Entre Vírgulas

Oleh DricaFernandes7

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Sinopse: Após incontáveis brigas, incontáveis barracos, incontáveis litros de lágrimas, finalmente Harry e Vi... Lebih Banyak

Prólogo
Capítulo 1: Nova Geração
Capítulo 2: Inocente
Capítulo 3: Extracurricular
Capítulo 5: Ser Isso
Capítulo 6: Corda Bamba
Capítulo 7: Just Hold On
Capítulo 8: Impulsos
Capítulo 9: Don't think twice-Bônus
Capítulo 10: Insano
Capítulo 11: Inquieto
Capítulo 12: BlueLights
Capítulo 13: Quase
Capítulo 14: Silêncio
Capítulo 15: Talvez
Capítulo 16: Sunshine
Capítulo 17: Arriscar
Capítulo 18: Não sou
Capítulo 19: Entender
Aos meus leitores!!!
Capítulo 20: Abrigo
Capítulo 21: Minha linda
Capítulo 22: Festival das Flores
Capítulo 23: Flores Murchas
Capítulo 24: Pancakes
Capítulo 25: Liberdade
Capítulo 26: You Only Live Once
Capítulo 27: HC High News
Capítulo 28: The Captain
Capítulo 29: Presença
Capítulo 30: Sign of the times
Capítulo 31: Turbulências
Capítulo 32: Minuto no Céu
Capítulo 33: Não saio da sua
Capítulo 34: Caminho
Capítulo 35: The Box
Capítulo 36: Expectativas
Capítulo 37: Vazio
Capítulo 38: Tequila
Capítulo 39: Reconstrution
Capítulo 40: Rei da Bad
Capítulo 41: Sorvete
Capítulo 42: Only You Know
Capítulo 43: Passado
Capítulo 44: Mess
Capítulo 45: Bolinho
Capítulo 46: Gota D'água
Capítulo 47: Ice
Capítulo 48: Vestiário
Capítulo 49: Superficial
Capítulo 50: Sixtape
Capítulo 51: Príncipes
Capítulo 52: Verdade
Prólogo- Parte 2: Entre Vírgulas
Capítulo 53: Reborn
Capítulo 54: Nocaute
Capítulo 55: Jones-Miller
Capítulo 56: Mais cinco
Capítulo 57: Inveja
Capítulo 58: Hobbie
Capítulo 59: Estúdio
Capítulo 60: Food and Love
Capítulo 61: Sr. Wayne
Capítulo 62: Close your eyes
Capítulo 63: Wolf
Capítulo 64: Girl in Love
Capítulo 65: Forget
Capítulo 66: The First Kiss
Capítulo 67: Coragem
Capítulo 68: Believe
Capítulo 69: Não somos
Capítulo 70: Who you are?
Capítulo 71: Satisfaction
Capítulo 72: Now or Never
Capítulo 73: Redenção
Capítulo 74: Emergência
Capítulo 75: Essencial
Capítulo 76: Be Happy
Capítulo 77: Liability
Capítulo 78: Nova Chance
Capítulo 79: Voar
Capítulo 80: Agridoce
Capítulo 81:No shirt, no blouse
Capítulo 82: Afogar-se
Capítulo 83: Enfim
Capítulo 84: Hard Feelings
Capítulo 85: Ao seu lado
Capítulo 86: Something New
Capítulo 87: Grow up
Capítulo 88: New Year
Capítulo 89: Good old days
Capítulo 90: I see my future in your eyes
No Quarto ao Lado
Nova História/ Continuação
Bônus: O Casamento Williams-Miller
No Quarto ao Lado-Livro 2

Capítulo 4: Saudade

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Oleh DricaFernandes7

~Leah ON~

O fim de semana havia chegado, mas quando achei que ia dormir até mais tarde no sábado acontece o extremo oposto. Precisei acordar três horas mais cedo que o habitual. Toda a família iria passar o sábado e o domingo na casa dos meus avós. Eu amava ir para lá. Ficava a quase duas horas do centro, era uma casa amadeirada, próxima à montanha, cercada de árvores com troncos grossos, o lugar era aconchegante. Tinha até um lago a apenas alguns passos da casa. Era uma tranquilidade só, a casa mais próxima ficava a uns 100 metros.

Já havia arrumado minha mochila na noite anterior. Mas Charlie deixou tudo para última hora e atrasou toda a família. Minha mãe berrava tanto com ele que pensei que a casa ia cair.

- Victoria, para de gritar, eu ainda nem acordei direito- meu pai reclamou enquanto estávamos comendo nosso café da manhã.

- Charlie só funciona na base do grito, eu falei para ele arrumar as coisas ontem mas não... Ele tem que ser lesado igual o pai. - Ela revirou os olhos e bebeu seu café. Acho que minha mãe deveria voltar a tomar seus chás porque ela está bem estressada nesses últimos tempos.

- Você era mais bagunceira que eu, do que está falando? Jones, você não perde uma oportunidade de jogar a culpa dos genes ruins em mim. Impressionante. - meu pai arfou.

Os dois se encararam com os olhos semi serrados. Já até sabia o que era isso. Argh. Eram as suas preliminares. Meus pais eram assim, adoravam discutir pelas coisas mais pequenas possíveis. Só para depois fazerem as pazes de uma forma que logicamente eu não quero nem pensar.

Eu engasguei quando Tio Ben chegou na cozinha, ele estava de bermuda e uma camisa de botões azul clara e com boné virado para trás, ele parecia ter uns cinco anos a menos. Faríamos um casal tão lindo... Senti seus lábios tocando minha testa, ele me beijou delicadamente.

Engoli em seco com a vontade que tive de ter aqueles lábios tocando os meus. Será que eu não conseguia entender que nunca iria acontecer? Fiquei parada observando todos os seus movimentos. Em determinado momento ele notou que eu estava olhando ele comer. Sorriu. Depois olhou para baixo. Acho que ele devia entender que eu era uma adolescente, meus hormônios estavam fervendo dentro de mim, devia entender que eu o notasse. Talvez... Será que ele entendia?

Depois de muita gritaria, logo estávamos no carro, minha mãe dirigia, meu pai estava começando a fazer a playlist da viagem no carona e nós três atrás. Eu estava entre meu irmão e meu tio. Colocamos o cinto e partimos pelas ruas de Holmes Chapel.

Ao som de Coldplay, eu percebi que aquela seria uma viagem mais longa que o comum. O perfume dele estava me invadindo, queria abraça-lo, beijá-lo. Por isso antes de mais nada, eu estava travada, totalmente parada. Até que sua voz falou comigo, tão perto do meu ouvido que tremi instantaneamente.

- Preocupada com alguma coisa minha linda? - ele perguntou. Demorei uns cinco segundos para de fato me mexer. Minha linda... Shit, vou morrer.

- Não, eu só tenho umas provas na próxima semana, nada demais. - Menti. E então sinto seu braço me envolvendo e sou delicadamente puxada para seu peito.

- Se precisar de ajuda, estou aqui. - ele apoiou sua seu queixo em minha cabeça e ficamos assim praticamente a viagem inteira, eu não queria sair mais dali.

Em determinado momento da viagem meus pais deram as mãos, eles ficaram assim por vários minutos. A história deles também tinha sido complicada, eram irmãos postiços. Mas nada se comparava a gostar de alguém do mesmo sangue. Isso é até crime em vários países. Nem sabia disso, porém pesquisei por todas as circustâncias. Era um enorme tabu, nem ouso pensar que um dia isso seja considerado normal. Não vai acontecer.

Fiquei viajando em pensamentos até chegarmos. Mal paramos o carro já ouço latidos. Sorrio automaticamente, estava morrendo de saudade dos meus amores. Assim que desço do carro, os três já estão me rodeando, comemoraram a chegada de todos. Eram três cachorros, dois machos e uma fêmea. Filhos do Ed, o cachorro que meus pais tiveram, foi o primeiro presente que meu pai deu a minha mãe.

Ed foi tão importante para nossa família que sua partida foi uma enorme dor. Mas todos foram se preparando, ele viveu praticamente a duração máxima de um labrador. Crescemos com ele, me lembro de ter apenas cinco anos e ignorar tudo e todos só para ficar brincando com ele. Meus pais sofreram tanto com a perda, porque Ed era muito além de um cachorro, era o melhor amigo, companheiro, protetor que alguém poderia ter. Antes de partir, ele viveu um grande amor com Kira, ela era bem mais nova que ele, então foi como se ganhasse novas forças de viver. Logo após seu falecimento, Kira ficou muito abatida, mal comia. Ainda viveu por mais dois anos até ir encontrar com seu amor verdadeiro.

Meus pais preferiram que os filhotes viessem morar com nosso avós, afinal era um lugar mil vezes mais espaçoso e teriam sempre alguém em casa para cuidar deles. Filhotes é mania de dizer, todos já são labradores imensos. Todos da mesma cor de Champagne que Ed tinha misturado com os tons dourados de Kira.

Minha avó Anne me apertou tão forte quando me abraçou, eu a amava tanto. Foi engraçado ver ela falando com Ben, dizendo que ele estava mais magro, que não estava se alimentando direito. Coisas de mãe. Ainda mais por ele ser o caçula, a atenção sobre ela era imensa. Meu pai morria de ciúme.

- Minha neta está cada dia mais bonita. - Vovô me elogiou assim que o alcancei. Nos abraçamos forte. Adorava conversar com ele, suas histórias eram as melhores.

As horas passaram voando. Meus pais foram dar uma volta pela trilha que tinha nos arredores...Esses dois não perdem uma oportunidade. Charlie estava lendo um livro para sua aula de literatura. E eu estava olhando para o nada.

Levei um susto quando Tio Ben aparece sem camisa, com uma bermuda de banho e uma toalha pendurada no ombro. O que é aquele corpo? Respira.

- Vamos para o lago, estou morrendo de saudades daquele lugar. - ele me chamou. Eu fiquei com cara de lesada. - Vou te esperar. Vamos logo!

Acorda Leah! Meu consciente gritou. Levantei da poltrona que estava sentada e fui pegar meu biquini... Espera biquini, eu ia ficar apenas de roupas de banho na frente dele? Isso obviamente já aconteceu antes mas eu era criança, não tinha peitos e nem essas gordurinhas localizadas. Droga.

Vesti o biquini, coloquei um short. e peguei a toalha. Minha vontade era de vestir um lençol gigante, como eu ia ficar do lado daquele corpo com o meu corpinho? Ouvi ele chamando pelo meu nome. Respira 2. Eu estava patética. Foquei na conversa que tive comigo mesma a poucos dias atrás, precisava pular para outro. Abrir meus horizontes, olhar mais para outros garotos. Garotos da minha idade e que não tenham compatibilidade genética comigo, talvez.

Era só um mergulho no lago. Apenas.

- Você demorou, imagina no dia do seu casamento, vai deixar o noivo plantado por horas. - brincou, se o noivo fosse ele acampava na porta da igreja para não perder nenhum segundo.

Nem respondi porque não havia nada que eu pudesse dizer que não fosse soar estranho. Caminhamos poucos metros e já estávamos com toda aquela visão à nossa frente. O lago era imenso, tinha um deck de madeira, fomos até sua ponta. Nos sentamos lá.

- Amo Nova Iorque mas nada se compara a esse lugar - ele disse olhando para a água escura e brilhante.

- Você pretende voltar para lá quando seu estágio acabar?

- Acho que não... Quero tentar algo por aqui, talvez Londres. Sei lá, ainda acho que tenho que viver muitas coisas antes de me fixar em algum lugar de verdade. Ainda me acho muito novo para essas coisas...

- E para formar uma família também?- apenas saiu, queria saber se ele ainda estava namorando. Ele riu olhando para o céu.

- Para isso muito mais, não estou preparado para algo assim. Não acho que encontrei a pessoa certa. - Quando seus belos olhos azuis me atingiram, eu mal consegui focar no meu plano novamente.

- Você já se apaixonou alguma vez? - ele negou com a cabeça. Isso me deu um alivio tão grande e ao mesmo tempo um vazio.

- Mas eu sei como é quando alguém se apaixona... E eu acho que você também sabe não é?- O que? Oi? Eu me arrepiei toda- Qual o nome dele?

Ben.

Hã? Quis me enterrar. Meu rosto estava queimando, quando me dei conta já estava com as mãos no rosto. Ergui a cabeça.

- Digamos que é alguém que eu não posso amar. - Oh Senhor, me interna logo, o que eu estou fazendo nesse mundo. Ele ergueu as sobrancelhas.

- Para o amor não existe isso de não pode. Quando tem que acontecer, acontece. Não sei o que tem de tão impossível e porque não pode amar a pessoa mas Leah, você merece ser feliz e merece ser amada. - Não sei o que deu em mim, meus olhos começaram a lacrimejar. - Ah não, vem cá- ele me puxou para um abraço quando viu meus olhos ficando vermelhos. - Tão novinha e já sofrendo por amor...

Sua pele quente e macia tocando minha pele, era como se não existisse mais nada além de nós dois.

- Leah, olha para mim... - ele segurou meus ombros- Você precisa curtir sua vida, aproveitar seus momentos. Aliás, vamos aproveitar nosso momento agora. Vem... - ele se levantou rápiodo e me puxou pela mão. - Vamos dar um mergulho. Como nos velhos tempos.

Seu sorriso definitivamente iluminava meu mundo. Não era fácil ficar perto daqueles lábios carnudos, mas eu precisava deixar a bad vibe de lado. Precisava aproveitar mesmo que depois de tanto tempo longe, ele estava ali comigo, mesmo que não fosse como nos meus sonhos mas ainda era o Ben. Tirei meu short rapidamente. Ele segurou minha mão forte, resetamos alguns passos e corremos. Pulamos juntos no lago. Somente soltamos as mãos quando o impacto da água nos separou.

Ficamos lá até o pôr do sol, conversamos sobre suas viagens, sobre nossos gostos musicais, cinema, arte, tudo.

- Está anoitecendo, acho melhor irmos. - Falei e ele concordou. Quando estávamos no solo, ele me envolveu com a toalha. Para piorar mais tudo, ele era muito atencioso.- Obrigada. - Agradeci gentilmente.

- Obrigado você pela companhia, está se tornando uma mulher incrível, Leah. Fico feliz de poder acompanhar isso de perto.- Logo após dizer isso ele colocou seu braço sobre meus ombros e seguimos até a casa.

Meus pais estavam na varanda, aninhados numa namoradeira.

- Vocês demoraram... - Minha mãe comentou quando nos avistou- O que tinha demais nesse lago?

Se nós precisássemos disfarçar alguma coisa, nunca ia dar certo, minha mãe quer saber de tudo. Querida mãe, olhe para o seu irmão caçula, o que tem demais nele? Para você, nada. Mas para mim ele é simplesmente o ser humano mais lindo, mais interessante, mais carinhoso, mais tudo que existe.

- E o que vocês estavam fazendo na trilha que demoraram tanto? - Gritei mentalmente quando Tio Ben disse isso.

- Eu estava apreciando a vista. - Meu pai olhou para minha mãe e piscou. Ela revirou os olhos mas não disfarçou o sorrisinho no canto de sua boca. Prevejo mais filhos desde que nasci porque esses dois não param. Nunca vi.

- Você viu com o papai se tem bastante lenha? Amanhã o pessoal vai chegar, precisamos fazer fogueira à noite. - ela perguntou à seu marido.

- Tem sim. Já está tudo certo. - respondeu animado.

Depois dessa tarde incrível que passei, havia até esquecido que amanhã alguns amigos dos meus pais iriam vir para a casa do lago. Incluindo Tio Louis e Sam. Fora eles acho que a família Black também estaria Talvez algum amigo do trabalho do meu pai, os amigos dele eram sempre muito animados, a maioria era cantor ou instrumentista. A música sempre confirmava presente em todas as reuniões.

A noite foi chegando e o frio aumentando. Depois de tomar banho, coloquei meu pijama quentinho. Comemos pizza e ficamos todos na sala assistindo Friends. Minha família adorava se reunir para ver séries e filmes. Nem sei em que momento adormeci no sofá.

Sinto meu corpo sendo puxado, eu estou com tanta preguiça que nem abro meus olhos para ver quem estava me levando, apenas me deixo ser carregada.

Quando sinto meu corpo sendo colocado na cama, abro devagar meus olhos. Vejo Ben puxando um edredom, fecho rapidamente, sinto ele me enrolando.Logo depois sua mão acaricia meu rosto, seus lábios tocam minha testa.

''Durma bem, meu anjo''. O sussurro me alcança, eu mal consigo ficar parada. Quando ouço a porta ser fechada. Abro meus olhos, toco a superfície por onde sua mão passou, nem consigo dormir direito naquela noite. Queria mesmo ser pura como um anjo, livre de pensamentos totalmente proibidos como um anjo. Mas não era. Minha imaginação conseguia ir mais longe do que a da J.K. Rowling.

Acordei com um peso sobre meu corpo. Não era consciência pesada e nem uma noite mal dormida. Era literalmente um peso. Sam chegou e se jogou em mim.

- Por que para vir para cá a pessoa tem que acordar tão cedo??? - ele choramingava- É domingo! Por favor, me dá um momento na semana para acordar meio-dia.

- Sai Sam, você não dorme e nem me deixa dormir- reclamei e me virei cobrindo minha cabeça. Queria dormir mais.

- Ah não, Leah Valentine Jones-Miller, acorda!- Puxou meu edredon. Quando ele falava meu extenso nome completo significava uma coisa, ele não iria desistir.

Meu nome era enorme porque minha mãe não abriu mão de ter Jones no meu nome, na maioria das famílias meio que o nome de solteira da mãe é cortado do nome dos filhos, minha mãe achou isso um absurdo. Eu também achava, por que o nome da família precisava vir do homem? Porém eles não entraram em consenso, pensaram até em misturar e ficar Joller ou Mines, sim, ia ficar ridículo. Eu já estava quase nascendo quando decidiram deixar os dois.

Valentine porque meus pais tem uma história de amor envolvendo Paris ou algo assim e eles queriam algo francês. Como meu pai é muito criativo pegou um dos nomes franceses mais comuns e colocou. Meu nome foi como uma alegoria ambulante.

- E o seu plano de esquecer você-sabe-quem e começar a crushar outra pessoa, está valendo? - Sam, me empurrou para a parede e me apertou naquela cama de solteiro.

- Uhum. - disse ainda debaixo do cobertor e com muito sono- Mas eu sei que vai ser foda. Não vejo graça em ninguém da escola.

- Eu vejo graça em muitos da escola. - ele declarou. Tive que me descobrir e olhar em sua cara.

- Que história é essa? Quem você acha interessante? - Eu ainda não sabia muito bem os crushs garotos do Sam. Ele sempre teve interesse em algumas meninas, mas era isolado, uma por ano ou algo assim, e nunca deu em nada muito sério.

- Vários. Eu tenho a média de um crush por segundo quando passo no corredor. Aquela escola tem muita gente linda. Nós estudamos lá, afinal. - Empurrei ele. Touro com auto confiança de leonino.

- Beleza não adianta de nada se a pessoa é ridícula. Tem uns caras que... Acho que os pais deles tem fabrica de sacola. Porque eles são um saco. - Sam riu.

- Inclusive seu irmão. - ele lembrou.

- Verdade, ele é um saco de lixo ainda. Espera... Você acha meu irmão gato também? Já não basta a Olivia. - me sentei na cama e prendi meu cabelo, era curto e um pouco ondulado então eu estava parecendo um leoãozinho. Sam ficou vermelho. Awn. Cute. Suas bochechas rosadas eram fofas. O fato dele achar meu irmão bonito, não. Mas que novidade, todos achavam.

- A menos que eu fosse cego... O corpo do seu irmão, uau. Ele mudou muito depois que começou a jogar futebol americano. Lembro que ele era gordinho quando éramos pequenos, agora ele está cheio de músculos e o tanquinho dele parece que foi desenhado a mão...

- Chega Sam, senhor! - Me levantei - Você está bem detalhista. Quer falar sobre o topete e os olhos dele também?

- São azuis ou verdes? Nunca consegui olhar direito- ele riu perguntando.

- Você é debochado. - cruzei os braços.

- Desculpa se tenho olhos, seu irmão é gostoso mas é como você disse, ele só tem beleza, de resto é vazio. Totalmente fútil. - Charlie era meu irmão mas isso eram apenas verdades. Faz tempo que ele deixou de ser alguém genuíno, se tornou mais um modelinho patético de garoto do ensino médio.

Tomamos um susto quando a porta abriu. É só falar no The Monio que ele faz o que? Aparece. Meu querido irmão em carne e osso, coloca a cabeça para dentro e praticamente grita que meus pais estavam mandando eu acordar. Assim que ele fechou a porta. Olho para Sam que está com os olhos arregalados.

- Será que ele ouviu? - perguntou parecendo preocupado.

- E daí se ouviu? Ele devia mesmo ouvir umas verdades de alguém, Charlie está no último ano e parece que se torna um babaca pior a cada dia. Enfim, vamos deixar ele de lado. Quem já está aqui?- Comecei a procurar alguma roupa para vestir.

- Por enquanto só eu e meu pai, mas parece que os Black vão vir, toda a família, inclusive a filha mais velha. - Que?

- A Sun? Ela não estuda longe pra caramba?- Franzi minha testa.

- Sim, mas veio passar o fim de semana em casa, aparentemente. Por que esse desespero? -Sam me encarou- Ahhh lembrei, ela tem um lance com seu tio.

- Não tem graça Sam, eu não quero ter que ver isso. Não mesmo.- me joguei da cama de novo.

- Para de drama, leva isso como um teste para sua nova fase de não crushar ele. - Sam chacoalhou meu corpo. - Vai, se arruma logo, estou te esperando na sala.

Pressionei meus olhos desejando que tudo fossse tranquilo mas não foi. Ter que passar o dia inteiro vendo aquelas risadinhas dos dois. Ben e Sun simplesmente se isolaram de todos, eles pareciam ter muita conversa.

Bonito hein? Será que estou atrapalhando o casalzinho?

Sam engatou uma conversa eterna com minha avó e me deixou sozinha. O que me restava? Ficar com os adultos ou com Charlie e Caleb ou segurando vela?

Preferi ir brincar com o Fredderic, filho mais novo de Bia e Victor. Aliás, não que eu já tenha uma fama secreta de ter interesse por caras mais velhos mas o Sr. Black era um pedaço de mal caminho. Bia tinha muita sorte na vida. Obrigada @Deus que ninguém podia ler meus pensamentos.

Fiquei balançando Fred em um pneu pendurado à uma enorme árvore. De repente seu Caleb paira sem camisa e todo suado lá. Que mania desses garotos andar sem camisa, parece até que estamos em Crepúsculo e que eles são os lobisomens.

- Cansei - ele falou e se jogou na grama.

- Hum, estavam fazendo o que para cansar desse jeito? - Maliciei minha frase. Ele riu.

- Tem crianças por perto. Não vou entrar em detalhes. - piscou.

- Não sou mais criança. - reclamou Fredderic.

- Verdade Fred, você tem seis anos já, mentalmente você já é mais velho que seu irmão. - Estendi a mão para que ele batesse, rapidamente e satisfeito nossas mãos estalaram. Caleb apenas balançou a cabeça sorrindo. Apoiando-a com os braços e fechando os olhos.

- Você é muito legal Leah, podia namorar o Caleb assim entrava para a família. - Berrei quando ouvi o garotinho dizendo isso. Caleb também não controlou a risada.

- Eu sou bonito e inteligente demais para ela, irmãozinho. - Quase levantei meu dedo do meio mas lembrei do pequeno ao meu lado.

- Não acho. Se você não quiser, eu posso namorar com ela, acho que na sétima série já posso, quer Leah? - Awn, ele era tão fofinho.

Que vontade de abraçar aquela pessoinha e não soltar mais.

- Uau, alguém está mesmo se divertindo nesse domingo... - Caleb comentou olhando para uma direção.

- O que? - Olhei despretenciosamente para onde ele olhava e foi como levar um tiro no peito. Imediatamente minhas pernas ficaram bambas, meu coração doeu forte, uma angústia me invadiu. Ben estava beijando a irmã de Caleb.

Não consegui evitar, meu corpo inteiro tremia e meus olhos começaram a lacrimejar.

- Leah? - Ouvi a voz de Caleb ao fundo, então eu corri. Precisava sumir dali, arranjar um jeito de tirar aquilo de mim, arrancar esse sentimento estúpido do meu peito.

Enquanto corria só ouvia Caleb me chamando e vindo atrás de mim. 

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I'm here. Sorry parar o capítulo assim mas é que tenho prova semana que vem, estou estudando freneticamente. Logo posto o resto e vai ter um Sam on.

Muitos perguntaram se vai rolar algo entre Charlie e Sam? ... Minha resposta é, aguardem os próximos capítulos.

Me sigam aqui no watts e entrem no grupo do wpp (Link está no meu mural aqui do wattpad). Assim vocês vão ficar ligadas de quando vou postar, para ninguém morrer do coração.

Ps: Sei que pedi sugestões de POV, e muitos disseram narradora on, Charlie, Caleb e Tio Ben on na maior parte das vezes. Alguns eu vou guardar mais para frente, tentei fazer do Charlie mas ainda não é o momento, quando for, vocês vão ter o que querem

Ps2: Meu Caleb está na mídia, lembrando que cada personagem é livre para imaginarem como quiserem. 

É isso, quero 500 votos e muitos comentários nesse capítulo!!!!!!

Até logo amorzinhos!

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