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By rrbeatrice

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LIVRO NEW ADULT (+18) Nina não ficou nada feliz quando sua mãe a levou para uma nova cidade para morar com se... More

Recado
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Resultado
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
AVISO
Aviso II
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 37

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By rrbeatrice


CAM

Meu corpo todo dói.

Meus pulsos e tornozelos ardem devido às cordas que me prendem. Minhas costelas doem toda vez que respiro. Meus músculos estão tensos e doloridos. Meu rosto inchado e sensível.

Meu olho esquerdo está tão inchado que não consigo abri-lo, não que eu fosse ver muita coisa de qualquer forma, o quarto está completamente escuro e silencioso.

Tudo em que consigo pensar é em Nina e em Liv e na minha família. Não acho que vou voltar a vê-los.

Penso na noite em que ela e eu passamos juntos, penso na sua pele macia, nos seus beijos, no seu perfume, quase posso ouvir sua voz falando comigo. Ou talvez eu esteja apenas alucinando, talvez a fome e a sede estejam fazendo meu cérebro ver e ouvir coisas.

Ouço o barulho de passos abafados e então a porta se abre e a luz é acessa, me fazendo fechar o olho por causa da claridade.

— Dormiu bem? — Albert entra no quarto seguido por seus dois capangas malditos.

Não tenho a mínima noção de onde estou ou de quanto tempo estou aqui, minha mente está confusa demais por causa da dor.

A única coisa que eu sei que é que estou em um quarto vazio com paredes sujas que um dia já foram brancas e um carpete cinza que fede a mofo.

— Está na hora da sua lição de hoje. Podem levanta-lo.

Os dois homens se aproximam e me levantam, no processo sinto uma fisgada em minhas costelas que leva lágrimas aos meus olhos.

Albert se aproxima e tira a fita silver tape que cobre minha boca.

— Agora o desamarem. — Ele ordena e eles obedecem.

— Por que você não me mata de uma vez? — Digo com a voz fraca.

— Ah, mas eu vou, mas primeiro você vai sofrer por vários e vários dias. — Albert diz com um sorriso cruel nos lábios.

— Eu entendo sua raiva...

— Você não entende nada! — Ele grita, furioso.

— Eu entendo que você sente falta dela.

— Não pense que você sabe o que eu estou sentindo, seu merda.

— A Brooke era minha amiga, eu gostava dela.

Sua mão pesada desce em meu rosto com força, acertando os machucados que não tiveram tempo de se curarem e me fazendo gemer de dor.

— Não ouse falar da minha irmã, seu desgraçado! Você a matou e ainda tem a coragem de falar na minha cara que gostava dela?

— Eu não a matei. — Sussurro, em parte para ele, mas também para tentar me convencer de que é verdade, que eu não arruinei a vida de Brooke quando no fundo sinto que foi exatamente o que eu fiz.

— Você a seduziu e a levou para o seu mundo pervertido, ela passou seus últimos dias sendo uma vadia qualquer dando pra quem pagasse mais por sua culpa!

— Não, não foi minha culpa. — De novo, digo mais para mim do que para ele. Preciso me convencer que não tive culpa, Nina me disse que não tive culpa, quero acreditar que ela está certa e que eu posso ser o tipo de homem que ela merece.

— Eu sei que ela sempre foi meio maluquinha...

— Vejo que é de família. — Digo e recebo mais um soco.

— Sou maluco por querer justiça? Não, acho que não. Brooke era meio avoada, mas ela nunca se tornaria uma prostituta se você não tivesse seduzido minha irmã. Por sua culpa ela conheceu as pessoas erradas e morreu afogada no seu próprio vômito, como uma vadia viciada sem valor nenhum.

— Eu entendo que você queira se vingar, me mate de uma vez e acabe logo com isso.

— Eu já disse, você merece sofrer antes de morrer. E eu vou fazer você sofrer, desejar que estivesse morto. — Ele diz e desabotoa os botões no pulso de sua camisa, subindo as mangas até seu cotovelo.

— Você vai se arrepender do dia em que conheceu minha irmã. — Ele diz e então o ataque começa.

Seus socos acertam meu rosto e minha cabeça, tento me defender, mas meu corpo está cansado e faminto e mal tenho forças para me manter em pé.

Caio de joelhos no chão, sangue escorrendo de minha boca e meu nariz, manchando o carpete de um vermelho vivo, cobrindo o sangue seco que ele tirou de mim nas outras vezes que me espancou.

— Levantem-no! — Ele ordena, o ódio em sua voz é evidente.

Ele me odeia, ele me quer morto, ele nunca deixará que eu saia desse quarto vivo.

Seus homens me levantam e me seguram enquanto Albert desconta sua raiva em mim.

Toda vez que seus socos acertam minhas costelas machucadas acho que vou desmaiar de dor.

— Larguem ele! — Ele diz e então os braços fortes que me sustentavam somem e eu caio no chão.

— Isso é pela minha irmã, seu desgraçado, é por Brooke! — Ele grita e então começa a me chutar com toda sua força.

Suas botas me acertam em todo lugar, mas quando elas se encontram com minha cabeça é como se ele tivesse encontrado meu interruptor. Eu simplesmente apago.

Quando acordo não tenho certeza se fiquei desmaiado por minutos ou por horas, mas para meu desespero Albert ainda está aqui, sentado em uma cadeira pacientemente me observando com um olhar de puro nojo.

— Você é fraco demais. Sabe, se vai mexer com a irmãzinha dos outros deveria ser capaz de levar mais porrada. Talvez seja minha culpa, que péssimo anfitrião eu fui, não te ofereci nem um prato de comida. — Ele diz e então percebo dois potinhos de plástico, como aqueles de cachorros, no chão perto de mim.

— Coma. — Albert ordena.

Com muito esforço e muita dor, consigo me mover e pegar o pote de comida.

A pontinha de esperança e alivio que cresceu em mim ao pensar que finalmente comeria algo desaparece quando percebo o conteúdo do pote.

— Isso é comida de cachorro. — Olho para o que parece ser algum tipo de comida enlatada.

— Você é um animal, não é? Então coma.

Albert não quer apenas destruir meu corpo, ele quer destruir meu espirito. Ele quer me machucar e me humilhar até eu não aguentar mais, só para depois dar o tiro de misericórdia e me matar.

— Coma! — Ele grita com uma fúria enlouquecida.

Com os dedos pego um pouco do conteúdo gosmento e nojento, mas Albert me repreende.

— Não, não use os dedos, coma como um cachorro. — Ele ordena.

Olho em sua direção com raiva e ele ri.

— Você quer que eu quebre os seus dedos? Então largue isso e coma como o animal que você é.

Coloco a gosma novamente no pote e o empurro para longe.

— Obrigado, mas não estou com fome. — Digo, e apenas para irrita-lo, junto toda a força que me resta e sorrio o mais largamente que consigo.

— Seu desgraçado! — Ele se levanta rapidamente, pega o pote com a comida de cachorro e segura meus cabelos, puxando-os com força e então empurra meu rosto em direção ao pote.

— Coma! Coma! Coma! — Ele grita e me obriga a comer tudo.

Quase devolvo aquela coisa nojenta diversas vezes, mas meu estômago vazio dói e implora por algo para comer. Qualquer coisa.

Quando termino Albert sorri satisfeito e então me dá o segundo pote, que contem um pouco de água. Bebo desesperadamente.

Quando um dos seus homens faz menção de querer me amarrar novamente Albert o impede.

— Deixe-o solto, ele está fraco demais para fazer qualquer coisa mesmo. Voltaremos daqui 5 horas para mais uma das suas lições. — Ele diz e então os três se vão, me deixando no escuro novamente.

Fico deitado no chão, completamente derrotado. Uma parte de mim sabe que eu mereço tudo isso.

Albert tem razão, sua irmã está morta por minha causa, assim como minha mãe e meu filho.

Nina vai ter sorte quando eu morrer, eu sou um inútil que só atrapalharia sua vida. É melhor que ela fique com Brian ou qualquer outro homem que seja digno dela.

Eu a amo mais do que qualquer coisa, mas infelizmente isso não é o suficiente.

Como eu queria ter ficado com ela, ter passado uma última noite ao seu lado ao invés de ir para meu apartamento com raiva simplesmente por ela querer me ajudar.

Eu fui um idiota, eu continuo sendo um idiota. Eu mereço morrer.

Não diga isso meu, amor. A voz de Nina fala dentro da minha cabeça.

Mas é verdade, eu mereço morrer por todas as coisas ruins que eu já fiz. Respondo-a.

Você sabe que isso não é verdade. Você vai sair daqui e vai me encontrar, nós vamos ficar juntos e vamos ser felizes, meu amor.

Como você sabe disso? Pergunto.

Porque ele está te protegendo, ela diz e então como mágica, Nina aparece para mim. Mesmo com meus olhos fechados, mesmo assim eu consigo vê-la, linda como sempre, e em seus braços ela segura um pequeno bebê.

O nosso bebê está te protegendo, amor, ele não vai deixar que você morra. Ele vai te salvar.

Por que ele vai me salvar se eu não salvei ele?

Porque ele te perdoa, meu amor, e eu também. Volte para casa, volte para nós.

Não sei se consigo, digo.

Sim, você consegue. Seja forte, Cam, nós estamos indo te salvar.

Eu te amo, Nina.

Eu também te amo, meu amor. Nós dois te amamos.

Sua imagem some lentamente, como se fosse fumaça se dissipando no ar.

Não, volte! Volte! Nina, meu amor, volte! Volte! Imploro, mas ela não volta. Nem ela nem meu filho.

Mas agora eu sei que ele está olhando por mim do céu e ele vai me proteger, ele vai me salvar mesmo eu não tendo feito o mesmo por ele.

Eu só preciso ter força e esperar, alguém vai vir me salvar, eu sei que vai.

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Que tenso, minha gente! Coitadinho do nosso Cam, né?

Mas calma, para aqueles que achavam que o Hardy era do mal aqui vai um spoilerzinho, ele não é. Ele realmente vai ajudar a Nina a achar o nosso Cam e salva-lo <3 

Não se esqueçam de votar e comentar se gostaram do capítulo ;)


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