O André vai ter com a Inês e passado um bocado tocam à campainha.
-Olá avô. Olá avó- digo abrindo a porta e abraçando-os.
-Olá querida-dizem- Não feches a porta que veem aí os tios.
-Boa noite-dizem os meus tios ao entrarem com os meus primos, fechando a porta.
-Boa noite família- digo cumprimentando todos com dois beijinhos.
Quando chego ao meu primo Tomás fazemos o nosso cumprimento, por sinal bastante estranho, e ele diz:
- Não te esqueças de falar com o meu pai.
- Não esqueço. Nem vais acreditar quando souberes quem é o namorado da Inês- digo pois sei que ele é portista. Só há 5 portistas na minha família: eu, o meu pai, o meu primo, e os meus avós. Os outros são todos benfiquistas, infelizmente.
- Quem é?
- Depois vês. Vou falar com o teu pai.
Vou ter com o meu tio Zé.
-Tio, tenho que falar contigo.
-O que é que o Tomás fez agora?- ele pergunta rindo, pois eu defendo sempre o meu primo.
-O Tommy não fez nada. Sabes, depois do jantar nós vamos a uma festa em casa duma amiga da Inês. E eu queria saber se posso levar o Tomás connosco.
-E tomas bem conta dele?
-Sim. Eu prometo, depois levo-o a casa e tudo.
-Está bem. Mas só porque prometeste e porque eu sei que és responsável.
-Tommy, está feito. Podes ir- digo aos berros ao chegar ao pé do meu primo.
-Fixe- diz o meu primo a gritar ainda mais alto do que eu e começamos a fazer uma dancinha de vitória. Nós defenitivamente não somos normais, mas eu adoro muito este palhaço.
Quando acabamos de celebrar a Inês e o André chegam a sala, onde já se encontram todos.
- Família, este é o André, o meu namorado- diz com um sorriso na cara.
Mal o Tomás vê o André desata a correr e vai abraçá-lo e pedir um autografo.
-Desculpa isto- digo agarrando no Tomás que não desgruda do rapaz- é que o meu primo é teu fã- digo rindo.
-Não faz mal. E pensava eu que tu é que ias ter um ataque de fã.- diz continuando a rir.
-Como eu estava a dizer-diz a Inês- este é o meu namorado.
Todos vão conhecer o André e depois vamos jantar.
Depois do jantar
-Juízo- dizem os meus pais e os meu tios quando vamos a sair de casa.
- Venham inteiros netinhos lindos da avó.
- Xau. Boa noite.- dizemos os 4 ( eu, Tommy, Inês e André) saindo de casa e entrando no carro do André.
-Então temos 3 dragões e um lampião a bordo, não é verdade?- pergunta o André olhando para trás.
-É sim senhor- digo eu e o meu primo.
Começámos a viagem e pelo caminho fomos a cantar que nem loucos até chegarmos a casa da Filipa. Entramos e já se ouve a música aos berros.
-Parabéns- dizem todas indo ter com a Inês e vejo o Tomás a olhar para a Rita, irmã da Filipa, também com 15 anos e razão pela qual o Tomás quis vir a esta festa. Vamos cantar os parabéns e depois a Inês vai com as amigas para um canto beber shots enquanto o Tomás vai ter com a Rita.
- Não vais ter com elas?- o André pergunta vindo ter comigo.
- Primeiro, não gosto de álcool. Segundo não as conheço muito bem, quer dizer, só conheço a Inês e a Filipa. E em terceiro não sou propriamente uma rapariga que goste de confusão. Prefiro estar com poucas pessoas.- digo sorrindo.
- Já somos dois-diz sorrindo- Queres jogar à sardinha?- pergunta estendendo as mãos.
-Porque não?- digo pousando as minhas mãos em cima das dele.
P.O.V André Silva on
Começamos a jogar e estou-me a sentir muito estranho por estar com as mãos da Matilde nas minhas mãos e não sei porquê. É a minha vez de jogar e mando alta bofetada na mão da Matilde
-Desculpa. Foi sem querer.- digo rindo e esfregando a mão da Matilde para minimizar a dor.
P.O.V André Silva off
- Essa doeu.- digo correspondendo ao riso do André.
- Desculpas? Podes bater-me igual se quiseres.
- Desculpo- digo batendo levemente na mão do André, pois não o quero magoar.
-Vocês parecem duas crianças a jogar à sardinha - diz o Tomás quando chega à nossa beira.
Nós só nos rimos e continuamos a jogar joginhos deste género até muito tarde. Quando é para irmos embora a Inês está completamente bêbada. Isto vai ser bonito vai.