Vai valer a pena

935 56 2
                                    

( Leiam a nota final, por favor. Espero que gostem)

Matilde

Acabo de me vestir e saio da casa de banho entrando no quarto, onde outrora se encontrava André mas cujo paradeiro não consigo identificar neste momento. Dou voltas e voltas e não consigo perceber onde é que o moreno se enfiou. Decido ir até ao quarto dos meus melhores amigos, a.k.a maior casamenteira de sempre e canguru mais fofo do mundo, batendo à porta que logo é aberta por Afonso.

-Já estão prontos para irmos jantar?- pergunto quando a Maria aparece no meu campo de visão.

-Já. E vocês?

-Na verdade, vocês viram o André?- pergunto.

-Não, porquê? Não me acredito que conseguiste perder um gajo tão gordo como o meu irmão num quarto tão pequeno.«- diz Afonso rindo-se.

-Eu não o perdi. Ele é que desapareceu- digo desculpando-me.

-Claro que sim- diz a Maria- Se calhar eu vi-o.

-Onde?- pergunto curiosa.

-Isso já não te posso dizer- diz rindo.

-Ai se eu descubro que por acaso ele foi ter com aquela que apareceu hoje na praia ele pode ter a certeza que eu nunca mais o quero ver à frente- digo cruzando os braços.

-Estás muito ciumenta, Matilde- diz o Afonso- Vá, vamos comer- diz puxando-me pelo braço até ao restaurante do hotel. Sentamo-nos numa mesa de quatro pessoas. O Afonso fica à frente da Maria que está ao meu lado, ficando um lugar livre à minha frente, que dificilmente vai ser ocupado pois o André deve andar a fazer sabe-se lá o quê.

-Estamos à espera de quê para pedirmos a comida?- pergunto impaciente.

-Espera mais um bocado, vai valer a pena- diz Maria rindo-se para mim- Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

-Queres para de citar Fernando Pessoa, Maria?- pergunto já irritada- O que é que vai valer a pena?

-Eu acho que ela se estava a referir a mim- oiço uma voz masculina atrás de mim e olho para trás vendo André com um ramo de gerberas azuis na mão, as minha flores preferidas.

-Eu acho que ela se estava a referir a mim- oiço uma voz masculina atrás de mim e olho para trás vendo André com um ramo de gerberas azuis na mão, as minha flores preferidas

Rất tiếc! Hình ảnh này không tuân theo hướng dẫn nội dung. Để tiếp tục đăng tải, vui lòng xóa hoặc tải lên một hình ảnh khác.

Levanto-me indo até ao moreno.

-André. Onde é que tu te enfiaste? Eu estava preocupada.

-É bom de saber que te preocupas comigo. Fui buscar isto. São para ti- diz entregando-me o ramo.

-Obrigada, são as minha preferidas- digo olhando nos olhos do moreno bem mais alto do que eu.

-Eu sei, Matilde. São as flores azuis mais bonitas do mundo para a miúda, ainda bem portista, mais bonita do mundo- diz André.

-Miúda?- pergunto.

-Miúda, mulher, amor da minha vida, mas não me interrompas, Matilde, por favor. Nós conhecemo-nos da maneira mais insólita de sempre, eu sei. Quem diria que um jogador de futebol se haveria de apaixonar pela prima portista da namorada dele? Eu sei, dito desta maneira é tudo menos romântico, mas também não tem de o ser. Sabes, naquela noite, até me atrevo a dizer naquela fração de segundos em que tu me abriste a porta a pensar que eu era o teu tio, eu senti que nos conectámos de uma maneira inexplicável. Foi difícil ficarmos juntos, o problema da tua prima, acabares comigo pelo teu excesso de consciência e preocupação pelo que ela sentia até conseguirmos ficar juntos por causa de um vidro que te cortou o pé quando andávamos pela praia. Depois veio o rapto e depois disso pensei que era mesmo dessa que íamos ficar juntos, mas mais uma vez parece que fomos contrariados. Como é que eu alguma vez fui desconfiar de ti, meu amor? Como é que eu pude ser tão burro ao ponto de pensar que tu me ías trair depois de tudo o que tínhamos passado? Acredita que me odeio por te ter feito sofrer, por ter andado com outra só porque não te tinha a ti e principalmente por ter deixado que outro alguém amasse quem eu nunca devia ter deixado ir. Sinceramente, agradeço a Deus que a vossa relação não tenha dado certo. Afinal o que é que eu poderia pedir mais, Matilde. Tu és tudo o que eu sempre precisei, mesmo sem saber que precisava. És linda, és portista e amas o futebol- diz rindo-se- e acima de tudo tens um coração enorme que me consegue amar mesmo depois de toda a merda que eu fiz. Mesmo depois de te fazer sofrer tu continuaste aqui. Se fosses outra pessoa qualquer desejavas nunca me ter conhecido, mas é isso que eu admiro em ti, tu ficaste e continuas a ficar. Podia estar aqui a dar mil voltas ao português mas o que eu te quero dizer é que eu te amo, Matilde. Eu amo-te mais do que tudo. Por último, só quero que me respondas a uma pergunta.

-Que é?- pergunto violentamente corada e ao pé das lágrimas.

-Queres namorar comigo pela terceira vez, Matilde?

-Claro que quero, André- digo finalmente libertando as lágrimas e saltando para o seu colo- Eu amo-te tanto, meu tripeiro- digo beijando-o

............................................................................................................................................

Olá, olá. Em primeiro lugar queria pedir imensas desculpas por já não atualizar a história desde segunda- feira, mas precisei de tempo para estruturar muito bem as ideias da história e também as minhas próprias ideias. Este capítulo está um pouco mais sentimental do que o costume, mas às vezes também precisamos de uma dose de lamechices. Espero que tenham gostado tanto como eu gostei de o escrever e quero também dizer que a história está mesmo quase no fim. Será que vai haver uma segunda temporada?

Oops...I love you- André SilvaNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ