After the dream - l.s (a/b/o)

Av Wulfrico

121K 9.8K 2.2K

Enfrentar um sistema não era uma tarefa fácil. Enfrentar um sistema e lidar com os sintomas da gravidez, um c... Mer

Primeiros sintomas
Nossa família
Fracasso
Pequenas coisas
Preenchimento
História de família
Entregue-se a mim
Eu sempre escolherei você
Instinto paternal
Um novo desafio
Tempos de paz?
Energia sugada
Outro golpe do ciúme
Eu perco a cabeça quando o assunto é você
Esperança nas próximas gerações
Os benefícios da paternidade
Eu anseio por você
Eu tenho idolatrado a luz em seus olhos
Epílogo

Obrigado por sonhar comigo

4.7K 437 85
Av Wulfrico


Fiquei um tempo sozinho no quarto até que os outros pudessem entrar. Minha mãe foi a primeira, vindo me perguntar mil coisas e dizendo o quanto estava feliz e orgulhosa por ser avó pela primeira vez. Sua felicidade era realmente cativante.

– Você a viu? – Eu perguntei e ela sorriu docemente para mim.

– É claro, meu amor. – Ela afagou meus cabelos. – É a bebê mais linda do mundo. – seus olhos marejaram. – Eu sou avó. – Ela disse boba.

– E eu sou pai. Dá para acreditar? – Disse me deixando emocionar também, aproveitando o carinho.

A porta se abriu e uma enfermeira entrou trazendo um berço pequeno, mas ele estava vazio e antes que eu pudesse questionar, Harry apareceu na porta, com os braços ocupados por um bolinho de cobertas que, embora eu não pudesse ver, sabia que mantinha minha filha aquecida.

– Diga oi para o papai, Olivia. – O alfa disse assim que chegou próximo à minha cama e se abaixou para que eu pudesse pegá-la.

Eu a havia visto na sala de cirurgia e já havia chorado por isso, mas ter ela em meus braços era uma emoção totalmente diferente. Eu achei que já me sentia um pai por tê-la crescendo dentro de mim, achei que podia senti-la só por conta de seus chutes e cutucões em minha barriga. Mas eu estava perdidamente enganado.

Todas as emoções valeram a pena e funcionaram no momento, mas nada jamais se compararia com a emoção de ter minha filha, a minha Olivia, nos braços.

Eu não precisava mais imaginar como seria seu rosto, ele estava ali para ser admirado e eu podia fazer isso por longas horas nem cansar. Eu não precisava imaginar como seria poder tocá-la, porque agora eu fazia isso acariciando seu rosto sereno com a ponta dos dedos.

Olivia estava ali. Eu podia tocá-la, admirá-la, beijá-la e amá-la como nunca pensei que fosse possível amar alguém. Agora tudo fazia sentido, todos os sacrifícios que os ômegas faziam por seus bebês, todo o amor e toda a doação. Olivia valia cada segundo de minha atenção e cada batida de meu coração.

– Esse é o nosso legado para o mundo, Harry. – Levantei o rosto para o alfa, que tinha os olhos marejados. – Ela sempre será a melhor coisa que nós fizemos. O melhor de nós dois.

Como se pudesse ter entendido minhas palavras, a garotinha sorriu e uma pequena covinha apareceu em sua bochecha ainda um pouco inchada. Meu coração falhou uma batida.

– Ela tem uma covinha. – Olhei para o alfa que também sorria, mostrando sua covinha.

– Mas tem os seus olhos. – Harry disse.

– Oi, meu amor. – Eu disse me dirigindo a garotinha em meus braços. – Abre os olhinhos pro papai. – Eu acariciei sua bochecha com o indicador, mas diferente da calmaria que eu queria que ela acordasse, ela começou a chorar muito alto. – Oh, meu Deus! Desculpa! Papai não queria te acordar. – Minha mãe e Anne começaram a rir. – As vovós são más, amor. Elas poderiam ajudar, porque já passaram por isso, mas elas preferem ficar rindo. – Eu embalei ela em meus braços, trazendo para mais perto de mim.

– Ela só está com fome. – Minha mãe disse se aproximando.

Ela me ajudou a sentar corretamente e apoiar Olivia de forma confortável nos braços para que pudesse amamentá-la. Acho que nunca tinha pensado em como seria poder alimentar minha filha, mas agora, olhando para ela, parecia a coisa mais natural do mundo todo.

– Onde está o resto da família? – Perguntei para minha mãe e Anne, já que Harry parecia mais concentrado em sorrir para Olivia que mamava em meu colo.

– Dan ficou em casa com as crianças. Lottie, Gemma e Des estão lá em baixo, estavam no berçário vendo a bebê, mas quando vimos que você já estava vindo para o quarto, eles acharam melhor dar um tempo pra você e pra Olivia. – Minha mãe respondeu.

– Vocês já seguraram ela? – Eu perguntei e elas negaram.

– Só o Harry. – Anne riu. – Ele monopolizou a filha, mas eu nem posso culpá-lo. – Ela passou a mão pelos cabelos longos do filho.

Olivia já dormia novamente e eu a coloquei nos braços de minha mãe, que conversa baixinho com a neta e com Anne enquanto ninava a garota em seus braços. As duas pareciam totalmente apaixonadas pela garotinha.

– Deita um pouquinho aqui comigo. – Eu chamei o alfa, que sorriu antes de se espremer ao meu lado na pequena cama de hospital. – Estou começando a ficar preocupado com o quanto nossa filha vai ser mimada. – Eu brinquei vendo as duas avós babarem.

– Imagina quando você descobrir que meus pais fizeram um quarto pra ela na casa deles.

– É sério? – Eu o olhei surpreso.

– É até maior do que ela terá em nossa casa. – Ele disse rindo e eu balancei a cabeça incrédulo. – Lottie e Gemma já ligaram para uma fotógrafa amiga delas e já estão planejando a sessão de fotos de Olivia, Niall estava ajudando a montar os figurinos e Perrie disse que vem mais tarde trazer os presentes que comprou.

– Acho que estou um pouco assustado. – Eu ri. – Ela tem apenas umas horas de vida e já tem dois quartos, uma sessão de fotos, vários presentes, alguns tios muito loucos e avós babões. – Brinquei.

– Você se esqueceu de dois pais totalmente orgulhosos e felizes. – Eu sorri por suas palavras e me virei para ele, selando seus lábios.

Des subiu logo depois e foi realmente emocionante vê-lo com os olhos marejados quando segurou a neta, mesmo que tenha disfarçado e afastado qualquer possibilidade de lágrimas, já que chorar não era uma opção para ele.

Quando Olivia chorou novamente de fome, Des a devolveu para mim e pareceu um pouco deslocado, dizendo que iria buscar as garotas, mas não precisava ser um gênio para saber que ele não queria ficar ali enquanto eu amamentava.

– Ele sabe que não há mal alguma na amamentação, não é? – Eu ergui uma sobrancelha para Anne. – Ele poderia ter ficado aqui.

– Des está aprendendo ainda, algumas coisas ainda são complicadas para ele. – Ela sorriu compreensiva, como era em relação a qualquer assunto.

– Tudo bem, vamos dar um tempo a ele, mas espero que ele entenda.

Gemma e Lotttie fizeram a maior festa que eu já vi, além de tirarem várias fotos, que segunda elas, iriam ser enviadas para Luke, Niall e Perrie. Além disso, foram elas que trocaram a fralda de Olivia, sendo supervisionadas pelas duas mães.

Niall e Liam vieram no final da tarde, quando todos já haviam ido embora e apenas eu e Harry restávamos no quarto. Eles haviam trocado com Perrie e Zayn, assim eles vieram primeiro e os outros dois ficaram com as crianças e depois fariam o contrário.

Foram duas visitas rápidas e eu agradeci por isso, pois estava absolutamente exausto. Mas não tive tanta sorte com isso. Olivia chorava a cada hora, o que fazia com que eu dormisse por no máximo meia hora e com que Harry dormisse ainda menos.

– Acho que nossas noites de paz acabaram. – Eu disse já de manhã, segurando Olivia nos braços, o que fez Harry rir.

– É verdade que nunca mais teremos uma noite de paz, mas vale a pena se contarmos todos os dias de alegrias que Olivia nos proporcionará.

– Eu não tenho dúvida disso. – Ri, vendo Harry embalando a garotinha.

Fomos embora, os três, no dia seguinte. E era incrível poder sair do hospital com minha filha nos braços. Luke estava totalmente animado quando chegamos, ele era o único que ainda não tinha segurado a bebê, então deixei que ele a pegasse.

Estava indo em direção ao sofá para sentar e vi Harry caminhar rápido para chegar a minha frente e arrumar as almofadas para que eu me acomodasse melhor. O que me fez rir nasalado pelo cuidado e ele ergueu os ombros, abrindo um sorriso pequeno e um pouco envergonhado.

Quando Olivia chorou, Luke fez uma cara desesperada e veio correndo entregar a bebê, o que me fez rir.

– Essa é a parte boa, né? – Eu disse para ele, que entregava Olivia para o Harry. – A criança chora e você devolve. – Eu ri.

– Claro, eu posso dar ela para o pai e ele vai saber o que fazer. – O ômega riu. – Lou, eu queria falar com você. – Eu assenti, convidando-o para se sentar ao meu lado. – Ashton arrumou um bom emprego e ontem mesmo nós já fomos ver um apartamento para alugar. – Ele abriu um sorriso enorme. – Então, nós vamos morar juntos!

– Isso é ótimo, eu disse que essa era a melhor opção.

– Eu nunca vou conseguir agradecer por tudo o que você fez por mim. Você é mais do que uma inspiração, é o meu exemplo para a vida e por mais patético que possa parecer. – Suas bochechas coraram. – Eu realmente tenho você como uma figura paterna. – Meu coração se apertou e eu o abracei. – Obrigado mesmo. Você e o Harry foram incríveis comigo.

– Você não precisa me agradecer, eu torço muito por você e sempre irei ajudá-lo a correr atrás de seus sonhos. Vou sentir sua falta aqui em casa. – Ele sorriu.

– Obrigado mesmo. – Eu sorri para ele. – E tem outra coisa, chegou essa carta para você. É de Oxford. – Ele foi até uma das mesas e me trouxe o envelope.

"Caro Senhor Tomlinson-Styles,

É com prazer que informamos que sua tese de mestrado foi aceita com muitos méritos e que nossa Universidade se orgulha de participar do primeiro título acadêmico dado a um ômega.

Ficaríamos imensamente felizes se você aceitasse lecionar no curso de Direito. Seria uma honra tê-lo ocupando uma de nossas cadeiras. Aguardo sua resposta.

Atenciosamente,

Ben Winston, reitor."

Apesar de ter terminado de ler, continuava olhando fixamente para o papel e para as palavras ali escritas. Primeiro, porque eu era oficialmente Mestre. Segundo, porque uma das melhores universidades do mundo estava me convidando para ser professor.

– Lou? – Harry disse receoso. – Está tudo bem?

– E-eles me convidaram para ser professor. – Finalmente desviei os olhos do papel e olhei para o alfa. – Caramba! Eles querem que eu dê aulas em Oxford! – Harry abriu um sorriso enorme e eu fiz o mesmo.

– Eles seriam loucos se não quisessem... – Meus olhos brilharam quando eu olhei para ele e vi a pureza do orgulho que ele tinha por mim. – Parabéns, amor. – Eu fui até ele e selei seus lábios.

– Pausa para a foto. – Gemma gritou, nos fazendo olhar para ela no exato momento em que um flash era disparado. – Harry, você está me agoniando segurando minha sobrinha desse jeito. Ela é frágil e você é um monstro desajeitado.

– Ela gosta! – Ele se defendeu e eu olhei para seus braços, vendo a garotinha dormir tranquila ali.

Olivia estava de barriga para baixo, com a cabeça apoiada na mão grande de Harry e o corpo apoiado no braço do alfa, com a bunda cheia pela fralda arrebitada e as pernas gordinhas pendendo uma de cada lado do braço do alfa.

Parecia mesmo um pouco perigoso, como se ela pudesse cair a qualquer momento, mas Harry a segurava firme e eu sabia que ele jamais deixaria algo assim acontecer, além do mais, ela ressonava calma nos braços do pai.

– Ela parece bem confortável mesmo. – Eu comentei.

– Claro que o Louis vai defender o marido. – Gemma revirou os olhos e Harry mostrou a língua para ela.

– Você vai ver como ela vai amar dormir assim e vai amar ainda mais dormir sobre o meu peito. As batidas do meu coração serão a canção de ninar dela. – O alfa disse sonhador.

– Eu espero mesmo que isso funcione e ela durma, porque eu estou super cansado. – Harry me lançou um olhar compreensivo.

– Vá descansar, amor.

– Eu estava pensando em ligar para Oxford...

– Foi um dia de muitas emoções. Vamos subir e você dorme um pouco. – Ele deixou um beijo em minha testa. – Amanhã, você liga e conversa, de qualquer forma, você demorará uns meses para poder trabalhar.

Eu assenti, porque ele realmente tinha razão, eu só estava animado e ansioso demais com tudo isso. O melhor a fazer agora era descansar e me adaptar a essa nova vida com uma garotinha linda e dorminhoca. Então segui meu marido em direção a nosso quarto.

Harry colocou Olivia no meio de nossa cama e era lindo ver a garotinha tão pequena perdida nos lençóis.

– Ela é a coisa mais linda que eu já vi na vida. – Harry disse fascinado e eu me virei para ele, enlaçando minhas mãos em seu pescoço para acariciar sua nuca e ele respondeu automaticamente, me abraçando pela cintura.

– Obrigado. Você sempre me dá os melhores presentes. – Ele sorriu e uma covinha apareceu e eu levei um dedo para lá, acariciando o melhor defeito genético que alguém poderia ter. – Primeiro você me ajudou a sonhar e lutar, acreditou em mim de uma forma inacreditável. Depois me fez sentir amado como eu nunca pensei ser possível. Agora, me fez a pessoa mais feliz do mundo ao me dar uma filha linda. Vocês dois são as melhores coisas que aconteceram comigo e eu não poderia ser mais feliz.

Harry correspondeu com um beijo delicado.

– Eu é que tenho que agradecê-lo por me permitir sonhar ao seu lado.   

- X - 

O capítulo deu bastante trabalho para ser feito e eu tentei ao máximo encaixar tudo e dar um bom final, embora ainda tenha o Epílogo. 

Eu sempre me sinto pressionada com capítulos finais, porque eu quero mesmo que tudo se resolva e eu consiga corresponder às expectativas. Espero mesmo não ter deixado nada de fora ou ter deixado dúvidas ou histórias mal explicadas. Mas qualquer coisa me grita nos comentários. 

Vou deixar os agradecimentos para o Epílogo. Espero que tenham gostado <3
XO  

Fortsätt läs

Du kommer också att gilla

4.2K 475 25
Era véspera de Natal daquelas bem memoráveis, o frio intenso e a neve que cobria tudo ao redor transformavam a paisagem em um conto de fadas. Na casa...
794K 40.4K 136
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...
10.4K 1.8K 23
Meu chefe é um idiota. Meu trabalho é impecável, mas não importa o que eu faça, nunca é suficiente. Ele arranca minha cabeça pela menor infração, rea...
301K 8.8K 25
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...