( Megan narrando)
[ Ligação on]
Xxxx: Alô, Megan?
Megan: Alô, Patrícia, é você?
Xxxx: Sim Megan, sou eu
Megan: Aconteceu alguma coisa? - pergunto preocupada
Patrícia: Na verdade sim. Sua mãe teve outra queda de batimentos cardíacos e não está se sentindo muito bem. Teria como você vir aqui na sua casa? O John já saiu para o trabalho e eu preciso fazer algumas coisas como o almoço e ir na farmácia para sua mãe e não gosto de deixá-la sem olhares, entende?
Megan: Claro que vou Patrícia, não se preocupe. Em uma hora estarei aí!
Patrícia: Muito obrigada!
[ Ligação off]
- Quem era Meg? - Anna pergunta sentada na cama
Ainda não saímos do quarto para tomar o café da manhã, o relógio está marcando 7:20 A.M
- Era a Patrícia, a enfermeira que olha mãe. Ela pediu para eu ir lá em casa ajudá-la cuidar de mãe, pois ela tem que fazer algumas coisas na rua e não quer que mãe fique sozinha!
- Você vai para lá agora?
- Vou sim! - respondo ficando de pé
- Posso ir junto? - Anna pergunta
- Claro. Aqui, não precisa tomar café não, lá em casa nós tomamos! - digo
- Okay!
Entro no banheiro e tomo um banho bem rápido e logo em seguida Anna faz o mesmo. Ao sair do banho, visto uma calça jeans azul clara com alguns detalhes desfiados na coxa, uma camisa lisa preta e uma mini jaqueta preta. O clima está bem frio, não me surpreende muito, pois estamos no inverno. Muito raro ter dias quentes.
Anna veste uma calça jeans azul clara, uma camisa branca lisa e uma jaqueta jeans da mesa cor da sua calça. Anna calça um sapatenes jeans claro e eu calço uma mini bota preta. Anna faz um coque frouxo e eu prendo meu cabelo em rabo de cavalo. Passamos um rímel e batom claro.
- Vou chamar um táxi! - digo pegando um celular e ligando para um taxista.
Anna pega seu celular e vamos para a portaria. Ao chegar lá, o táxi já estava a nossa espera. Entramos no carro e fomos em direção em minha casa, ao chegar, pagamos o taxista e batemos à porta da minha casa.
- Bom dia garotas, como vão? - Patrícia diz abrindo a porta e nos abraçando
- Bom dia! - respondemos em uníssono
- E minha mãe Patrícia como ela está? - pergunto
- Está um pouco fraca e sonolenta. Entrem garotas! - Patrícia diz dando passando para que eu e Anna entrássemos em casa. - Claire, olha quem chegou aqui! - Patrícia diz andando na nossa frente indo em direção à sala de estar
- Quem Patrícia? - ouço minha mãe dizendo com sua voz meiga e calma, como de costume
- Oi mamãe! - digo ao entrar na sala sorrindo
- Megan, o que faz aqui querida? - minha mãe pergunta sorrindo ao me ver - Vejo que trouxe sua amiga Anna. Vocês não deveriam estar no colégio para assistirem à aula?
- A Patrícia pediu para que eu viesse ajudá-la a cuida da senhora hoje, pois ela terá que fazer algumas coisas na rua! - digo me sentando em uma poltrona ao lado da minha mãe
- Ah sim. Como é bom ver vocês! Sente-se aqui Anna! - minha mãe diz apontando para o sofá ao lado dela
- Obrigada senhora Laurence! - Anna agradece
- Bom, já que vocês chegaram eu vou na rua e em algumas horas estou de volta! - Patrícia diz pegando uma bolsa
- Tudo bem! - digo
- Se vocês precisarem de alguma coisa, qualquer coisa mesmo é só me ligar, okay?
- Okay! - eu, Anna e minha mãe respondemos em uníssono e Patrícia sai de casa
- Já tomaram café garotas? - minha mãe pergunta
- Ainda não mãe, assim que acordamos viemos para cá! - respondo
- Então venham cá, vamos comer alguma coisa! - minha mãe diz se levantando da poltrona indo em direção à cozinha eu e Anna a acompanhamos
Minha mãe começa a tirar algumas coisas do armário e da geladeira e colocar sobre a mesa. Durante todo o tempo eu e Anna ficamos oferecendo ajuda mas mãe negou dizendo que dava conta de fazer sozinha. Ao terminar, ela se senta na mesa junto de mim e Anna.
- Obrigada mãe! - digo
- Obrigada senhora Laurence! - Anna agradece
- Disponha! - minha mãe diz sorrindo
Eu e Anna começamos a tomar nosso café da manhã. Minha mãe havia pego bolo, bolachas, pães, suco, leite, toddy, café e marshmallow.
- Como a senhora está? - pergunto à mãe
- Estou bem querida. Algumas vezes meu peito começa a dor e me dá falta de ar, mas já estou acostumada com isso! - ela responde tranquila
- Mas a senhora está se sentindo bem agora? - Anna pergunta preocupada
- Estou sim meu amor. Só um pouco cansada, talvez se eu dormir um pouco eu melhore!
- Quer se deitar agora mãe? - pergunto
- Na verdade eu quero sim! - minha mãe responde com a voz um pouco cansada
- Vamos então, vou te levar até seu quarto! - digo me levantando
- Obrigada Meg! - levo minha mãe até o o seu quarto, na hora de subir as escadas ela se cansou um pouco mas está tudo bem.
Chegando em seu quarto, ela se deitou na cama e eu deitei ao lado dela.
- Você tinha a mania de deitar comigo quando era criança! - minha mãe diz sorrindo
- Eu amo você mãe! - dou um beijo na testa dela e continuamos deitadas
Quando eu percebi que mãe havia adormecido, desci para a cozinha pois Anna estava sozinha.
- Desculpa a demora, estava esperando mãe dormir! - digo ao chegar na cozinha
- Sem problemas! - Anna responde
- Vamos ficar lá na sala! - digo e Anna apenas concorda com a cabeça
Nos sentamos no sofá uma de frente para a outra.
- Meg, posso te fazer uma pergunta? - Anna pergunta receosa
- Claro! - respondo
- Você acredita com todas as suas forças que Dylan te traiu?
Fico em silêncio por alguns segundos pensando na minha resposta, até que por fim digo:
- Não, não acredito com todas as minhas forças. Uma porcentagem bem grande em mim acredita que Dylan me triu, mas uma porcentagem bem pequena diz que eu tenho que ouví-lo! - respondo com um pouco de receio
- Então por que você não vai conversar com ele?
- Anna, não é tão simples assim. Eu não quero dar ouvidos a emoção e ignorar a razão. Eu vi Dylan beijando outra garota com meus próprios olhos, a razão diz que ele me traiu e ela está certa, já é emoção prefere acreditar em todos os bons momentos que nós vivemos, em todas as palavras de amor ditas, em todas as ações feitas.... Mas nesse caso a emoção está em desvantagem, pois setenta por cento do meu psicológico é comandando pela razão, entende?
- Entendo sim Megan, mas e você e a razão estão estiverem erradas? O que será de Dylan que está sofrendo muito?
- Por que você tanto o defende? - pergunto curiosa
- Dylan é meu amigo, e nós somos os únicos amigos que ele tem. O melhor amigo dele está viajando, o amigo que divide o quarto com ele está o ignorando e a amiga ex namorada dele está com raiva do mesmo. Só sobraram eu e Ricardo. Eu acredito na Inocência de Dylan e entendo o seu lado também. Dylan só tem a mim e a Ricardo, mas nenhum de nós dois se iguala a Thomas. Eu o defendo pois acredito que tem uma explicação para tudo isso e não quero ser a amiga apenas dos bons momentos! - Anna diz um pouco vergonhosa confiante em sua fala
- Anna, você é uma pessoa incrível sabia? Não tenho raiva de você por defender Dylan, mas saiba que isso não será o suficiente para que eu perdoe o mesmo. Eu o vi beijando outra garota e a menos que tenha uma explicação bem lógica para tudo isso, eu não mudarei de ideia! - respondo confiante
- Entendo você, mas por favor, continue com suas dúvidas mas não dê ouvidos a Louis. O mesmo está revoltado com tudo e diferente de nós duas, ele acredita com todas as forças que Dylan te traiu e que ele não presta. Você sabe o que Louis passou, seu coração citou um poço de ódio! - Anna diz praticamente implorando
- Não se preocupe Anna, eu tenho opinião única e não sou influenciável! - digo para despreocupar Anna
- Você sente falta de Dylan? - ela pergunta
- Todas as vezes em que me coração bate!
Ficamos em silêncio por alguns instantes
- Vamos fazer o almoço? Assim Patrícia fica menos cansada. - pergunto à Anna
- Claro! - ela responde
Começamos a preparar o almoço. Eu me encarreguei de fazer o arroz e o bife a milanesa e Anna se encarregou de fazer a salada de verduras e a salada americana.
Quando Patrícia chegou em casa o almoço já estava pronto e então fui fui acordar minha mãe para almoçar.
Almoçamos todas juntas e depois passamos a tarde toda conversando sobre assuntos aleatórios. Minha mãe contou à Anna e à Patrícia sobre como eu era na infância e me bateu uma nostalgia. Essa é a primeira vez em que minha mãe conta histórias do meu passado.
Passamos uma tarde bem tranquila juntas, quando era 17:15 John chegou em casa.
Ficamos cerca de meia hora conversando com ele e o mesmo disse estar feliz em nos ver (eu e Anna). Às 17:45 eu e Anna nos despedimos de minha mãe, John e Patrícia para voltarmos ao colégio.
John disse que nos levaria de volta ao colégio, ao chegar, agradecemos e entramos no colégio e fomos direto para o nosso dormitório.