The Sociopath (Reescrevendo)

By faelaCaet

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Mary Martin Reed levava uma vida normal até que soube acidentalmente da morte de sua mãe. A garota acaba pass... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
AVISO MUITO IMPORTANTE!!!
Aviso: The Sociopath acabou??? Não mesmo!!!

CAPÍTULO 12

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By faelaCaet

Blake

Assim que entro no hospital, algumas pessoas olham pra mim de um jeito curioso. A primeira coisa que faço é procurar por Isaac, mas tudo o que acho são pessoas aleatórias. Até que finalmente vejo uma figura sentada no chão ao lado de uma cadeira. Isaac. Ele está sentado no chão, abraçando os seus próprios joelhos. O que me surpreende é que a sua camiseta e suas mãos estão manchadas de sangue seco, isso me deixa apavorado.

— Isaac?! — digo. Penso em colocar a mão sobre o seu ombro, mas hesito. Ele levanta o seu rosto para mim, é aí que percebo que ele está chorando, seu rosto expressa puro desespero.
Nesse momento eu já não posso bancar o "durão", afinal, meu melhor amigo está chorando. Chorando! Para algumas pessoas, isso pode até ser normal, mas para Isaac não, pois ele sempre tentou se fazer de forte, embora eu sempre soubesse das suas fraquezas e medos.

Me abaixei bem ao seu lado e me sentei junto à ele.

— Pode me dizer o que está acontecendo aqui? — pergunto, tentando controlar o tom.

Ele me olha e depois abaixa a cabeça, olhando para os seus próprios joelhos.

— Ela estava sangrando muito, eu não sabia o que fazer e nem quem chamar... Não parava de sangrar e...

— Ela quem? Mary? — pergunto, confuso o cortando. Mas não preciso de reposta, pois já a tenho assim que meus olhos passam pelo rosto de Isaac.

— Você sabe me dizer onde ela está? — dessa vez nós temos contato visual, e ele balança a cabeça positivamente.

— Quarto 208.

Eu me levanto com dificuldade, mas uso a parede para me apoiar, vou até o balcão onde havia uma recepcionista incrivelmente idosa. Não sei como ela ainda consegue parar em pé, com todo o respeito.

— Senhora? — preciso ser educado, pois não quero ser expulso daqui.

— Diga, senhor. — ela diz e arruma o seu óculos com o indicador.

— Eu preciso ver uma paciente. Mary Martin Reed.

Nesse momento Isaac vem para o meu lado, e se encosta no balcão.

— Quem é o responsável? — ela pergunta quando descobre que Isaac está comigo.

— Eu. — nós dois respondemos no mesmo tempo, e a senhora ri.

— Ele, ele é o responsável. — Isaac aponta pra mim com o queixo e sai.

Ele parece cansado, os seus ombros estão jogados para frente, e seu maxilar travado.

— O que você é dela? — a recepcionista pega uma caneta e alguns papéis.

— Amigo.

— Sinto muito, mas não poderá entrar.

— O que?! Ah mas é claro que eu vou, e agora. — digo em voz alta e vou em direção aos quartos, mas logo sou barrado por um cara grande, com um terno cinza. Ele está com algo conectado no ouvido, suponho que seja algum tipo de escuta.

— Não tão rápido, amigo. — ele coloca as mãos sobre os meus ombros, arqueando uma de suas sobrancelhas.

— Beleza. — minto. Volto para o meu lugar, do lado de Isaac.

Ele não diz uma palavra, nem sequer mexe um músculo. Nada. É como se estivesse morto, só que vivo. Isso me causa um grande incomodo, afinal, Isaac nunca fica completamente quieto; ele sempre tem algo para me dizer, e quando não tem, arruma alguma coisa, nem que seja uma de suas piadas sem graça que só ele ri.

Bati levemente com o meu cotovelo no seu braço, e ele olha pra mim.

— Não vai dizer nada? — pergunto.

— Não acho que tenha algo para dizer... — ele dá uma pausa. — Cara, você realmente queria bater nela? Na Mary? — complementa.

Engoli seco na hora.

— Não... Qual é? Eu estava bêbado.  —abaixo a cabeça por um instante mas depois a ergo encarando o rosto de Isaac.

Ele balança a cabeça e desvia o olhar.

— Eu juro! E também, não queria bater em você, pelo menos não tanto.

— Eu não me importo com isso. — ele dá de ombros.

— Desculpa. — digo num tom quase inaudível.

— O que? — Isaac sorri pela primeira vez, mas com uma ironia cruel. — Você acabou de me pedir desculpas? Acho que eu te bati forte demais.

— Cala a boca! Você quase nem encostou em mim. — sinto um sorriso surgir em meu rosto, mas logo tento conte-lo.

— Nós precisamos entrar lá. — Isaac já não está sorrindo, ele parece decidido.

— Já vou resolver isso. — me levanto novamente, mas paro na frente de Isaac. — Mas antes, vá se limpar. Você não combina com sangue.

Então, eu vou novamente para o balcão, mas algumas pessoas estavam formando uma fila de 5 pessoas ali, e eu não estou com nem um pouquinho de paciência para esperar. Olho de uma forma discreta para o corredor que me levaria até o quarto da Mary, para verificar se aquele segurança ainda estava rodando por lá, mas a notícia boa logo aparece; o corredor está vazio, essa já é a oportunidade para que eu caminhe calmamente para não chamar a atenção de alguém que venha me perguntar para onde estou indo.

205, 206, 207... Estamos quase chegando.

E é aí que aquele mesmo segurança resolve aparecer atrás de mim, me segurando pelo braço.

— Pra onde você pensa que vai? — ele pergunta.

— Acho que você não tem nada haver com isso. —sou rude.

Ele faz uma cara feia e começar me arrastar pelo corredor.

— Mas que diabos, me solte! — ordeno, mas ele apenas me ignora e continua andando.

Como percebo que ele não vai me escutar, tenho que tomar a minha medida favorita; vou dar uma lição nesse cara. Puxo o meu braço tão forte que os dedos dele são incapazes de segurar, e logo vacilam. Ele resolve vir pra cima de mim, mas dessa vez eu sou mais rápido que os seus movimentos e desvio de todos. O segurança me empurra para a parede e me segura ali mesmo, com o seu braço apertando sobre a minha garganta. Tento tira-lo, mas é inútil. Como não posso usar as mãos, decido usar o meu joelho para atingir o meio de suas pernas. Ele me solta e resmunga de dor, e eu aproveito para dar um soco em seu maxilar. Repito a ação até que ele desmaie e caia sem forças no chão, quando isso acontece sou obrigado a coloca-lo em um canto para que ninguém o veja, e ele é bem mais pesado quanto parece ser, preciso ser rápido, ele não ficará desacordado por muito tempo.

Vejo o provável quarto de Mary, e adentro no mesmo.

E lá estava ela...

Mary estava deitada em uma cama estreita coberta por um lençol fino branco que dava contraste sobre a sua pele morena. Seus olhos estavam fechados, os longos cílios pareciam maiores desse jeito. Alguns aparelhos ficavam ligados ao seu corpo, levando e trazendo informações sobre o seu batimento cardíaco, enquanto um som acompanhava esse ato. Vê-la deitada em uma cama de hospital mexe comigo de uma forma estranha, como se eu me importasse com ela. E talvez, eu me importe. Ou talvez esse seja o sentimento de culpa tentando se fixar em mim... Eu realmente não consigo entender o que estou sentindo agora. Decidi me aproximar da cama onde Mary está deitada, desacordada, meus passos são leves e cuidadosos para não acabar acordando a garota. Não quero assustá-la, nem que ela acorde, aposto que Mary não gostaria muito de saber que o garoto que vem a ameaçando está aqui ao lado da sua cama de hospital. Agora já estou tão perto que posso tocar a sua pele só com o esticar dos meus braços. De perto, posso ver os leves machucados espalhados pelo seu rosto. Ela nunca me pareceu tão frágil como agora. Mas de onde veio todo aquele sangue que Isaac estava falando? Ela não parece estar tão machucada... Comecei procurar ferimentos pelo seu corpo, até que decido levantar a sua blusa para ver se tinha algum ali. E me deparei com um curativo grande no seu abdômen. Não é como se eu nunca tivesse visto o corpo de uma mulher antes, mas é que ver a pele de Mary assim, o seu abdômen, o jeito como o seu peito sobe e desce enquanto ela respira... Tudo isso me causa arrepios.

Droga, Blake. O que está acontecendo com você?!

Os seus olhos piscam de uma forma suave, e sua respiração mais profunda.

Ela está acordando.

— O que pensa que está fazendo? — ela diz quando percebe que eu havia levantado a sua blusa.

**********

Mary.

Eu acordo com uma dor imensa na cabeça, como se eu tivesse levado uma pancada ali. Me esforcei para abrir os olhos, e logo fui recebida pela claridade forte do local. Isso me parece um... Hospital? Como diabos eu vim parar aqui?! Eu só consigo me lembrar da batida e... Aí! Sinti uma forte dor. É então que percebo que não estou sozinha ali, tenho companhia. E que ótima companhia; Blake está aqui, ao lado da minha cama com minha blusa levemente levantada. Que ótimo! Agora além de assassino, ameaçador, ele é aproveitador.

— O que pensa que está fazendo? — pergunto, e tento abaixar a camiseta, mas algo me espeta. Uma agulha na minha veia. Então, abaixo a camiseta com a outra mão que está livre.

— Relaxa. Eu só queria ver o seu ferimento... — ele diz e se afasta um pouco.

Ele está... Se explicando?

— Eu posso gritar pelos seguranças ou você vai me matar aqui mesmo? — pergunto e sinto um gosto amargo na minha boca.

— Você pode tentar, mas duvido que funcione. — ele diz, e um rápido sorriso aparece em seus lábios, e somem na mesma velocidade. Ele parece se conter quando o assunto é sorrir. — Além do mais, eu não pretendo te fazer mal algum. — complementa.


— Ah... Quem me trouxe aqui? Não foi voc...

— Não, não fui eu. — ele me interrompe. — Acho que foi Isaac... Eu não sei direito. Mas suponho que todo aquele sangue nele era seu.

Por que Isaac me traria para o hospital? Ele pareceu não se importar comigo pelo jeito que falou. E o mais confuso; como ele me achou?
Isso tudo está me deixando confusa demais. Primeiro o fato de que o Blake está no meu quarto de hospital, como se até se importasse ou algo do tipo, e não está sendo grosso ou sarcástico comigo, e nem me ameaçando. E agora essa de que Isaac me achou e trouxe-me para o hospital.

— Por que você está aqui, afinal? — pergunto.

— Eu não sei... Quando Isaac me disse que você estava com problemas, eu não consegui pensar em nada além de vir aqui. Eu não entendo o porquê disso, mas eu precisava te ver. — ele parecia confuso e irritado. Suas mãos estavam fechadas em um punho, e algumas veias em seu braço haviam saltado pela quantidade de força que ele estava fazendo.

— Está doendo. — é tudo que consigo dizer depois de todas as palavras dele. Não sei se posso acreditar nelas.

— Deve doer mesmo. Mas aí, me conte como você conseguiu isso. — seu tom de voz não é ameaçador, é... Amigável.

Amigável!? Acho que estou delirando.

— Eu não lembro o bastante, estava chovendo e eu só consigo lembrar do carro perdendo o controle e provavelmente bati em um poste ou árvore. — explico.

— Você não estava em condições de dirigir.

— Por culpa do seu empurrão? Por me chamar de vadia e me humilhar? Por tentar bater em mim? Ou por me ameaçar durante todo esse tempo? — exalto. Talvez a culpa não fosse dele e sim de Isaac, mas Blake também teve sua parte de culpa.

— Eu não vou pedir desculpas, se é isso que você quer. De qualquer forma, estou indo nessa, beleza? E se quiser falar com Isaac, ele está na recepção. — ele diz e me dá as costas, indo em direção à porta.
Mas alguma coisa me chama atenção.
Sua mão direita estava machucada.

— Espera! — quase não posso acreditar nas minhas palavras. — O que é isso na sua mão? — aponto para a mão machucada.

— Eles não queriam me deixar entrar para te ver e... Bom, você não é a única que sai dando socos por aí. — ele sorri. Sim, ele sorri! Esse sorriso faz com que eu não consiga tirar os meus olhos dele, é como se aquilo fosse um imã. Logo após o sorriso, ele se vira e sai, me deixando sozinha e confusa dentro daquele quarto de hospital.

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Opa meus mel's, tudo bem com vocês?

Me desculpem de verdade essa demora toda para postar um capítulo é que eu não estava com muita criatividade para fazer um adiantado, e sempre que posto tenho que ter cinco capítulos ou mais em reserva.

Enfim, espero que me desculpem e que tenham gostado, deixem seu voto e seus comentários, preciso saber o que estão achando <3

Um beijão de glitter e até a próxima <3!!! *--*

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