Melinda Narrando:
Era de madrugada quando escuto alguém jogar pedrinhas na janela do meu quarto, me sentei na cama e vi aquele gesto sendo repetido várias vezes, pensei até em chamar o Papai mas queria ver o que é primeiro. Me levantei da cama e fui para a minha janela em passos calmos, estava com medo e com coragem ao mesmo tempo, pego nas cortinas e fecho os meus olhos.
Você consegui Melinda!
Abrir as cortinas bem na hora que outra pedrinha foi lançada, vejo o meu tio Arthur lá em baixo só de calça comprida e sua blusa no ombro. Abrir as janelas e vou para a varanda do meu quarto, ele sorrir ao me ver.
—Tio Arthur? O que tá fazendo? -O olho lá de baixo.
—Oi Pequena, Eu sair com uma gata e cheguei agora… -Ele sorrir e eu reviro os olhos. —Como Eu sei que você me ama da mesma forma que amo você, ajuda o Titio a entrar em casa. -Ele fala engolindo as palavras.
Esse ai bebeu até demais.
—Espera ai, já estou indo. -Falo e saio da janela.
Saio do meu quarto e olho para os lados, desço as escadas e vou até a porta pegando na chave e giro a mesma. Saio e olho para os lados até que vejo o meu Tio nos arbustos. Mereço!
—Entra logo Tio. -Sussuro.
—Valeu Pequena. -Ele fala alto e me abraça.
—Ai Tio me solta, você tá fedendo. -Me debato nos seus braços. —E ver se fala baixo. -Dou um biliscão nele.
Meu Tio entra e fecho a porta de novo, vamos para a cozinha beber água e aproveito pra pegar um Cupcake. Ajudo o meu Tio a subir as escadas, ele falava sem parar e eu o levo até o seu quarto lhe deixando lá.
—Ver se toma um banho e dormi… -Falo e ele sorrir.
—O Tio te adora. -Ele me abraça colocando todo o seu peso em cima de mim.
—Eu também… Agora sai de cima de mim. -Falo e ele me solta. —Vá tomar banho, ouviu? -Encaro ele e saio do quarto.
Vou caminhando pelo o corredor com o meu Cupcake na mão louca para dar uma mordida nele.
—Você é só meu, seu lindo. -Falo já pronta para dar uma mordida.
—Filha? -Olho para frente e vejo mamãe na porta do seu quarto.
—É… Mamãe. -Escondo o cupcake atrás de mim.
—O que está fazendo acordada a essa hora? -Ele vem até a mim.
—Eu fui beber água. -Falo olhando para os lados.
—O que está escondendo ai atrás de você? -Ela tenta olhar atrás de mim.
—Nada Mãe… -Falo engolindo seco.
—Melinda… -Ela me olha séria.
Respiro fundo e mostro o bolinho pra Ela, fico de cabeça baixa só esperando os seus escândalos.
—Mamãe não briga comigo por favor, sei que você não gosta que eu fique comendo doce até tarde. -Falo de cabeça baixa.
—Não vou brigar com você Melinda, afinal não é pecado comer. -Ela fala e eu a olho. —Volta para o seu quarto filha, amanhã você tem aula. -Ela fala e sai da minha frete descendo as escadas.
Olho para ela e depois para o bolinho. Estranho, ela sempre grita ou me coloca de castigo e dessa vez ela não fez nada.
Vou para o meu quarto e me sento na cama, começo a comer aquele bolinho delicioso enquanto olho para o porta-retrato, onde estava Eu e os meus Pais antes de tudo. Sinto falta desse tempo…
**************
Acordo com o alarme do meu celular, desligo o mesmo e me sento na cama, tenho os meus Cinco minutos de reflexão de espantar a preguiça. Entro no banheiro e tiro as minhas roupas, sinto aquela água morna entrando em contato com o meu corpo tirando toda a preguiça.
Escovo os meus dentes e me enrolo na toalha, vou para o closet e pego uma lingerie qualquer, pego uma calça jeans e o meu uniforme. Penteeio os meus cabelos e os seco no secador, calço os meus vans e passo perfume e desodorante.
Pego um dos meus boné e a minha mochila, tiro o meu celular do carregador e pego os meus fones de ouvido. Saio do meu quarto e desço as escadas, vou para a cozinha vejo os Meus Pais e os meus avós.
—Bom Dia. -Falo para todos.
—Bom dia Meu Doce. -Vovó fala e sorrir.
Começo a tomar café e passo Nutella no pão de queijo, olho para o lado e não vejo o Tio Arthur talvez ele ainda esteja dormindo.
—Oi… -Ouço a voz de Mamãe.
—Oi. -Falo baixo e tímida.
—O Shopping ainda está de pé? -Ela me olha e fico surpresa.
—Ah S-sim, está sim. -Falo e ela sorrir.
—Bom, eu vou ter que ir, encontro vocês lá. -Ela se levanta pegando a bolsa. —Tchau família. -Ela fala e sai.
Enfiei um pão de queijo inteiro na boca e me levanto, pego a minha mochila e saio correndo atrás de Mamãe. Sei que isso é loucura, mas vou pedir uma carona para ela.
—Mamãe! -Grito e saio correndo. —Mamãe me espera… -Faço sinal para ela me ver.
Consigo alcançá-la e paro na sua frente, recupero um pouco do meu fôlego e olho para ela.
—A Senhora pode me levar para a escola? -Pergunto suspirando fundo.
—Tá… -Ela fala e sorrir.
—Obrigada Mamãe. -Eu abraço ela mas solto logo.
Fico sem graça e ela abre a porta para mim, Mamãe também entra e manda eu colocar o cinto, ela dar a partida e saímos do Morro.
Fomos o caminho todo em silêncio e agradeço por isso, faz tempo que não consigo dialogar com a Mamãe até tento, mas as nossas ideias não batem e sempre acabamos discutindo.
Chegamos em frente da Minha escola e pego as minhas coisas, tiro o meu cinto e dou tchau para Mamãe ela só sorrir e sai.
Deus me Ajude a não fazer besteira hoje…
**************
O sino tocou e todos sairam da sala, eu fico arrumando as minhas coisas e saio Por último. Não vi a Rafaela hoje e nem as amiguinhas dela, ouvir por alto que o tapa que dei na cara dela deixou o seu rosto um pouco roxo.
Bem feito!!!
Me despedir de Eliza e a mesma entra no carro do seu motorista, fico em frente da escola esperando Mamãe ou a Vovó vim me buscar.
—Olha só se não é o Enzo… -Ouço alguém falar.
Olho para o lado e vejo aquele cara que atropelei com o meu skate, ele cumprimenta alguns meninos que estuda na minha sala e sorrir com eles.
Dorga, se ele me ver vai me matar, além de atropelar ele Eu ainda o chamei de anta, cavalo e idiota. Me viro e tento cobrir o meu rosto com o cabelo, ele não pode me ver de jeito nenhum.
O olho de relance e vejo que ele estava de bermuda e uma camiseta branca, deixando os seus braços fortes à mostra. Algumas meninas ficam dando em cima dele e ele adora aquilo, mal percebi mas estava o encarando deixando o meu rosto descoberto. Ele me olha e me encara sério, me viro e jogo o meu cabelo para o lado.
—Ai que Droga… -Falo cobrindo o rosto.
—Ei Garota! -Ouço a sua voz grossa atrás de mim.
Olho para trás e o vejo andando na minha direção, eu fico sem ação e engolir seco. Mil vezes merda. Saio dali em passos largos mas sinto o meu braço sendo puxado para trás, logo os meus olhos se encontraram com os seus, olho bem para o seu rosto e confesso que ele é bem bonito.
—Achei você… -Ele aperta o meu braço.
—Me solta idiota. -Tento me solta mas ele aperta mais.
—Achou que iria escapar de mim Menina… -Ele fala sério. —Você teve sorte naquele dia por causa do seu maldito skate, mas agora está sem ele e não pode fugir de mim. -Ele pega os meus dois braços.
—Tá me machucando seu… -Gemi de dor.
—É pra doer mesmo, Garota mimada. -Ele se aproxima de mim.
Sinto a sua respiração quente batendo no meu rosto, olho para a sua boca e a mesma era rosada e bem desenhada, a sua mandíbula bem marcada lhe dava um charme a mais. Ouço uma buzina de carro e olho para o lado, vejo que é o carro de Vovó, o tal de Enzo percebi e me solta.
—Vai ter volta Marrenta. -Ele me olha de cima à baixo e dar um sorriso de lado.
Ele sai de perto e finalmente consigo soltar o ar preso nos meus pulmões, passo a mão no rosto e tento me acalmar. Vou caminhando em passos largos até o carro de Vovó, entro e respiro fundo e coloco o cinto.
—Você tá bem? Tá pálida. -Ela pega na minha testa.
—Estou Vovó… Só estou com… Fome. -Sorrir sem graça.
—Ah… Então vamos? -Ela me olha e assentir.
Vovó deu a partida, olho para o lado e vejo esse Tal de Enzo me encarando com os braços cruzados.
Meus Deus que Cara louco…
*************
Desculpas pelos os Erros!
Ai está mais um Capítulo Monas…
Quem será esse Enzo?!
E que Tragédia é essa que deixa Lyandra e Jonas tão distante de Melinda?
Fiquem atentas aos próximos Capítulos!
Música: Rebeldia ≈ Projota
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Bjs 💋 K.S ❤