Melinda Narrando:
Eu estava em cima do meu skate bem no meio de uma prova do campeonato, fazendo manobras super radicais e deixando todos de queixo caído... Até que chega a hora da premiação e lá estou eu, em cima do palco nervosa para saber o resultado.
—É o prêmio vai para...
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—Vamos Acordar Melinda... -Maria fala abrindo as cortinas do meu quarto. —Hoje é Quinta-feira e você tem que ir para a aula. -Ela tira o meu cobertor.
—Qual é Maria? Me deixa dormir por mais Cinco horas. -Coloco o travesseiro em cima da minha cabeça.
—Não, agora cuida e vai tomar um banho, se vestir e desça para tomar café. -Ela fala e sai do meu quarto.
Que saco! Eu odeio as Quintas-feiras porque esse dia teve que existir?
Vou para o banheiro e tiro as minhas roupas, entro debaixo do chuveiro e tomo um banho rápido, escovo os meus dentes e me enrolo na toalha. Vou para o closet e vejo várias calças e shorts jeans, blusas folgadas e tênis.
Quem pensou que o meu Closet tinha vestidos, saltos, maquiagens e toda essas besteiras de patricinha. Engano seu!
Pego uma calça preta toda rasgada e o meu uniforme, visto qualquer lingerie e a roupa. Calço os meus All star pretos e penteeio os meus cabelos longos, passo perfume e desodorante.
Pego o meu celular, a droga do meu material escolar e coloco o meu boné, desço as escadas e vou para a cozinha. Vejo os meus avós, Papai lendo um jornal, Tio Arthur e Minha Mãe no celular. Como sempre!
—Bom Dia Melinda! -Minha vó me olha.
—Bom Dia Vovó... -Sorrir de lado. —Oi Mamãe...
—Ah... Oi Filha. -Ela nem me olha.
—Cadê a Minha Pequena. -Tio Arthur aperta as minhas bochechas.
—Oi Tio... Para com isso. -Bato na sua mão.
Começo a tomar o meu café da manhã em silêncio, Vovô Marcos ainda puxava assunto comigo mas eu respondia pouco.
—Eu já vou... -Meu Pai se levanta. —Tchau Amor, bom trabalho para você. -Ele beija mamãe e vem até a mim. —Tchau Filha. -Ele beija a minha testa e sai.
Termino o meu café e subir as escadas para escovar os meus dentes de novo, me olho no espelho mais uma vez e saio do quarto. Chego na sala e vejo Mamãe já de saída, vou até a mesma e pego no seu braço.
—A Mamãe já vai? -Eu a olho.
—Sim Filha, estou super atrasada para o Trabalho... VAMOS MAMÃE. -Ela grita em direção a cozinha.
—Eu achei que você iria me deixar na escola hoje... -Falo e ela respira fundo.
—Hoje não vai dar filha, quem sabe amanhã. -Ela fala e Vovó chega na sala.
—Tudo bem... -Falo baixo.
Mamãe sai com Vovó e fico só na sala, respiro fundo e olho em volta vejo Maria se aproximando até a mim.
—Procura algo Melinda? -Ela para na minha frente.
—O Meu Skate, não o vejo aqui. -Falo e ela sorrir.
—Você o deixou na garagem, vai para a escola de skate? -Ela cruza os braços.
—Sim... -Falo baixo.
—Então cuidado Menina, não vá falar com estranhos. -Ela fala pegando no meu rosto.
—Certo Maria. -Sorrir e beijo a sua bochecha.
Saio e vou para a garagem, pego o meu skate e subo no mesmo. Desço a rua na velocidade e Eu adorava adrenalina, vejo o Tio LR e aceno para o mesmo.
Como ainda tinha alguns minutinhos, eu resolvir ir pela a praia assim posso andar mais de skate. Vou andando pelo o calçadão rápido e a minha vontade é de dar o dedo do meio pra todo mundo, mesmo sem ter motivo nenhum. Olho para o lado e vejo as ondas do Mar se quebrando, eu sempre gostei do Mar pena que meus pais mal vem comigo e o Meu Pai não gosta que eu saia só. Logo sinto uma pancada forte contra o meu corpo e cair com tudo no chão.
—Ei! Você me fez cair seu... -Fui levantando o olhar até chegar nos seus olhos.
Ele era Lindo... Sua pele bronzeada e olhos claros, a sua barriga era bem definida e cheia de gominhos, os seus cabelos caídos na testa lhe deixava mais charmoso. O QUE? TÁ LOUCA?
—Olha pro onde andar Garota... -A sua voz era grossa.
—Foi você que Me derrubou, anta... -Me levanto e procuro o meu skate.
—Anta? Quem é você pra tá falando comigo desse jeito? Foi você que bateu em mim com essa droga de skate... -Ele fala entre dentes e se vira.
—Idiota do Caralho... -Falo pegando o meu skate.
—O que disse? -Ele se vira e me encara com raiva.
—Nada, seu cavalo... -Falo e saio correndo.
Vejo que ele vinha atrás de mim, mas do quê rápido Eu subir no skate e sai o mais veloz possível até que o Cara não consegui me alcançar.
—UFA... Essa foi por pouco. -Falo respirando fundo.
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Chego na escola e vou beber um pouco de água, sinto alguém me abraçar por trás até que Eu fiquei sem ar.
—Primaaaa. -Eliza grita no meu ouvido.
—Eliza... Eu preciso... Respirar. -A minha voz saiu falhada.
Ela me solta e pego o máximo de ar que os meus pulmões consegue. Olho para a Minha Prima e dou beijos na sua bochecha, Eliza é filha da Minha Dinda e ela é um ano mais nova do quê Eu.
—Achei que não viria Hoje... -Ela fala enquanto nós caminhava pelo o corredor.
—Você sabe que os meus Pais não gostam que eu falte escola. -Falo e ela sorrir.
—Eu sei, então Melinda quando vamos fazer uma festinha do pijama só nós duas? -Ela me olha animada.
—Sei lá Eliza... -Falo olhando para o chão.
—Que tal Sábado? Meus pais vão jantar com amigos e vou ficar só em casa, o que acha? -Ela me olha e fico pensativa.
—Bom, sábado é dia de baile lá no Morro e tenho que comparecer. -Falo bufando.
—Mas você nem gosta! -Ela cruza os braços.
—Eu sei, mas só que o Papai já falou que me quer lá. -Falo e reviro os olhos. —Olha, eu vou tentar conversar com a Mamãe e se ela deixar, eu vou para a sua casa. -Envolvo o meu braço em volta do seu pescoço.
Dou um beijo na sua bochecha e entro na minha sala, vejo que a professora já estava na sala e a mesma me olha séria.
—Isso é hora de chegar na sala Srt. Melinda? -Ela cruza os braços.
—Não professora. -Falo de cabeça baixa.
—Vá para o seu lugar e não quero que isso se repita. -Ela fala e entro.
Ouço alguns cochichos das patricinhas da minha sala e algumas risadas baixas dos meninos, me sento na última cadeira isolada do resto da sala. Não tenho amigos na minha sala e nem na escola, a única pessoa que tenho amizade aqui é só a Minha Prima Eliza.
A aula começa e Eu tiro os meus matérias da mochila e os deixo espalhados em cima da mesa. A professora parecia uma lesma falando e a sua aula me dava muito sono, os meus olhos foram fechando aos pouco até que peguei no sono.
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Acordo com o sino tocando anunciando o intervalo, me esperto e bocejei passando a mão nos meus olhos, vejo que todos tinham saído da sala já. Deixo as minhas coisas em cima da mesa e saio da sala, Eliza me esperava no corredor a mesma quando me ver corre para os meus braços.
—Você demorou e pela a sua cara amassada estava dormindo. -Ela me olha.
—A aula estava muito chata e me deu sono, vamos comer pois estou com fome. -Falo e ela assentiu.
Vamos para a fila da cantina que estava um pouco grande, ouço as risadas irritantes das patricinhas da minha sala atrás de mim.
—Olha, se não é a gordinha e a Joãozinho da escola. -A Rafaela fala rindo.
Rafaela pra quem não sabe, é uma vagabunda patricinha que se acha só porque é filhinha de Papai rico. Eu odeio ela e as duas amiguinhas dela, Angela e Bia.
Me controlo para não pular em cima dela, sinto Eliza pegar no meu braço e a mesma me olha séria.
—O que foi dessa vez pra você chegar atrasada Joãozinho? -Ela rindo e respiro fundo. —Vem cá Melinda, quem compra as suas roupas? Seu Pai? -Ela fala perto de mim.
Me viro e encaro aquela loira azeda, Eliza me pedi calma e Eu respiro fundo.
—Não Rafaela, eu mesma que compro... Não gosto de roupas de patricinha besta feito você. -Sorrir forçado e cruzo os braços.
—Eu não sou besta querida, apenas não me misturo com gente do tipo de vocês... Não é gordinha? -Ela olha para Eliza que se encolhe atrás de mim.
—Eliza não é gorda... -Falo entre dentes.
—Como não? Olha só para ela, gorda e mal feita. -Ela fala e as amigas dela rir.
Vou avançar mas Eliza pega no meu braço.
—Calma Melinda, não faz isso por favor. -Ela fala com a voz trêmula.
—É melhor você ouvir a sua Prima gordinha. -Ela fala com deboche.
Eu solto o meu braços e pulo em cima daquela loira oxigenada, puxo os seus cabelos e dou várias tapas na sua cara. Ela é tão idiota que só sabia gritar, Eliza tentava me tirar mas acabou caindo de bunda no chão.
—Isso é por chamar a Minha Prima de gorda. -Dou um tapa na cara dela. —E isso é por ter me chamado de Joãozinho e por falado das minhas roupas. -Levanto o meu punho para dar um murro nela, mas sinto alguém me puxar.
—Melinda Meirelles, você está muito encrencada Mocinha. -A Diretora me olha séria.
Ela sai me puxando pelos os corredores até a sua sala, a Diretora me coloca sentada em um sofá que ficava na secretária da escola.
—Você fica ai... -Ela aponta o dedo para mim e sai.
Bufei e Cruzei os braços, fiquei ali enquanto olhava a Diretora falando no telefone pela a janela de vidro. Já tinha se passado Meia hora quando vejo a Minha Mãe entrando pela a porta da secretária da escola.
Porra, ela vai me matar!
Mamãe me olha e fica séria, a Diretora vem ao encontro dela e as duas se comprimenta.
—Que bom Revê-la Srt. Meirelles. -A Diretora aperta a mão de Mamãe. —Vamos conversar na minha sala. -Ela dar passagem para Mamãe passar.
Me levanto e vejo as mesmas sentadas conversando, fico andando por todos os lados daquela secretária. Mamãe vai arrancar a minha pele e Papai? Será que ele vai me jogar de Morro à baixo? Céus... Sou muito nova para morrer.
—Obrigada Diretora, foi um prazer conversar com você. -Mamãe sorrir para aquela bruxa. —Vamos Melinda... -Ela me chama.
—Vamos pra onde? -Olho para ela.
—Para casa... -Ela fala séria e sai.
Um funcionário da escola me dar a minha mochila e meu skate, agradeço e mesmo e saio da sala, Mamãe me esperava e a mesma sai em passos largos para fora da escola.
—Já é a Terceira vez Melinda, terceira vez que você vai parar na Diretoria só nessa semana. -Ela fala zangada enquanto caminhava rápido.
—Mas Mãe, eu não tenho culpa se...
—Eu não quero saber Melinda, você até parece essas meninas de rua e encrenqueiras. -Ela fala enquanto nós saia da escola.
—Mas Mãe eu não tive culpa. -Eu tentava acompanhar os seus passos.
—Eu não quero nem ver o seu Pai quando ele souber disso... -Ela fala procurando as chaves. —Na primeira vez ele deixou passar, na segunda ele te avisou e agora na terceira, ele vai fazer o que? -Ela fala rápido.
—Mãe me escuta! -Falo alto ela me encara. —Eu não tive culpa, a menina me ofendeu, ofendeu Eliza chamando ela de gorda e Eu de Joãozinho. Eu agir por defesa... Tenta me entender. -Finalmente me explico.
Mamãe me olha séria e solta uma respiração pesada, ela passa a mão no rosto e volta a me olhar.
—Eu perdi uma Reunião importante só porque você se importou com uma besteira dessas? -Ela fala calma e me olhando.
—Mas Mãe, eu estava me defendendo e... -Ela não me deixa terminar.
—Tá Melinda, agora entra no carro que eu vou te deixar em casa. -Ela destrava a porta e abre a mesma.
Fico cabisbaixa e entro no carro, Mamãe fecha a porta e dar a volta no veículo entrando no mesmo, ela coloca o cinto e dar a partida. Fui a viagem toda calada só ouvindo o celular da Mamãe tocar sem parar, ainda ficamos um pouco presas no trânsito mas logo saímos do engarrafamento.
Chegamos em frente do Morro e ela para o carro, tiro o cinto e pego as minhas coisas, abro a porta e ela pega no meu braço.
—Só não faz mais isso Filha. -Ela me olha e fico calada.
Solto o meu braço e fecho a porta do carro, ouço o carro dando a partida atrás de mim e respiro fundo. Vou subindo a rua cabisbaixa e sem falar com ninguém até chegar em casa, entro e não vejo ninguém na sala então subir as escadas e vou para o meu quarto me trancando no mesmo, jogo as minhas coisas no chão e me deito na cama agarrando o meu travesseiro.
—Não aguento mais essa Vida... -Falo olhando pro nada.
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Desculpas pelos os Erros!
Hello Monas (*-*)
Tudo bem com vocês?!
Eu não aguentei e postei Logo Monas!! Bom, esse foi o primeiro capítulo da terceira temporada dessa trilogia Linda.
Como vocês viram a livro vai contar a História de Melinda, a Princesa do Morro que não quer ser princesa. Cê acredita?!
Eu espero que vocês tenham gostado Mona, pois fiz com todo o meu Amor ❤
Votem e Comentem**
Bjs 💋 K.S ❤