Os Frios || REFORMA

By Manuh_Emma17

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" - Umas das primeiras coisas que reperei assim que o vi: - Ele tinha a bandeja de comida a sua frente mas... More

PREFACIO
Capitulo I
Capitulo II
Capitulo III
Capitulo IV
Capitulo V
Capitulo VI
Capitulo VII
Capitulo VIII
Capitulo IX
Capitulo X
Capitulo XI
Capitulo XII
Capitulo XIII
Capitulo XIV
Capitulo XV
Capitulo XVI
Capitulo XVIII
Capitulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Aviso ⚠️
Agradecimentos

Capitulo XVII

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By Manuh_Emma17







Ouvimos alguém bater na porta e lá estava Renesmee, Justin me solta bem devagar e eu lamento a falta da toque:

— Atrapalho? — Ela sabia que sim, mas não deixou de perguntar, Justin ri e ambos negamos. — Eu sei que sim, me desculpe, eu não estava me aguentando.

Ela se aproxima dando pequenos pulinhos e é a minha vez de rir:

— Pra você. — Ela estende a mão com uma caixinha pequena e aveludada. Franzo o cenho. — Vai abre.

Pego a caixinha de joia e quando vejo o que está ali dentro meus olhos brilham.

— Quando você fala das suas visões e quando me contou da sua descendência, eu andei pesquisando sobre a magia. Os escandinavos acreditavam que a árvore da vida os trazia sabedoria e conhecimento, os persas por outro lado acreditava que a árvore trazia a imortalidade, os celtas tinha o Oghma.

— A simbologia das árvores... — Sussurro, minha avó me ensinou quando tinha oito anos.

— Essa é a Árvore de Rowan — completamos juntas.

— Como você sabe, ela é responsável por proteger a mente e o espírito... — Justin me ajuda a colocar o colar e eu estava tão encantada.

— Obrigada Renesmee. — A abraço.

— Tia Alice que trouxe ela para mim quando voltava da Polônia, eu tinha encontrado uns dias atrás e me instigou ainda mais pesquisar sobre sua cultura.




Depois que Renesmee saiu, eu e Justin ficamos no seu quarto pelas próximas quatro horas, ele leu para mim os trechos de livros que ele tinha lido nos últimos dezesseis anos. Jogamos vídeo-game, escutamos suas playlist de músicas e tentamos ver algumas séries mas sem sucesso.

Quando senti fome ele foi até a cozinha buscar algumas das besteiras da Renesmee, o sol já estava dando adeus a mais um dia e ali através do quarto do Justin, aquela vista era incrível.

Fui até sua escrivaninha atrás de um lápis e papel, que consegui sem nenhum esforço, começo a esboçar a imagem ao vivo a minha frente e nem percebi que Justin havia voltado, ele estava com uma câmera Polaroid  nas mãos:

— Faz muito tempo que está aí? — Solto lápis no meu colo. Eu estava sentada no chão com as pernas cruzadas, o meu apoio para o papel era um dos livros de Justin.

— Tempo o suficiente para ter uma recordação sua. — Ele balança a foto no ar, eu levanto e vou até ele.

— Você é muito bom com uma câmera. — A foto que ele tirou de mim tinha um ângulo e luz estavam simétricos, sorrio e olho para ele.

— Quer caminhar? Vamos até o rio.. — Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Eu apenas murmuro um sim e calço meu tênis.

Ao descer o primeiro lance de escadas ouço vozes baixas, não conseguia saber o que estavam falando mas Justin com certeza sabia:

— Rosie e Emmett voltaram. — Ele me leva até o casal e eu perco o fôlego, a família Cullen era a beleza pura. — Rosie... Emmett, essa é a Jasmine.

Emmett estava vendo futebol com Jacob e Rosalie conversava animada com Renesmee. A loira de dar inveja gritante me olha de cima a baixo e sua expressão não é das melhores:

— Olá! — Tento sorrir mas pareço que estou falhando miseravelmente.

— Jasmine! — Emmett levanta e só aí percebo a proporção de altura que tínhamos de diferença que era grande. — É um prazer conhecê-la... — Emmett fala num tom percebo e pelo seu sorriso sacana pude sentir o duplo sentido da palavra e minhas bochechas estavam fervendo. Aperto sua mão e ele volta a se concentrar no jogo.

— Olá! — Ouço a voz da mulher ao lado de Renesmee. Ela por sua vez tinha a mão direita sobre o braço da tia e eu pude lembrar que Renesmee podia se comunicar com apenas um toque.

— Podia jurar que Rosalie não gostou do fato do Justin trazer Jasmine até aqui. — Jacob comenta e eu sinto o clima pesar ainda mais.

— Jacob! — Renesmee ralha e o moreno apenas continua comer a pipoca. Justin que tinha minha mão entrelaçada a sua me leva para fora do cômodo e uma sensação de pesar é a que me encontro agora.



— Acho que Jacob tem razão... — Sussurro ao passarmos da entrada da casa.

— Rosalie e Jacob tem um tipo de uma rixa, não ligue pra eles. Eles adoram irritar um ao outro, é como ter irmão mais velho só que não no mesmo sentido entende? — Ele franze o cenho tentando me explicar e eu apenas Sorrio achando graça e balanço a cabeça. — Anda, sobe nas minhas costas.

— Ah agora é a parte da qual você anda super rápido? Entendi. — Rimos e ele se vira e abaixa o suficiente. — Isso é mesmo sério? — Percebo que não estava brincando, ele olha de soslaio esperando-me — Tem certeza? Sabe eu posso ser pesada e tals...

— Sobe agora Jasmine! — Diz autoritário e eu arqueio a sobrancelha. — Por favor... — Acrescenta. Envolvo meus braços em seu pescoço e tento não cair quando envolvo minhas pernas em seu quadril, Justin aperta com as mãos minhas pernas para que ficassem firmes. — Segura firme em meu pescoço e eu vou estar o tempo todo com a mão em suas pernas ok? Feche os olhos e apenas sinta.

Ambos sabíamos que era impossível que eu conseguisse enxergar em alta velocidade e sem nenhuma proteção ocular.

Justin e eu estávamos perto da garagem e de frente com a janela do seu quarto:

— Pronta? — Fecho os olhos e murmuro um sim. — Okay.

E então eu começo a sentir o vento em meu rosto, o seu corpo por debaixo do meu... Era tudo tão confuso e sinistro, eu estava nas costas de um vampiro, o qual eu estava apaixonada. Minha mãe me internaria, minha avó era tão louca quanto eu, ela iria me incentivar.

Em poucos minutos sinto Justin ir diminuindo a sua velocidade, minha respiração estava desregulada, a falta de ar me atinge e eu apenas consigo ouvir Justin me chamar.

Ele me pousa no chão e eu estava tão mole que se ele não me segurasse eu iria direto cair:

— Merda! Eu achei... Respira, respira... — Meus olhos tinham os seus como vista. — Jas...

— Eu... — Tentava puxar o ar para mim o que parecia estar resultando aos poucos. — Estamos... — Puxo o ar mais uma vez. — Perto?

— Sim... Babe, estamos quase lá, quer caminhar? — Apenas com um único olhar ele parece me entender e ele me levanta aos poucos, até então estava com o meu corpo apoiado totalmente nele. — Foi uma péssima ideia me desculpe.

Eu tento recuperar o fôlego, Justin se sentia culpado e eu me sentia uma idiota:

— Só deixe eu... Nossa! — Eu estava enjoada demais para completar uma frase completa.

— Certo. Agache e coloque a sua cabeça entre os joelhos, isso irá ajudar. — Ele tenta controlar a amargura na voz.

Ele me colocou sentada em uma pedra, eu fiz o que ele mandou sem reclamar, após longos minutos em silêncio e de olhos fechados eu finalmente consegui me recuperar.

— Você não tem que se sentir culpado, eu gostei... — Olho para seu semblante, Justin olhava atentamente para mim. — Da próxima vez eu vou tentar prender a respiração.

— Dá próxima vez...— Repete e da uma risada. — Você é inacreditável Jas... — Ele me oferece a mão e eu aceito, Justin me puxa com a força de um  humano, porém meu corpo ainda estava fraco.  Ainda zonza, ele me pega no colo, envolvendo um braço por baixo da minha perna e o outro em minha cintura. — Passe seu braço direito em meu pescoço babe.. — Apenas obedeço e entrelaço minha mão na outra que estava envolta de seu pescoço.

— Você sabe que eu sei andar não é?

— Mas não consegue.

Dessa vez ele caminha calmamente e sempre olhando para o horizonte, e eu aprecio a sua beleza inesgotável.

— Você é tão... Lindo. — Toco sua bochecha gélida.

— Lindo? Tudo que tenho é convidativo Jasmine. — Diz seco. — O extinto natural dos seres vivos é se repelirem ao que eu sou.

— Eu não me sinto intimidada a você.

— Você é a exceção. — Ele me olha duramente, mas depois relaxa.

Ele para e finalmente podemos ter a visão do rio que passava por dentre a península Olympic. Eu me sento na relva e Justin ao meu lado.

A grama molhada e as nuvens começam a se dispersar, olho para Justin ao meu lado e vejo de olhos fechados, minha expressão era nítida de surpresa, aquilo era tão simplesmente lindo.

Mesmo eu tendo um vislumbre de manhã cedo, eu não podia acreditar de tamanha beleza:

— Posso? — Justin abre os olhos e sorri me deixando o tocar.

—  Eu nunca entendi o amor de Bella e Edward, ou de Alice e Jasper... Mas agora tudo faz sentido. — Ele me toma em seus braços e começa a mexer com as mechas de meus cabelos.

— Eu preciso explicar uma coisa, existem pessoas, independente de como e quando isso vai acontecer. Essas pessoas tem um cheiro único... — Ele parecia buscar as palavras certas. — Tão único, que isso pode acontecer com qualquer um de nós...

— Você está me deixando curiosa... — Sorrio.

— Isso devia te assustar... — Ele arregala levemente os olhos. — O sangue para alguns de nós é tão atrativo, esse cheiro, como disse é tão único, que dificilmente conseguimos nos controlar. Obviamente para quem está acostumado com tipo de caça humana, não é nada.

— Bella tinha esse cheiro para Edward não é? — Começo a encaixar as coisas, Justin apenas afirma.

— Ele sabia que teria dois caminhos, amá-la ou... — Ele faz silêncio e indica o óbvio, matá-la. — Todavia ele sabia que não era justo por sua família e clã em risco.

— Alice com certeza previu tudo isso... — Dou risada e ele acompanha.

— Certamente.

— Você já teve isso? Essa conexão

— Não. Não até agora. — Nega.

Suspiro.

— Queria que fosse você?

— Não saberia se faria a escolha certa. — Brinco.

— Nem mesmo eu. Para Jasper, foi difícil se adaptar à nova dieta, demorou décadas. Eu estou na minha primeira ainda. — Ele pega uma pedrinha e joga no rio.

— Eu seria louca o suficiente para me arriscar mesmo assim.— Ele se deita na relva.

— Você já é... — Deito-me sobre seu peito e Sinto seu cheiro, o tecido frio faz minha pele enrijecer, mas segundos mais tarde ela já se adapta a temperatura do corpo do Justin.










Segunda feira. Eu não estava com a mínima vontade de ir ao colégio. Entretanto meu estômago embrulhava de nervoso só de pensar no Justin.

O baile de primavera se aproximava rapidamente, com certeza esse não era meu foco no momento.

Sinto falta da minha avó e do meu pai, lógico que meus tios estariam lá e eu poderia matar a saudade também.

Caminho para aula de Álgebra. O que é um tédio, nunca fui boa em matemática. Sento- me na terceira carteira e já com os fones ligados preparada para ignorar Sr. Sanshes. O próximo tempo seria Educação Física. Não sou atlética, mas não sou de ficar parada. Só sei desviar dá bola. Toda quarta tinha queimada. Em parte os garotos sempre me chamava para vosso time, segundo eles eu sou uma pedra preciosa.

O sino toca avisando o intervalo. Já tomada banho e trocada, caminho diante do refeitório. Após pegar minha bandeja aproximo do meu grupo de amigos, Alan dizia algo sobre o jogo de basquete, que seria exibido hoje à noite.

Jared iria dormir em sua casa, como se fosse a noite dos garotos. Molly iria sair com Bea, estavam falando do novo filme em cartaz. Eu só os observava:

— Então.. você não contou como foi o encontro.

— Encontro? Que encontro?— Jared volta a sua atenção para nós e eu sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.

— Ela saiu com o Bieber na sexta. — Bea fala sorrindo de forma levada. — Aposto que no sábado e no domingo também.

— Justin não consegue nem mais disfarçar... — Molly solta uma gargalhada. Óbvio ele estava ansioso pra ouvir minha resposta.

— Foi legal.

— Legal?

— É. Conversamos sobre o gosto de cada um, tipo: livros, filmes. Jogamos vídeo game na sua casa. Renesmee e Jacob estava com a gente a maior parte do tempo também. — Desconverso.

— Você foi a casa dos Cullen? — Jared franze o cenho e Bea revira os olhos.

— Você acha que Justin moraria a onde? — Bea contrapôs.

— Não sei. Vai que ele é emancipado.

— Não acho que seja isso. Ele veio da Itália recentemente onde parte da familia é oriunda. Mas seus pais são do Canadá. — Omito a verdade com pequenas mentiras. Meu coração estava acelerado.

— Ele está vindo pra cá.

— O que? — Viro pra ver, mas Bea me impede.

— Disfarça Jas. Se façade difícil. — Ela aperta minha mão. Como se fosse possível.

Sorrio e olho para a mesa. Pude sentir sua presença bem ao meu lado, Bea solta minha mão e eu pego a garrafa de água levando em minha boca.

Suspiro e o encaro por alguns segundos, aqueles seus olhos cor de mel estavam mais escuros, suas olheiras tinham diminuído.

— Oi.

— Oi.

— Posso me sentar? — Arregalo os olhos e percebo que não sou a única.

— Claa-ro. — Gaguejo e ele sorri. Tiro minha bolsa da cadeira vazia ao meu lado para que ele sente.

Justin põe sua bandeja de comida sobre a mesa. Alan e Jared estavam igual estátuas, Bea pega a batata frita e coloca na boca com um sorriso. Molly picarreia:

— Então Justin, estávamos tentando saber mais sobre o encontro de vocês, mas como você conhece minha amiga aqui. Não conseguimos extrair quase nada dela.

— Molly!

— Que? É verdade. Agora me conte, onde a levou?

Justin me olha e passa a língua nos lábios antes de responder:

— Em um restaurante aos arredores da cidade.

Como da minha batata chips.

— Ah que lindinha, ficou vermelha. — Bea caçoa de mim e eu atiro uma de suas batatas nela.

Por debaixo da mesa, sinto a mão dele apertar minha coxa. Olho para ele que sorria brincalhão:

— Você devia se alimentar direito. Está tomando remédios fortes lembra? — Ele diz num sussurro. Eu estava desconfortável pois éramos atração para meus amigos que não conseguiam se disfarçar muito bem.

— Já parei com as medicações que Carlisle me deu. — Ele arqueia a sobrancelha. Ele pega o pacote vazio da minha mão e me da o prato com o seu pedaço de pizza.

— Estou sem fome, Esme fez um banquete hoje de manhã. — Ele diz, sabíamos que ele tinha ido caçar na noite anterior, logo depois de ter a certeza que peguei no sono.

A contragosto, pego o pedaço de pizza e começo a comer:

— Renesmee quer ir a Portland novamente.

— O que ela pretende fazer lá?

— Encontrar o vestido perfeito para o baile, palavras dela, que Alice enviou para ela. — Ele bebê um pouco da água de sua garrafa.

— Quando?

— Não sei se ela vai hoje a noite ou na sexta, antes do baile. — Aceno com a cabeça e desvio o meu olhar do seu.

— Jared, você não me contou se a caloura aceitou ser seu par. — Desvio o rumo da conversa.

— Ela aceitou. — Ele fica vermelho. É a vez da Molly brincar.

Ah que lindinho... Ficou vermelho ! — Todos riem e ele tava uma batata frita da Bea em Molly. — Hey!

Dou uma última mordida no pedaço de pizza. Justin aperta levemente minha coxa, quando olho para ele, o mesmo tinha sorriso nos lábios.



Imagem meramente ilustrativa.

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