[DEGUSTAÇÃO] Minha Melodia é...

By micamarianisc

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SINOPSE
PRÓLOGO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
TRILOGIA FURY HUNTERS

Capítulo 5

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By micamarianisc

SAMANTHA

Estava dando os últimos retoques em casa quando o meu celular começou a tocar. Era o mesmo número que me ligava quase toda semana nos últimos dois ou três meses e eu não fazia a mínima ideia de quem poderia ser. A pessoa apenas ficava do outro lado da linha e eu sabia que o telefone não estava mudo porque eu podia escutar a sua respiração. Parecia aquelas coisas de filme de terror e para ser completamente sincera, no começo fiquei com um pouco de medo, mas o temor se tornou frustração e eu estava apenas puta da vida por perder o meu tempo com um idiota que não tinha o que fazer.

– Sério que você não vai parar de me ligar? Se você for mudo, eu até te perdoo, mas, caso contrário, vá arrumar alguma coisa para fazer da sua vida e me deixe em paz.

Desliguei o telefone e voltei a arrumar o lindo arranjo de peônias rosas que tinha comprado com a vizinha de Melinda. Aquela mulher tinha mesmo um dom, porque além de criar lindas combinações de flores, ela sabia o significado de cada uma delas. Essas que escolhi tinham vários significados, mas os principais eram sinceridade e vida feliz. Exatamente o que eu estava precisando para a minha vida.

Olhei para o relógio da cozinha e vi que ainda tinha uma hora para gastar antes que todos chegassem. Liguei para a minha mãe e conversei com ela por alguns minutos antes que Julie tomasse o telefone e conversasse comigo sobre a noite de filmes que a minha mãe estava preparando. Uma lágrima desceu pelo meu rosto quando me lembrei dos meus pais brincando com o Cauã e rapidamente a limpei. Lembrar do meu irmão e da minha cunhada sempre me machucava, mas quando recordava das brincadeiras gostosas que eu tinha com o meu sobrinho de dois anos, uma dor quase intolerável tomava conta do meu coração. Ele merecia viver, assim como a sobrinha linda de Mellie.

Depois de muitos beijos, desliguei o telefone e fui terminar de arrumar a tábua de frios que tinha começado a preparar, mas parado para fazer outras coisas. Ela combinaria perfeitamente com as bebidas que tinha comprado para nos divertirmos essa noite. Cortei alguns pedaços de queijo provolone e gruyére, que eram os meus favoritos para tira-gosto, e os coloquei ao lado dos palmitos e ovos de codorna já devidamente gelados. Cortei em fatias o presunto parma e o lombo canadense, jogando azeite por cima de tudo e decorando com alguns ramos de tomilho e endro. Ficou lindo e de dar água na boca.

A campainha soou e corri para abrir a porta, encontrando um Tales impecável, usando uma calça jeans colada em seu corpo perfeito e uma camisa branca de mangas longas que estavam dobradas até a altura dos cotovelos. Os primeiros botões estavam abertos e dava para perceber um pouco do seu peito. Tentei ignorar minha vontade de pular em seus braços e apenas indiquei para que ele entrasse.

– Nossa, Sam, aqui tá cheirando muito bem. O que você está preparando?

– Assei mais cedo umas torradinhas cobertas de queijo e presunto com bastante azeite e orégano por cima. Vou esperar que todos cheguem para preparar o resto. Tenho pão de queijo e uma torta de frango pronta para assar que é receita da minha avó.

– Você caprichou, hein? Não só na comida, mas no visual também. Você está linda.

Senti meu rosto se aquecer e balancei a mão, como se não fosse nada. Eu estava usando uma saia preta rendada que batia aproximadamente no meio das coxas e uma camiseta de seda bege que era básica, mas que caía muito bem em mim. Evitei usar saltos porque eles eram desnecessários para uma noite como essa e optei por uma sapatilha fofa da mesma cor que a minha blusa. Eu sabia que estava bonita, mas o jeito que Tales me olhava me deixou tímida, coisa que eu não era. Tentei passar por ele e ir até a cozinha para evitar ficar ainda mais embaraçada, mas fui detida quando sua mão me segurou pelo pulso e me fez parar bem na sua frente. Nossos rostos estavam a centímetros de distância e eu podia sentir o cheiro mentolado do seu hálito.

– Você é linda, Sam.

Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele segurou o meu rosto com as duas mãos e afundou seus dedos em meus cabelos enquanto sua boca descia até à minha num beijo avassalador. Se com um único olhar ele me tinha à sua mercê, com um beijo como esse Tales tinha controle completo do meu corpo e, infelizmente, do meu coração. Eu não queria admitir que sonhava estar com ele, mas ficava cada dia mais difícil negar esse desejo. Meu único medo era de confiar e depois sofrer por ter meu coração partido. Eu tinha passado por isso uma vez e nunca mais queria reviver toda a dor que senti. Se com o Ryan havia doído, mesmo eu não o amando, com Tales seria devastador porque meus sentimentos por ele eram profundos e verdadeiros.

O toque da sua língua me fez parar de pensar em meus medos e me permitiu desfrutar do momento maravilhoso que estava vivendo. Minhas mãos seguraram com firmeza seus braços definidos e girei minha cabeça de lado para aprofundar ainda mais o nosso beijo. Esse foi todo o incentivo necessário para que suas mãos me agarrassem pela cintura e me levantassem, não sabendo para onde estava sendo levada até sentir o granito frio da bancada da cozinha. Sabia que minha saia devia ter subido perigosamente pelas minhas pernas, mas essa era a última das minhas preocupações.

Uma das mãos de Tales agarrou vigorosamente a minha coxa nua e a outra subiu pelo meu pescoço, repousando delicadamente sobre o meu rosto. Uma era o contraste da outra. O movimento de seus lábios que antes eram firmes e precisos perdeu a agressividade e nosso beijo ficou lento e extremamente íntimo. Todo o meu corpo estava arrepiado e meu coração batia descontroladamente dentro do peito.

– Sam...

O sussurro rouco e lento de Tales em meu ouvido me fez tremer. Meu nome em seus lábios parecia uma prece e eu queria tê-lo novamente em minha cama, porque em meu coração ele já estava. Eu o afastei, decidida a ligar para todos e desmarcar a nossa reunião, quando o interfone soou. Queria gritar, chorar ou matar quem quer que estivesse atrapalhando os meus planos de terminar a noite nos braços de Tales. Nua.

Passei os dedos contornando a lateral do seu rosto e tentei desacelerar minha respiração da mesma forma que ele fazia.

– Você atende? Preciso me arrumar lá dentro. Meu cabelo deve estar um ninho de passarinho.

Tales sorriu docemente e passou seus dedos sobre os meus cabelos desarrumados.

– Você continua linda.

Como era possível ele ser capaz de dizer as palavras que eu precisava ouvir no momento certo? Ele não podia ser mais perfeito.

Dei um beijo rápido em seus lábios vermelhos e pulei de cima da bancada, correndo até o meu quarto para me acalmar. De quem tinha sido a ideia brilhante de fazer essa reunião hoje?

Ah, droga! Tinha sido minha...

QUANDO FINALMENTE consegui acalmar o meu coração, retoquei minha maquiagem borrada e dei uma ajeitada no cabelo, encontrando Tales sentado no pufe de couro da sala, conversando com o meu irmão e Melinda, que estavam sentados no sofá. Quando me viram entrar, os dois se levantaram e correram para me abraçar.

– Desculpa termos chegado mais cedo, Sammy. A Mel estava louca para vir e me apressou para sairmos logo de casa.

– Não começa, Edu. Era você quem estava olhando de cinco em cinco minutos no relógio da cozinha, esperando que desse hora. Eu apenas resolvi colocar um fim no seu sofrimento.

– Eu fico feliz que vocês tenham vindo mais cedo, apesar de nem estar tão cedo assim. Já são quinze para as oito e Benny e Catarina devem estar chegando.

Quando liguei para o meu irmão na noite anterior e fiz o convite para uma reunião aqui em casa, expliquei que tinha encontrado com Benny num restaurante – omiti que Tales estava comigo para evitar que Eduardo fizesse comentários brincalhões como ele sempre parecia gostar de fazer quando o assunto envolvia sua irmã mais velha –, acompanhado da moça da joalheria que, por incrível que pudesse parecer, era a tal amiga de infância do nosso amigo. Dizer que ele ficou surpreso seria pouco. Eduardo não acreditou que a mulher que havia lhe vendido as alianças era surda e ficou ainda mais animado para ser devidamente apresentado à amiga de Benny. Eu não achava que os dois eram apenas amigos. Não por muito tempo, pelo menos.

– Mesmo assim, me desculpe. O Tales disse que você estava terminando de se arrumar e eu sei como vocês mulheres gostam de levar o seu tempo.

Precisei me segurar para não rir e olhei para a minha cunhada, que tinha um sorrisinho no rosto que me fez querer esganá-la. Eu sabia que ela morria de vontade de me perguntar se havia algo entre mim e o Tales, as suas indiretas me fizeram perceber isso, mas em sua defesa, ela segurava bem a sua curiosidade. O que eu mais gostava na minha família e nos meus amigos era o respeito que eles tinham pelo espaço alheio.

Ficamos conversando por alguns minutos até Benny e Catarina chegarem. O contraste entre ela e o meu amigo era enorme e isso os fazia parecer ainda mais lindos juntos. Não apenas pelo corpo – Benny parecia uma montanha de músculos tatuada enquanto Catarina era pequena e magra –, mas também pela personalidade. Ela era bem tímida e retraída, enquanto ele era expansivo e brincalhão. Sim, eles formavam um lindo casal.

Os dois entraram no meu apartamento e eu a apresentei a todos, fazendo questão de olhar diretamente para ela. Queria que Catarina pudesse entender tudo o que falávamos. Ela sorriu para mim e Melinda apareceu em seguida cumprimentá-la, seguida por Du, brincando sobre ela ter colocado Benny nos eixos. Tales saiu da cozinha carregando uma garrafa de vinho e duas latas de cerveja e colocou tudo sobre a mesinha de centro, abraçando a nossa mais nova integrante do grupo.

– Fico feliz por você ter vindo e por trazer aquele idiota. Faz muito tempo desde que tivemos um encontro desses.

Todos nós nos sentamos e começamos a conversar, fazendo questão de manter nossos rostos virados para Catarina. Vi como ela ficou emocionada com o que estávamos fazendo, mas fiquei calada para não constrangê-la. Eu e Tales estávamos dividindo o pequeno pufe de couro enquanto os outros ocupavam os demais sofás da sala. Eu sentia o olhar dele em mim o tempo todo e sempre que olhava para ele, eu o encontrava me observando com um sorriso impossível de não ser retribuído.

Depois que eu, Melinda e Cat bebemos duas garrafas de vinho e os rapazes quase acabaram com a segunda caixa de cerveja, propus que começássemos uma brincadeira e nada podia melhor do que o jogo da verdade para que todos se conhecessem. Essa brincadeira nunca ficava velha, principalmente quando os participantes estavam bêbados. Du tentou dizer que a gente não estava, mas era óbvio que todos já estavam bem alterados pela altura das nossas vozes e porque não conseguíamos parar de rir. Corri até a cozinha e trouxe uma garrafa vazia de vinho e uma de tequila importada, que havia comprado há anos, mas que nunca cheguei a abrir.

– Vamos girar a garrafa e a pessoa para quem ela estiver apontada terá que responder a pergunta de quem estiver à sua frente. Se ela não quiser responder, não terá que pagar nenhuma prenda, mas vai beber uma dose dessa belezinha aqui. Já vou logo avisando que nunca bebi nada tão forte quanto isso.

– Que droga, Sam! Se a gente beber isso, ninguém vai conseguir dirigir.

– Então é uma coisa boa que você só precise subir um andar para chegar no seu apartamento, você não acha?

Pisquei para ele e Benny começou a rir da cara do amigo, que respondeu mostrando o dedo médio para ele. Depois que conseguimos parar de rir, disse que ficaríamos mais confortáveis se nos sentássemos no chão, mas na verdade eu estava com medo que alguém se machucasse caso caísse da cadeira de tão bêbado. Quando todos já estavam assentados em seus lugares, girei a garrafa e Du ganhou o direito de fazer uma pergunta para Benny.

– Maravilha! Duda, você pergunta para o Benny. – Tales praticamente gritou, compartilhando o sorriso maldoso que Eduardo lançava para o amigo.

Estava com medo de qual seria a sua pergunta, mas logo vi seu sorriso suspeito desaparecer e o rosto do meu irmão ficar mais sério. Quando ele perguntou como estava indo o trabalho no hospital, tive certeza de que ele desistiu de fazer a pergunta original. Du não era de fazer perguntas inofensivas como essa, apesar de ser o mais quieto de todos.

Benny pareceu surpreso, para não dizer aliviado, e contou sobre a alegria que sentia em seu trabalho voluntário e como Catarina participaria também do projeto. Ficamos extremamente orgulhosos pelos dois e vi o rosto da amiga de infância do nosso amigo tatuado avermelhar. Ela girou a garrafa para deixar de ser o centro das atenções e quase xinguei em voz alta quando ela apontou para mim e Melinda.

– Bem, bem, bem... Samantha, diga a verdade. Você está ou já esteve realmente apaixonada alguma vez na sua vida?

Se antes eu queria esganá-la por suspeitar que a minha desculpa de estar terminando de me arrumar fosse falsa, minha vontade passou a ser outra. Queria dar uma voadora na minha cunhada para fazê-la ficar calada. Não tinha pergunta pior para ela me fazer? Provavelmente sim, mas eu não queria responder, mesmo sabendo que omitir só aguçaria ainda mais a curiosidade dos meus amigos, principalmente a de Tales. Melinda ainda teve a cara de pau de dar de ombros e sorrir inocentemente, antes de encostar a cabeça no ombro do meu irmão.

Todos me olhavam praticamente sem piscar e o silêncio que caiu sobre a sala permitiria ouvir um palito de dentes cair na cozinha. Não havia alternativa a não ser responder e continuar com a brincadeira. Eu não estava preparada para dizer que eu amava o Tales, mas não seria capaz de mentir para os meus amigos, não quando estávamos querendo ser sinceros uns com os outros. Se tudo desse certo, a minha resposta seria logo esquecida.

– Sim.

Peguei a garrafa e a girei novamente, mas não sem antes perceber o olhar de dor que recebi do homem que eu amava.

_______________________________

AHHHHHHHH, ESSES DOIS...

SE AMAM, MAS NÃO DIZEM UM PARA O OUTRO...

ISSO TEM QUE MUDAR LOGO..

O QUE SERÁ QUE O NOSSO GATO DOS OLHOS AZUIS ESTÁ PENSANDO? BOA COISA NÃO DEVE SER. O QUE VOCÊS ACHAM?

NO PRÓXIMO CAPÍTULO, A RESPOSTA SERÁ DEVIDAMENTE RESPONDIDA... E OUTRAS COISINHAS MAIS QUE VÃO FAZÊ-LOS ENTENDER O RECEIO DO TALES EM SER COMPLETAMENTE SINCERO COM A SAM. O MISTÉRIO SOBRE O PASSADO DELE SERÁ REVELADO E APOSTO QUE VAI TER GENTE QUERENDO COLOCÁ-LO NO COLO...

;)

_________________

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EU TENHO AS MELHORES LEITORAS DO MUNDO!!!

#amovcs

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