Melinda Narrando:
—Viu seu Guarda… -Ele fala parando o beijo e me olhando. —Estamos bem… Como um casal. -Ele me olha e depois pro Guarda.
Fico me lembrando do beijo que Enzo me deu e sorrindo sozinha, Eu acabei de acordar e ainda estava sentada na cama olhando pro nada.
—Melinda? -Maria entra no meu quarto. —Já está acordada sem precisar chamar… -Ela vem até a mim.
—É… Eu mal conseguir dormir direito. -Falo me levantando.
—Por que? Tem algo te preocupando? -Ela ne olha e nego sorrindo.
—Não Maria, Eu tô bem… -Sorrir fraco e vou para o banheiro.
Tiro o meu pijama e entro no box ligando o chuveiro, tomo um banho rápido e escovo os meus dentes, me enrolo na toalha e saio do banheiro indo para o closet, visto uma calça lavagem clara e o uniforme da escola, Maria termina de arrumar a minha cama e desce para preparar o meu café da manhã, penteeio os meus cabelos e calço os meus all star brancos.
—Cuidado Garota, Eu sei onde você estuda… -Ele fala e paro de andar. —Posso muito bem infernizar a tua vida. -Ele fala sério e o olho.
Será mesmo que ele vai na minha escola só pra me atormentar?
Balanço a minha cabeça e volta a me arrumar, passo perfume e desodorante, arrumo os meus livros na mochila e pego o meu Celular com os meus fones. Saio do meu quarto e desço as escadas indo para a cozinha onde já estava os meus pais e meus avós.
—Bom Dia… -Falo me sentando.
—Bom Dia… -Todos falam.
—Nem precisei chamar a Melinda, ela já estava acordada e disse que mal dormiu. -Maria fala me servindo.
—Por que Melinda? -Minha Mãe me olha.
—Eu… Não estava achando uma… Posição boa para dormir. -Falo e dou um sorrisinho sem graça.
Tomo o meu café com calma e converso um pouco com a Vovó, depois de tomar café eu subir as escadas e fui para o meu quarto escovar os meus dentes mais uma vez, me olho no espelho e arrumo um pouco o meu cabelo. Desço as escadas e pego a minha mochila, me despedir de todos e saio da cozinha pegando o meu skate e já saindo de casa.
—Filha… -Ouço Papai me chamando.
—Oi Pai. -Me viro.
—Deixa que eu vou te deixar na escola… -Ele fala pegando as chaves.
—Me deixar?! -Pergunto sem acreditar.
—É porque? Não quer que Eu vá de deixar? -Ele me olha e nego. —Então vamos… -Ele fala e saímos.
Papai tira o carro da garagem e entro no mesmo, coloco o meu skate e minha mochila no banco de trás, coloco o cinto e Papai dar a partida saindo do Morro.
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Chegamos em frente da minha escola e vejo aquelas patricinhas em frente do portão. Eu daria de tudo para Estudar em uma das escolas públicas da Maré, só pra não ter o pé de não olhar na cara dessas ridículas.
—Valeu Pai… -Falo pegando as minhas coisas.
—Cuidado e assim que acabar a aula é direto pra casa, ouviu? -Ele fala e assentir saindo do carro.
Meu Pai sai e respiro fundo andando em direção aos portões da Escola, ouço os cochichos baixos daquelas vadias mal amadas e a minha vontade é de tacar o meu skate na cabeças delas até afundar.
Vou caminhando até chegar no pátio da escola encontrando a Eliza, a mesma quando me abraça forte e puxa o meu braço até os bancos.
—Eu fiquei te esperando sábado e você nem deu sinal… -Ela fala chateada.
—Desculpa Prima… -Abraço ela. —Mas não tive oportunidade de falar com Mamãe e a mesma me obrigou a ir ao baile. -Falo passando a mão nos seus cabelos.
—Tudo bem Chata. -Ela aperta as minhas bochecha.
—Se você quiser passar o Final de semana comigo, eu iria adorar. -Falo e ela sorrir.
—Claro Amiga, assim podemos ir ao shopping e fazer umas comprinhas. -Ela fala animada e sorrir.
—Então tá fechado, o final de semana vai ser só nosso. -Falo e sorrimos.
O sinal tocou e nos se despedimos, fui para a minha sala e Eliza foi para a dela. Vejo que não tem ninguém no corredor e subir no meu skate indo para a droga da minha sala.
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A aula acabou e me despedir de Eliza, a mesma vai falar com a Dinda sobre passar o final de semana na minha casa. Ajusto o meu boné na cabeça e coloco o capuz do meu moletom por cima, coloco os meus fones de ouvido e subir em cima do meu skate saindo dali.
Vou pela a praia pois gosto de ver o Mar, olho para o lado e me lembro quando atropelei o Enzo e ele quase caiu por cima de mim. Droga Melinda, esquece esse Escroto que quer te matar, mas eu não tenho culpa se aquela peste é Linda e beija bem, mesmo sendo contra a vontade. Reviro os meus olhos e acelero mais para sair dali o mais rápido possível.
Chego na entrada do Morro e faço um toque com os moleques da entrada, caminho distraída enquanto escutava música vejo o Wesley vindo de moto na minha direção, ele sorrir ao me ver e para do meu lado.
—Minha Linda… -Ele fala sorrindo.
—Oi Wesley… -Falo e beijo a sua bochecha.
—Sobe que eu vou te deixar em casa. -Ele fala e aceito.
Subir na moto e seguro na sua cintura com uma mão, Wesley dá a partida e anda calmamente subindo a rua. Ele sorria para as pessoas assim como Eu, chegamos em frente de casa e ele me ajuda a descer da garupa.
—Valeu Wesley… -Agradeci sorrindo.
—Não precisa agradecer Linda, sabe que por você eu faço tudo. -Ele fala e sorrir.
Abraço o mesmo e ele aproveita para me dar um selinho demorado, mas logo me Afasto e encaro ele.
—Wesley… -Ergui a sobrancelha.
—Foi mal Linda, não deu pra evitar. -Ele fala e sorrimos.
—Você não tem noção do perigo mesmo, imagina se Papai chegasse agora. -Falo e ele rir alto.
—Eu sei como acalmar a fera… -Ele fala sorrindo. —Bom, vou ter que ir Linda até depois. -Ele pisca pra mim e sai em alta velocidade.
Me viro e abro os portões de casa e vou até a porta branca, abro a mesma e entro já gritando pela a Maria, avisando que tinha chegado. Subir as escadas e vou para o meu quarto, deixo o meu skate no canto e a mochila em cima da mesa dos estudos.
Até hoje me pergunto do porque Eu tenho essa mesa de estudo, se nem de estudar Eu gosto. Tudo numa boa.
Tiro aquele uniforme horrível e os meus tênis, ficando só de calça e sutiã me jogo na cama e pego o meu celular, troco alguns mensagens com a Eliza e com o grupo da galera do treino de skate, eles são bem legais.
Depois de conversar um pouco com a galera eu fui tomar banho e ir almoçar, pois estava cheia de fome e como sempre a Maria caprichou no assado de panela. Estava divino!
Depois do almoço, eu subir e fui para o meu quarto, escovo os meus dentes e me deito um pouco para descançar o almoço, fico escutando música no fone até pegar no sono.
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Acordo e vejo o meu quarto todo escuro, as janelas estavam abertas e um vento frio entrava no quarto, me levanto e fecho as mesmas o meu celular estava descarregado e colo o mesmo para carregar, ligo as luzes do meu quarto e vejo as horas no relógio que estava em cima do criado-mudo.
—Seis Horas? Poxa dormir tanto assim… Mamãe já vai chegar e não vai gostar nada de me ver com a cara inchada de tanto dormir. -Falo e arrumo a minha cama.
Vou para o banheiro e faço as minhas necessidades, faço um coque alto nos meus cabelos e lavo o rosto, troco de roupa colocando um blusa preta de mangas compridas e um short curto por baixo.
Saio do quarto e desço as escadas indo para a cozinha, vejo Maria mexendo as panelas e o cheiro estava muito bom.
—Deixo adivinhar… Frango à passarinha com molho picante, acertei? -Falo me sentando no balcão.
—Sim, seu prato favorito. -Ela aperta a ponta do meu nariz.
Pego uma banana e começo a comer enquanto o jantar não ficava pronto, logo escuto a porta sendo aberta e a voz de Mamãe ecoando pela a casa.
—Jonas já chegou? -Ela entra na cozinha.
—Não Lya. -Maria responde.
—Fez os deveres de casa Melinda? -Ela me olha enquanto bebe água.
—Sim… -Minto.
—Vou tomar banho e relaxar um pouco, aquele ateliê estava um estresse só… -Ela fala pegando a bolsa e saindo.
Termino de comer a banana e vou trás de Mamãe, subir as escadas e a vejo entrando no quarto, vou caminhando até o seu quarto e Bato na porta, ouço a sua voz perguntando quem é.
—É… Sou Mãe. -Falo e fico bem paradinha.
Ela abre a porta e me olha de cima à baixo, arranho a minha garganta e tento encarar os seus olhos que estavam vidrados em cima de mim.
—Vai falar ou vai ficar enrolando? -Ela fala e finalmente a olho brevemente.
—Eu… Eu queria falar que… -Droga esse meu nervosismo atrapalha muito
—Quer entrar? Porque só pelo o jeito, você vai passar um século para falar. -Ela fala dando passagem.
Olho para ela e depois para dentro do quarto, já faz tanto tempo que não entro ai chega a ser estranho. Penso em recusar mas ouço a Mamãe resmungar pela a minha demora, entro no quarto olhando tudo em volta e vejo que não mudou nada.
Ouço a porta se fechar e a presença de Mamãe atrás de Mim, me viro e fico sem jeito de estar ali e na presença dela.
—Então Melinda, o que quer falar? -Ela pergunta calma.
—A Eliza… -Falo com dificuldade.
—O que tem ela? -Mamãe pergunta enquanto tira os seus sapatos.
—Ela vem passar o final de semana comigo… -Falo olhando para os lados.
—E o que que tem? Você não quer que ela venha? -Ela tira o seu blazer chique.
—Não é isso, só estou falando porque achei que não iria gostar… -Falo cabisbaixa.
—Lógico que não Melinda, a Eliza é minha afilhada… Ela é sempre bem vinda aqui. -Ela fala parando na minha frente.
A minha respiração já estava acelerada, aquele lugar estava me deixando desconfortável e sem contar com a presença da Mamãe que me deixava mais nervosa ainda.
—Eu… até o jantar. -Falo e dou as costas indo para a porta.
—Filha espera… -Ela pega no meu braço.
O seu toque fez o meu corpo se arrepiar, o meu coração parecia uma escola de samba e não sabia mais controlar a minha respiração. Me viro e encaro os seus olhos azuis iguais aos meus, a sua respiração pesada entregava o dia cansativo no trabalho.
—Por que você é assim? -Ela olha no fundo dos meus olhos.
—Assim… C-como? -A minha voz saiu arrastada.
—Por que se afastou de Mim Filha? -Sentir a sua voz trêmula.
Por um momento eu parei de respirar, as palavras ficaram entaladas na minha garganta que ficou seca de repente. Os seus olhos brilhava e seu queixo tremia, a sua expressão era de espera… espera pela a minha resposta.
—Eu… Eu. -Gaguejo. —Tenho que ir… -Falo e saio do quarto.
Fecho a porta e caminho um pouco pelo o corredor, mas sinto as minhas pernas bambas e Cair de joelhos, sinto um aperto no coração e meus olhos marejados.
—Será que essa culpa nunca vai sair de mim… -Falo com a voz embargada.
Todos já estavam na mesa jantando, exceto Meu Pai ele ainda não chegou. Eu mal toquei na comida, depois daquele momento com Mamãe no seu quarto Eu perdi o apetite total, Ela também não falou nada até agora e nem comeu direito.
—Oi Gente, desculpa pela a demora mas tive que ir no shopping. -Meu Pai chega na cozinha.
—No shopping? E você foi fazer o que lá? -Mamãe olha para ele.
—Fui comprar um presente para a Nossa Filha. -Ele fala e fico surpresa.
—Pra mim? Mas não é meu aniversário. -Falo totalmente surpresa.
—Vem cá Melinda… -Ele me chama indo para a sala.
Vou atrás dele e o mesmo segurava uma caixa média com alguns furos na mesma, logo todos vem saber o que Papai trouxe para mim.
—Espero que goste. -Ele me entrega a caixa. —Cuidado filha para não soltar no chão…
—Pesada… -Falo e coloco com cuidado no chão e abro a mesma. —Eu não acredito… -Falo boquiaberta. —Ganhei um filhote de Labrador… -Falo tirando o cãozinho da caixa.
—Gostou? -Meu Pai para na minha frente.
—Eu amei… -Sorrir olhando para o meu novo amigo. —Obrigada Pai… -Abraço ele e dou um beijo na sua bochecha.
—Um Cachorro? Jonas onde você estava com a cabeça pra comprar um Cachorro? -Lá vem Mamãe com seus surtos.
—O que que tem? Melinda sempre quis ter um desses, não achei problema de dar um para ela. -Ele se levanta e olha para Mamãe.
Ele está me defendendo?! AMEI!
—Mas Jonas, ele suja e tem que ter veterinário, ração e tem que levar para passear. -Ela fala como se o cachorro fosse um bicho de sete cabeças.
—Não precisa se preocupar Mãe, eu vou tomar de conta dele… Afinal o cachorro é meu. -Falo com o meu bebê no colo. —Você é lindo sabia?
Ele lembe a minha cara e começa a latir, o seu pêlo era preto assim como seus olhinhos pequenos e brilhantes.
—Temos que escolher um nome para ele… -Vovó fala do meu lado.
—Já sei… Ralph. -Falo e o abraço.
Mamãe sobe para o quarto e Papai revira os olhos, me aproximo dele e o abraço mais um vez mesmo sabendo que ele não gosta muito disso.
—Obrigada… -Falo e ele sorrir.
Pego o pequeno Ralph e vou para o meu quarto, ele era Muito fofo e não parava de me dar lambidas na cara. Me tranco no quarto e coloco ele em cima da minha cama, fico olhando aquela Fofura e o abraço mais uma vez.
—Nem acredito que Papai me trouxe você… -Falo olhando pra ele. —Agora não vou me sentir tão só nessa casa, vou ter você pra conversar e brincar. -Falo e beijo a sua cabeça. —A Mamãe não ficou muito feliz com a sua presença, mas não liga não tá? É só você fazer do mesmo jeito que ela faz comigo, não dar atenção. -Falo me deitando e ele sobe em cima de mim.
Fico deitada fazendo carinho no meu novo amigo, meu Ralph…
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Desculpas pelos os Erros!
Eu não sei vocês, mas achei esse Capítulo tão confuso… Sei lá ele foi uma mistura de emoções.
Coisa doida… Mas tudo numa boa!!
Vou tentar postar mais um hoje… Repito eu vou TENTAR postar.
Votem e Comentem**
Bjs 💋 K.S ❤