My little, sweet and loyal Em...

By Marta___Tata

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Dipper Pines acabara de ser despejado de casa. Sem ter para onde ir e acolhido por um homem macabro, agora t... More

A história de como eu fui totalmente apanhado por um triângulo - Literalmente.
The Madness
Well, hello "Persons who I need to work with"
Trust no one, é confiar numa ruiva relaxada e num cara que parece um texugo.
Impressão minha, ou eu entrei num jogo de provocações com o meu inimigo?
Tornando-me praticamente um escravo, parte 1
Motivos porque eu odeio o oxigenado triangular demónio
Eu fui praticamente morto por quem?!
Okay then. Let's play, Cipher
O demónio mais sem sentimentos da história toda!
O oxigenado dorito está a virar-me a cabeça ao contrário!!
Num só capítulo eu tirei boas notas, humilhei e descobri uma loli misteriosa.
As memórias de Bill Cipher.
Um beijo, várias memórias, muitos segredos e um sentimento - CONFUSÃO!
Um verdade ou desafio com amigos retardados... O que pode correr mal?
Um plano feito por Mabel e uma personagem principal cu doce. Nada de novo.
Um suco de limão, tomando juntamente com Cipher.
Se achavam que a minha vida estava confusa, então ainda não leram este capítulo.
Yahooo!! Vejam um capítulo super-ultra-mega DIVERTIDO! ...Ou então sofrido.
A peça final do meu puzzle de teorias.
E o traidor é.... Tambores, por favor!
Literalmente... Estamos todos lixados. Enfim. Que tal uma missão suicida?
A batalha final. E o final épico.
O registo de Pines.
Algumas curiosidades finais do livro!
A pedido de leitores.

Pacífica - Uma menina com um sorriso tão falso como o seu segredo.

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By Marta___Tata

{Antes de mais, queria agradecer os 1k de acessos e os 1,3k de comentários!! Vocês são fantásticos <3 

E estou seriamente em pensar em criar um segundo livro desta saga, já que estou a amar! Além disso, o final é destruidor e acho que daria uma ótima continuação! 

O que vocês acham? Leriam? Digam qualquer coisa para saber se vou em frente com esse projeto! >>>

Pequeno spoiler, se existir o livro - "My Little, Sweet and Loyal... Boyfriend?!".

E boa leitura! <3 )

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" – Tenho fome".
– Soou a voz do loiro, entediada. Estava com a cabeça pendurada ao contrário, estendido na cama e a passar vários canais televisivos e sem interesse, a clicar lentamente nos botões, como se estivesse quase a morrer.

" – Que pena...". – Murmurei, em resposta e a virar a página de um livro que eu tinha muito amor – Harry Potter.

Ele olhou-me mortalmente.

" – Tu não queres mesmo saber".

" – Olha como tu consegues ler mentes tão bem!". – Ironizei, sem tirar o olhar do livro, de pernas cruzadas e numa poltrona, completamente sem animação e concentrado.

O mais alto rolou os olhos, humedecendo os lábios.

" – Vai fazer algo de útil, Pinetree!". – Murmurou. – "Vai cozinhar!".

Levantei uma sobrancelha e olhei para ele, fazendo as duas ações bem lentamente.

" – Desculpa?".

" – És surdo ou quê? Quero uma sandes!!".

" - ...Eu vou chamar a Charlie". – Suspirei, fechando o livro com força, contrariado e pronto para me levantar.

" – Mas eu não quero que seja ela!". – Respondeu. – "Quero que sejas tu!".

" – Esquece. Vou voltar a ler".

" – Oh, Pinetree!!". – Resmungou, cruzando os braços e deixando o controlo da televisão a flutuar no ar, passando por vários canais, à mesma velocidade de antes. – "Eu mando. Tu obedeces!".

Rolei os olhos, semicerrando-lhe os olhos e parando no demónio.

" – Eu nunca te vou obedecer, oxigenado".

" – Ele é natural!!". – Queixou-se, a proteger o cabelo.

" – Como queiras". – E voltei a abrir o livro, na mesma página.

O loiro levantou uma sobrancelha, deixando claro que ele não ia desistir facilmente, tivesse de utilizar a força ou não.

Mas eu não ia, de todo, fazer-lhe a porcaria de uma sandes.

[...]

Eu ia fazer-lhe a porcaria de uma sandes.

" – Chato...". – Resmungava, à entrada da cozinha. – "Idiota... Zarolho otário... Oxigenado...".

E abri as duas grandes portas enormes da cozinha lentamente, contrariado.

A cozinha era enorme, preta, branca e amarela bem clara, com as paredes completamente nuas e o teto parecia inacabado. Nenhuma janela existia, afinal, localizava-se no subsolo. Porém, tinha todos os acessórios e máquinas necessárias e imaginárias, completamente organizada e limpa que até brilhava em alguns pormenores.

Passei os olhos lentamente pelas milhares de bancadas desorganizadamente dispostas pela cozinha e imensos eletrodomésticos repetidos, até me deparar com Soos a sorrir e acompanhado das gémeas Brownie.

Assim que a porta rangeu lentamente atrás de mim, anunciando a minha chegada, Soos desviou o olhar da mais baixa, virando a cara para mim e libertando um sorriso infantil nos seus pequenos lábios.

" – Hey, é o Dipper!". – Anunciou.

Sorri, meio envergonhado e passei por alguns caminhos dificultados de bancadas e máquinas até eles, notando que a cozinha era nada mais nada menos que um labirinto, literalmente. A sério. Não estou a brincar.

Charlie estalou os seus pequenos dedos e o labirinto abriu-se, num caminho curto até eles. Enquanto passava, as bancadas atrás de mim voltavam ao lugar.

" – Hey, dude!". – Cumprimentou o maior, divertido. – "Nunca te vi por aqui!".

Soos era o cozinheiro, ou seja, passava grande parte do dia ali e não duvido nada que se continue a perder, depois de tanto tempo. Já Charlie era mais aceitável, por ser uma espécie de empregada doméstica e ajudava várias pessoas nas suas tarefas, diariamente. Já Carlie, era a jardineira, mas deduzi que deveria estar ali para acompanhar a irmã e o amigo.

" – É...". – Sussurrei de volta, com um sorriso idiota na face e afogando as minhas mãos nos bolsos do casaco de empregado. Nunca estive habituado a tanta gente gostar de mim, na Califórnia. Acreditem, era um sítio muito entediante para viver e nunca tivera muitos amigos, com a exceção de Gravity Falls, a Mabel e agora na mansão.

Admito. Era ótimo.

" – O oxigenado quer que lhe faça uma sandes ou lá o que é". – E rolei os olhos.

" – Oh, eu posso fazer...!!"- A voz encantadora de Charlie morreu-lhe na garganta, enquanto brincava com os indicadores, com o rosto levemente ruborizado.

" – Agradeço, mas ele exigiu que fosse eu". – Suspirei. Soos assobiou.

" – Wow... Ele nem sonha como é que são os teus dotes culinários... Certo?".

Sorri maliciosamente.

" – Ele vai descobrir já já".

Carlie libertou um riso tão baixo que quase nem ouvi, toda vermelha. Depois, olhou para Soos.

" – Vocês são amigos?". – Questionou, com um tom de voz ainda calmo e baixo, mas bem mais animado que o normal.

" – Oh, super!". – Orgulhou-se o maior de responder, passando o seu braço pelos meus ombros e aproximando-me da camada de gordura fofa que ele era. Depois, encheu o peito de ar e apontou para si mesmo, de olhos fechados. – "Conheço-o desde os seus doze anos! Ele é tipo, a minha família, dudes".

Senti o meu rosto ficar quente, mas sorri de volta.

" – Wow...". – Exclamou Charlie, surpresa e animada. – "E quantos anos tens tu agora, Dipper?".

" – Oh!". – Exclamei, pronto para responder. – "Eu tenho...". – Mas a voz morreu-me na garganta, paralisando.

Abri lentamente e muito os olhos, começando a perceber uma coisa.

Eu esqueci-me. Eu não sabia a minha idade.

" – Oh, não...". – Sussurrou Soos, preocupado. – "Responde-me. Estás aqui há quanto tempo, Dipper?".

" – E-Eu... Não sei...". – Respondi num murmurar tão baixo, completamente chocado, paralisado e a tremer levemente, como se tudo na minha vida estivesse a passar diante dos meus olhos.

Baixei o olhar lentamente para as minhas mãos, que tremiam ainda mais.

" – É um dos efeitos colaterais da mansão". – Sussurrou Charlie, enquanto lhe focava a minha atenção muito rapidamente. – "O tempo é diferente aqui. Não existe. Então, como efeito colateral, todos perdem a noção do tempo".

Depois, ela deu um leve sorriso; Um sorriso sádico, sedenta por ver a minha aflição e a minha adrenalina subir ao de cima.

" – Já te perguntaste... Que dia é hoje, Dipper?".

Tremi, branco. Um pequeno baque no meu coração afetou-me e a respiração parou por milésimas de segundo.

Comecei a contar nos dedos, inutilmente, a quantidade de dias que já estava ali.

" – E-Eu... Vim para aqui no ano...". – E a voz morreu-me na garganta, enquanto me tentava confrontar com a realidade. A transpiração gelada percorria e embrulhava cada vez mais o meu corpo, agora, com o coração a mil.

" – O lado de fora da mansão é outro mundo agora, Dipper". – Continuou, com a voz sem nenhuma emoção e animação, mas com aquele sorriso; Como se Charlie e Soos não estivessem a ver aquele sorriso, apenas a olhar para mim, preocupados. Depois de os fitar, voltei a observar a mais baixa do grupo.

Eu tinha sido tão ingénuo.

" – E foste". – Respondeu, deixando-me ainda mais assustado por saber os meus pensamentos. Dei rapidamente um passo para trás, enquanto o sorriso dela rasgava muito lentamente, mas sem parar. – "O tempo não existe aqui. Somos todos imortais, Dipper... Todos estagnamos no tempo".

Eu tinha sido tão ingénuo.

" – E foste". – Tornou a repetir, com o sorriso cada vez mais macabro. Tudo à nossa volta tornou-se num cinzento triste e solitário, bem lentamente, assim como aquele sorriso.

O sorriso que me ia perseguir nos pesadelos, dali em diante.

" – Foste ingénuo em pensar que serias o herói da história... Tal e qual como o Ford. Vocês são iguais, Dipper; Dois génios incríveis, sem amigos e sozinhos, sem familiares. Egoístas, ingénuos e que pensam que serão os heróis da história... E acabam por ficar à sombra de quem menos esperam".

Então, o meu olhar focou nas minhas mãos, que estavam encharcadas de transpiração nervosa.

" – Dipper...".

" – ...Achavas mesmo que ias ser o único imortal e herói da história?".

Eu estava pronto para ter uma convulsão nervosa ou lá o que era, porque, naquele estado, eu sentia que ia desfalecer.

" – Oh, por favor!!". – Gritou uma voz feminina atrás de mim.

Pisquei os olhos, outrora focados nas minhas mãos. Rapidamente, estava tudo normal – Carlie com o seu rosto mais comum, as cores tinham voltado e Soos parecia tão preocupado como a outra Brownie.

" – Dipper, está tudo bem?". – Sussurrou o maior. – "Ficaste a transpirar e a olhar para o nada durante um bom tempo...".

Olhei rapidamente para Soos, esquecendo-me da voz atrás de mim.

" – Como... Assim...?". – Perguntei, sentindo a minha cara gelada. – "Vocês não viram...?".

" – Aham!". – Forçou novamente a voz, fazendo-me olhar para trás.

Era Pacífica. Com o seu cabelo rebelde e curto pelos ombros, agora, com as pontas pintadas de um azul celeste. Utilizava a mesma camisola de sempre – O Llama da Mabel –, acompanhando de um olhar entediante.

" – O tempo estagnou aqui. Grande coisa. Qual é o problema?". – Perguntou, num murmúrio, agora a olhar para mim. Cruzou os braços, impaciente e colocou todo o seu peso na cintura, de lado. – "Esquece lá isso. O Cipher quer a sandes, pelo que o ouvi gritar, quando passei pelo quarto dele, agora há pouco!".

E pegou na minha mão, puxando-me para a outra ponta da cozinha, através de bancadas e mais bancadas em forma de labirinto. Pude jurar a ver Carlie semicerrar-lhe os olhos de leve, como se visse um alvo a abater.

Já num balcão muito distante, depois de um caminhar sem nenhuma troca de palavras, ela parou-me à frente da bancada, enquanto eu ainda olhava par ao nada, a refletir a informação toda que tinha recebido.

Eu adoraria transmitir os meus pensamentos em palavras, mas tudo baseia-se numa – Confusão.

Tantas novas teorias, novas razões e motivos, novos dilemas e, acima de tudo, novas novidades para explorar.

Parte de mim achava isto super interessante, mas a outra, morria de medo.

Morria de medo da Carlie.

Ela parou ao meu lado, olhando-me de alto a baixo. Tinha trazido de um frigorífico ali próximo algumas alfaces e tomate, pousando-as na bancada, entre nós os dois.

" – Imita-me". – Ordenou. – "E aprende a fazer uma sandes como deve de ser e sem pegares fogo à cozinha. É simples".

Atrapalhado, obedeci de surpresa, pegando numa faca roxa que brilhava com todas as cores de super novas das galáxias e cortei lentamente um tomate na minha mão, a imitá-la, no silêncio.

A certa altura dei por mim no terceiro tomate que estragava, por explodir todos a meio, devido à faca mágica.

" – Err...". – Sussurrei, atrapalhado. A loira rolou o olhar, estalando os dedos, mas agora, com um leve sorriso.

Os tomates voltaram à posição inicial; Ao normal. Tudo voltou ao normal, incluindo as nódoas de tomate nas minhas roupas e a bancada que estava toda vermelha e era branca, com leves triângulos desenhados.

Desviei o olhar para ela.

" – Eu ajudo aqui, na cozinha". – Admitiu, continuando a virar a atenção e o olhar para o que cortava. – "Para quem foi expulsa da família Northwest, tive de aprender a virar-me completamente sozinha... Diremos que eu não tenho um bom histórico fora da mansão, não é mesmo?".

E forçou um sorriso distante, como se se estivesse a lembrar de todo o passado dela.

Corado, sussurrei.

" – Porque... Porque foi aquele teatro todo, ali há pouco, só para me afastares deles?".

Ela parou de cortar. Uns segundos depois, continuou.

" – Não foi deles... Foi dela".

" – A Carlie?".

Ela assentiu. Demorou um tempo até responder.

" – Não gosto dela". – Admitiu. – "E eu não quero que ela te iluda".

Se era possível ficar ainda mais confuso do que já estava; Bem, eu fiquei.

" – Iludir...?". – Murmurei. – "Mas, iludir como? E ela fez isso com todos? E tu tentaste impedir?".

Ela negou com a cabeça.

" – Ela fez isso com todos... Mas eu não impedi".

[...]

Pacífica tornara-se uma ótima companhia e revelara-se uma grande amiga.

Em pouco tempo, comecei a fazer visitas frequentes à cozinha; Mais tarde, tornaram-se diárias, para rever Soos, ter conversas curtas e antipáticas com Robbie, que descobrira que fazia parte da equipa de cozinheiros e limpeza, embora trabalha-se sempre a um canto isolado da grande sala de labirintos.

" – Não, idiota!". – Gargalhou a mais baixo, batendo-me de leve no ombro.

" – Ah, qual é!". – Reclamei, com um sorriso idiota a reinar nos meus lábios. – "Toda a gente já usou um garfo como pente, para imitar a pequena sereia!".

Ela ria cada vez mais, tentando parar de chorar de tanto gargalhar, cruzando os braços e respirando fundo várias vezes.

" – Devias ser hilário quando eras criança, de certeza!".

Olhei-a de forma estranha.

" – Mas eu fiz isso no outro dia...".

E os dois entreolhamos e voltamos a rir que nem dois retardados, enquanto admitíamos as coisas mais idiotas e podres do nosso passado, deixando quase parte do jantar queimar daquele dia.

Uns minutos depois, ela fritava algumas batatas e eu cortava tomates, agora, de forma direita e com a faca mágica, para a salada.

Sobre o assunto da imortalidade e do tempo, eu decidi ficar quieto; Pelo menos por agora. Precisava de respostas e não poderia pressionar o polígono de três lados para me responder a tudo; Eu não podia, de todo, depender dele e nem mostrar essa parte fraca. Okay, okay, ele pode ler mentes e tudo mais, mas não é impossível ludibriar as suas leituras. É um pouco complicado de explicar, mas vou tentar.

Basicamente, ele necessita de saber o que quer ler. Simples assim. Supondo que ele quer ler a minha comida favorita, ele deverá recitar um feitiço mentalmente para ter acesso a essa parte; E as palavras do encantamento mudam de acordo com o tema que ele quiser explorar.

Ora, se ele nem sonha que eu tenho este conhecimento, o loiro oxigenado de um só olho não deverá saber, pelo menos, se eu me esforçar para não manter isso como o pensamento principal, ao pé dele.

" – Hmmm...". – Murmurou a loira a fitar-me, interessada e com um sorriso. – "Estou orgulhosa, jovem aprendiz!".

Ri um pouco baixo, olhando-a.

" – Obrigada, senhora professora!". – Ironizei. Por estar distraído, acabei por explodir o tomate todo na minha cara. Pacífica gargalhou demasiado alto, enquanto lhe fuzilava com o olhar, com um leve sorriso de canto.

A menina estalou os dedos e o tomate voltou ao normal, fazendo todo o sumo vermelho desaparecer.

" – Ah, ah, ah...". – Ironizei novamente.

" – Ah, foi engraçado, admite!". – E apontou para mim.

" – Não foi não!!".

" – Foi sim!".

O que eu não sabia, era que, apesar daqueles momentos descontraídos com a minha nova amiga, era que estava a ser constantemente vigiado por ele.

[...]

Mais tarde, naquele mesmo dia, entrei no quarto, jogando a minha jaqueta de empregado preta e com detalhes amarelos para o chão, contra um canto qualquer, num suspiro de alívio, enquanto desapertava a porcaria da gravata, que já me estava a irritar a mim e à minha pele apertada.

Ouvi a minha porta fechar-se atrás de mim, enquanto terminava de retirar a fita preta atada abaixo da minha cabeça, agora, com a mesma pendurada à volta do meu pescoço.

Nem precisei de me virar para saber quem era.

" – A tua criatividade está a acabar". – Disse, ainda de costas e a fingir que continuava a retirar o laço.

" – Precisamos de conversar". – Repetiu a minha frase, como há uns dias atrás.

Levantei uma sobrancelha, com um sorriso de canto e olhando-o de lado.

" – Algo me diz que eu vou amar esta conversa, oxigenado!". – Imitei-o, tal e qual como ele fez, anteriormente, mas invertendo as posições, enquanto fingia retirar umas luvas mágicas e caindo em gargalhada, em seguida.

O mais alto rolou os olhos.

Deixei-me cair na cama, sentando-me e meio deitado, apoiando os braços para trás.

" – Posso saber o que se passa?". – Perguntou, cruzando os braços e meio chateado.

...Ãnh?

" – Ah... O quê?". – Perguntei, meio baralhado e achado que tivesse ouvido mal. Sentei-me, agora, normal e a olhar para ele.

" – Estás diferente". – Murmurou, sério. – "Não estás mais como antes, lembras-te? Acordavas-me e estavas a toda a hora comigo, fosse onde fosse, como um bom empregado pessoal... Agora, só surges quando te chamo".

Pensei um pouco nos últimos dias – Era verdade.

Passei tanto tempo com a Pacífica na cozinha, no dia a dia, esquecendo-me completamente do dorito.

" - ...Pacífica?". – Perguntou, levantando uma sobrancelha.

Argh! A leitura de pensamentos dele é stressante!

" – Obrigado!". – Agradeceu o elogio mental, com uma referência e retirando o chapéu flutuante do cimo da cabeça, com um sorriso. – "Mas eu quero que me expliques sobre isso...". – E voltou à posição inicial, jogando o chapéu de qualquer maneira no meio do ar, voltando para o alto da cabeça como um íman.

" – Espera aí, eu devo-te alguma satisfação da minha vida?". – Perguntei, imitando a sobrancelha do loiro. O rosto dele ficou levemente avermelhado.

" – É claro!". – Gritou, cerrando os punhos, ainda de braços cruzados. – "És o meu empregado pessoal, Pinetree! É mais que óbvio que tenho mais que o direito de saber!".

" – Wow, wow, wow! Acalma aí, ó Zarolho!". – Exclamei, colocando as palmas das mãos no ar e entre mim e ele. – "Primeiramente, eu jamais concordei com essa ideia de ser teu 'empregado pessoal'!". – Terminei, a imitar a voz dele a fazer aspas com os dedos. – "E segundamente...".

A voz morreu-me na garganta, quando abri muito lentamente os olhos e, mais tarde, acrescentei um sorriso malicioso à mistura.

" - ...Estás com ciúmes?".

Nunca vi o bronzeado ficar tão vermelho de raiva e nervosinho. Normalmente, sou eu o stressadinho da história – Se bem que estamos com os papéis trocados agora então... Está certo.

" – Claro que não!!". – Gritou, a reclamar. A cartola flutuante começava a mexer freneticamente mas, antes disso, ele agarrou-a à velocidade da luz, meio nervoso.

Bingo.

Sorri de canto, levantando-me lentamente e indo na direção dele devagar, deixando os meus abdominais levemente contraídos, já que a camisa era justa. Apesar de ser muito magro, tinha leves linhas vincadas quando contraía os músculos e eu adorei a cara que ele fez, a abrir os olhos imenso a olhar para a minha barriga.

Então, eu prendi-o na parede, deixando o loiro a olhar-me nos olhos muito rapidamente, completamente surpreso por eu tomar alguma atitude.

Eu também estou.

Não faço ideia do que estou a fazer – Só faço o que o instinto manda.

...Ou o que eu quero.

Mas isso não vem ao caso.

Lancei um olhar que penetrou profundamente a sua pupila rasgada, mordendo lentamente o meu lábio inferior. Depois, peguei na minha mão esquerda e peguei de leve na minha gola da camisa social branca, desviando-a do meu pescoço. Inclinei o mesmo para o lado direito, expondo uma marca roxa e negra, amarelada, com a marca da boca dela.

" – Deixas-te marca da outra vez, idiota...". – Murmurei. – "Foi complicado explicar ao Lunger e arranjar uma desculpa".

Cipher abriu a boca para falar algo, mas limitou-se a engolir em seco e a descer lentamente o seu olhar, novamente, até à minha camisa justa.

" - ...Agora, é a minha vez".

Peguei delicadamente no seu queixo, imitando todos os seus gestos e fazendo-o subir a cabeça, obrigando-o a olhar para mim.

Rasguei um sorriso de lado, sussurrando com voz rouca.

" – Não gosto que desviem o olhar de mim quando falo, oxigenado".

E aproximei-me lentamente dele, deixando-o petrificado.

Provavelmente, ele não conseguia calcular as minhas ações como antes, devido à leitura de pensamentos – Eu não pensava antes de agir, como de todas as outras vezes. Era o instinto.

...O meu instinto a basear-se nele para o seduzir.

Pensando bem, Cipher sempre foi uma incógnita para mim, mas ao mesmo tempo, baseio-me nele para lhe ganhar. Chega a ser irónico.

Não, de todo, eu não o admiro ou nutro quaisquer sentimentos por ele. De todo. E nem posso e nem quero, como é óbvio.

Ele só vê isto como uma brincadeira idiota e para passar o tempo – Pequenas provocações e o primeiro a ceder perde. Nada mais do que isso.

...Eu acho.

Mas eu já não sei mais o que pensar, negar ou aceitar.

A verdade nua e crua é que ele nunca me deixou os pesadelos, sonhos e pensamentos. Quando o derrotei, ele continuou a assombrar-me; Mas nada que algumas sessões de psicologia que eu e a Mabel tenhamos frequentado não tivessem resolvido.

...E depois, ele decide aparecer. Novamente. Desarrumar a minha vida mais uma vez e virar-me de cabeça para baixo, só para me atrapalhar.

Só para me atrapalhar.

Parei a milímetros do seu pescoço, vendo toda a sua pele eriçada ao sentir a minha respiração quente na sua pele bronzeada; O peito dele descer e subir rapidamente, ofegante e como se entrasse em conflitos internos para manter a sua posição de superior, de chefe e de demónio.

Mas tanto eu como ele sabíamos que ele não queria isso.

E voltamos ao ponto zero – A vida virada de cabeça para baixo desde que ele apareceu.

...Ou eu apareci.

Rasguei um sorriso malicioso, afastando a sua camisa social amarela apertada ao pescoço e desfazendo a sua gravata borboleta, enquanto admirava-lhe a pele tão fina, quente e indefesa.

Só minha.

Mas eu parei a meio, quando a ia beijar, morder, chupar, qualquer coisa – Eu precisava de me controlar.

Eu não podia...

Eu não ia.

" – Será que me resistes... Oxigenado?". – Provoquei, com uma voz ofegante e rouca, que o chegou a enlouquecer, já que ele arranhou levemente a parede através das suas luvas pretas de tecido, fazendo um barulho abafado.

O mais alto não se atreveu a abrir a boca – Ele não ia dar-me o gostinho de o ouvir suspirar ou outras coisas melhores.

...Melhores? Mas o que raios eu quis dizer com isso?

Mais rapidamente do que ele esperava e de surpresa, eu encostei os meus lábios carnudos na sua pele fina – Os meus lábios estavam mais quentes que a pele dele, completamente arrepiada. Cipher contorceu-se levemente, mas, para meu espanto, não me tentou afastar.

Ele estava num conflito interno – Tal e qual como eu estava.

Tanto naquele momento como há dias atrás, com as posições invertidas.

Criei pressão sobre a pele entre os meus lábios, que, mais tarde, entrou em contacto levemente com os meus dentes. Bill mordeu o próprio lábio inferior com força, enquanto via a sua maçã de Adão descer e subir lentamente pela quantidade de força que fazia para aguentar, a engolir em seco.

Então, eu perdi o pouco controlo que me restava – Eu criei trilhas de beijos leves e lentos de cima a baixo, mordidas leves e com força e poucos chupões, mas os restantes com pouca força. Apesar de tudo, não queria dar a entender que ele era meu.

Que ele era meu.

Parei rapidamente quando isso me veio à cabeça. Depois, descolei levemente os meus lábios dele, enquanto ouvia a sua respiração ofegante e rápida, como se implorasse por mais, completamente excitante.

Mas ele e eu não dissemos mais nada.

Sorri lentamente de canto, subindo o olhar para o seu rosto todo vermelho, de olho fechado e a cartola dele murcha e caída para o lado, como se estivesse com pouca energia.

A minha boca foi de encontro à sua orelha, num murmúrio bem baixo e rouco; Que o deixou com o coração aos saltos.

" – ...Venci um ponto, Cipher".

E afastei-me, a levantar as sobrancelhas e à espera de uma resposta.

Ele semicerrou os olhos, pronto para me arrancar todos os órgãos de uma vez ou até mesmo um por um, lentamente (Maneira de matar nº2010 e 2011, respetivamente).

" – Eu ainda te estou a vencer por um, Pinetree...". – E limpou a garganta, enquanto eu encolhi os ombros e virei costas. O loiro oxigenado começou a arrumar a gravata e o colarinho da camisa novamente, tentando retomar aos batimentos cardíacos normais, assim como eu.

Se eu estou nervoso mas consigo-me controlar com dificuldades, imagino-o – Um demónio preso num corpo humano com os sentimentos descontrolados e a exalar testosterona até nos ouvidos.

" – Por pouco tempo". – Respondi, baixando-me para pegar novamente a minha jaqueta caída. Pelos vistos, os meus planos de ir tomar um duche antes de jantar foram por água abaixo.

Mas eu não me importei muito.

Arrumei-me o mínimo, pronto para ir jantar, afinal, estava na hora da reunião na sala de refeições, como todos os dias.

Tentei ignorar qualquer tipo de contacto ou conversa com o mais alto, extremamente envergonhado pelo que eu tinha feito.

Mas, infelizmente, ele parou-me à última da hora, teleportando-se para a frente da porta da entrada do quarto, de braços cruzados.

Corei um pouco, atrapalhado.

" – O... O que foi?". – Perguntei, num sussurro, a ver o olhar dele.

Bill não me respondeu; Ao invés disso, aproximou-se de mim e pegou-me na fita preta desfeita, que devia ser uma gravata, começando a dar o nó.

Não me mexi, apenas a observar o seu rosto concentrado a arranjar-me, a sentir o meu rosto ficar cada vez mais quente.

Então, ele levantou o olhar no final do laço, antes de dar o último nó e levantou uma sobrancelha.

" – Ficas nervoso ao pé de mim porquê?". – Questionou.

Fui abrir a boca para responder, mas ele foi mais rápido. Pegou-me na gravata e puxou-me, colando os nossos rostos demasiado perto um do outro.

Perigosamente perto.

Olhei-o nos olhos, completamente surpreso com a atitude dele. Mas ele não sorria de forma alguma; Continuava sério.

" – Responde-me". – Ordenou.

" – E... Eu...". – E desviei o olhar para o lado.

Eu queria ter respondido tanto naquela altura. Arrependi-me, muito mais tarde, por não ter dito diretamente o que estava a acontecer comigo – Aquela maré confusa de sentimentos, a minha cabeça virada de pernas para o ar e os meus pensamentos sem saber se o deveria odiar ou tentar continuar com a amizade.

Amizade.

Lá no fundo, tanto eu como ele sabemos disso.

Nós somos amigos. Passamos os dias juntos, a falar de nada. Mas, claramente, nenhum queria e iria admitir isso, sequer, em pensamentos. Desde o dia que nos zangámos e eu fiquei à porta dele a falar por horas e horas, sem nenhum motivo de conversa principal, eu percebi que algo se estava a passar.

Algo que eu me estava a forçar cortar.

Mas algo que eu não conseguia acabar.

Ele suspirou, retirando-me dos pensamentos e largou-me. O seu olhar fechou-se e a cabeça do mais alto desceu, a fitar o chão.

" – Estás confuso". – Concluiu.

" – É claro que estou!". – Reclamei, meio vermelho. – "Eu quero, aliás, devo odiar-te por seres quem és, mas... Ao mesmo tempo, esta relação está a dar cabo de mim!".

Ele olhou-me muito rapidamente e surpreso, levemente vermelho.

Abri muito os olhos, começando a negar de todas as formas e a mexer freneticamente o corpo.

" – E-Eu quis dizer relação de amizade, idiota! Amizade!". – Gritei bastante alto e ele limitou-se a rir. A risada que, evoluiu então, para uma gargalhada descontraída.

Sorri de forma descontraída, deixando cair os ombros e comecei a rir-me também.

Quando dei por mim, já os dois chorava-mos a rir, apoiados um no outro e a tentar não morrer por não respirar.

E fomos assim até mesmo durante o caminho e a chegar ao salão de refeições com vários olhares tortos e confusos, enquanto continuávamos a rir como dois retardados.

Dois retardados... Amigos?

[...]

" – O Dipper está a demorar...". – Sussurrou Soos, levemente preocupado e a olhar constantemente par ao relógio.

" – Relaxa!". – Exclamou Wendy, dando um leve empurrão nas costas do maior, a rir. – "Hoje é terça, ele tem aula com o Atlanticzeco, então, é capaz de ele demorar".

" – É...". – Murmurou Pacífica, de braços cruzados e a revirar os olhos, com a roupa habitual. – "Depois do que Dipper lhe fez, duvido que o deixe em paz!".

E eles começaram a mudar de tema de conversa, continuando a falar de temas aleatórios, desde o trabalho na mansão até às comidas favoritas e o que devíamos fazer no sábado à noite, afinal, era o único dia que não trabalhava-mos na manhã seguinte e podíamos virar as noites todos juntos, como de todas as vezes.

Pacífica tornara-se, praticamente, nestas últimas semanas parte do nosso outrora trio e agora quarteto. De vez em quando, Charlie fazia parte e era seguida por Carlie, que não era tão bem vinda por Pacífica mas muito apreciada por Soos.

Uma vez, tentei meter assunto sobre a rivalidade das duas e perguntar o que Pacífica queria ter dito com aquilo do "Só lhe tentou impedir de me ludibriar a mim e não aos outros"; Mas ela desviava sempre o assunto e eu acabei por desistir. Se eu tiver de saber, saberei; Não vou forçar a minha amiga a isso.

Para além disso, Atlantic tem-se tornado muito exigente nos treinos, mas nunca mais me subestimou. Em contrapartida, criou uma regra que foi aprovada pelo oxigenado cabeça de abóbora amarelada de não poder utilizar os diários nas provas e treinos – O que achei um absurdo, por agora pertencer à minha pele e, segundo as regras, eu podia utilizar até duas armas que não faziam parte de mim.

Robbie começou a seguir Wendy para vários sítios – Onde quer que ele fosse, lá estava ele, escondido a qualquer canto. A partir daí, ela evitou continuar a andar sozinha, por medo. Depois de um ex-namorado louco que lhe tentou apagar a memória só para ela o perdoar por tudo, eu acredito que ela não queira ser stalkeada por ele.

Gideon continua o mesmo bostão.

Por fim, Violet. A menina pequena, com cara de treze e diz ter corpo de dezassete. Não a entendo quando começa a falar de vários deuses gregos, mas ela deve pertencer a um deles. Muito misteriosa, mas uma boa pessoa (Ou deusa); Acreditem.

" – Olhem, é o Dipper!!". – Gritou Pacífica, com um sorriso enorme e aos saltos, a apontar para mim, que andava na direção dos meus amigos.

Sorri de volta, com as mãos nos bolsos e um andar descontraído. Por pura sorte, depois do treino, eu tinha o resto do dia de folga, juntamente com os outros três.

Ou talvez essa sorte se chame Bill Cipher.

" – Demoraste!". – Reclamou Wendy, com um sorriso. – "Anda, vamos para o meu quarto e o da Pacífica o resto da tarde. O único sítio sem interferências de outras pessoas!".

Eu ri levemente, ficando agora próximo a eles.

" – Vamos! Deve ser uns cinco minutos a andar!". – Anunciou o maior, liderando o caminho, com a mão no peito e a marchar. – "Vamos lá, camaradas! Um, dois, um dois!".

E todos nós imitamos o maior, entre risos e canções de Star Wars.

Porém, a meio do caminho, enquanto nos divertíamos a falar uns com os outros e a cantar, a ruiva parou bruscamente.

" – Wendy?". – Questionei-me, confuso e num sussurro. Observei que ela olhava fixamente para a frente e segui-lhe o olhar.

Era Atlantic.

Pacífica encolheu-se levemente atrás de Wendy, tentando não ser vista. De qualquer das formas, não sei se ele viu ou ignorou.

" – Dipper, posso dar-te uma palavrinha?".

Apontei levemente para mim, bastante surpreso. Wendy não parecia gostar nada da presença do rapaz, ficando bastante séria; Já Soos, a perceber o clima que ali se passava, manteve-se quieto e sem saber o que fazer, afinal, ele dá-se bem com toda a gente.

" – Oh, claro... Eu acho". – Respondi, num sussurro. Depois, olhei para Wendy apenas, tentando não denunciar a posição da loira. – "Vocês vão andando. Eu já vou lá ter".

A mais alta assentiu, séria.

" – Vamos, pessoal".

E começou a andar lentamente com os outros dois. Fiquei quieto, assim como o moreno, até os perder-mos de vista nos corredores muito ao longe.

Lancei um sorriso amarelo para quebrar o gelo.

" – Então...". – Murmurei. – "O que é que tu querias dize...".

" – Afasta-te da Pacífica". – Cortou-me, com a voz mais grossa que o normal e completamente sério.

" – Desculpa?". – Questionei, levantnado as sobrancelhas, achando que tinha escutado mal.

" – Ouviste-me bem, Pines. Quero que te afastes dela. É uma ordem, como teu superior".

" – Ah... Desculpa lá, sem ofensas, mas eu não te considero lá grande coisa, quanto mais meu superior".

Southest manteve a sua pose séria e firme, sem ceder.

" – Vou repetir mais uma vez, Pines... Afasta-te da Pacífica Northwest. Agora".

Passei-me completamente.

E não me responsabilizo por futuras mortes.

" – Tu só podes estar a brincar comigo!". – Gritei, passado. Aproximei-me a passos bruscos dele, pegando-lhe pela camisa social e com a cara desfeita de raiva. – "A Pacífica é das pessoas mais queridas e gentis que eu conheci, se não a mais! E é das poucas que posso ter a plena confiança, sem a questionar! E nem tu, nem o Cipher e nem ninguém tem o direito de me negar a ficar com as pessoas que eu mais amo neste mundo, que são os meus amigos!".

Atlantic, pela primeira vez e para minha grande surpresa, esboçou uma cara de raiva.

" – Tu não entendes mesmo nada, pois não?!". – Berrou de volta, pegando-me pelo colarinho da minha camisa. – "Estás a estragar tudo! Desde a tua chegada até aos teus pequenos... Dotes heróicos e forçados estão a impressionar toda a gente da mansão! E, dar nas vistas, é o que eu menos quero!".

" – Dotes heróicos? Estás a brincar comigo?!". – Respondi, de volta, continuando com o tom de voz elevado até ao final da conversa agressiva, assim como ele. – "Eu faço aquilo que me dá na cabeça! Achas que eu quero saber de heroísmo quando estou cercado de pessoas que mal conheço e tenho de conviver aqui preso?! Eu quero manter uma boa relação com todos e não é por causa de uma ordem do meu "superiorzinho mimado pelo oxigenado" que eu te vou obedecer!". – Terminei, fazendo uma voz aguda na parte destacada.

Ele levantou uma sobrancelha, semicerrando os olhos.

" – Atreve-te só mais uma vez a insultar o Master, idiota...". – Sussurrou, desta vez, uma ameaça.

Larguei-o, afastando-me.

" – Quando é que entendes que isto não são insultos, Atlantic?!". – E enchi o peito de ar. – "Esta é a minha relação e a de Bill Cipher – Uma relação entre xingamentos idiotas e parvos, a reclamar constantemente um com o outro e uma relação de eternos inimigos e rivais que está, aos poucos, a evoluir para uma grande amizade! Uma relação que tu e ele jamais terão, se queres saber... Ah! E, quer gostes quer não, eu não vou e, aliás, nem te devo qualquer satistação ou explicação".

Achando que tinha terminado a conversa, passei por ele, deixando uma frase no ar.

" – E eu vou continuar a dar-me com Pacífica e o Dorito ambulante, de qualquer das formas".

Atlantic suspirou bem fundo.

" – ...Então não me deixas escolha, Dipper Pines. Vou ter de te mostrar o verdadeiro lado negro desta mansão".

E, mesmo antes de me questionar, caí duro no chão; Inconsciente.

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