LEITORES QUERIDOS, DESCULPEM POR MAIS UMA DEMORA NA POSTAGEM, É QUE ESTOU TRABALHANDO MUITO E ESTOU PRATICAMENTE SEM TEMPO.
NA PRÓXIMA SEMANA, VOLTAREI A POSTAR DE DOIS Á TRÊS CAPÍTULOS POR SEMANA, COMO ERA ANTES.
MIL BEIJINHOS E OBRIGADA POR ACOMPANHAREM :)
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CAPÍTULO 20 - UMA RECORDAÇÃO...
Babi
O desespero tomou conta de mim, mas não fiquei sem reação. Assim que o Gabriel freou o carro bruscamente, corri até o carro capotado do Rafael e gritei angustiada:
— PAM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PAAAAAAAAAAAAAAAAM!!!!! PAMMMMMMMMMMMM!!!!!
— Calma, Babi! – Gabriel me puxou, mas eu me debatia desesperada nos braços dele.
— EU QUERO MINHA IRMÃ!!!! QUERO MINHA IRMÃ!!!!!!!!!
— Fica calma! – Gabriel me sacudiu, me trazendo para a realidade. — Eu vou até lá e você fica aí!
Fiquei parada chorando, enquanto Gabriel foi até o carro.
Gabriel
Me agachei próximo ao carro e vi que os dois respiravam, mas a Pam estava desacordada. Rafael estava despertando lentamente, e passava uma das mãos na testa ensanguentada.
— O que aconteceu? – ele me perguntou tonteado.
— Não se mexe! – eu pedi, me levantando.
— Já ligamos para os bombeiros. – disse Mattheus se aproximando ofegante, ao lado de Victor.
— E se o carro explodir com minha irmã lá dentro? – Babi chorava desesperadamente.
— Não vai explodir. – Victor respondeu. — Não tem vazamento.
— O socorro já está vindo, meu amor. – a abracei bem forte.
Mattheus
Me ajoelhei ao lado do carro, e um filme se passou em minha mente. Se o Rafael... Se a Pam... Meu deus! Quanta besteira eu fiz!
Quando dizem que temos todo o tempo do mundo, não imaginam que uma coisa dessas pode acontecer.
Pam tinha sangue na boca e estava com o rosto arreado. Será que ela bateu com a cabeça? Rafael estava acordado, mas não tinha noção de nada.
Que cenário desolador! Há minutos atrás estávamos todos felizes, e agora... Babi chorava copiosamente, Gabriel a consolava, visivelmente se controlando para não desabar também. Victor andava de um lado para o outro, parecia se sentir impotente, enquanto eu... Carregava um sentimento de culpa.
A pista não está molhada, Rafael é prudente demais quando está dirigindo... Ele queria a todo custo saber o que Pam tanto o escondia, será que discutiram? Meu deus! Se acontecer alguma coisa eu nunca irei me perdoar!
Não demorou muito, e o corpo de bombeiros chegou. O processo de socorro demorou um pouco, já que o carro se encontrava de ponta cabeça.
Babi
Quando os paramédicos retiraram minha irmã de dentro do carro, corri até ela, mas Gabriel me controlou.
— Eu quero ir com ela na ambulância.
— Vem comigo no meu carro. Vou logo atrás deles, amor.
— Mas Gabriel... Por favor!
— Babi, você está nervosa demais e isso pode atrapalhar o atendimento. Vem comigo. – peguei na mão dela. — Eu acalmo você.
— Temos que avisar aos meus pais.
— Pode deixar que eu cuido disso.
Entramos em meu carro e eu segui a ambulância em que Pam estava.
Mattheus
Rafael ainda estava tonto, mas saiu do carro andando. Mesmo assim, foi levado para fazer exames.
— Onde está a Pam? – Rafael perguntou desnorteado.
Como estava desacordada, foi levada primeiro.
— Ela está bem, foi fazer alguns exames. – menti.
— Vamos, rapaz. – um dos paramédicos o chamou e ele foi.
— Estamos logo atrás de você. – disse Victor.
Logo a outra ambulância também saiu com Rafael.
— Nem acredito que isso está acontecendo!
— Nem eu Victor, nem eu!
Já no hospital...
Babi
— E aí, o que meus pais disseram? – perguntei engolindo o choro. — Como estão?
— Amor, eu não contei a verdade para não preocupá-los demais. Eu disse que... Que ela sofreu um pequeno acidente. Quando eles chegarem, contamos a verdade.
— Tudo bem, será melhor assim. Eu vou telefonar para a Lunna para avisá-la e vou pedir que ela venha com meus pais. Vou manter a mesma versão que você disse pra eles.
— Vai lá.
Fui para um local que havia sinal no hospital e fiz a ligação. O desespero me corrói por dentro, mas tenho que me manter tranquila por causa dos meus pais, que logo estarão aqui.
Gabriel
— Chegamos. – disse Mattheus, vindo até mim junto com Victor.
— Não era para estarmos aqui. – Victor se lamentou.
— Era pra ser uma noite feliz. Nunca esperamos que tragédias assim acontecerão com a gente. – também me lamentei.
— O Rafael parece que está bem, mas a Pam... O que vocês acham?
— Não sei, Mattheus, ela estava desacordada e...
— Consegui falar com a Lunna. – Babi voltou. — Os médicos já deram alguma notícia sobre minha irmã?
— Amor, ela ainda está sendo atendida. Daqui a pouco teremos notícias.
— Gabriel, e se a Pam...
— Não pensa nisso, meu amor. A Pam vai sair dessa, você vai ver.
Ficamos todos juntos, á espera de notícias de nossos amigos. Que noite mais triste e melancólica! Passaram-se cerca de trinta minutos e para o nosso alívio, Rafael saiu de dentro da emergência com um curativo na testa e um dos braços engessado.
— Rafael. – eu disse e todos fomos até ele.
— Como você está, brother? – perguntou Mattheus.
— Quero saber da Pam.Onde ela está??? Cadê ela? A culpa disso é minha! – ele começou a entrar em
desespero.
— A culpa não é sua, foi um acidente. – Victor disse.
— Cadê ela???? – Rafael começou a chorar.
Para piorar o clima, nessa hora chegaram meus sogros acompanhados por Lunna.
— Babi... – meus sogros a abraçaram e foram logo perguntando: — Onde está a Pam?
— Me perdoem, por favor! – Rafael dirigiu a palavra a eles, entre lágrimas.
— Como assim, o que está acontecendo aqui? – meu sogro perguntou já nervoso.
— Cadê minha filha???
— Se acalmem. – Babi segurou na mão dos pais.
Sem conseguir se controlar de tanto nervosismo, Rafael falou se sentindo culpado: — Eu... Perdi a direção do carro e...
— FOI UM ACIDENTE DE CARRO???? – minha sogra quase perdeu a cor.
— Foi um acidente leve. – tentei contornar. — Não foi nada grave e a Pam está em observação.
— Olha o estado desse rapaz. – o pai da Babi apontou para o Rafael. — Preciso ver minha filha.
— Fiquem calmos, eu vou atrás de informações sobre o estado dela. – eu disse.
— Eu vou com você. – Mattheus falou.
Babi
— Filha, sua irmã está bem mesmo? Me conta a verdade.
Minha mãe sofre de um quadro complicado de hipertensão. Não posso deixá-la ainda mais nervosa. Gabriel chegou a ver a Pam e me garantiu que ela não corria riscos, então amenizei a situação, ao máximo que pude.
— Está sim, mãe, pai. Fiquem tranquilos. Ela se machucou um pouquinho, mas está bem.
Gabriel
Fomos para um corredor e ficamos á espera de algum médico que pudesse nos informar sobre Pâmela.
— Gabriel, eu sei que alguma coisa aconteceu naquele carro, porque o Rafael é muito prudente quando dirige.
— Eu também acho. – me preocupei.
— Me arrependo demais por tudo. Eu deveria ter guardado esse amor só pra mim, mesmo sabendo que nunca vou amar ninguém como a amo.
Lunna
Fiquei bem mais tranquila, depois que Babi disse que minha amiga estava melhor. Então eu disse que ia beber água e fui atrás do Mattheus, para tentar conversar á sós com ele.
Quase chorei quando o ouvi dizer que ama a Pam e que nunca irá amar ninguém como a ama... Não consegui mesmo mudar o coração dele.
Gabriel
Depois de muito esperarmos e ninguém aparecer, fui á recepção com o Mattheus, apresentei minha carteirinha de médico e me deram a informação. Pam estava mesmo em observação, pois seu estado inspirava cuidados, porém, estava fora de perigo.
Ficamos felizes e fomos dar a notícia para o pessoal.
No dia seguinte, bem de manhãzinha...
O médico responsável pela Pam, veio falar pessoalmente sobre seu estado de saúde e confirmou a informação que me foi dada horas atrás.
Como Pam estava bem, podia entrar mais de uma pessoa para vê-la. Primeiro entraram os pais dela, e ao saírem, comentaram:
— Minha filha não lembra de absolutamente nada do que aconteceu na noite anterior.
— O médico explicou que ela bateu com a cabeça, então isso é normal. – os expliquei.
Depois, entramos eu, Babi, Mattheus, Victor, Rafael e Lunna no quarto da Pam.
— Mana! – Babi a abraçou emocionada.
— Babi! – ela sorriu, voltando seu olhar pra mim: — Cunhado!
— Pam! – a abracei também.
— Como você está, amiga?
— Estou bem, Lunna, eu acho.
Rafael, que não conseguia controlar a emoção por vê-la, a abraçou.
— Meu amor!!! Fico muito feliz por ver que está bem.
— Me larga! – Pam deu-lhe um empurrão e todos ficamos sem entender.
— O que foi, meu amor? – ele perguntou desolado.
— Amor???? – Pam perguntou assustada. — Mas... Não estou entendendo. – Pam levou as mãos á cabeça confusa e logo depois apontou para o Mattheus e disse: — Achei que meu namorado fosse ele.
— O quê??? – Rafael ficou pasmo e nem tinha palavras direito. — Como assim???
Rafael olhou para Mattheus...
— Como assim, Pam??? – Rafael começou a falar alto. — Seu namorado sou eu!
Pam parecia estar perturbada, não estava entendendo nada.
Nessa hora, uma enfermeira entrou no quarto e disse: — A paciente precisa tomar remédios e descansar.
— Mas eu tenho que conversar com ela. – Rafael contestou.
— Em outra hora, senhor. – a enfermeira disse e pediu: — Retirem-se por favor.
Saímos do quarto e Rafael dizia indignado: — Isso só pode ser piada! Como a Pam não sabe quem eu sou???
— A pancada que ela teve na cabeça deve ter sido muito forte aí...
— Aí ela perdeu a memória, Gabriel???? É isso o que vai dizer??? Mas se for realmente essa causa, porque ela lembra de todos vocês e de mim, não???
— Se acalma. – Babi pediu. — Eu e o Gabriel vamos conversar com o médico que está cuidando dela,
para sabermos ao certo o que está acontecendo.
Babi
Eu e o Gabriel fomos ao consultório do doutor, para conversar com ele sobre esse assunto.
— Essa confusão mental que a paciente está tendo, é normal depois do forte trauma craniano que sofreu. Ela não corre nenhum tipo de risco, mas isso afetou sua memória de alguma forma.
— E minha irmã nunca mais vai lembrar do que esqueceu?
— Sim, claro que vai. A paciente está passando por uma ausência temporária de memória. Foi apagado de sua mente, os últimos meses de sua vida. Há casos em que a pessoa esquece anos e nos casos mais complicados, o paciente esquece a vida inteira.
— Mas a minha cunhada não esqueceu completamente tudo o que viveu nos últimos meses. Ela recorda de algumas coisas.
— Por isso que eu disse que é perda parcial, algumas coisas foram apagadas, outras não.
Quando saímos do consultório, demos de cara com Rafael e Mattheus.
Rafael foi o primeiro a perguntar pelo estado da Pam.
— E aí, o que o médico disse? O que a Pam tem?
Eu e Gabriel explicamos tudo o que o médico disse, e ao terminar de ouvir, Rafael explodiu.
— COMO ASSIM??? ENTÃO SE ELA ESQUECEU OS ÚLTIMOS MESES QUE VIVEU, COMO ELA LEMBRA DO MATTHEUS E NÃO LEMBRA DE MIM??? EU QUE SOU O NAMORADO DELA!!!
— Calma, cara você está muito nervoso e isso não fará bem á você.
— CALA A BOCA, GABRIEL!!!
— Rafael, minha irmã está tendo uma confusão mental. Ela não sabe direito...
Não pude terminar de explicar, porque Rafael foi pra cima de Mattheus.
— POR QUE MINHA NAMORADA CHAMOU POR VOCÊ, HEIN??? POR ACASO VOCÊS TEM ALGUM CASO PELAS MINHAS COSTAS, É ISSO??? ERA ISSO O QUE A PAM QUERIA ME CONTAR MAS NUNCA TEVE CORAGEM???