personagem. "Um sanduíche de bacon." O homem a sua frente assentiu. "Onde é o banheiro?"

Dean levantou da cadeira e foi até onde o garçom apontou no fim do restaurante. O banheiro era tão descuidado quanto o resto, além de uma das luzes estar quase queimando, fazendo-a ficar piscando de vez em quando. Uma coisa era certa, quando Dean terminasse aquele trabalho, nunca voltaria ali.

Lavou as mãos e saiu do banheiro, mas não voltou a sua mesa. Esperou o garçom ir atender um novo cliente e foi até a entrada da cozinha, andando sem fazer barulho. O lugar era quente e cheirava a cebola, o que fez Dean ficar um pouco enojado, mas continuou andando até chegar atrás de um homem baixo e gordo. Quase revirou os olhos para o esteriótipo a sua frente. Limpou a garganta, causando o tal do Luke um pequeno susto, fazendo-o se virar para Dean.

"Quem é você? O que está fazendo aqui?"

"Não tenho tempo para brincadeiras, você sabe quem eu sou."

A expressão no rosto do homem se tornou dura. "Eu vi você entrando, sabia que aquele idiota iria mandar alguém atrás de mim."

"Deveria ter pagado o que devia, então. Ou pelo menos fugisse quando podia assim que eu entrei."

Os dois ficaram se olhando, esperando para saber quem iria dar o primeiro passo, e claramente foi o Luke, que tirou uma pistola de baixo de uma prateleira e a apontou para Dean, que apenas riu com desdém, ainda sem fazer nada exceto observar a situação. Luke puxou a trava e manteve a arma erguida. Dean notou o tremer de suas mãos e soube que aquela era sua primeira vez usando aquilo, provavelmente havia a comprado quando soube que Crowley não ficaria feliz com ele.

Dean, sabendo exatamente o que fazer, jogou-se para o lado, fazendo com que Luke atirasse por reflexo para onde ele antes estava, não recebendo o tiro. Rapidamente, Dean bateu com o taco nas mãos do homem, fazendo a pistola cair no chão, e o empurrou para o outro lado da cozinha. Arrastando o taco no chão para criar o barulho que ele sabia que assustava seus alvos, Dean andou vagarosamente até o homem desarmado, que o olhava como se pedisse piedade sem as palavras.

Dean estava se irritando com Luke, que nem ao menos se levantou para tentar se salvar. Querendo terminar logo com aquilo, Dean ignorou os murmúrios do homem e ergueu o taco, batendo com tanta força na cabeça do outro que pode ouvir o som de seu crânio na primeira batida. E como um boneco, Luke deixou que os braços caíssem, seu corpo agora mole e desacordado. Dean o atingiu mais uma vez, apenas para ter certeza, e se aproximou, pegando uma faca da cozinha e colocando abaixo do nariz do homem por alguns segundos, percebendo que ele não respirava.

Jogou a faca no chão e olhou para seu taco, antes estava tão limpo que chegava a brilhar, agora sujo de sangue novamente. Suspirou irritado e saiu da cozinha, colocando o taco em seu ombro sem nem ao menos se importar com os olhares dos clientes, viu pelo canto do olho que o garçom correu e antes de pisar fora do restaurante, escutou gritos.

Guardou o taco no porta malas do impala e entrou no carro, sendo a primeira coida que fez ligar para Crowley. "Ele está morto." Foi tudo o que disse antes de desligar e procurar por cigarros na jaqueta, apenas para perceber que havia esquecido o maço em casa. "Droga."

Irritado ainda mais, Dean ligou o carro e dirigiu até uma conveniência, onde compraria cervejas e mais cigarros antes de voltar para o apartamento. Pensando que deveria também comprar o jantar do seu irmãozinho.


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