XPERIMENT | L&Z

De terrivel1D

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☞ ATENÇÃO ESSA FANFIC NÃO É MINHA, ESTOU APENAS ADAPTANDO PARA A VERSÃO ZIAM, COM A AUTORIZAÇÃO DA AUTORA. ☜ ... Mai multe

Importante:
Ponto de Partida
um
três

dois

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De terrivel1D

A sala incrivelmente limpa e arejada não parecia pertencer ao homem ranzinza e grosseiro que comandava todo o Instituto a punhos de ferro.

Tendo posse do último andar do prédio, dava ao Sr. Malik um local amplo para todo o seu trabalho. Com uma recepção em um estilo clean tendo o cinza como cor predominante. A parde de frente para a porta de seu escritório era de vidro, do chão ao teto. Trazendo toda a luminosidade nublada de NYC. Apesar do prédio estar próximo ao centro do caos de carros e poluição sonora, o som era completamente abafado lá dentro, dando a impressão que de um silêncio campestre.

Enquanto esperava pelo retorno de Edgar, sua secretária me serviu uma xícara de café, pedindo para que eu aguardasse ali a vinda de nosso chefe. Mais uma vez me peguei pensando sobre o motivo pelo qual eu estaria ali. Tudo o que possuía de assunto em comum com o doutor não passava da minha antiga pesquisa.

Talvez ele esteja tentando ser legal ao me despedir.

Minha vontade real era fugir dali o mais rápido possível, alegando qualquer desculpa esfarrapada para correr como um covarde de minha sentença.

Ou talvez eu esteja apenas sendo dramático demais.

Voltando a focar minha atenção em qualquer outro ponto que não seja a sala de Edgar, eu acabei me prendendo a um livro em cima de sua mesa. A escritura a mão e as páginas amarelas denunciavam a velhice do objeto. A capa era de couro e já estava desgastada.

Pelo rodapé e cabeçalho do livro havia várias anotações na letra de Edgar, das quais eu não consegui prestar devida atenção graças ao conteúdo do livro.

Falava sobre clonagem.

A clonagem perfeita de um ser humano, usando outro DNA além do clonado. Transformando toda a matéria do terceiro indivíduo em uma nova. Tecnicamente, aquele pequeno livro gasto mostrava em detalhes como fazer uma vida em laboratório.

Porém aquilo era preocupante, além de ser proibido. Não existia indícios de uma invalidação genética. Ou seja, usar uma célula que já pertença a um tecido e tenha as suas características únicas para recriar um ser humano. Isso seria atribuído a células tronco, que não passavam de células nulas. Mas mesmo assim isso ainda era um sonho distante e ousado, células tronco eram usadas apenas para recriar tecidos simples.

Um novo corpo seria... Impossível.

— Ler trabalho alheio não é o melhor nível de ética, sabia? — Ouvi a voz grave de meu chefe.

Pulei na cadeira deixando o livro cair sobre meu colo. Um suspiro assustado escapou de minha garganta fazendo Edgar rir baixo, enquanto caminhava até sua mesa de madeira maciça fazendo par com uma cadeira de couro marrom e brilhosa. Ele esticou a mão em minha direção sem desfazer o sorriso irônico.

— Tecnicamente, esse trabalho — fechei o livro. — não é seu, sr. Malik.

Mas talvez venha a ser, sr. Payne. — Respondeu rabugento tomando o livro de minha mão.

Ergui as sobrancelhas encarando seus olhos, Edgar tinha o semblante misterioso como se escondesse algo, e obviamente, escondia. Posicionou cuidadosamente o antigo livro em sua mesa, apoiando os cotovelos na mesma parecendo analisar-me.

— Sr. Malik, por que me chamou aqui? — Tentei evitar a falha em minha voz, porém foi impossível.

Edgar passou o indicador pela barba clara que crescia abaixo de seu nariz, pigarreando, nitidamente desconfortável.

Não me demite. Não me demite.

— Payne, você sabe que é a pessoa que mais confio aqui dentro, certo?

— Olha Dr. Asher eu posso explicar eu juro que... — Pisquei algumas vezes encarando o homem confuso a minha frente. — Perdão?

— Você consome minha paciência. — Resmungou revirando os olhos. — Garoto, você é a pessoa que mais confio aqui dentro, não somente por ser um gênio — não pude evitar sorrir com esse elogio, vindo do homem que mais admirava ali dentro. — mas também por ser tonto.

Balancei a cabeça confuso, encarando o homem, ele passou a mão pelos cabelos curtos dividindo o olhar entre mim e o livro.

— Não leve isso como uma coisa ruim, Payne, isso é bom. — Deu de ombros. —Bem, isso é bom para mim. — Edgar ergueu os globos para mim perdido em pensamentos. — Liam, o que você faria se descobrisse aquilo que revolucionária a ciência? Não apenas a ciência, mas ao mundo todo.

Prendi o ar em meus pulmões encarando o livro preso em seus dedos. Edgar só podia estar delirando, não tinha outra explicação, ele estava delirando se estivesse falando do conteúdo do livro como algo revolucionário.

— Edgar, isso é impossível. — Soltei em um suspiro rouco. — Recriar uma estrutura humana completa como esse livro ressalta, é impossível.

— Não Liam, isso não é! Isso é mais que possível. — Ele sorriu, radiante.

Continuei olhando-o incrédulo, Edgar só podia estar sob efeito de alguma droga, ou gás do laboratório. Sua expressão de radiante, tornou-se impaciente, revirando os olhos em seguida.

Ele pareceu pensar em algo, encarando o porta retratos em sua mesa. Sua expressão se desfez novamente, me dando a leve impressão de um surto bipolar rondar o momento.

— Com toda certeza, você já ouviu falar sobre Zack Malik — Virou o porta retratos para mim. — Meu filho me deixou a vinte anos, Liam. Foram vinte anos de sofrimento e dor até eu poder sonhar em ter meu menino perto de mim novamente. E eu nunca o terei de volta. — concordei com a cabeça procurando algum sentido em toda aquela conversa. — Porém eu achei um meio de deixar sua lembrança viva.

Olhei para o porta retratos, vendo na foto um garoto de, aproximadamente, 13 anos. Ele sorria largamente e seus cabelos pretos, eram bem cortados em um topete militar. Porém o que mais chamava atenção e toda a foto era os olhos do menino. Olhos castanhos profundos e claros, que brilhavam alegres, mesmo no congelado da foto, era possível notar a vida nos olhos do rapaz.

Zack se tornaria um homem incrível, com toda a certeza.

— Ele teria 33 anos hoje, e talvez já teria me dado netos, e tenho certeza que seria um homem maravilhoso. — Ele suspirou, passando a mão pelo rosto. — Eu me casei muito jovem, mas eu amava a mãe de Zack, nós estávamos felizes. Apesar de termos apenas 18 anos, nós estávamos contentes com nosso menininho. — Ele sorriu amargurado. — Eu nunca perdi a esperança de ter meu filho novamente.

Apesar de toda a pose seria e grosseira, Edgar era um homem sozinho, triste e amargurado. Seu sorriso era seco e desbotado de vida. Edgar havia morrido junto com seu filho.

— Essa esperança tem nome? — Perguntei, erguendo uma sobrancelha.

Zayn.

— Eu definitivamente, nunca vou entender aquele homem! — Harry gritou por cima da música alta da boate. — Quem em sã consciência muda todos os planos de pesquisa dessa forma?

— E ainda tira você de todo o cenário de andamento! — Liz disse do meu outro lado.

Por mais que eu tentasse, prestar atenção nas palavras de meus amigos parecia uma tarefa difícil.

Desde a hora que sai do escritório de Malik, com o velho livro em mãos, meus pensamentos pareciam rodar para lugares indefinidos da minha mente. E àquele nome rondava tudo que eu fazia.

Zayn.

Eu me perguntava 'o que seria Zayn', por medo de fazer a pergunta 'quem seria?'. Tudo que eu mais queria naquele momento era apagar cada frase que Edgar havia dito e desligar por completo o meu cérebro por alguns instantes.

Liam e Liz conversavam sobre alguma banalidade que eu não dava a mínima atenção. Tudo que eu conseguia pensar era na conversa bizarra. Edgar havia me dito que voltasse para casa e pensasse sobre tudo que ele revelará, e quando eu voltasse a falar com ele novamente era para ter uma resposta positiva em relação a todo aquele experimento.

Ele havia me convidado a lhe ajudar com o que estava tramando.

Não vou negar que uma parte de mim desejava aquilo mais do que qualquer outra coisa, porem, a parte sensata e ética fazia questão de lembrar que eu provavelmente seria preso.

— Acreditam que ele me perguntou se seria possível retirar 150 mil libras do saldo emergencial da empresa? — Harry disse tomando mais um gole de sua bebida. — É óbvio que temos orçamento o suficiente para isso, mas, para que ele iria precisar de mais dinheiro?!

— Talvez esteja sustentando uma amante mais nova e cara. — Liz respondeu rindo, fazendo meu melhor amigo revirar os olhos. — Harry seu pai é um homem fechado e jamais vai te dizer o que está acontecendo, ou você dá o dinheiro para ele, ou ele pega o dinheiro sem falar com você.

Harry abriu a boca para responder, mas a fechou no mesmo momento mostrando o dedo médio a minha melhor amiga.

— Talvez exista uma explicação boa para isso, e ele só queira poupar todo mundo. — Dei de ombros, pedindo outra garrafa de cerveja.

— Contanto que ninguém seja preso... — Harry riu dando de ombros.

Apesar de todo o desentendimento entre pai e filho, eu sabia que Harry sempre faria de tudo pelo pai, assim como Edgar faria pelo filho. Bom, pelo menos isso.

— Lucy e Josh estão vindo. — Liz disse me fazendo arregalar os olhos.

— Por que o Josh também?! — Perguntei um pouco alto demais.

— Porque ele trabalha no jornal com a Lucy — Harry respondeu como se fosse óbvio.

Talvez eu e Josh tivéssemos uma história passada não tão bem sucedida, mas que o mesmo não desistia. E talvez eu ainda caía em tentação por ele, ainda me sentia atraído pelo garoto, mas não passava disso.

Josh e eu tivemos uma boa história enquanto durou, porém hoje é apenas uma foda casual quando eu estou bêbado ou querendo fugir do laboratório. Entretanto ele nunca pareceu reclamar ou desgostar do que fazíamos.

Porém na última vez que acabamos na cama, ele me perguntou quando voltaríamos a namorar, e aquilo me deixou angustiado. Eu não voltaria com ele.

— Finalmente achamos vocês! — Lucy chegou a mesa que estávamos com Josh logo atrás. — Vocês não tem ideia do caos que está no jornal.

Ambos cumprimentaram a todos e logo se acomodaram na mesa, Lucy ao lado de Liz e Josh do meu. Tão perto de mim que seu perfume doce conseguia invadir meu espaço.

Sua camisa era transparente e os botões abertos demais, me distraía constantemente. Josh tinha o rosto bem desenhado e lábios finos, o nariz perfeito, os olhos amendoados e levemente puxados. Um perfeito modelo. A pele bronzeada e o cabelo liso e castanho costumavam ser uma das coisas que mais me atrai no garoto, porém hoje, Josh era apenas mais um. O que era triste em admitir, principalmente, porque eu sabia o sentimento que ele nutria por mim.

— ... Basicamente, ela voou na Josh pronta para arrancar os olhos dela! — Lucy respondeu aos risos, fazendo todos na mesa rirem.

Ela contava alguma história sobre o dia na reação do jornal que ambos trabalhavam. Eu não prestava muita atenção naquilo graças aos copos colorido que havia tomado e todas as garrafas em cima da mesa.

— Acho melhor irmos com calma, não? — A voz forte de Josh soou ao pé de meu ouvido, causando um leve arrepio. — Não queremos terminar a noite vomitando até os rins.

Ele sorriu abertamente, roçando os lábios em meu pescoço, dando uma leve mordida no final.

— E quem disse que acabaremos juntos essa noite? — Ergui uma sobrancelha.

— Quando não acabamos, Liam? — Ele respondeu puxando meu lábio inferior com os dentes.

Todos os meus, ridículos, esforços de não cair em tentação com aquele cara foram para o ralo quando sua mão fina tocou minha coxa, subindo perigosamente até minha virilha.

Segurei seu pulso me levantando em seguida, puxando-o comigo, nos despedimos rapidamente de todos nossos amigos. Praticamente arrastei-o para fora da boate empurrando seu corpo contra meu carro e atacando seus lábios.

Josh se entregou para mim em meu quarto, seus gemidos eram como um certo calmante misturados aos meus baixos e contidos. Josh se deixou levar por mim, como fazia tristemente, e eu, como um canalha sem escrúpulos, aceitei. Deixando que uma foda tirasse todos aqueles pensamentos confusos de minha cabeça. 

Por hora.

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Oi oi! 

Tudo bom gente? Eu nunca fiz uma nota então não sei o que falar.

Mas queria dizer que, sim, nessa adaptação o Liam é gay assumidíssimo. Eu quis fugir um pouco daquelas historias onde ele do nada se sente atraído pelo Zayn. Nessa adaptação, o Liam nunca esteve no armário. Bora fugir do clichê.

Espero que gostem, e desculpem a demora.

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Oiiee amores, uma fic pra vcs!! Irá conter: - masturbação - sexo - traição Se não gosta de nenhum dos assuntos a cima, já sabe não leia.