S&M • l.s. au!bdsm

By snowlarryqueen

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Louis sempre teve controle sobre todos os aspectos de sua vida, mas numa fatídica noite conhece Harry Styles... More

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II
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H
Agradecimentos

IX

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By snowlarryqueen



As paredes púrpuras do Quarto de Jogos, que uma vez foram intimidantes para Louis, agora remetem calma. Talvez porque isso é algo constante, a cor forte presente na maioria das cenas e o confortando de certa forma – ou talvez seja apenas seu estado nervoso e que se agarra a coisa mais chamativa e constante que ele possa encontrar.

Quando Louis sugeriu a Harry uma cena com bondage e um diferencial, ele aceitou sem nem mesmo hesitar, mesmo que o diferencial dessa cena fosse que ele estaria amarrado a cama, a mercê de Louis. E isso deveria deixar Louis mais calmo – Harry confia nele o suficiente para abrir mão do controle numa cena -, mas é claro que o que ele sente agora é o contrário de calmo.

- Okay... – Louis murmura para si mesmo, dando um último puxão na corda amarrada ao redor do tornozelo de Harry. Ele se levanta, olhando para Harry na cama, os dois pulsos presos com nós simples e firmes assim como os tornozelos, seu corpo formando um "X" sobre a cama. Ele encontra os olhos de Harry, e o sorriso que ele o dirige de alguma forma o faz se sentir um pouco mais calmo. – Como se sente?

- Preso. – Harry ri, puxando os nós e dando um leve aceno quando eles cedem somente o suficiente para se mexer levemente na cama. – E você?

- Suficientemente nervoso, mas acho que estou disfarçando bem. – Louis sorri, sentando-se na beira cama e descendo seus olhos pelo corpo nu de Harry, sem saber exatamente o que fazer a seguir, e ele não pode impedir ri levemente quando percebe Harry já ficando excitado. – Você gosta disso?

- Não achei que gostaria, mas não faria mal tentar, certo? E eu confio em você, além de tudo.

Louis se levanta, indo até a cômoda e abrindo as gavetas enquanto pega o que precisa, o sorriso ainda preso em seus lábios, e um pouco mais confiante. Ele sabe mais que tudo que dominação vai além algumas ordens dadas ou palmadas, e que submissão vai além de se ajoelhar e deixar alguém lhe dar ordens, e que os dois vão além de qualquer estereótipo criado por fantasias leigas. E por saber disso, ele tem um ponto ao se sentir nervoso por amarrar Harry, mas de alguma forma, a confiança do outro nele reflete um pouco em si, e ele entende mais que tudo agora o quanto a confiança é um fator importante para isso.

Louis volta, subindo na cama de joelhos até que ele está sentado entre as coxas abertas de Harry, girando um anel peniano entre seu indicador e polegar, seus olhos percorrendo o corpo do outro debaixo de si enquanto pensa no que fazer a seguir.

Louis mentiria se dissesse que não gosta nem um pouco da visão de Harry agora: amarrado a cama, seus olhos verdes inquietos, em expectativa pelo seu próximo movimento.

Ele se inclina, correndo sua palma sobre a coxa direita de Harry, seguindo o desenho do tigre tatuado ali e subindo até que sua mão paira sobre o pênis cada vez mais duro e rosado. Ele sobe seus olhos, encontrando os de Harry e achando incrível quando ele pode ver claramente a pupila dilatando levemente quando ele pega seu pênis em sua mão e com a outra prende o anel em sua base.

- If you liked it then you should have put a ring on it. – Louis cantarola, ganhando uma risadinha calma de Harry, e depois de se certificar que está bem colocado, ele sobe e senta-se sobre o quadril de Harry, sorrindo para ele quando pergunta: - Qual é a sua cor?

- Verde. – Harry responde, sorrindo de lado. – Qual é a sua cor?

- Verde. – Louis responde, sentindo-se um pouco mais confortável por Harry ter-lhe perguntado sua cor. – Então... Eu estive pensando, e qual é mesmo o nome? Voyeurismo, certo?

Louis pode perceber o modo como Harry engole em seco e seus olhos se alargam, um leve tremor passando por seu corpo.

- Estive pensando nas últimas semanas e nas cenas, e percebi que você particularmente gosta de ficar me observando quando recebo prazer, seja ele de qual modo. – Louis diz calmamente, sua voz leve e mal traindo o modo como seu coração bate forte nesse momento. – Estou certo?

- Sim. – Harry responde, sua voz mais profunda que o habitual.

- E você iria gostar que se eu agora me acariciasse? – Assim que as palavras saem de sua boca, Louis coloca uma mão dentro de sua boxer, acariciando-se levemente enquanto ainda encara Harry. – Bem na sua frente, sem você poder se mover e participar?

- Sim.

Louis sorri, e o modo como o rosto de Harry trai a excitação pelas palavras de Louis, faz um pensamento cruel de desistir da ideia e deixar Harry frustrado com isso passar pela sua cabeça. E ele quase faz isso, uma boa parte somente querendo se vingar pelo que Harry fez com ele na maioria das cenas. Mas, o voyeurismo é algo que desperta sua curiosidade mais do que ele gostaria, e esse é um momento perfeito para ver com seus próprios olhos o que apenas a mera observação de algo que apele a esse lado pode fazer a alguém.

Louis se levanta sobre os joelhos e se senta ao lado de Harry na cama, retirando sua boxer e pegando o tubo de lubrificante. Ele volta e se senta sobre o quadril de Harry, espalhando lubrificante sobre sua palma e se inclinando, apoiando uma mão sobre o ombro de Harry enquanto a outra ele guia até seu membro, começando calmamente a se acariciar, seus olhos fixos sobre o rosto de Harry.

Ele já se masturbou na frente de Harry vezes o suficiente para agora ele não sentir qualquer modéstia, mas em grande parte dessas vezes, ele não esteve prestando atenção ao outro como agora. E dessa vez, cada expressão é totalmente clara para ele, e de certa forma fascinante ver como Harry, que olha para seu punho ao redor de seu pênis e de volta para o seu rosto, mordendo os lábios, leves gemidos escapando pelos mesmos, sua pele brilhando pelo suor e sua expressão entregando o quanto isso o afeta.

E Louis gosta disso. Gosta de toda a atenção de Harry sobre si e o quanto ele o afeta sem nem mesmo tocá-lo. E a essa altura, ele nem mesmo se assusta ou se questiona por isso.

Louis geme, seu punho cada vez mais rápido ao redor de seu membro, o som molhado se fazendo presente no quarto, assim como os gemidos de ambos. Harry está inquieto debaixo de si, seus punhos apertados ao redor da corda que segura seus pulsos, gemidos escapando com cada vez mais frequência de seus lábios rubros e inchados por seus dentes que com cada vez mais força os morde, seus cachos espalhados e olhos brilhantes. Louis acha isso uma das coisas mais eróticas que ele já viu, o modo como alguém pode ser afetado apenas observando algo, e principalmente Harry, que sempre teve controle e que agora não tem qualquer resquício de tal.

Mas no fundo, isso também é cômico a Louis. Ele pode perceber pelas respirações profundas e quando Harry fecha os olhos que ele tenta se controlar, quase desesperadamente buscando algum controle sobre si mesmo. Louis sorri, fechando os olhos e tombando a cabeça, tudo isso o excitando mais do que ele achou que poderia.

- Você está muito silencioso hoje. – Louis murmura, inclinando-se sobre Harry até que seus rostos estão a centímetros de distância. – Por que você está assim?

Harry sorri, inclinando-se e selando seus lábios demoradamente sobre os de Louis, ainda sorrindo quando se afasta e sussurra: - Quer mesmo ouvir o que tenho a dizer?

- Sim.

- Tudo bem. – Harry responde, sua voz um pouco ofegante quando ele continua: - Você está certo, eu realmente gosto de observá-lo quando recebe prazer, mas digamos que no meu caso há um diferencial. Em definição, o voyeur, somente observa, sem participar, como eu estou agora. – Harry sorri, e como num feitiço, Louis já está envolvido pela voz e palavras de Harry. – E o meu diferencial, é que com você eu gosto de estar envolvido, gosto de colocar minhas mãos em seu corpo e fazê-lo gemer ao meu comando, e está me matando estar preso aqui enquanto você deliciosamente se masturba bem na minha frente, e está me matando mais ainda eu gostar disso e não ter qualquer controle sobre isso.

Louis suspira, quase em transe pelas palavras de Harry, o modo como ele sempre o envolve com suas palavras sujas. E ele sorri, seus olhos presos nos de Harry, a frustração sendo clara na voz do outro, e ele sorri ainda mais largo quando a frustração reflete nos olhos verdes quando ele se afasta e olha sobre o ombro, para o pênis duro e rosado, pingando e preso com o anel apertado ao redor de si, esquecido.

- Eu não sei como responder a isso, mas entendo sua frustração. – Louis sorri, dando um leve aperto no membro duro do outro em sua mão, sorrindo ainda mais quando Harry geme e revira os olhos, seu quadril erguendo-se automaticamente. – Mas eu não vou ser tão mau, e vou deixar você participar um pouco.

- O que você vai fazer? – Harry pergunta, franzindo a testa quando Louis ergue-se sobre os joelhos.

- Eu vou sentar sobre seu rosto, e você vai me lamber até que eu goze. – Louis sorri. – Tudo bem?

Harry xinga baixo, seus tornozelos e pulsos puxando as cordas enquanto Louis se vira e se posiciona, abaixando-se cuidadosamente sobre o rosto de Harry. Ele geme quando sente o primeiro contato da língua molhada contra sua entrada, um gemido suave vindo de Harry em seguida.

Isso sempre foi algo que o levou bem perto da borda, e nesse momento, com a língua de Harry fazendo exatamente o que ele precisa e o fato de ele já ter estado se masturbando a um bom tempo antes, não demora muito até que ele se sente cada vez mais desesperado para gozar. Louis arqueia as costas, levando uma mão até uma nádega para afastá-la e ficar mais fácil para Harry alcançar sua entrada enquanto a outra acaricia toda sua extensão, respirando fundo e fechando os olhos quando ele sente que está cada vez mais perto.

Seu orgasmo vem calmo, sua boca aberta sem som e seu gozo esguichando com força, para depois seu corpo inteiro parando para depois tremer em ondas de prazer tão fortes que ele por pouco se lembra de se inclinar para a frente e não colocar todo o seu peso sobre o rosto de Harry. E quando termina, seu corpo totalmente mole, ele pode apenas se arrastar até que ele está com o rosto sobre o membro de Harry, preguiçosamente removendo o anel e olhando para Harry quando diz:

- Pode gozar só com isso? – Louis se inclina, arrastando sua língua primeiro sobre suas bolas, seguindo sobre toda sua extensão e sugando a glande em sua boca, arrastando sua língua sobre a fenda, Harry gemendo e mexendo o quadril debaixo de si. E quando ele goza, Louis fica observando fascinado o modo como sua boca com os lábios rosas e inchados se abrem em silêncio e o modo como ele se arqueia sobre a cama, seu corpo tremendo enquanto enche a boca de Louis com sua porra.

Louis e afasta, limpando os cantos dos lábios e deitando-se sobre o peito de Harry. O cheiro de sexo junto a algumas velas aromáticas que Harry acende regularmente enchem o quarto, e Louis se sente satisfeito e relaxado o suficiente para permanecer na mesma posição pelos próximos trinta minutos, pensando em exatamente nada.

- Lou – Louis responde com um resmungo, aconchegando-se mais ao peito de Harry, uma sonolência arrastando-se calmamente sobre ele. – Você se esqueceu que ainda estou amarrado?

- Oops.

Louis se ergue, inclinando-se sobre Harry e desatando os nós dos pulsos e tornozelos. Ele se joga na cama novamente, sorrindo para Harry que limpa a saliva no queixo e pega os lenços para limpar seu peito.

Quando Harry se deita novamente e puxa Louis de volta para seu peito, ele suspira calmamente. Desde o princípio, eles conversaram e estavam de acordo no fato de que Harry ensinaria a Louis sobre o BDSM e que Louis seria seu sub, ao qual ele aceitou. Mas, no fundo, Louis sempre esteve preso num limbo ao qual ele não conseguia sair, o medo de ele estar enganando a si mesmo e indo pelo caminho errado somente porque alguém disse que deveria ser assim.

- Então... – Harry começa, e Louis sabe exatamente o que está por vir. – Vamos falar sobre a última cena?

- Sim. – Louis murmura, saindo de sua posição confortável e apoiando-se sobre um cotovelo, seus olhos presos ao lençol marfim debaixo de si: - Eu... Pode ter sido idiota, mas eu precisava de uma cena onde eu estava ditando porque eu precisava sentir como é, se eu iria amar ou odiar isso. Não quero que se sinta ofendido ou algo parecido, porque isso é paranoia minha e eu tinha que lidar do meu jeito, okay?

- Okay... – Harry murmura, e Louis finalmente levanta os olhos, não encontrando nada além de compreensão nas íris esverdeadas, e ele suspira de alívio. – Então... Amou ou odiou a cena?

- Eu gostei, sempre quis fazer isso. – Louis sorri. – Mas, eu acho que prefiro ser dominado.

- Você vai me agredir se eu começar a cantar Hallelujah?

- Com certeza. – Louis responde, ainda sorrindo, mas olhando seriamente para Harry. – E obrigado, por ter me deixado fazer isso e não ter debochado ou algo do tipo.

- Eu nunca faria isso. – Harry se inclina, pressionando seus lábios sobre a bochecha de Louis calmamente. Louis sorri, pressionando sua bochecha contra a de Harry quando ele se deita e puxa Louis consigo, murmurando calmamente contra seu ouvido. – Eu conheço você e imaginei que uma hora ou outra você iria tentar algo do tipo, e está tudo bem, você é obstinado e eu gosto disso em você. E eu gostei da cena, e acho que você foi bem explorando minhas fraquezas e tomando o controle da cena.

- Eu tive com quem aprender. – Louis responde em tom de brincadeira, elevando-se para olhar nos olhos de Harry quando pergunta: - Você realmente gostou e achou que fui bem?

- Sim, acho que fui um bom professor.

Louis sorri, satisfeito consigo mesmo. Ele pode ter demorado muito mais que um mês e vários fatores que o indicassem para finalmente identificar-se como submisso sem suas dúvidas o atormentarem, mas agora que ele o fez, tudo parece bem menos complicado.

- Ah, e antes que eu me esqueça – Louis começa. – O fato de que eu me identifico como submisso sem qualquer sombra de dúvidas não muda o fato de que serei mais manso durante as cenas, você sabe disso, não é?

- É claro. – Harry responde, sorrindo para Louis, que o retribui antes de se deitar ao seu lado, um silêncio confortável os cercando antes que Harry quietamente diz: - Deve ser um inferno dentro da sua cabeça.

- Na maioria das vezes sim, mas nós nos entendemos.

.

Todos os dias, há uma inauguração em Manhattan. E nessa noite é um restaurante, e toda a cidade quer estar lá, mesmo que a comida não seja tão boa ou tenha melhores opções na próxima esquina. Mas eles querem a novidade, um chef revelação que teve uma coluna no The New York Times ou porque todos estão comentando e será o restaurante da semana onde todos irão. E Louis odeia isso.

Mas ele está aqui, tentando chegar a entrada do restaurante inteiro – e usando Perrie como escudo já que a ideia foi dela – e um pouco irritado. Mas além de tudo, ele está arrependido, arrependido por ter deixado Perrie escolher onde e quando ele iria apresentar Harry a ela e arrependido por não ter apresentado Harry antes e agora isso ter se tornado uma grande coisa.

- Louis, não adianta fazer essa cara. – Perrie diz, olhando sobre o ombro para um Louis que de repente parou de reclamar e está emburrado, e ela o conhece bem demais para saber que ele poderia ficar assim pelo resto da noite. – Você disse que eu podia cuidar disso!

- Por que não um encontro rápido no almoço?

- Ótima ideia! Você poderia ter pensando nisso antes, não é? – Louis não responde, virando o rosto e decidindo ignorá-la. – Mas enfim, lembra da nossa amiga Jesy, a Relações Públicas? Essa é a sua primeira festa em seu próprio nome e ela nos colocou na lista, então sem reclamações e vamos apoiar uma amiga!

Louis revira os olhos, mas antes que ele possa dizer algo, ele pode escutar Jesy gritando os nomes deles.

- Saiam da frente, idiotas, são meus amigos! – Jesy grita, e logo Louis e Perrie a alcançam, imediatamente sendo pegos num dos abraços apertado característico de Jesy. – Ahh que bom que vieram! Estou tão animada!

- Nós também! – Perrie responde, animadamente se balançando sobre seus pés, um sorriso enorme em seu rosto. – Estamos com a roupa certa? Não entendi muito bem quando você disse que deveríamos vir de "maneira pervertida".

- Não, vocês estão bem!

- Não tanto quanto você, eu diria. – Louis responde, seus olhos passando pelo corpete preto, saia curta de couro, botas de cano alto e salto agulha, e um chicote em uma das mãos de Jesy. Em comparação com as suas roupas e as de Perrie, ele tem certeza que os eles não sabem se vestir de "maneira pervertida". Pelo menos não de um modo aceitável publicamente. – Mas enfim, podemos entrar?

- É claro! – Jesy sorri animadamente, fazendo um sinal para o segurança abrir a porta e mexendo em seu iPad, enquanto diz a eles: - Divirtam-se e assim que puder eu irei lá!

Eles acenam rapidamente antes que as portas se fechem atrás deles, e Louis pode respirar fundo.

- O que você não faz por ter seu nome numa lista, hm? – Louis diz a Perrie, afastando a franja de seu rosto enquanto eles andam pelo hall de paredes vermelhas até a recepcionista.

- Boquetes. Eu acho nojento. – Perrie dá de ombros, sorrindo para a recepcionista alta na frente deles. – Temos uma reserva no nome Edwards, por favor.

- Um minuto. – Ela responde, olhando rapidamente em seu computador. – Por aqui.

Eles seguem a recepcionista, e Louis repara no macacão vermelho de látex que ela usa, e antes que ele possa comentar algo com Perrie, eles estão entre as mesas e ele olha ao redor, e o que ele vê o faz parar no lugar e seu queixo cair, momentaneamente perdendo suas palavras. Todas paredes são vermelhas e a luz é baixa, as lâmpadas sobre as mesas sendo quase a única luz no local, onde garçons usando nada mais que uma tanga de vinil minúscula junto a um arreio de couro sobre o peito e garçonetes de cinta liga e espartilhos andam entre as mesas, e numa das paredes há uma Cruz de Santo André, com um homem preso com uma máscara sobre seu rosto e uma mulher a sua frente, desferindo golpes com seu chicote. De primeira, ele considera que está num clube BDSM e logo terá uma séria briga com Perrie, mas ele é interrompido pela recepcionista, que quase brilha com sua roupa de látex e os olha interrogativamente, pela terceira vez tentando chamar a atenção deles.

- Desculpe, me distrai com a decoração. – Louis sorri, voltando a andar e levando Perrie consigo, não tirando o sorriso do rosto quando ele se vira e a pergunta, a voz séria: - Não acha a decoração interessante?

- Si-Sim. – Perrie gagueja, seus olhos azuis arregalados enquanto ela olha em volta. – Muito interessante.

Louis apenas sorri, agradecendo a recepcionista quando ela os deixa em sua mesa e sentando-se, o sorriso preso em seu rosto. – Eu também acho, e acho que Harry também irá gostar, já que ele tem um quarto no mesmo tema, ao qual ele adora me amarrar e me foder. Mas eu não acho que isso seria aceitável aqui, apesar de nós termos um gosto por exibicionismo.

- Eu não sabia, okay! Eu juro que não sabia! – Perrie quase grita, inclinando-se sobre Louis e pegando suas mãos. – Jesy disse que seria um restaurante exótico, eu juro que não sabia que seria isso!

- Jura? Porque isso aqui parece muito com algo que você iria fazer! – Louis esbraveja, soltando as mãos dela e massageando sua testa, uma dor de cabeça começando a aparecer. – Primeiro é Zayn e Liam com suas piadinhas, agora você? Eu realmente preciso de novos amigos!

- Desculpe, eu juro que não sabia! – Perrie continua, dessa vez pegando o rosto de Louis entre suas mãos e o obrigando a olhar para si. – Fala sério, quem poderia pensar num restaurante com tem BDSM? Isso é coisa de louco, sem ofensa.

- Não ofendeu. – Louis resmunga, suspirando, Perrie ainda segurando seu rosto e fazendo uma expressão triste, seus olhos azuis brilhantes e seu rosto caído, do modo que ela sabe que Louis irá desistir em poucos segundos. – Você realmente não sabia?

- Eu juro!

Louis fica em silencio por alguns segundos, olhando para a amiga que continua com a expressão triste, e então diz: - Tudo bem!

Perrie comemora, beijando as duas bochechas de Louis e o abraçando em seguida, seu sorriso voltando rapidamente ao seu rosto.

- Eu realmente não sabia, mas seria o máximo se eu tivesse planejado, não é? – Perrie diz, e Louis concorda, pegando o cardápio de bebidas e começando a rir quando lê os nomes das bebidas. – Meu Deus, isso é demais!

- Sim, seria. E Harry vai morrer de vergonha por isso! – Louis sorri, abraçando Perrie. – Obrigado!

- De nada, eu acho. – Perrie responde, fazendo uma careta. – Porque ele sentiria vergonha? O Harry que eu conheço através de você parece impossível de sentir vergonha!

- Eu sei, mas você não o vê como um humano real, então...

- Eu só o conheço através de suas palavras e de Zayn, e de fotos preto e branco no instagram, então a culpa não é minha.

- Ele gosta da estética.

- Acho que não. – Perrie responde, virando seu celular para Louis. – Tem uma foto sua instagram dele, e colorida.

- Sério? – Louis puxa o celular de Perrie, que está com o instagram aberto no perfil de Harry, onde sua última publicação há duas horas é uma foto sua colorida, sentado a janela usando uma camiseta grande, seu cabelo desarrumado e com seu Moleskine em mãos, seu rosto concentrado no desenho que ele está fazendo. Ele se lembra disso, quando há uma semana ele se sentou e desenhou por horas em frente à janela, até ter um desenho perfeito da vista da janela de Harry em uma das folhas. – É uma boa foto. Mas enfim, Harry provavelmente vai ficar com vergonha porque ele está nervoso.

- Jura?

- Sim. – Louis responde, o sorriso de Perrie grande demais para o seu gosto. – Mesmo que ele não admita, e eu não entenda.

- Bem, talvez ele esteja nervoso porque você demorou muito para fazer isso e ele pode ter achado que você não queria isso, por ele ser seu Dominante e tal.

- Você acha isso?

- Sim. – Perrie concorda. – Zayn e eu também achamos que você tinha vergonha de nós, mas o seu lado é pior, então.

- Droga! – Louis inclina-se, apoiando o rosto em suas mãos, e então um garçom finalmente vem pedir-lhe as bebidas, e Louis suspira, pegando o cardápio. – Okay, eu vou querer um... Spank?

- E eu um Chuva Dourada. – Perrie diz, sorrindo para o garçom que anota os pedidos e sai, virando-se para Louis, que tenta conter seu riso com uma mão sobre a boca. – O que?

- Nada, sua bebida é interessante.

- Louis, diga.

- Não é nada, é que... Você não sabe o que significa Chuva Dourada, certo?

- Não, o que significa?

- Hm... Significa... – Louis começa, respirando fundo para conter sua risada. – Já teve vontade de mijar enquanto transava? Tem gente que gosta disso.

Perrie franze a testa, confusa, mas Louis pode perceber exatamente quando ela entende quando ela abre a boca e esconde seu rosto nos braços sobre a mesa, ignorando Louis, que desistiu de tentar não rir dela.

Eventualmente, os outros chegam. Primeiro Zayn e Liam, que olham ao redor meio chocados e então Zayn dá um soco no braço de Liam, xingando por não ter tido essa ideia antes. E então Harry e Niall chegam, e Niall está vermelho de rir pelo restaurante e Harry vermelho de vergonha, mas Louis rapidamente evita o assunto e o apresenta a todos.

- Então... – Perrie começa, girando sua nova bebida depois que a outra garantiu a ela piadas pelo resto de sua vida, olhando diretamente para Harry, e Louis conhece essa expressão, porque é a que ela faz quando quer intimidar alguém. – Louis disse muito sobre você, acredite, mas porque você não nos conta um pouco sobre você?

- Sim, claro. – Harry começa, seus olhos passando por todos na mesa antes de voltar a Perrie. – Hm... Eu tenho vinte e sete anos, há dois abri meu escritório de advocacia, gosto de fotografia e livros.

- Okay... – Perrie murmura, nem um segundo sequer desviando os olhos de Harry. – E o que achou do restaurante?

- Perrie! – Louis chama a atenção dela, que se volta para ele com as sobrancelhas arqueadas. – Não faça isso!

- Eu não estou fazendo nada!

- Você está e sabe que está fazendo isso!

- E eles estão brigando. – Zayn comenta, tomando um gole de sua bebida. – Ao meu sinal vão todos para debaixo da mesa e ninguém se machucará.

- Está nos chamando de barraqueiros? – Perrie se vira para Zayn, assim como Louis, esperando sua resposta.

- Se serviu.

- Haha. – Louis responde sarcasticamente. – Pelo menos nós podemos brigar sem chorar assim que começam os gritos.

- Eu não gosto de conflitos, okay?

- Isso é melhor que briga de adolescentes. – Niall comenta, sorrindo enquanto se inclina sobre a mesa, toda sua atenção sobre eles. Mas seu sorriso morre assim que os três se viram para ele com expressões nada alegres. – Eu não disse nada! Eu só estou aqui para falar bem do Harry!

- Sério? – Perrie se anima. – Então conte-nos seus podres!

- Porque não falamos dos seus podres? – Louis sorri para Perrie. – Querem saber qual bebida Perrie pediu assim que chegamos? É...

Perrie começa a gritar, algo que ela é muito boa e faz quando quer calar alguém, e logo todo o restaurante está olhando para eles. Zayn, que está ao seu lado, a pega pelos ombros e começa a sacudi-la, suas palavras tentando sobrepor aos gritos dela e Louis, que depois do susto, está rindo tão forte que se desequilibra na cadeira, levando a toalha da mesa quando tentar segurar-se nela e Harry, que tentou ajuda-lo e agora está com todo seu peso sobre Louis no chão.

E quando os seguranças veem, eles não podem fazer nada a não ser acompanha-los para fora dali com Niall ainda rindo, Liam com tanta vergonha que sai na frente de todos, Perrie e Zayn com a cabeça erguida e jurando que nunca mais entrariam ali e Louis apoiado em Harry com a desculpa de que ele o machucou. Mas todos pedem desculpas a Jesy quando a encontram na entrada.

- Esse restaurante é a coisa mais ridícula que eu já vi. – Louis diz, chutando uma pedrinha na calçada, apoiando-se sobre Harry, que tem um braço ao redor de sua cintura enquanto todos eles andam pela calçada, sem saber exatamente para onde ir depois de serem expulsos do restaurante. – Ainda bem que fomos expulsos de lá.

- É mesmo. – Zayn concorda. – Mas nenhuma supera o com comida desidratada.

- Como assim? – Harry pergunta.

- Tudo o que tinha lá era orgânico e desidratado. – Zayn responde. – Liam passou mal por uma semana.

- Aquele seria um bom restaurante para sermos expulsos. – Liam comenta, balançado sua mão e a de Zayn dadas entre eles.

- Foi engraçado. – Niall diz, ainda de braços dados com Louis do lado em que Harry não está. – Isso acontece muito com vocês?

- Não muito. – Perrie responde.

- Sim, ela aprendeu a se controlar ao longo dos anos.

- O que você quer dizer com isso, Louis?

- Que fomos expulsos por sua culpa!

- Como se atreve a...

Eles são interrompidos de uma nova briga por Liam, que pega Perrie em seus braços e sai correndo com Zayn, os três outros olhando pasmos até que Louis começa a correr atrás deles e os levam junto.

- Me solta Liam! – Perrie grita, contorcendo-se nos braços de Liam, que a segura firmemente. E então ela sorri, aproximando seu rosto do pescoço de Liam e dizendo, olhando diretamente para Zayn: – Hm, perfume novo? Eu amei!

- Okay, acabou a brincadeira! – Zayn diz rápido, puxando Perrie dos braços de Liam, que logo a coloca de pé na calçada. – E não tem graça brincar assim comigo!

- Nós só sabemos que você ama seu noivo, querido. – Perrie diz. – E que vira um pequeno animalzinho raivoso se alguém chega perto dele.

Perrie ri, desviando-se quando Zayn avança para ele e indo para Louis, abraçando-o de lado quando eles voltam a andar.

- A culpa ainda foi sua.

- O que você quer que eu faça?

- Peça desculpas a Harry. – Louis sorri, cobrindo a boca de Harry quando ele tenta intervir. – Não é tão difícil, Pez.

- Okay... – Perrie revira os olhos, mas sorri amavelmente e não da maneira falsa, seu rosto livre de qualquer julgamento quando diz: - Desculpe Harry, eu só queria proteger meu amigo.

- Tudo bem. – Harry responde, sorrindo um pouco. – O que acha de tomarmos um café qualquer dia desses?

- Combinado! – Perrie sorri. – Ah, e eu já estava me esquecendo da ameaça!

- Nós treinamos por semanas! – Zayn completa, sorrindo brilhantemente, mal reparando o modo como Louis olha incrédulo para eles, sua dor de cabeça começando a ficar mais forte. – Escuta: Se você magoar nosso amigo, nós vamos caçá-lo e te encher de porrada!

Louis dá uma risadinha, seus olhos passando por Harry, que realmente parece um pouco assustado, para Liam, Zayn, Perrie e Niall que estão totalmente sérios. – Sério?

- Nunca fui mais sério. – Zayn responde, cruzando os braços.

- Eu também. – Perrie diz em seguida. – Pergunte ao ex do Louis.

- E eu faço academia, então... – Liam sorri, sua voz um pouco nervosa quando ele continua: - Por favor, não me despeça.

- E eu também! – Niall completa, sorrindo,

- Até você, Niall?

- Claro, você sabe que eu te amo! – Niall empurra Harry e assume seu lugar do outro lado de Louis, juntando seus braços novamente, ignorando a expressão traída com que Harry olha para ele. – Mas eu também sou sério quando digo que Harry é um cara muito legal e uma das melhores pessoas que eu conheço, mesmo que ele pareça um animalzinho encurralado desde que chegamos.

- Só isso? – Harry diz. – Sem ameaças em razão do meu coração?

- Cara, você tem vinte e sete anos. – Niall responde, dando um tapa no braço de Harry, depois virando-se e dizendo alto o suficiente para as pessoas olharem para eles assustados: - Então, quem quer Cheesecake? Conheço uma delicatesse que faz os melhores da cidade!

.

- O que você achou?

Louis sorri, sentando sobre sua cama e preparado para dormir, olhando para um Harry que sorri para ele antes de se virar e dobrar sua camisa sobre a cômoda de Louis. Depois de irem a delicatesse com Niall e andarem mais um po­­uco enquanto conversam, eles se despediram e Louis sugeriu que eles dormissem em seu apartamento.

- Sobre o que? – Harry começa, puxando seus jeans com uma careta. – O restaurante BDSM era interessante, apesar de termos sido expulsos. Foi engraçado você e Perrie brigando, e acho que Liam tem que parar de ter medo de mim fora do escritório, mesmo que eu seja seu chefe. E o cheesecake era o melhor que eu já comi.

- Okay, okay. – Louis puxa Harry, colocando-o sentando a sua frente na cama, tirando um sorriso de Harry enquanto mal consegue conter sua animação. – E sobre Zayn e Perrie?

- Perrie me assusta um pouco, e Zayn e Liam estão apaixonados, então não irão se importar muito conosco. – Harry ri, deitando-se na cama com os braços atrás da cabeça. – Eu gostei deles, fico feliz que tenha nos apresentado.

- Bom. – Louis sorri, deitando-se ao lado de Harry e cobrindo-os com o lençol. Então ele se lembra do que ele e Perrie conversaram antes dos outros chegarem, e depois de hesitar um momento de hesitação, ele pergunta: - Você... Você achou que eu não queria apresenta-lo a eles? Tipo, em algum momento?

Louis morde seu lábio, virando-se rapidamente, o silêncio de Harry sendo o suficiente para sua pergunta. Ele se sente péssimo, esse tempo inteiro pensando em si mesmo e não percebendo que estava errando com Harry.

- Me desculpe, eu não queria...

- Ei, tudo bem. – Harry o interrompe, pegando seu queixo em uma mão e virando seu rosto, um sorriso calmo em seus lábios quando Louis olha para ele. – Sim, eu achei, mas tudo bem. Eu entenderia se você não quisesse, não é nada demais.

- Sim, é. – Louis suspira. – Eu queria ter certeza, eu sabia que eles iriam adorar você e que se eu desistisse ou você dessa ideia de ensinar-me, eu não queria um clima estranho.

- Você tem muita certeza de que não seríamos amigos se não desse certo.

- Eu prefiro pensar no pior, e então quando algo bom acontece, eu fico feliz e se o pior acontecer, eu já esperava.

- Isso é muito pessimista.

- Eu sei.

Eles ficam em silêncio depois disso, olhando para o teto.

- Eu acho que deveríamos parar. – Harry começa, baixo. – O que você acha?

- Parar com o que?

- Ensinar-lhe sobre o BDSM. Claro que você não sabe tudo, mas nem mesmo eu sei, mas você sabe os princípios e básicos sobre isso, e o resto você aprende com experiência.

- Okay... – Louis murmura, seus olhos nem por um segundo desviando do teto. – Me recomenda um novo Dominate?

- O que? Não! – Harry se vira para ele, e Louis se obriga a olhá-lo, erguendo as sobrancelhas. – Quero dizer... você quer outro Dom?

- Bem, já que você diz que eu já sei o suficiente e acha que deveríamos parar, eu deveria procurar outro.

- Louis, eu não disse isso. – Harry ri, balançando a cabeça. – Eu acho que deveríamos ser Dominate e submisso, sem essa história de eu ensinar-lhe, entende?

- Ahh... – Louis ri. – Você deveria se explicar melhor, eu já estava pronto para chutá-lo da minha cama!

- Vou anotar essa. – Harry diz. – E então, o que acha?

- Sobre nós sermos Dom e sub, sem a história de você me ensinando?

- Exatamente.

- Eu gosto. – Louis concorda. – Apesar de eu no fundo achar que isso tem relação com a cena mais cedo.

- É claro que tem.

- Okay. – Louis diz. – Você percebe que é totalmente ridículo nós agora concordarmos com eu sendo seu sub e você meu Dom depois do teste, do ritual, das duas coleiras e todas as cenas que fizemos juntos?

- Sim. – Harry concorda, dando de ombros. – Mas nada mudou, você ainda será o submisso e eu o Dominante.

- Mas agora eu aceito que sou submisso. – Louis diz, sorrindo. – Viu? Eu disse isso e nem hesitei.

- Parabéns! – Harry diz, inclinando-se e beijando Louis. – Está tudo bem, certo?

- Sim, está tudo bem. – Louis revira os olhos. – Agora me beije de verdade.

Harry sorri, beijando Louis adequadamente. E Louis espera que a ideia o assuste, que em algum momento ele irá começar a surtar como ele sempre fez. Mas isso não vem, e depois de ficar assustado com isso e de garantir a Harry que ele não será mais manso em cenas, ele vai dormir de acordo com o fato de que realmente gosta de ser controlado na cama.


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Olá!! Gostaram do capítulo??

Eu demorei não é? Fiquei sem notebook e algumas coisas aconteceram, então até eu conseguir outro notebook eu tirei um tempo só para mim, e foi bom, porque eu pensei na fic e planejei melhor :))

O restaurante com o tema BDSM foi algo que vi na série Sex and The City e achei que seria engraçado, e eu amo essa série então a fic tem um pouco dela :)) Espero que tenham gostado e desculpem qualquer erro!

E eu também queria agradecer pelos votos, comentários, as listas e por esperarem e serem compreensíveis pela demora :) Isso é muito importante para mim!

Não vou demorar tanto para postar novamente, okay?

Amo vocês <33

XOXooXOOXO

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