My little, sweet and loyal Em...

Marta___Tata által

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Dipper Pines acabara de ser despejado de casa. Sem ter para onde ir e acolhido por um homem macabro, agora t... Több

A história de como eu fui totalmente apanhado por um triângulo - Literalmente.
The Madness
Well, hello "Persons who I need to work with"
Impressão minha, ou eu entrei num jogo de provocações com o meu inimigo?
Tornando-me praticamente um escravo, parte 1
Motivos porque eu odeio o oxigenado triangular demónio
Eu fui praticamente morto por quem?!
Okay then. Let's play, Cipher
O demónio mais sem sentimentos da história toda!
O oxigenado dorito está a virar-me a cabeça ao contrário!!
Num só capítulo eu tirei boas notas, humilhei e descobri uma loli misteriosa.
Pacífica - Uma menina com um sorriso tão falso como o seu segredo.
As memórias de Bill Cipher.
Um beijo, várias memórias, muitos segredos e um sentimento - CONFUSÃO!
Um verdade ou desafio com amigos retardados... O que pode correr mal?
Um plano feito por Mabel e uma personagem principal cu doce. Nada de novo.
Um suco de limão, tomando juntamente com Cipher.
Se achavam que a minha vida estava confusa, então ainda não leram este capítulo.
Yahooo!! Vejam um capítulo super-ultra-mega DIVERTIDO! ...Ou então sofrido.
A peça final do meu puzzle de teorias.
E o traidor é.... Tambores, por favor!
Literalmente... Estamos todos lixados. Enfim. Que tal uma missão suicida?
A batalha final. E o final épico.
O registo de Pines.
Algumas curiosidades finais do livro!
A pedido de leitores.

Trust no one, é confiar numa ruiva relaxada e num cara que parece um texugo.

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Marta___Tata által



Wendy esfregava as mãos, mexendo freneticamente o pé direito no chão, batendo com o calcanhar no mesmo, rapidamente, sentada na cama do seu quarto, que dividia com Pacífica. Soos, ao seu lado, coçava a nuca de cinco em cinco segundos e nenhum deles parecia motivado a começar a explicar as coisas.

Sentei-me, afundando-me na cadeira almofadada, dourada e preta, à frente de Wendy e Soos, enquanto mexia nos meus cabelos, retirando o meu boné. Coloquei-o nas minhas mãos, enquanto analisava cada canto do mesmo, como se ele se torna-se bastante interessante no momento, só para evitar contacto visual.

Então, após uns minutos de silêncio, Wendy decidiu dar o primeiro passo para quebrar o silêncio – Um longo suspiro, seguido de algo que murmurou e eu não entendi, mas não repetiu, então calculei que não fosse importante.

" – Eu...". – Comecei. Soos olhou rapidamente para mim, já que estava distraído a olhar para a janela grande do quarto de Wendy, com vista para o jardim. Carlie Brownie, a gémea de cabelo curto, anti-social, que lia livros à refeição a ouvir música nos seus Headphones enormes e verdes estava a cuidar de pequenas plantas. Para meu grande espanto, ela libertara um sorriso mísero – Que, para mim, já era um milagre.

Wendy não me olhou. Continuou a olhar para o chão.

" – Tu... Nunca mais disseste nada, Dipper". – Sussurrou a voz triste da ruiva. – "...Abandonaste-nos".

Com certeza, um tiro no peito teria doído menos que aquela afirmação.

" – W-Wendy...". – Não consegui dizer mais nada por dois motivos; 1) Não sabia o que dizer e 2) Ela interrompeu-me.

" – Espera-mos por ti no verão seguinte... E no outro. E no outro seguinte". – Continuou a ruiva, sem olhar para mim. Ela mexia lentamente os pés, nas suas botas pretas e sujas de lama seca, como se estivesse a fazer passos de dança em câmara lenta de uma música que o Soos tinha viciado, há muitos verões atrás e que ela odiava. – "O que... Aconteceu?".

Assim que ela terminou, olhou-me nos olhos. Os seus olhos verdes, com leves tons de azul fintaram-me, com preocupação, tristeza e, acima de tudo, desilusão.

Desilusão de ter sido abandonada. Trocada.

" – Ouçam...". – Comecei, jogando-me para trás, na cadeira e libertando um longo suspiro pelos lábios. Olhei para o teto, sem saber como dizer aquilo sem magoar. Uns segundos depois percebi que era impossível, então apenas disse o que me vinha ao cérebro. – "O meu pai... É o filho do irmão mais novo do Stahn e do Ford".

Soos não dizia nada. Parecia que ele não tinha coragem para falar o que a Wendy tinha dito, mas era a mais pura verdade – Ele estava tão magoado como ela.

" – Eles... Tiveram um desentendimento". – Continuei, fechando os olhos. Tapei-os com a palma da minha mão direita, com vontade de cravas as unhas da minha têmpora. – "A partir desse desentendimento, tudo o que tinha a haver com Gravity Falls, lá em casa, morreu. Essa palavra tornou-se... Proibida, por assim dizer. E isso incluiu o contacto com vocês...". – Terminei, num sussurro. Depois, ajeitei-me rapidamente na cadeira, olhando para os dois. – "Perdoem-me. Perdoem-me a mim e a Mabel, por não ter-mos dito nada, mas... Tinha-mos medo. O meu pai... Enlouqueceu, uns tempos depois, quando descobriu que a minha mãe tinha um amante. Tornou-se um homem que tinha ataques de fúria e...".

Não precisei de terminar para sentir algumas lágrimas a quererem descer dos meus olhos. Soos, no impulso, abraçou-me com força. Senti o meu corpo ser esmagado contra uma massa de gordura fofa, também conhecida como Soos.

" – Shhh dude, está tudo bem...". – Sussurrou. – "Nós desculpamos-te, então, nos desculpe também... Nós nunca pensamos que isso tivesse acontecido".

Olhei ligeiramente para Wendy que me sorriu docemente e colocou a mão no meu joelho, impedindo-me de segurar as lágrimas.

Então, fiz algo que eu não tinha feito há muito tempo – Desabafei.

Gritei; gritei muito. Chorei e berrei sobre ter sido expulso de casa, por ter sido obrigado a me afastar da minha irmã, por não ter ninguém que me aceita-se.

Para mim, passaram-se, no máximo, dois minutos, mas estava ali há quinze. Eu decidi deitar tudo para fora, por não aguentar mais a pressão sobre os meus ombros e o tamanho do peso que carregava constantemente no meu peito.

Então, eu respirava fundo. Até Wendy já estava abraçada a mim e eu tentava acalmar-me novamente.

" – Bem... Desabafar, às vezes, sabe bem... Certo?". – Murmurou Wendy com um sorriso ligeiro e retirando o resto de lágrimas dos meus olhos. – "E que conversa é essa de não ter ninguém que te aceite? Então eu, o Soos e a Mabel somos o quê? Aliens?!". – Disse, em tom de ironia e brincadeira, fazendo-me dar uma gargalhada baixa, ainda a fungar.

Eu odiava chorar. Sentia-me fraco e um completo idiota.

Mas, quando se é expulso de casa devido à sua sexualidade pelo vosso pai com ataques de fúria descontrolados, separado da irmã à força, acolhido pelo vosso maior inimigo e culpado dos vossos pesadelos e parte da vossa insanidade, onde estão lá os vossos amigos que não vêm à longa data, acho que é aceitável.

" – Por falar nisso...". – Voltei a falar, com a voz rouca de tanto ter gritado. Esfreguei o olho direito, com um certo tom de curiosidade. – "Como vocês vieram parar aqui...?"

Wendy e Soos entreolharam-se.

" – Ahm... O Cipher deixa-nos dizer sobre o que se trata esta mansão?". – Perguntou Wendy, com um certo receio na voz.

" – Não faço ideia, dude... Mas vale a pena o risco, não?". – Contrapôs Soos, encolhendo os ombros. – "Além disso, se não pudesse-mos, tenho a certeza que ele tinha criado alguns braços mecanizados que calariam as nossas bocas ou ia fazê-las desaparecerem.

Não pude deixar de gargalhar um pouco.

" – Ouve, Dipper...". – Começou Wendy, levemente desconfiada e a olhar para os lados, como se tudo e todos pudessem ser seus inimigos. Não a via assim desde o episódio de Weirdmaggedon, onde Gravity Falls foi o palco para um apocalipse. – "Esta mansão... Ela tem um propósito".

Fiquei sério, percebendo que se ia tratar de algo importante. Não retirei os meus olhos de Wendy, enquanto ela explicava.

" – O Cipher, por algum motivo, voltou à vida... E acho que tem a haver com algum Deus superior de alguma dimensão, sei lá. Tudo o que sabemos é que esta mansão não é normal, acredita, vais ver as coisas mais macabras e aterrorizantes aqui... Mas!". – Ela falou tudo num tom sério, mas, na última palavra, fez um ênfase alegre. – "Em parte, isso não é mau".

" – Ah... Hello? Como é que não é mau?!". – Protestei, estupefacto. – "Acabamos de ser "adotados" pelo maior inimigo das galáxias e arredores e ele pode torturar-nos de mais de 3456 formas diferentes!!". - Disse, deixando um ênfase na frase destacada e fazendo aspas no ar.

Soos olhou para Wendy, com um sorriso. Wendy olhou-o de volta.

" – Dipper... E se eu te disse-se que o Bill tem de fazer, obrigatoriamente, boas ações?". – Supôs o rapaz ao lado de Wendy, deixando-me paralisado.

Então, comecei a ligar as peças do meu cérebro.

" – Isso tem a haver com o Deus que lhe retornou à vida?". – Perguntei, agora com a minha atenção toda voltada para os dois.

" – Bingo!". – Disse Wendy, com um sorriso e estalando os dedos. – "Não sabemos mais que isto, mas é o que Bill nos permite saber".

" – Mas, então, o que boas ações têm a haver com esta mansã...". – Eu interrompi-me a mim mesmo, paralisando completamente e olhando para o nada.

Ele recolheu-me. Ele abrigou o seu maior inimigo.

Várias pessoas e crianças aqui...

Não me diga que...

" – Chegaste lá?". – Insistiu Wendy, com esperanças.

" – Ele abriga pessoas sem casa". – Concluí, num sussurro, completamente surpreso. Depois, olhei para a ruiva e o meu amigo, rapidamente. – "Mas... Porquê?".

" – Este foi o castigo dele, talvez... Não?". – Sugeriu Soos, pensativo. – "Ter de ajudar pessoas, então, que forma melhor de as ajudar e continuar se sentindo um vilão do que criar uma mansão em que nunca mais podem sair e fazê-las trabalhar para si?"

Wendy e eu olhámos para Soos, boquiabertos.

" – Soos, você é um génio!!". – Gritamos os dois em couro, com um sorriso no rosto e bocas ainda abertas. Vi as bochechas do maior atribuírem um tom rosado.

" – E-Eu... É claro que sou!!". – E apontou para si com o polegar, enchendo o peito de ar, atribuindo-se um ar convencido e snobe, deixando-me a mim e a Wendy libertar umas risadas baixas.

" – Mas, espera aí...". – Parei de rir automaticamente, olhando para os dois. – "Ele abriga pessoas sem casa...". – E apontou para Wendy, depois para Soos, olhando para Wendy, Soos, Wendy, Soos, constantemente. – "Então, porquê vocês...?".

Os sorrisos dos dois morreram. Então, foi aí que entendi que eu deveria ter tocado em algum assunto delicado, tapando imediatamente a minha boca.

" – D-Desculpem!!". – Disse, completamente envergonhado pela minha atitude. – "Não precisam de responder, se não quiserem, e...eu não pensei...!!". – Eu estava todo atrapalhado.

Parabéns, Dipper!!, Pensei, mentalmente. Parece uma metralhadora de tanta merda que fala!

" – Bem...". – Wendy suspirou, encolhendo os ombros. – "Não vejo o porquê de manter segredo mesmo, então... Cá vai". – E olhou para Soos, com um sorriso fraco. – "É o Dipper. Não acho que tenha nenhum problema...!".

Soos assentiu, olhando para Wendy, enquanto ela falava.

" – Como vocês sabem... A minha mãe morreu quando eu ainda só tinha quatro anos, assim que deu à luz o meu irmão mais novo, Carl". – Começou a contar. Ela parecia ter um nó na garganta, levemente nervosa, o que era muito estranho a ver assim. Para a relaxar, coloquei a minha mão no joelho dela, com um leve sorriso e assenti, o que acho que resultou, já que ela pareceu falar mais fluidamente agora. – "Então.. Foi no verão seguinte de você ter partido, Dipper".

Engoli em seco, rezando para todos os santos e mais alguns que eu não tivesse sido o culpado daquilo.

" – Eu tinha saído para o trabalho na cabana do mistério, como normalmente eu fazia... O Soos era o dono, naquela época, lembra?". – Ela olhou para o amigo, que olhou para baixo e sorriu de forma fraca e triste, como se vivesse uma recordação muito distante e falsa. Ela limpou a garganta e voltou a olhar para mim. – "Cheguei a casa bem tarde porque me distrai com as horas... E, quando c-cheguei...".

Ela começou a tremer. Não, não era um tremer normal e sim um tremer como se estivesse a ter uma crise. Então, várias lágrimas grossas caíram-lhe dos olhos, o que me deixou bastante preocupado. Parecia que ela estava à beira de um ataque nervoso.

" – S...Sangue e... Dor". – Sussurrou bem baixinho, de forma a que quase não ouvi. – "A minha única família que restava... E...Eles...!!".

Abracei-a, rapidamente, para a reconfortar. Ela entendeu que não precisava de terminar a frase; Que eu tinha entendido tudo. Ela abraçou-me de volta e Soos não se mexeu, achando melhor aquele momento ficar por ali e não prolongar muito.

Senti o nariz da ruiva bater-me no peito, coisa que, se acontece-se no verão que a conheci, teria ficado extremamente vermelho, mas, agora, apenas sorria, já que a via como uma irmã, atualmente. E essa era mais uma prova que eu tinha superado o assunto da Wendy.

" – Então...". – Continuou a contar. A voz dela estava abafada pela minha camisola, enquanto ela fungava bem baixinho. – "Eu fugi. Não tinha nada. Ele veio atrás de mim... Ele ia matar-me".

" – Ele... Quem?". – Perguntei, com medo da resposta. Wendy apertou com força a minha camisola.

" – Eu não sei!!". – Gritou bem alto, em pânico. – "Não me lembro, não o vi, não faço ideia do que era ou quem era...".

" – Shhh... Apenas continue, Wendy". – Sussurrei, dando leves tapas nas costas dela, para a acalmar. – "Isto, claro, se quiser continuar a contar...".

Ela apenas assentiu, afastando-se lentamente de mim e olhando-me com os seus olhos inchados e vermelhos.

" – Eu caí no meio da floresta. Fiquei com a perna presa num tronco de uma árvore e não ia escapar tão cedo... Eu ia morrer, Dipper!!". – Disse a última parte, em desespero. Então, respirou fundo. – "Mas o Cipher apareceu à minha frente. Estendeu-me a mão e disse para eu escolher entre a morte ou uma vida a trabalhar para ele. Eu não sabia se ele mentia ou não, mas na altura, não tive escolha se não arriscar.... Se fosse morrer de alguma forma, ao menos, que morre-se a tentar... Certo?".

E terminou a história dramática com o sorriso mais forçado e fraco que a vi dar.

" – E eu achando que estava mal por ter sido expulso de casa...". – Assobiei, de espanto. Ela apenas revirou os olhos, rindo de forma fraca e socando de leve o meu ombro.

" – Espera aí, dude... Mas porque você foi expulso?". – Perguntou Soos, confuso.

Senti um suor frio petrificar o meu corpo, percorrendo-me de cima a baixo. O meu rosto ficou pálido e, automaticamente, as minhas mãos transpiravam. Senti todo o meu ser tremer completamente e imaginei a cara de nojo dos meus amigos ao saberem que eu era... Gay.

Eles também podiam aceitar, claro, mas e se não? Ia perder as únicas pessoas confiáveis nesta casa, assim, por um motivo tão idiota como a sexualidade?

E se eles se passassem como o meu pai? Me ameaçassem bater ou pedissem distância, como se isso fosse uma doença transmissível só por estar na mesma casa?

" - ...Dipper?". – Chamou-me Wendy, passando a mão nos meus olhos. Rapidamente, pulei na cadeira e fiquei muito direito.

" – S-Sim?!". – Gritei, muito alto e nervoso. Ela olhou para Soos com uma cara estranha.

" – Okay. Definitivamente, estás a esconder-nos alguma coisa... Certo?". – A ruiva olhou para mim, com um sorriso mais doce. Os seus olhos ainda estavam húmidos do choro, mas ela parecia tentar ignorar o que tinha acabado de contar com todas as forças; E eu percebi que era um assunto que tinha morrido, naquela sala.

Eu não ia tocar mais no passado da Wendy... Pelo menos, à frente dela.

" – Dude, diz lá o que se passa!". – Insistiu Soos, preocupado. – "Nós estamos todos no mesmo barco, sem casa, sem nada!! Não tens nada a perder em contar!".

"Tenho vocês a perder...", pensei.

" – P-Pessoal, a sério, acho melhor n..não". – Gaguejei, apertando com força os meus dois joelhos com as mãos e cravando as unhas. Lambi o lábio superior, como sempre fazia quando estava nervoso.

" – Ouve, desde que não tenhas morto alguém ou do género, está tudo bem...!". – Tranquilizou a menina de olhos verdes, tentando acalmar-me.

" – Não, não está tudo bem!!". – Gritei, levantando-me e irritado. Eu tinha explodido naquele momento, mas eu tinha medo e, com isso, descarreguei neles. – "Vocês vão sentir nojo de mim!! Rir, pisar-me e...". – Eu estava a ser ridículo e, quando dei por isso, a minha cara de raiva desfez-se e sentei-me novamente. – "E-Eu...".

" - ...Se eu fosse para te odiar, já o tinha feito à muito, Dipper Pines!!". – Queixou-se a menina, cruzando os braços. – "Você levou Gravity Falls a ter o quase fim do mundo!! Criou um apocalipse enorme em que eu tive de fazer coisas surreais para sobreviver! Transforma-mos a tua casa numa máquina de matar para derrotar o maior vilão das "galáxias e arredores", como tu tinhas dito! Inclusive, eu e ele...". – Ela apontou para si e para Soos, ao seu lado. – "Fomos transformados em tapetes de parede!! E eu ganhei alergia a ácaros por isso!".

Fiquei calado, a olhá-la, incrédulo.

Dito daquela forma, eu até parecia uma pessoa incrível.

" – E nós derrotamos o Cipher...". – Ela segurou a minha mão e a de Soos, com força e com um sorriso. – "...Juntos".

Aquilo foi como uma lufada de ar quente, acolhedora e suave.

E, então, percebi...

Além da Mabel, eu também posso ter mais dois irmãos.

" - ...Eu sou gay". – Direto e reto. Wendy acabou por se engasgar e Soos parecia um pouco surpreso.

" – W...Wow, achei que fosse enrolar muito mais, acredite!". – Admitiu a menina, com uma risada alta. – "Espera aí... Foi esse o motivo de expulsão? Que absurdo!!".

" – Que ridículo, não acha?". – Exclamou Soos, irritado. – "A sexualidade de alguém não define o seu carácter!! Acredita, dude, sendo gay ou não, és o rapaz mais incrível e que eu admiro! Obviamente, só estás atrás do Stahn...".

Libertei uma risada alta. Uma grande gargalhada de alívio, descontraído.

Eu tinha sido um grande idiota.

" – Bem... Eu também sou lésbica, então, se eu visse isso como um problema, seria estranho..". – Wendy encolheu os ombros, entre risos.

" – Wow... Oficialmente, eu não tinha hipóteses, se continuasse a gostar de você..". – Sussurrei, enquanto ela revirou os olhos, com um sorriso e me deu um soco de leve no ombro.

" – Eu divido o quarto com a Pacífica, sabia?". – Cochichou Wendy, para nós os dois e olhando para os lados, para ver se ela estava por aqui. – "Bem... Ela mudou muito, acredite, Dipper. E ela está bem bonita, não reparou...?"

" – Ah... Não fala que você...!!".

" – Bem... Eu guardei o contacto do celular dela no meu celular como "Ainda dou uns pega". – Respondeu, fazendo aspas nas mãos na última parte, fazendo-me gargalhar bem alto.

Soos parecia divertido e feliz, afinal, tanto eu como Wendy tínhamos admitido muitos segredos ali; Talvez mais que as nossas vidas todas.

Pensando nisso...

" – Então e você, Soos?". – Perguntei. – "Porque você está aqui?"

O sorriso dele foi apagado do rosto. Wendy mordeu o lábio discretamente, esfregando o braço.

" – B..Bem". – Ele engoliu em seco. – "A minha avó... Tinha uma idade já muito avançada, então...".

Perdi a curiosidade na hora.

" – Lamento, Soos...". – Sussurrei, esfregando o ombro dele. Mas, para meu espanto, ele afastou-se, abanando a cabeça de forma negativa.

" – Não, Dipper. Isso não é o grave da situação".

Eu olhei-o de forma estranha, mas ele desviou o olhar. Então, olhei para Wendy, que olhava para o lado oposto de Soos, evitando contacto visual comigo.

" – Eu... Trabalhei na cabana do mistério desde sempre, certo?". – Eu assenti. – "Mais tarde, o Ford e o Stahn voltaram e ofereceram-me uma casa, já que a minha avó... Partiu, seis meses depois de eles voltarem".

" – Então, porque não aceitou?". – Perguntei, confuso.

Soos perdeu a coragem de continuar. Wendy completou.

" – Dipper... Não te passes, mas..."

" – O Ford e o Stahn... Desapareceram".

Olvasás folytatása

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