Nota: imaginem ela apenas com a roupa e a toca, descartem o óculos 😊😂
Justin chegaria daqui dez minutos e Bea me fez trocar de roupa cinco vezes:
— Jesus! Bea, estou ficando tonta. — Reclamo. — Está frio e eu não vou de vestido. — Brigo. — Eu gosto desse jeans e esse poncho.
— Ele realmente ficou bom em você, vai Bea da um desconto, o cara quer que ela fique confortável... — Molly que estava deitada de barriga para baixo na minha cama, tinha o queixo apoiado em suas mãos enquanto Bea estava de pé ao lado do espelho.
— Tudo bem! Eu desisto. — Ela joga os braços dramaticamente. — Agora vamos para a maquiagem.
— Jesus. Bea, nada chamativo ok! — Molly tenta impedir.
— É obvio, até porque Jasmine não tem muita coisa por aqui. Se eu a produzisse, Justin acharia estranho e não bonito.
Reviro os olhos e pego o rímel.
Minutos depois ouvimos uma buzina, vou para a janela e vejo ele encostado no carro, Molly e Bea aparece atrás de mim o que faz ele acenar para elas e eu acabei rindo nervosa.
Empurro elas pra fora da minha janela:
— Beleza, nada de pânico Jasmine. — Digo para mim mesma várias vezes.
— A bolsa. — Molly me da.
— Carteira, celular. — Bea me entrega também e vamos descendo a escada.
— Vocês estão com a cópia da chave certo? — Pergunto assim que paramos no hall.
— Sim, vamos embora depois de vocês sairem. Agora vai. — Bea abre a porta e a Molly me da um empurrãozinho. Olho pra ela com braveza e ela apenas ri.
Elas fecham a porta e eu coloco minha bolsa no ombro, ando até o carro:
— Oi. — Digo sem jeito, Justin vestia uma uma calça jeans preta, uma camisa cinza desabotoada mostrando sua regata branca. Ele tinha a jaqueta preta de couro por cima.
— Você está linda. — Ele pega na minha mão. Seus dedos eram gelados, muito frios. Mas não me incomodava, não mais.
— Você também está. — Ele põe a outra mão em minha cintura e beija minha bochecha.
— Temos plateia. — Ele sussurra em meu ouvido e meus pelos do pescoço se arrepiam. — Melhor irmos. — Seu rosto ainda perto do meu, seus olhos cor de mel encontram os meus. Eu apenas balanço a cabeça e sem olhar para trás Justin me conduz a porta do passageiro.
Da onde eu moro ao centro de Forks não demorava muito, mas eu ainda não conseguia disfarçar meu olhar para ele. Justin não parecia se incomodar:
— Não estamos indo ao centro de Forks, eu espero que você não tenha ido ao Taqueria Santa Ana. — Ele supõe.
— Uma vez... Forks não tem muita atratividade e quando abriu eu queria ir. Desculpe te decepcionar... — Levo na esportiva e ele ri.
— Tudo bem, mas da próxima vez vamos Sekiu, lá tem um restaurante em que podemos apreciar a vista pro mar.
— Eu adoraria.
— Ok,vamos jogar o jogo das vinte perguntas...
— Mas só vale se você ser honesto comigo. — Olho para ele seria e ele desvia o olhar da estrada por alguns segundos.
— Justo, mas eu preciso que você não deísta da noite ainda.
— Eu vim até aqui, o que te faz pensar que irei desistir? — Vejo sua dedos apertarem o volante e ele fica com a feição seria. — Você começa.
Por conta da Taqueria ser afastada da cidade demoraria meia hora para chegarmos nela, e eu estava tranquila com isso. Mas isso não dependeria de mim:
— Qual seu hobbie? Além de desenhar?
— Quando era menor eu tocava.
— O que você tocava?
— Violão, eu aprendi com meu pai, mas eu não toco faz tempo.
— Porque você parou?
— Eu nem sempre fui assim, sabe. Eu tive meus primeiros sonhos aos quatorze, foi quando eu parei de tocar violão. Meu quarto era cheio de desenhos e minha mãe achou que um psicólogo ajudaria.
— Não ajudou?
— No começo sim, fizemos regressões para ver se era algo do tipo "vida passada" — Faço aspas com as mãos. — Mas não encontramos nada. A psicóloga me ajudou focar nos detalhes, foi assim que minha técnica de desenho foi se aperfeiçoando. Mas minha avó sempre acreditou na nossa descendência; minha mãe acha ela louca. — Rimos.
— Sua mãe sempre ficou em Forks?
— Aqui sempre foi a casa dela, mesmo ela odiando. Tentamos várias vezes ir para Portland, até fomos para Oregon, mas parece que o destino sempre nos trouxe pra cá. Sempre que ela se estabelecia na cidade, o chefe que a contratava a dispensava.
— Foram quantas vezes?
— Três. A última foi a dois anos, minha vez de perguntar. — Me ajeito no banco. — Com quantos anos você deu seu primeiro beijo?
Ele olha pra mim e ri:
— Isso vai ser meio decepcionante... Já que eu não me lembro.
— Como assim? — Meu sorriso desaparece.
— Lembra do que eu disse sobre você não desistir da noite?
— Okay.. Então, se você já leu um livro, o que eu acredito que sim, qual é ou foi o seu autor preferido?
— Shakespeare. Sem dúvidas.
— Por que?
— Você já leu ? Só pelo fato de que naquela época o amor proibido ser algo tão fascinante me cativa.
— Boa resposta. — Pontuo. — Agora... Você já foi em algum show de algum cantor?
— Sim... — Ele batuca os dedos no volante. — Codplay, eles foram incríveis... Minha vez. Como é as praias australianas?
— Lindas. Você estar lá, vendo o nascer e o pôr do sol é realmente cativante. Meu pai me ensinou a surfar mas aquilo claramente não é para mim. — dou uma risada totalmente desajeitada.
— Eu nunca pude ir, era um dos lugares que queria poder conhecer.
Ele liga o radio e ao som codplay pude ouvir ele cantar baixinho. Era tão lindo e fascinante.
Recebo uma mensagem das meninas sobre deixar minha chave em cima da soleira da janela da sala, mando uma mensagem para minha mãe falando onde Justin estaria me levando e bloquei o mesmo:
— Qual seu livro favorito?
— Harry Potter ... — Digo. — Eu sou mais de literatura moderna, como Jhon Green, Cassandra Claire.
— Autora de instrumentos mortais.
— Você leu? — Digo chocada.
— Não é porque eu leio Shakespeare que eu não vá ler outras obras. — Ele diz brincalhão.
Ele para o carro e puxa o freio de mão. Nem percebi que havíamos chegado.
Imaginem ele assim e com uma jaqueta por cima 😘
All, te love. Emma